Sanificantes de Aplicação em Indústrias de Alimentos FUNGOS E MICOTOXINAS EM ALIMENTOS / ITAL 2011 Stela Quarentei - Me Sanificantes Indústria de Alimentos Introdução • Importância da Higienização • Terminologia • Princípio da Higienização • Água Legislação • Ministério da Agricultura • Ministério da Saúde • Sanificantes/Desinfetantes Introdução – Importância da Higienização Qualidade ou pureza do produto Controle de micromicro- organismos • Deteriorantes • Patogênicos Identidade (características organolépticas) Shelf-life Segurança - produto e consumidor – REQUISITO DE BPF Atendimento á legislação. Higienização: todo procedimento voltado à preservação da saúde (“eliminação” de agentes causadores de doenças). Introdução – Importância da Higienização BPF/ APPCC / POP / PPHO Programa de Redução de Patógenos SSOP 1997/EUA 1997 / BRASIL / PPHO / MAPA 2002 / BRASIL/ POP / MS INOCUIDADE Introdução – Terminologia Técnica CODEX ALIMENTARIUS: Limpeza: remoção física de terra, resíduo alimentício, sujidades, graxas ou outras matérias indesejáveis Desinfecção: redução, através de agentes químicos ou métodos físicos, do número de micromicro-organismos no ambiente, até um nível que não comprometa a segurança do alimento e/ou seu estado de próprio para consumo. Fonte: RECOMMENDED INTERNATIONAL CODE OF PRACTICE GENERAL PRINCIPLES OF FOOD HYGIENE CAC/RCP 11-1969, Rev. 4 (2003) Introdução – Terminologia Técnica Desinfecção: eliminação das formas vegetativas dos micromicro-organismos patogênicos - Legislação de Saneantes/2007 Desinfetante: agente que elimina todos os patogênicos (formas vegetativas) – Legislação Saneantes/2007. Sanitizante: agente que reduz o nº de micromicro-organismos patogênicos a níveis seguros – Legislação de Saneantes/2007. ICMSF: Desinfecção / EU: Sanitização / SINÔNIMOS EUA: Introdução - Princípio da Higienização “Uma desinfecção sem prévia limpeza resulta, no mínimo,em um processo antianti-econômico, e uma limpeza sem desinfecção posterior resulta num processo higiênico insuficiente (OPAS). Nenhum procedimento de desinfecção pode dar resultados plenamente satisfatórios, a menos que a sua aplicação seja precedida por uma limpeza completa (Codex Alimentarius).” “Para alcançar e manter um controle microbiano, o processo de limpeza deve ser seguido de uma desinfecção (ICMSF).” A etapa limitante da higienização é a limpeza e não a desinfecção. Introdução - Princípio da Higienização - Sinner HE =( EQ X EM X ET ) X T 4 variáveis determinantes da eficácia Limpeza / Higienização Introdução - Princípio da Higienização - Sinner TEMPERATURA AÇÃO MECÂNICA AÇÃO QUÍMICA TEMPO Introdução - Água Água Potável Interferência Afeta a eficiência de desinfetantes. Dureza (sais de cálcio e magnésio) Matéria orgânica * ( subst. Orgânicas Ác. Húmicos, ác. Fúlvicos ) Sais de Ferro pH Precipita princípios ativos de detergentes e sabões. Dificulta remoção de sujidades. Provoca incrustações. Ocasiona escurecimento de superfícies. Carga microbiana Cor, odor Altera a estabilidade química do cloro Port. 518 MS 25/03/2004 Legislação - GERAL MAPA IN nº 46 de 14 de setembro de 2006 • Preenchimento de formulário pelo Responsável • Disponível para as autoridades sanitárias IN nº 8 de 16 de janeiro de 2002 AUP : SÓ DE SANEANTES COM NOTIFICAÇÃO OU REGISTRO NO MS REVOGADA Legislação - GERAL Res RDC 184 MS de 22 de outubro de 2001 Avaliação/Registro conforme a categoria de risco Notificação = Risco I Registro = Risco II Risco I – Rotulagem Nº de autorização de funcionamento da empresa junto ao MS – AFE 3.xxxx – x PRODUTO NOTIFICADO NA ANVISA/MS Notificação: comercialização após publicação na Internet Legislação - GERAL Res RDC 184 MS de 22 de outubro de 2001 Avaliação/Registro conforme a categoria de risco Os produtos de Risco II - compreendem os saneantes domissanitários e afins que sejam cáusticos, corrosivos - os produtos cujo valor de pH puro - seja igual ou menor que 2 e igual ou maior que 11,5, aqueles com atividade antimicrobiana, os desinfestantes e os produtos biológicos à base de microorganismos. Risco II – Rotulagem Registro no MS – 3.xxxx.xxxx Nº de telefone de emergência Legislação - GERAL Lei nº 6437 de 20 de agosto de 1977 Infração Sanitária: “..., “..., fabricar, transformar, preparar, manipular,..., armazenar, expedir, transportar, comprar, vender, ceder ou usar ... saneantes... sem registro, licença, ou autorizações do órgão sanitário competente ou contrariando o disposto na legislação sanitária pertinente” configura uma infração sanitária. Fabricante, comerciante, e usuário podem sofrer penalidades e multas (R$ 2.000,00a R$ 1.500.000,00) Legislação - Limpeza Res RDC 40 de 05 de junho de 2008 Regulamento Técnico para Produtos de Limpeza e Afins harmonizado no âmbito do Mercosul. Limites / indica o que não pode / segurança “Não são permitidas substâncias comprovadamente carcinogênicas, mutagênicas, teratogênicas para o homem segundo a Agência Internacional de Investigação sobre o Câncer –AIRC/OMS e substâncias proibidas pela Diretiva CEE 67/548 e suas atualizações” Legislação - Desinfetante “DESINFETANTES PARA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS E AFINS = Abrange os produtos para uso em objetos, equipamentos e superfícies inanimadas e ambientes onde se dá o preparo, consumo e estocagem dos gêneros alimentícios, utilizados em cozinhas, indústrias alimentícias, laticínios, frigoríficos, restaurantes e demais locais produtores ou manipuladores de alimentos”. Res RDC 14 MS 28/02/2007 Legislação - Desinfetante Somente serão permitidas as substâncias constantes da lista do Code of Federal Regulation Nº 21 parágrafo 178.1010 e as da Diretiva Nº 98/8/CE, obedecendo as respectivas restrições e suas atualizações e aqueles que realizarem os testes do anexo II PARA SUPERFÍCIES DE CONTATO COM ALIMENTOS. FDA: CFR 21 178.1010 Res RDC 14 MS 28/02/2007 Diretiva nº 98/8/CE Sanificantes--Desinfetantes Sanificantes 1. Desinfecção Ambiental / Equipamentos Liberadores de Cloro Ativo – inorgânico e orgânico Iodo e derivados – Iodóforos Quaternários de Amônio Biquanidas Peróxidos – Ácido peracético Res RDC 14 MS Ácidos orgânicos 28/02/2007 Outros Diretiva nº 98/8/CE FDA: CFR 21 178.1010 Sanificantes--Desinfetantes Sanificantes 2. Desinfecção de Alimentos 2.1. Desinfecção de Alimentos - hortifruti Liberadores de Cloro Ativo – hipoclorito e dicloroisocianurato Port.152 MS 26/02/99 / Res.150 MS 28/05/99 / Res.77 MS 16/04/2001 2. 2. Coadjuvante de tecnologia: controle de micromicro-organismos na lavagem: ovos, carcaças e partes de animais de açougue, peixes, crustáceos, hortihorti-frutis Ácido peracético Res. RDC 02 MS 8/01/2004 Dióxido de cloro Res CNS/ MS nº 04/1988 Sanificantes - Desinfetantes Eficácia S.aureus concentração de uso Shigella spp. tempo de contato L. monocytógenes temperatura E. coli pH V. cholerae espécie de microrganismo grau de contaminação C. botulinum Salmonella spp. B. cereus tipo de superfície / alimento Campylobacter spp. Formulação Y. enterocolítica resistência/ TOLERÂNCIA Parasitas e FUNGOS Consultores Associados Sanificantes - Desinfetantes Estudos comparativos: Dicloro (100ppm), Hipoclorito (100ppm), Ác. Acético (1,5%) contra L. monocytogenes em alface: Dicloro redução de 2,3 log, Hipoclorito redução de 1,9 log e Ác. Acético 1,4 log Ác. Acético (5,2%/5min) e Cloro ativo (200ppm/5min) contra Shigella sonnei em salsa: Redução similar de 6 decimais Ac. Peracético (25ppm/15min) e Hipoclorito (25ppm/15min) em suspesão de E.coli e V. cholerae: Ac. Peracético redução de 4log, Hipoclorito 1log Sanificantes - Desinfetantes Espectro de Ação Prin.Ativo Bact.G+ Bact.GBact.G- Mofos / Fungos Virus Esporos Cloro 4 4 2 4 2 Iodo 4 4 3 4/3 2/1 Quat 4 3 4/3 2 1 Perox. Perac. 4 4 4/3 2/3 2 Biguan. 4 3 2/3 2/3 2 Álcool** 3 3 3 1 0 Tabela elaborada à partir da consulta a várias Ref. Bibliográficas Legenda 4: muito boa, 3: boa, 2: moderada, 1: leve, 0: nenhuma * Depende da Concentração de Uso ** Não é “permitido” para áreas de manipulação de alimentos Sanificantes - Desinfetantes Indústria de Alimentos Liberadores de cloro ativo Inorgânico: Hipoclorito de Sódio Amplo espectro de ação Concentração de uso: área alimentícia: 100100-250 ppm área hospitalar: 150150-10.000ppm Corrosivo Fácil enxágue Mec. de ação: oxidação Imersão: baixa estabilidade Ação residual: nula Reativo c/ matéria orgânica: alta Pouco afetado pela dureza da água Fácil utilização Barato Perda de atividade: estocagem, preparo antecipado, temperatura, pH Formação de THM (CANCERÍGENO) Irritação da pele Consultores Associados Sanificantes - Desinfetantes Indústria de Alimentos Liberadores de cloro ativo Orgânico: Dicloroisocianurato de Sódio Amplo espectro de ação Concentração de uso: área alimentícia: 100100-250 ppm área hospitalar: 150150-10.000ppm Corrosivo Fácil enxágue Mec. de ação: oxidação Imersão: maior estabilidade Reativo c/ matéria orgânica: moderada/baixa Pouco afetado pela dureza da água Fácil utilização Estabilidade química: estocagem, mantém atividade por mais tempo, menor interferência do pH NÃO FORMA THM Irritação da pele Sanificantes - Desinfetantes Indústria de Alimentos Dióxido de cloro: ClO2 • amplo espectro • menor reatividade com matéria orgânica • menor corrosividade • menor interferência de pH Gerador de Dióxido de Cloro • Sensibilidade á luz e a temperatura • Custo • Equipamentos Sanificantes - Desinfetantes Indústria de Alimentos Iodo PVP--I ( Polivinilpirrolidona Iodo ) PVP Amplo espectro de ação Concentração de uso: área alimentícia: 2525-50ppm área hospitalar: PVPPVP-I 10% Menos corrosivo que clorados* Fácil enxágüe* Mec. de ação: oxidação Imersão: baixa estabilidade Ação residual: baixa* Reativo c/ matéria orgânica: alta pH; 2 a 8 Coloração da solução é indicador Coloração de superfícies porosas e materiais plásticos Mais caro que clorados Odor Sanificantes - Desinfetantes Indústria de Alimentos Cloreto de Belzalcônio Amplo espectro de ação* Concentração de uso: área alimentícia: 200 – 1200ppm área hospitalar: 3000 – 7000ppm Corrosividade baixa Fácil enxágue* Mec. de ação: ruptura celular Imersão: estabilidade química Ação residual: boa Reativo c/ matéria orgânica: baixo Controle de odores e fungos Baixa tolerância a dureza de água Excessiva formação de espuma – CIP Atividade antimicrobiana/ dependente da formulação Sanificantes - Desinfetantes Indústria de Alimentos Biguanida Clorhexidina - PHMB Amplo Espectro de Ação* Concentração de Uso: área hospitalar: 0,5% - 4,0% área alimentícia: 0,30% (200 – 600 ppm) Corrosividade Corrosividade:: Baixa/ nula Enxág Enxágu ue Fácil Mecanismo de Ação: Ruptura da Célula. Ação residual: boa Reativo c/ matéria orgânica: baixa Menor formação de espuma Não resistência * Menos afetada pela dureza da água Mais caro que Quat Sanificantes - Desinfetantes Indústria de Alimentos Ácido Peracético + Peróxido de Hidrogênio Amplo Espectro de Ação Concentração de Uso: área alimentícia: 0,05% - 0,30% (75 - 450ppm) Corrosividade moderada*/ sensibilidade metais Enxág Enxágu ue Fácil Mecanismo de Ação: Oxidação Recomendado para processo ”CIP” (Cleaning in Place) extremamente irritante (dérmica, ocular, respiratória ~= 0,1%). Forte odor Ação residual: baixa É o menos reativo com matéria orgânica. Causa corrosão na presença de cloretos (acima de 50 ppm) Sanificantes - Desinfetantes Indústria de Alimentos Hipoclorito de Sódio NaOCl + H20 HOCl HOCl + NaOH H+ + HCl + O. HOCl : Ácido Hipocloroso – Microbiocida – instável Dicloroisocianurato de Sódio N OC CONa + H20 ClN NCl CO HOCl + Ác. isocianúrico Sanificantes - Desinfetantes Indústria de Alimentos Ácido Peracético CH3COOH + H202 CH3COOOH CH3COOOH + H20 CH3COOH + 1/2 O2 Consultores Associados Sanificantes - Desinfetantes Indústria de Alimentos Quaternário de Amônio Cloreto de Belzalcônio + CH3 R N CH2 Ar Cl- R: 50% C14, 40%C12, 10%C16 CH3 Iodóforo – portador de iodo 2R – I + H20 I2 + 2R + H20 R: tensoativo não iônico I2: Microbiocida - instável Sanificantes Indústria de Alimentos Micro-organismo x Produto x MicroProcesso/Superfícies de contato Limpeza prévia Garantir o controle da carga microbiana Assegurar a inocuidade Sanificantes Indústria de Alimentos Fonte:http://www.enq.ufsc.br/labs/pr obio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos20 03/const_microorg/fungos6.jpg Fonte:http://www.pfdb.net/photo/ mirhendi_h/box020909/standard /a_flavus_s.jpg Aspergillus niger Fonte: TORTORA,G.J.; Microbiologia, 6ªed, 2000 Fonte:http://blog.microbeinotech.com/ Portals/44953/images/A.%20niger.jpg Fonte:http://www.robotdobrasil.c om.br/imagens/fungos.jpg Sanificantes Indústria de Alimentos [email protected] tel/fax(11) 3675.2453 cel(11)9440.3774