As morais brasileiras
SROUR, Robert Henry. Ética empresarial: posturas
responsáveis na política e nas relações pessoais.
Disciplina: Ética Profissional
Prof.: Suzana Barbosa, Msc
Equipe: André Auras, Diego Franco, Ismael Volpato e Felipe
Michels
DEPS – Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas
Disciplina: Ética Profissional
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Qual é o objetivo da apresentação?
>> Refletir sobre a moral na cultura brasileira
“É fundamental compreender o contexto cultural no qual os
brasileiros desenvolvem suas práticas administrativas ... A cultura
do gestor brasileiro é conhecida internacionalmente pela sua
flexibilidade e adaptabilidade”. BISPO et al (2007).
Sumário:
1. Formalismo e relações de dependência
2. Traços da cultura brasileira
3. A moral da integridade x moral do oportunismo
4. Efeitos da dupla mensagem
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Dinâmica

Pesquisa individual anônima

Responda sim ou não às perguntas;

Não divulgue seus resultados;

O resultado será demonstrado ao final da apresentação.
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Formalismo e relações de dependência


Formalismo – velho traço cultural brasileiro

Discurso x prática

País legal x país real

Códigos de conduta x expedientes espertos
Surge o conceito de duas morais que convivem
“harmonicamente” ainda que sejam antagônicas
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Formalismo e relações de dependência

As melhores práticas de gestão empresarial são
incompatíveis com a cultura brasileira da dupla moral?

A cultura resiste mas se adapta

Exemplo do Japão
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Formalismo e relações de dependência


Relações de dependência:
“Alguns agentes participam das decisões e regalias, muitos
outros se conformam em sua subalternidade... desfrutando de
um feixe de garantias”.

Assimetria e hierarquia (imposição e conformismo)

União e sujeição entre tutores e tutelados

Vínculos de lealdade e fidelidade

Paternalismo para com afilhados e agregados

Reduzem dependentes à menoridade
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Formalismo e relações de dependência

Sistema de mercado x de corporação (baseado nas relações
de dependência)

Mercado:
Exige resultados

Posição social adquirida
Corporação:



Exige “entrar no esquema”, ser um apadrinhado

Posição social atribuída – depende de:



Quantidade e qualidade das relações entre os agentes
Lealdade do protetor e protegido
Traços / história comum
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Formalismo e relações de dependência



As relações de dependência caracterizam a história brasileira
assim como as relações de independência a história norteamericana
Nas últimas décadas a tradicional forma de relação social tem
mudado, mas ainda prevale principalmente na economia
clandestina e informal
“Em uma época na qual a flexibilidade, a agilidade e a
criatividade estão em alta nas organizações, o 'jeitinho' pode
se traduzir em vantagem competitiva para os brasileiros e
suas organizações... Entretanto … a linha que separa 'jeitinho'
da corrupção é muito tênue e precisa ser amplamente
discutida”. BISPO et al (2007).
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Traços da cultura brasileira

Costumeiramente considerado relação de dependência

Alguns traços seculares da identidade brasileira:

Informalidade, afetividade, espontaneidade;

Jeitinho brasileiro e troca de favores;

Levar vantagem rapidamente;

Evitar incertezas;

Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
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Traços da cultura brasileira

Brasil – Predomínio da gestão autoritária?

