Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis 11º Ano de Matemática – A Tema I – Geometria no Plano e no Espaço II Ficha de trabalho nº 3 1. Resolver, da página 80 do seu manual, 1.1. as alíneas a), c) e e) dos exercícios 9 e 10 1.2. o exercício 13 . 1.3. o exercício 11. 2. Considere a equação na variável x: senx = 2k − 1 ,k ∈ ℝ 6 2.1. Mostre que a equação é impossível se k = 4 . 2.2. Determine os valores de k para os quais a equação é possível. 3. Determine o valor máximo e o valor mínimo que podem tomar as expressões seguintes, onde α representa uma amplitude de ângulo. 3.1. 5 senα 3.2. 2 − senα 3.3. 1 + 2 cos α 3.4. cos2 α 3.5. 3 cos2 α + 1 4. Determine para que valores de, k∈IR se tem: 4.1. senα = k −1 ∧ cos α = k + 1 . 2 4.2. senα = − k 2 . 4.3. tgα = 2k − 1 π π ∧α ∈ , 3 3 2 5. Considere a expressão A (α ) = (1 + cos α ) + sen2α 2 5.1. Mostre que A (α ) = 2 + 2 cos α . π 5.2. Calcule o valor de A (α ) , sabendo que tgα = 2 e α ∈ ,2π 2 Professora: Rosa Canelas 1 Ano Lectivo 2010/2011 Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis 11º Ano de Matemática – A Tema I – Geometria no Plano e no Espaço II Ficha de trabalho nº 3 – Proposta de resolução 1. Resolver, da página 80 do seu manual, A partir do sketch, deduzimos as fórmulas: sen2α + cos2 α = 1 e tgα = senα cos α 1.1. Resolvemos as alíneas a), c) e e) dos exercícios 9 e 10 9. Representemos, se possível, no círculo trigonométrico a. α é o ângulo do 2º quadrante, cujo seno é y 2 5 2 α 5 x c. Não existe o ângulo γ , do 4º quadrante, cujo co-seno seja − 2 porque no 4º 5 quadrante todos os ângulos têm coseno positivo. e. Não existe o ângulo µ, quadrante, cujo seno seja − do 3º 6 porque 5 qualquer ângulo tem seno entre –1 e 1. Como − 6 < −1 o ângulo µ não existe. 5 10. Representemos, se possível, no círculo trigonométrico: Professora: Rosa Canelas 2 Ano Lectivo 2010/2011 a. α é o ângulo do 2º quadrante, cuja tangente é – 2 y α x -2 c. γ é o ângulo do 4º quadrante, cuja y 2 tangente é − . 5 γ x 2 5 e. µ é o ângulo do 3º quadrante, cuja y 6 tangente é . 5 6 5 x 1.2. Resolver o exercício 13 da página 80. 13. α é um ângulo, tal que cos α = −0,125 , Calculemos um valor possível, aproximado às décimas, para o valor de α que seja a. Um valor positivo, aproximado às décimas de grau, duma possível amplitude de α é 97,2º Professora: Rosa Canelas 3 Ano Lectivo 2010/2011 b. Um valor negativo, aproximado às décimas de grau, duma possível amplitude de α é –262,8º. c. Um valor maior que 1000, aproximado às décimas de grau, duma possível amplitude de α é 1177,2º. 1.3. Resolver o exercício 11 da página 80. π 11. Consideremos um ângulo θ , do intervalo , π , tal que 2 y senθ = 0,3 1 a. Representemos geometricamente o ângulo θ , no