CAPÍTULO
21
Regimes Cambiais
Prepared by:
Fernando Quijano and Yvonn Quijano
© 2004 by Pearson Education
Macroeconomia, 3ª edição
Olivier Blanchard
Capítulo 21: Regimes Cambiais
21-1
Taxas de Câmbio Fixas e Ajuste da
Taxa de Câmbio Real no Médio Prazo
 No médio prazo, a economia atinge a mesma
taxa de câmbio real e o mesmo nível de
produto, independentemente do regime
cambial em que opera, fixo ou flexível.
 Sob taxas de câmbio fixas, o ajuste ocorre por
meio do nível de preços em vez da taxa
nominal de câmbio.
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Demanda Agregada com Taxas de
Câmbio Fixas
 A condição de equilíbrio no mercado de bens é:
Capítulo 21: Regimes Cambiais
Y = C( Y - T ) + I( Y ,r ) + G + NX ( Y ,Y * , ε )
 A taxa real de juros e taxa real de câmbio são
iguais a:
*
EP
r  i  e

P
 Sob taxas de câmbio fixas :
E E
i  i*
 Então, a condição de equilíbrio se torna:
*


EP
*
e
*
Y  C(Y  T )  I (Y , i   )  G  NX  Y , Y ,

P 

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Demanda Agregada com Taxas de
Câmbio Fixas
Capítulo 21: Regimes Cambiais
*


EP
*
e
*
Y  C(Y  T )  I (Y , i   )  G  NX  Y , Y ,

P 

 Vamos nos concentrar aqui na taxa de câmbio
real e nos gastos do governo.
 Portanto, a relação acima foi simplificada
como:
 EP *

