Camila Tábata Cardoso Teles
Abordagem
 Infecções em áreas cirúrgicas
 Antibióticoprofilaxia:
-Definição
-Indicação
-Exemplos
 Tétano:
-Prevenção
-Feridas
-Uso de toxóide e Imunoglobulina
Infecções em áreas cirúrgicas
 Definição
Ocorrem em alguma localização ao
longo da área cirúrgica, após o
procedimento cirúrgico
•A IAC é a infecção hospitalar mais comum
•38% de todas as infecções em pacientes cirúrgicos
•0-30 dias após a operação, ou além de um ano após um procedimento que tenha
envolvido implantação de material estranho.
Infecções em áreas cirúrgicas
 Epidemiologia
 Infecções incisionais: 60-80%
 Infecções orgão/espaço: 93% mortalidade das IACs
 Staphylococcus aureus mais comum ( gram +)
 Staphylococcus (coagulase -), Enterococcus e E.Coli
Tratamento das Infecções
Antibioticoprofilaxia
•Definição
Uso de drogas para impedir doenças
causadas por agentes sensíveis a sua
ação
• Infecções Cirúrgicas: assepsia e antissepsia insubstitiíveis
“Deve-se ter em mente que os antibióticos não suprem aos cuidados habituais de assepsia e
anti-sepsia, nem dispensam os princípios fundamentais de tratamento das infecções
cirúrgicas” (Pedro Abdala,1956)
Antibioticoprofilaxia
Riscos e
Desvantagens
• Profilaxia
Indiscriminada
• Resistência
• Modificação na
microbiota normal
• Efeitos Colateriais
• Custo
Benefícios e
Vantagens
• Redução:
mortalidade morbidade
Tempo de Internação
Complicações não
infecciosa
• Menor seleção de estirpes
bacterianas resistentes
Antibioticoprofilaxia
• Critérios
para uso
Profilaxia
Benefícios maior que
desvantagens
uso no pré operatório
imediato e no máximo
até 24 hras
X
Infecção no pós
operatório
Antibiótico ativo
contra o
microrganismo
envolvido na infecção
Esquema e dose
adequada
Avaliação do risco da
infecção (defesa,
tempo de
cirurgia,predisposição
à infecção)
Antibioticoprofilaxia na cirurgia
• Classificação das cirurgias:
- Limpas (< 5 %)
- Potencialmente contaminadas (8-15%)
- Contaminadas (15-20%)
- Infectadas (50%)
Profilaxia em Cirurgias Limpas
 Cirurgia Cardiovascular
-Cirurgias cardíacas com CEC e operações de enxerto e próteses
-Endocardite, endarterite, mediastinite, sepse ( letalidade de 50%)
-Agente: S. aureus, S. epidermidis, enterobactérias
- Cefazolina: Dose inicial de 2g +1g/ 4hrs
- Cefalotina: Dose inicial de 2g + 1g/ 2hrs
*Vancomicina: Dose inicial de 10-15 mg/Kg IV ( repetida a cada 4h de pré e a
cada 8h de pós operatório)
Profilaxia em Cirurgias Limpas
• Cirurgia Pulmonar
- Ressecção Pulmonar
- Cefazolina: dose única de 2g
Profilaxia em Cirurgias Limpas
 Cirurgia Ortopédica
- Inserção de próteses, parafusos e fios metálicos
- Estafilococos e estreptococos anaeróbicos e aeróbicos
- Esquema semelhante a CAC
- Amoxilina com ac. Calvulânico: dose única de 2g IV
• Cirurgia Ginecológica
- Cesariana após ruptura de MA (>6h), trabalho de parte > 12h,
histerectomia em pcte com obesidade/ anemia/DM/ > 3h
- Estafilococos, Escherichia Coli, Proteus e Bacterioides fragilis
- Cefalotina ou cefazolina: dose única 2g
Profilaxia em Cirurgias Potencialmente Contaminadas
 Cirurgia de esôfago, estômago e duodeno
- Esôfago: cocos gram + , enterobactérias anaeróbica
cefalotina, cefazolina ou clindamicina
-Gastroduodenal: acloridria, hemorragias, obstrução
cefazolina ou cefalotina: dose inicial 2g+ 1 ou 2 doses 1g
Profilaxia em Cirurgias Potencialmente Contaminadas
• Cirurgia de Vesícula Biliar
->60 a ou DM, com icterícia obstrutiva ou cálculos biliares em colédoco,
cirurgia prévia de TB, episódio de colecistite (1 mês)
-Escherichia coli e Klebsiella
-Cefazolina (dose única 2g) ou 2g ampicilina + 80g de gentamicina: dose
única
• Cirurgias urológicas
Profilaxia em cirurgias contaminadas
 Apendicectomia
-Enterobactéria e B. fragilis
-Sem supuração: dose única
-Supuradas: 4-5 dias
-Amoxilina/clavulanato; sulbactam/ampicilina; Clindamicina + cefa. 1ª
• Traumatismos Recentes ( < 6hrs)
-Lesões extensas com tec. Desvitalizado,feridas puntiformes profundas
ou penetrantes, que atinjam tendões, articulação, CT , CAB e cérebro.
Cirurgias Infectadas
 Tec. com supuração local, trauma >6h, ferida contaminada com sujeira
ambiental ou fezes, fraturas expostas, perfuração de vísceras ocas.
 TERAPÊUTICA
 Fraturas expostas ou laceradas, penetrantes> 6h
-Estafilococos e Clostrídios: cefalotina e cefalozina IV ou
cefadroxil VO (1-5 dias)
cefalexina ou
• Feridas abdominais com perfuração de alça
-Enterobactérias, anaeróbicos intestinais
-Gentamicina/ceftriaxona + clindamicina/metronidazol (24 hrs)
Tétano
 Definição
Doença extremamente grave e de
mortalidade elevada causada pelo
Clostridium tetani
•Prevenção: Vacinação ( DPT ou DT)
•Duração da imunidade: 10 anos
•Quem vacinar?
Tétano
 Medidas a serem instituídas diante de um tratamento
ESTADO
FERIMENTO
MEDIDAS
I
A
Limpeza, desbridamento
I
B
Limpeza, desbridamento, toxóide
II
A
Limpeza, desbridamento, toxóide
II
B
Limpeza, desbridamento, toxóide, antibiótico
III
A
Limpeza, desbridamento, toxóide,
imunoglobulina
III
B
Limpeza, desbridamento, toxóide,
imunoglobulina
Tétano
 Uso do Toxóide Tetânico
História de vacinação
com toxóides (doses)
Feridas pequenas e
limpas
Todas as outras feridas
Td
TIG
Td
TIG
Desconhecida ou menos
de 3
Sim
Não
Sim
Sim
Mais de 3
Não
Não
Não*
Não
Referências Bibliográficas
 TAVARES, Walter. Antibióticos e quimioterápicos
para o clínico. 2 ed., rev. e atual. São Paulo, SP:
Atheneu, 2009
 SILVA, Penildon. Farmacologia. 2. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1985
 Manual do centro de referência para imunobiológicos
especiais, 2006
 SABISTON, David C. Tratado de cirurgia: as bases
biologicas da pratica cirurgica moderna. 14. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1993
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