círculo 0,5 trigonométrico. θ b. Usando a calculadora, determinemos um valor, aproximado às milésimas, da amplitude θ . θ ≃ 2,8369 rad O -1 1 -0,5 -1 c. Ainda com a calculadora, calculemos cos θ e tgθ , sem arredondar o valor do ângulo, isto é, utilizando directamente o resultado da alínea anterior. cos ( θ ) ≃ −0,954 e tg ( θ ) ≃ −0,314 d. Agora utilizando métodos exclusivamente analíticos: Da fórmula fundamental da Trigonometria concluímos: 0,32 + cos2 θ = 1 ⇔ cos2 θ = 1 − 0,32 ⇔ cos θ = ± 0,91 ⇔ cos θ = − 0,91 negativo por θ ser um ângulo do 2º quadrante. E assim concluímos que cos ( θ ) ≃ −0,954 . De tgθ = senθ 0,3 resulta que tgθ = e verificamos que tg ( θ ) ≃ −0,314 cos θ − 0,91 2. Considere a equação na variável x: senx = Professora: Rosa Canelas 2k − 1 ,k ∈ ℝ 6 4 Ano Lectivo 2010/2011 x 2.1. Mostremos que a equação é impossível se k = 4 . De facto senx = 2× 4 −1 7 7 ⇔ senx = é uma equação impossível porque > 1 e 6 6 6 −1 ≤ senx ≤ 1 2.2. Determinemos os valores de k para os quais a equação é possível. Os valores de k que façam com que −1 ≤ −1 ≤ 2k − 1 ≤ 1 tornam a equação possível. 6 2k − 1 5 7 5 7 ≤ 1 ⇔ −6 ≤ 2k − 1 ≤ 6 ⇔ −5 ≤ 2k ≤ 7 ⇔ − ≤ k ≤ . Então k ∈ − , 6 2 2 2 2 3. Determine o valor máximo e o valor mínimo que podem tomar as expressões seguintes, onde α representa uma amplitude de ângulo. 3.1. 5 senα . Sabemos que −1 ≤ senα ≤ 1 então −5 ≤ 5senα ≤ 5 . -5 é o valor mínimo e 5 o valor máximo de 5 senα . 3.2. 2 − senα . Sabemos que −1 ≤ senα ≤ 1 então senα ≥ −1 ∧ senα ≤ 1 e se multiplicarmos cada termo de cada inequação por -1 teremos de inverter o sentido das desigualdades para obtermos inequações equivalentes (monotonia parcial da multiplicação) senα ≥ −1 ∧ senα ≤ 1 ⇔ −senα ≤ 1∧ −senα ≥ −1 ⇔ 2 − senα ≤ 3 ∧ 2 − senα ≥ 1 ⇔ 1 ≤ 2 − senα ≤ 3 O valor mínimo será 1 e o máximo 3. Notemos que: −1 ≤ senx ≤ 1 ⇔ senx ≥ −1 ∧ senx ≤ 1 ⇔ −senx ≤ 1 ∧ −senx ≥ −1 ⇔ −1 ≤ −senx ≤ 1 3.3. 1 + 2 cos α . Sabemos que −1 ≤ cos α ≤ 1 ⇔ −2 ≤ 2 cos α ≤ 2 ⇔ −1 ≤ 1 + 2 cos α ≤ 3 . O valor mínimo de 1 + 2 cos α é -1 e o valor máximo é 3. 3.4. cos2 α . Sabemos que −1 ≤ cos α ≤ 1 ⇔ 0 ≤ cos2 α ≤ 1. O máximo de cos2 α é 1 e o mínimo é 0. 3.5. 3 cos2 α + 1 . Sabemos que −1 ≤ cos α ≤ 1 ⇔ 0 ≤ cos2 α ≤ 1 ⇔ 0 ≤ 3 cos2 α ≤ 3 ⇔ 1 ≤ 3 cos2 α + 1 ≤ 4 . O máximo da expressão 3 cos2 α + 1 é 4 e o mínimo é 1. 4. Determine para que valores de, k∈IR se tem: 4.1. Sabendo que senα = k −1 ∧ cos α = k + 1 podemos aplicar a fórmula fundamental da 2 trigonometria. 2 k 2 − 2k + 1 2 2 k − 1 + k + 2k + 1 = 1 ⇔ 2 + ( k + 1) = 1 ⇔ 4 k 2 − 2k + 1 + 4k 2 + 8k = 0 ⇔ 5k 2 + 6k + 1 = 0 ⇔ k = Professora: Rosa Canelas 5 −6 ± 36 − 20 ⇔ 10 Ano Lectivo 2010/2011 k= −6 ± 4 2 1 ⇔k =− ∨ k = −1 ⇔ k = − ∨ k = −1 10 10 5 Então k pode tomar dois valores −1 e − 1 . 