CEFALOTINA A cefalotina foi a primeira cefalosporina semi-sintética utilizada no tratamento das infecções bacterianas. As cefalosporinas de primeira geração, cefalotina e a cafazolina, apresentavam um amplo espectro de ação, logo que foi introduzida em 1962 contra germes Gram-positivos (exceto enterococos) e Gram-negativos (exceto, H.influenzae, Serratia, Proteus indol-positivo, Providencia, Pseudômonas, e outros gram-negativos não fermentadores). Em relação às infecções por E.coli, K.pneumoniae, P.mirabilis já observamos uma freqüência de 47%, 43%, 17 % respectivamente de resistência à cefalotina. Mostram-se ainda atividade contra os anaeróbios estritos esporulados e não esporulados, com exceção do Bacterioides fragilis. É uma opção à Penicilina G Cristalina ou ao metronidazol no tratamento do tétano. Mostram-se ativas contra C.diphtheriae, Listeria, Erysipelothrix, Actinomyces, Treponema pallidum, Leptospira. No ano de 2010, estudo avaliando 319 amostras de E.coli isoladas de pacientes de dois hospitais universitários, Hospital Universitário Pedro Ernesto e Hospital Universitário Gaffree Guinle, com história de infecção urinária comunitária, encontramos que 29,3% destes uropatôgenos eram resistentes à cefalotina. No atual cenário da microbiologia do século XXI às cefalosporinas de primeira geração não são mais uma opção para o tratamento das infecções por germes Gramnegativos, em razão da resistência desenvolvida rapidamente com uso desta na década de setenta, sendo hoje substituídas pelas cefalosporians de segunda, terceira e quarta geração. Não deve ser usada para o tratamento empírico de infecção urinária, pneumonia, osteomielite, doença inflamatória pélvica. Apesar de ser uma alternativa à oxacilina nas infecções leves e moderadas por S.aureus. Sem embargo, a eficácia do tratamento das estafilococcias com as cefalosporinas é inferior à quando comparada o tratamento com à oxacilina. Atualmente a cefalotina ou cefazolina são utilizadas principalmente nas profilaxias das infecções cirúrgicas. Farmacocinética e Farmacodinâmica: É apresentada na forma de sal sódico (cefalotina sódica). Não é absorvida por via oral e, introduzido no organismo por via IM, provoca importante dor no local da injeção. Por este motivo, é utilizada preferencialmente por via IV; para a sua administração por via IM costuma-se associá-la a anestésicos locais. A cefalotina sódica administrada por via IM ou IV deve ter sua dose diária fracionada de 4/4h ou 6/6h. O uso associado da cefalotina com antibióticos aminoglicosídeos e polimixina B aumenta o risco de nefrotoxicidade, sendo possível também um aumento da toxicidade se associada a diuréticos furosemida e ácido etacrínico. Cada 1 g de cefalotina sódica contém 55 a 63 mg de sódio (2,8mEq). A metabolização é principalmente hepática e a eliminação renal. A cefalotina liga-se às proteínas do soro em 65%. Sua meia-vida em adultos é de cerca de meia hora; em recém-nascidos com menos de uma semana é de 1,5 a duas horas. Difunde-se rapidamente pelo organismo, atingindo concentrações ativas no fígado, baço, rins, intestino, pulmões, pele, miocárdio, pericárdio, útero e líquido ascítico, sinovial, pleural e pericárdico e secreção brônquica, barreira placentária. É menor sua concentração biliar e em ossos. Os níveis humor aquoso são baixos. A cefalotina não atravessa regularmente a barreira hematoencefálica, não sendo segura para o tratamento de meningoencefalites. Como as demais cefalosporinas, não penetra adequadamente no meio intracelular e não exerce qualquer ação sobre os mecanismos de defesa do hospedeiro relativos à quimiotaxia, fagocitose e opsonização. A cefazolina também só é empregada por via parenteral e diferencia-se farmacologicamente da