Novas formas de gestão – É possível?.
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Traços da cultura brasileira
• Características da sociedade brasileira se refletem nas formas
de gestão.
• Historicamente podemos provar que é possível a troca na
maneira de gestão
– Exemplo do controle da força de trabalho no século XIX.
• Relação entre as formas de gestão e relação de propriedade
– Exemplo do trem e do metrô
– Não é exclusividade brasileira
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Traços da cultura brasileira
• Competição inovadora
• Controle sem repreensão
• Inteligência ética
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Traços da cultura brasileira
" E ensinam que a chave da decifração da
dificuldades para realizar mudanças é menos
cultural do que política, embora a dimensão
cultural deva ser ampla e competentemente
administrada." Robert Henry Srour
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A moral da integridade
•Sistema de normas morais que corresponde ao
comportamento considerado decente e virtuoso.
•É a moral ensinada
nas escolas, que está
embutida nos códigos
de leis e que orienta as
mídias mais
responsáveis.
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A moral da integridade
•É o senso comum do que é “correto”, que se apóia em
valores como honestidade, idoneidade, lealdade,
confiabilidade, etc.
•Esses valores, quando praticados ditam quando um sujeito é
digno. Eles devem ser seguidos sem pestanejar, como se
fossem mandamentos, pois ninguém é “meio honesto” ou “de
vez enquanto” confiável.
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A moral da integridade
Numa pesquisa publicada em 2007 foi feita a seguinte pergunta:
“Se alguém é eleito para um cargo público, deve usá-lo em
benefício próprio?”
Concordaram com a pergunta, 40% dos analfabetos; 31% dos
que tinham escolaridade até a 4ª série; 17% dos que tinham
entre 5ª e 8ª séries; 5% dos que tinham cursado o ensino
médio; e apenas 3% dos que tinham nível superior ou mais.
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A moral da integridade
Isso mostra que quanto menor a escolaridade, geralmente,
maior vai ser a propensão das pessoas em aceitar a
corrupção.
Por outro lado, quanto
maior for a
escolaridade, maior é
a consciência do que
é ilícito.
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A moral do oportunismo
•É o sistema de normas morais que correspondem ao
comportamento dito “esperto”, porém egoísta e irresponsável.
•É o famoso “jeitinho brasileiro”, que tem objetivo de fazer o
individuo sair na vantagem, ainda que em detrimento de
outros.
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A moral do oportunismo
•As práticas oportunistas são dissimuladas e informais, e
desfrutam da cumplicidade dos mais íntimos – sejam esses
sócios, amigos, parentes, etc.
•Apesar de abertamente as pessoas afirmarem aderir a moral
da integridade, normalmente, é comum encontrar indivíduos
se vangloriando de utilizar da moral do oportunismo, como
algo positivo.
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A moral do oportunismo
•A moral do oportunismo é assumida por aqueles que colocam à
si mesmo sempre em primeiro lugar, destituindo-se de qualquer
consciência social ou ideal coletivo, considerando que todos os
métodos são justificáveis desde que o objetivo seja atingido, sem
se importar com os meios.
•Normalmente quem utiliza da
moral do oportunismo se justifica
dizendo que a culpa é da
ingenuidade dos que são
prejudicados.
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A moral da integridade x moral do oportunismo
Moral da Integridade
É um sistema
de normas
morais oficiais
do imaginário
brasileiro,
personificado
num
comportamento
de virtude e
decente.
Valores
É ensinada
nas escolas,
Honestidade
nas igrejas,
Lealdade
permeia os
Idoneidade tribunais e a
imprensa
Decoro
consciente.
Lisura
Respeitar a
verdade
Legalidade
Moral do Oportunismo
É o conjunto
de
normas
morais
oficioso,
do
comportament
o
esperto,
egoísta.
Valores
A moral do
oportunismo, o
Se dar bem
“certinho”
é
Malícia
babaca,
ou
Hipocrisia
“inocente”,
é
alguém
que
pode
ser
manipulado ou
tirado
do
caminho
conforme
se
considerar
necessário.
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Os Efeitos da Dupla Mensagem
Duplicidade da moral:
• Agentes com uma cara, ou duas
Efeitos da moral do oportunismo: todos desconfiam de todos, no
âmbito empresarial e pessoal.
• Horror pelo deboche dos oportunistas.
• Pessoas de confiança -> nepotismo
• Baixa credibilidade das principais organizações -> mais
condutas egoístas e mais práticas patrimonialistas
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Os Efeitos da Dupla Mensagem
Perfil do Brasileiro
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Os Efeitos da Dupla Mensagem
Perfil do Brasileiro:
• oscila entre as duas morais
• interesses próprios quando
ameaçados mudam o
comportamento do individuo
• oportunistas de ocasião x mau
caráter.
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Mensagem
“Não tentes ser bem sucedido, tenta antes ser um homem de
valor.”
Albert Einstein
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Perguntas?
Obrigado.
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Download

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