5 4.2. Sabendo apenas que senα = −k 2 podemos concluir que −1 ≤ −k 2 ≤ 1 pois o seno de qualquer ângulo toma valores apenas no intervalo [ −1,1] . Estamos perante uma dupla inequação do 2º grau. −1 ≤ −k 2 ≤ 1 ⇔ k 2 − 1 ≤ 0 ∧ −k 2 − 1 ≤ 0 Precisamos de calcular os zeros dos polinómios k 2 − 1 e −k 2 − 1. k 2 − 1 = 0 ⇔ k 2 = 1 ⇔ k = −1 ∨ k = 1 −k 2 − 1 = 0 ⇔ k 2 = −1 que é uma condição impossível por não haver nenhum número real com quadrado negativo. Para resolver a inequação k 2 − 1 ≤ 0 vamos fazer um gráfico que sabemos ser uma parábola e atendendo a que o polinómio tem dois zeros (-1 e 1) e a parábola tem a concavidade voltada para cima ( porque o coeficiente de k2 é positivo). Do gráfico concluímos que k 2 − 1 é não positivo em [1,1]. Para resolver a inequação −k 2 − 1 ≤ 0 vamos fazer um gráfico que sabemos ser uma parábola e atendendo a que o polinómio não tem zeros e a parábola tem a concavidade voltada para baixo (porque o coeficiente de k2 é negativo). Do gráfico concluímos que −k 2 − 1 é não positivo em IR. Finalmente concluímos que −1 ≤ −k 2 ≤ 1 ⇔ k 2 − 1 ≤ 0 ∧ −k 2 − 1 ≤ 0 ⇔ k ∈ [ −1,1] ∧ k ∈ IR ⇔ k ∈ [ −1,1] Então k pode tomar valores em [-1,1]. 4.3. Sabendo que tgα = 2k − 1 π π ∧ α ∈ , , podemos 3 3 2 α construir um círculo trigonométrico para lá analisarmos a situação e verificar que o lado extremidade de Professora: Rosa Canelas 6 Ano Lectivo 2010/2011 π π qualquer ângulo no intervalo , corta a linha da tangente acima do ponto onde o lado 3 2 extremidade do ângulo de tgα ≥ 3 ⇔ π π o faz. Como tg = 3 podemos então concluir que 3 3 2k − 1 1+ 3 3 ≥ 3 ⇔ 2k − 1 ≥ 3 3 ⇔ 2k ≥ 1 + 3 3 ⇔ k ≥ . 3 2 1 + 3 3 Então k pode tomar valores em , +∞ . 2 5. Considere a expressão A (α ) = (1 + cos α ) + sen2α 2 5.1. Para mostrar que A (α ) = 2 + 2cos α vamos desenvolver o quadrado da soma e aplicar a fórmula fundamental da Trigonometria. A (α ) = (1 + cos α ) + sen2α = 1 + 2 cos α + cos2 α + sen2α = 1 + 2 cos α + 1 2 porque sen2α + cos2 α = 1 e portanto A (α ) = 2 + 2cos α como queríamos provar. π 5.2. Queremos calcular o valor de A (α ) e sabemos que tgα = 2 e que α ∈ ,2π . 2 O ângulo α podia estar nos 2º, 3º ou 4º quadrantes mas como a tangente é 2 e a tangente nestes 3 quadrantes só é positiva no 3º concluímos que α pertence ao terceiro quadrante. Sabemos a tangente e para calcular A (α ) precisamos do co-seno, vamos por isso aplicar a fórmula que se deduz da fórmula fundamental e que relaciona estas duas razões trigonométricas: 1 + tg2α = 1 + 22 = 1 cos2 α 1 1 5 ∧ α ∈ 3º Q ⇔ cos2 α = ∧ α ∈ 3º Q ⇔ cos α = − 2 5 5 cos α Agora já só falta substituir em A (α ) = 2 + 2cos α e temos: 5 2 5 10 − 2 5 A (α ) = 2 + 2 × − =2− = 5 5 5 Professora: Rosa Canelas 7 Ano Lectivo 2010/2011