cefalotina pela manutenção elevada e prolonda da concentração sérica, o que permite sua utilização em intervalos maiores. A cefalosporinas constituem uma classe de antibióticos de largo espectro de ação, pertencendo ao grupo das beta-lactaminas , substâncias caracterizadas pela presença de um anel beta-lactâmico. As cefalosporinas são antibióticos semi-sintéticos derivados do ácido 7 aminocefalosporânico (7-ACA), o qual foi obtido inicialmente de um antibiótico natural, a cefalosporina C podendo atualmente ser obtido sinteticamente ou a partir da penicilina. Modificações na cadeia lateral ligada ao carbono 3 do 7-ACA afetam as características farmacológicas do antibiótico, ao passo que substituições no anel beta-lactâmico , ou próximas dele, levam a maior ou menor resistêntecia às betalactamases bacterianas ; modificações mais distantes do núcleo , na cadeia lateral, ligada ao carbono 7, tendem a alterar tanto as características farmacológicas quanto bacterianas. CEFALOTINA A cefalotina foi à primeira cefalosporina semi-sintética utilizada no tratamento das infecções bacterianas. É apresentada na forma de sal sódico (cefalotina sódica). Não é absorvida por via oral e, introduzido no organismo por via IM, provoca importante dor no local da injeção. Por este motivo, é utilizada preferencialmente por via IV; para a sua administração por via IM costuma-se associá-la a anestésicos locais. A cefalotina sódica administrada por via IM ou IV deve ter sua dose diária fracionada de 4/4h ou 6/6h. O uso associado da cefalotina com antibióticos aminoglicosídeos e polimixina B aumenta o risco de nefrotoxicidade, sendo possível também um aumento da toxicidade se associada a diuréticos furosemida e ácido etacrínico. Cada 1 g de cefalotina sódica contém 55 a 63 mg de sódio (2,8mEq). A cefalotina não atravessa regularmente a barreira hematoencefálica, não sendo segura para o tratamento de meningoencefalites. Como as demais cefalosporinas, não penetra adequadamente no meio intracelular e não exerce qualquer ação sobre os mecanismos de defesa do hospedeiro relativos à quimiotaxia, fagocitose e opsonização. A metabolização é principalmente hepática e a eliminação renal. A cefalotina, bem como todas as cefalosporinas, é um antibiótico primariamente bactericida, apresentando mecanismo de ação semelhante ao da penicilina G. Assim como esta, a cefalotina e demais cefalosporinas inibem a síntese de peptideoglicanos formadores de parede celular e dos septos das bactérias sensíveis, em crescimento, originando protoplastos osmoticamente instáveis e formas alongadas que vêm sofrer lise osmótica. Ao ligarem-se às PBPs 1b e 3, as cefalosporinas impedem a união das cadeias contendo ácido murâmico e, assim, bloqueiam a síntese dos peptideoglicanos essenciais a normalidade da parede celular. Nos dias atuais a cefalotina pode ser utilizada nas infecções do trato urinário, em infecções estafilocócicas graves adquiridas na comunidade, como broncopneumonia, endocardite bacteriana, osteomielite aguda e sepse. É particularmente indicada na sepse estafilocócica na gestante, devido à concentração terapêutica que atinge no feto e no líquido amniótico e à ausência de toxicidade fetal. Nas infecções por estafilococos produtores de penicinilases, a cefalotina e demais cefalosporinas da primeira geração podem substituir a oxacilina. Desta forma, na atualidade, a indicação terapêutica mais importante da cefalotina são as infecções estafilocócicas sistêmicas, como alternativa a oxacilina. Em situações especiais podem, podem ser empregadas na terapêutica de sífilis e gonorréia e de infecção do trato urinário que necessite de terapêutica parenteral. Além de seu uso terapêutico, pode se utilizada em antibiticoprofilaxia cirúrgica.