Y  Y
, G, T 
 P

(  ,  , )
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Demanda Agregada com Taxas de
Câmbio Fixas
Capítulo 21: Regimes Cambiais
 Na economia fechada, o nível de preço afeta o
produto por meio de seu impacto no estoque
real de moeda:
 M
P      i   Y 
 P
 Na economia aberta, o nível de preços afeta o
produto por meio de seu impacto sobre a taxa
real de câmbio.
 EP * 
P  
   NX   Y 
 P 
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Equilíbrio no Curto e no Médio Prazo
Capítulo 21: Regimes Cambiais
Demanda agregada e
oferta agregada em uma
economia aberta sob
taxas de câmbio fixas
O aumento do nível de
preços leva a uma
apreciação real e a uma
queda do produto: a curva
de demanda agregada é
negativamente inclinada.
O aumento do produto
leva a um aumento do
A relação de demanda agregada é :
nível de preços: a curva
de oferta agregada é
positivamente inclinada.
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Equilíbrio no Curto e
no Médio Prazo
Capítulo 21: Regimes Cambiais
Ajuste sob taxas de
câmbio fixas
A oferta agregada
desloca-se para baixo ao
longo do tempo
provocando uma redução
do nível de preços, uma
depreciação real e um
aumento do produto. O
processo se conclui
quando o produto retorna
a seu nível natural.
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Capítulo 21: Regimes Cambiais
Equilíbrio no Curto
e no Médio Prazo
 Enquanto o produto permanece abaixo de
seu nível natural, o nível de preços cai,
levando a uma depreciação real constante.
 No curto prazo, uma taxa de câmbio nominal
fixa implica uma taxa de câmbio real fixa.
 No médio prazo, uma taxa de câmbio nominal
fixa é consistente com um ajuste da taxa de
câmbio real. O ajuste é obtido por meio de
mudanças no nível de preços.
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Capítulo 21: Regimes Cambiais
Vantagens e Desvantagens da
Desvalorização
 Uma vantagem da desvalorização (um
aumento na taxa nominal de câmbio) é que,
em um regime de câmbio fixo, ela provoca
uma depreciação real (um aumento na taxa
real de câmbio) e, portanto, um aumento do
produto.
 Uma desvalorização da magnitude certa pode
levar uma economia em recessão de volta a
seu nível natural de produto.
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Vantagens e Desvantagens da
Desvalorização
Capítulo 21: Regimes Cambiais
Ajuste com uma
desvalorização
Uma desvalorização da
magnitude certa pode
deslocar a demanda
agregada para a direita,
movendo a economia
para o ponto C. Neste
ponto, o produto está de
volta a seu nível natural,
e a taxa real de câmbio é
igual à do ponto B.
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Vantagens e Desvantagens da
Desvalorização
 As desvantagens da desvalorização são:
Capítulo 21: Regimes Cambiais
 Na realidade, é difícil obter a desvalorização do
“tamanho certo".
 Os efeitos iniciais de uma depreciação sobre o
produto podem ser contracionistas.
 O preço dos bens importados aumenta, elevando
o preço da cesta de consumo. Isto leva os
trabalhadores a reivindicar salários nominais mais
altos, forçando as empresas a elevar seus preços
também.
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Capítulo 21: Regimes Cambiais
O Retorno da Grã-Bretanha ao
Padrão-Ouro: Keynes versus Churchill
 O padrão-ouro era um sistema no qual cada
país fixava o preço de sua moeda em termos
de ouro. Esse sistema implicava em taxas
nominais de câmbio fixas entre os países.
 Em 1925, a Grã-Bretanha decidiu retornar ao
padrão ouro. Isso implicou em uma grande
apreciação real da libra. A sobrevalorização da
libra é uma das razões do fraco desempenho
econômico da Grã-Bretanha após a Primeira
Guerra Mundial.
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Capítulo 21: Regimes Cambiais
21-2
Crises Cambiais sob Taxas de
Câmbio Fixas
 A inflação elevada, ou o aumento crescente dos
preços dos bens nacionais, leva a uma
apreciação real contínua e a uma piora
constante da posição do balanço comercial.
 A redução da taxa de juros interna desencadeia
um aumento na taxa de câmbio nominal, ou
uma depreciação nominal.
 O tamanho da desvalorização pode ser
estimado usando a condição de paridade dos
juros.
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Capítulo 21: Regimes Cambiais
Crises Cambiais sob Taxas de
Câmbio Fixas
 Sob taxas de câmbio fixas, se os mercados
esperam que a paridade seja mantida, então
acreditam que a condição de paridade de
juros será satisfeita; portanto, as taxas de
juros interna e externa devem ser iguais.
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e
E
t 1  E t
*
it  i t 
Et
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Capítulo 21: Regimes Cambiais
Crises Cambiais sob Taxas de
Câmbio Fixas
 Expectativas de desvalorização iminente
podem deflagrar uma crise cambial.
O governo tem duas opções:
 Entregar os pontos e desvalorizar.
 Lutar e manter a paridade, ao custo de taxas de
juro muito altas e de uma potencial recessão.
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Capítulo 21: Regimes Cambiais
A Crise de 1992 no SME
 Realinhamentos são ajustes de paridade
entre moedas.
 A Crise de Setembro de 1992 do SME
(Sistema Monetário Europeu) resultou da
certeza de que vários países logo
promoveriam uma desvalorização. Alguns
países se defenderam aumentando as taxas
de juros do overnight em até 500%.
 No final, alguns países desvalorizaram, outros
saíram do SME e outros permaneceram.
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21-3
Movimentos da Taxa de Câmbio em
Regimes de Câmbio Flexível
 A taxa de câmbio atual depende de:
Capítulo 21: Regimes Cambiais
 Das taxas de juros interna e externa atuais e futuras
esperadas para cada ano, durante um dado período.
 Da taxa de câmbio esperada no final do período.
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Movimentos da Taxa de Câmbio em
Regimes de Câmbio Flexível
Capítulo 21: Regimes Cambiais
 Fatores que influenciam a taxa de câmbio
atual:
 Qualquer fator que altere a taxa de câmbio futura
esperada. Por exemplo, previsões do saldo em
conta corrente. Déficits comerciais podem levar a
uma depreciação.
 Qualquer fator que altere as taxas de juros
internas e externas atuais e futuras esperadas.
Por exemplo, previsões de taxas de juros de curto
prazo altas no futuro.
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Capítulo 21: Regimes Cambiais
21-4
Escolhendo entre Regimes de
Câmbio
 No curto prazo, sob taxas câmbio fixas um
país abre mão de seu controle da taxa de
juros e da taxa de câmbio.
 Além disso,a previsão de que um país esteja
na iminência de desvalorizar sua moeda pode
levar os investidores a exigir taxas de juros
muito altas.
 Um argumento contra a taxa de câmbio
flexível é o de que ela pode oscilar muito e
tornar difícil seu controle através de uma
política monetária.
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Escolhendo entre Regimes de
Câmbio
Capítulo 21: Regimes Cambiais
 Em geral, as taxas de câmbio flexíveis são
preferíveis às fixas, exceto quando:
 Um grupo de países já está estreitamente
integrado.
 Um banco central não inspira confiança.
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Capítulo 21: Regimes Cambiais
Áreas Monetárias Comuns
 Para que países constituam uma área
monetária comum, é necessário satisfazer
duas condições:
 Os países devem experimentar choques
semelhantes; nesse caso, escolherão basicamente
as mesmas políticas.
 Os países devem ter uma alta mobilidade de
fatores, o que permite seu ajuste a choques.
 Uma moeda comum, como o euro, permite
que os países diminuam os custos das
transações comerciais.
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Capítulo 21: Regimes Cambiais
Euro: Uma Breve História
 A União Monetária Européia (UME) foi
consolidada sob o Tratado de Maastricht.
 Em janeiro de 1999, as paridades entre as 11
moedas e o euro foram fixadas
"irrevogovelmente".
 O novo Banco Central Europeu (BCE),
sediado em Frankfurt, tornou-se responsável
pela política monetária da zona do euro.
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Capítulo 21: Regimes Cambiais
Âncoras Cambiais Estritas, Conselhos
Monetários e Dolarização
 Uma maneira de convencer os mercados
financeiros sobre a seriedade de um país em
reduzir o crescimento da moeda é pedir que
fixe sua taxa de câmbio, agora e no futuro.
 Uma âncora cambial estrita é o mecanismo
simbólico ou técnico pelo qual um país
planeja manter a paridade da taxa de câmbio.
 A dolarização é uma forma extrema de
âncora cambial estrita. Uma forma menos
extrema é usar o conselho monetário
envolvendo o banco central.
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Capítulo 21: Regimes Cambiais
Termos-Chave





padrão-ouro
realinhamentos
taxa de juros do overnight
área monetária comum
euro
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




Tratado de Maastricht
Banco Central Europeu(BCE)
âncora cambial
dolarização
conselho monetário
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