ANÁLISE DOS SERVIÇOS PRESTADOS PELA ESCOLA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE À LUZ DA ESTRATÉGIA DE MARKETING SOCIAL: ESTUDO EXPLORATÓRIO DA FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL NA COMUNIDADE ESCOLAR DE ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ Evelize Welzel – UNIVALI Anna Paula da Silva – UNIVALI Resumo A responsabilidade social corporativa é um tema emergente e ainda em difusão no Brasil, mas já é possível identificar práticas organizacionais que abarquem seus princípios como filosofia de gestão. O objetivo é provocar um impacto efetivo que resultará em uma transformação dentro da sociedade, no que se refere a temas específicos tais como a preservação do meioambiente, entre outros. Para que estas transformações sociais ocorram efetivamente, utiliza-se estratégias do marketing social para implantar, organizar e controlar os projetos ou campanhas sociais. Entretanto, percebe-se que a avaliação dos resultados desses esforços na população de adotantes escolhidos como alvo, carecem de um estudo mais detalhado, de modo a contribuir na reformulação de novas estratégias. Neste contexto surge a relevância deste estudo para o conhecimento científico, pois o presente artigo tem como tema central a análise da contribuição dos serviços prestados pela Escola Municipal do Meio Ambiente à formação da conscientização ambiental na comunidade escolar do ensino fundamental do município de São José, no período de agosto de 2002. Com este estudo, espera-se possibilitar a disseminação das informações acerca da descrição e análise comparativa dos processos teóricos e práticos do marketing social e da responsabilidade social. 1 INTRODUÇÃO As questões ora rotuladas como ecológicas ora designadas como ambientais ingressaram tão assiduamente no cotidiano que passaram a ser discutidas em todos os segmentos sociais. Como conseqüência deste questionamento, ocorre um aumento da pressão da sociedade sobre o papel do Estado forçando-o a priorizar a preservação do meio ambiente que, por sua vez, repercutem intensamente na área da prestação dos serviços públicos. Nesse contexto, os governos federais, estaduais e municipais promovem, por exemplo, visitação e uso dos parques ambientais nacionais promovendo o entretenimento e a recreação dos seus visitantes. Objetivando assim, readequar os padrões de uso dos recursos naturais e fazer com que todos compreendam a importância e a dimensão da necessidade de preservação, não só das unidades de conservação (parques nacionais ambientais), mas principalmente do meio ambiente em que os seres humanos estão inseridos no seu dia-a-dia. A compreensão da questão ambiental torna necessária a educação como prática para o desenvolvimento da consciência crítica da sociedade. A educação ambiental apresenta-se como nova dimensão que contempla toda uma recente discussão sobre as questões relativas ao meio ambiente. Ela implica em profundas modificações de conhecimentos, valores e atitudes até então plenamente aceitos, mas que são questionáveis ou mesmo inteiramente rejeitáveis diante de uma realidade ambientalmente mais saudável. Esse processo é construído com a participação do indivíduo e da coletividade, onde juntos constroem valores sociais, adquirem conhecimento sobre o meio em que os cerca, tomam atitudes para preservá- lo, exercem competências e habilidades voltadas para a conquista e manutenção de um meio ambiente ecologicamente equilibrado. No Brasil a preservação do ambiente ganhou destaque a partir da o Constituição Federal de 1988, pois em nenhum outro texto constitucional brasileiro havia a menção da importância do meio ambiente. Assim, a administração dos recursos ambientais tornou-se um ponto essencial para a sustentação do desenvolvimento social e econômico do Estado e, conseqüentemente, dos seus municípios. Em relação ao município de São José, Farias (2001, p.55), aponta os principais problemas ambientais decorrentes da ocupação desordenada do espaço geográfico municipal, são eles: a derrubada de árvores nobres; aterro de grandes áreas de mangues e banhados para a construção civil; poluição de praias com dejetos e esgotos (domésticos, comerciais e industriais); poluição sonora; poluição de rios e córregos, exterminando a espécie nativa e facilitando a criação de mosquitos, proliferadores de doenças; pesca e caça indiscriminada, o que levou à quase extinção das espécies existentes; abandono das atividades tradicionais como a agricultura; desinteresse quase total pela pesca devido à redução dos pescados. A realidade ambiental do município não difere da maioria das cidades modernas. Contudo, o município conta com políticas e metas que promovem a proteção do meio ambiente. Destaca-se aqui o projeto desenvolvido pela Prefeitura Municipal de São José, a qual apóia a proposta de educação ambiental através da manutenção da Escola Municipal do Meio Ambiente – EMMA. A Escola Municipal do Meio Ambiente tem como finalidade oferecer uma série de atividades ligadas ao desenvolvimento da consciência ecológica dos cidadãos josefenses, principalmente das crianças da rede escolar estabelecida no município. Seu objetivo principal é refletir e discutir com os educandos e educadores sobre a ação do homem no ambiente, enfocando os problemas e as potencialidades ambientais no contexto local e mundial, visando desenvolver um processo de sensibilização e mudança de atitudes e valores em relação à natureza. Trata-se, portanto, de um projeto que objetiva a mudança social, através da experiência vivencial do indivíduo junto a natureza. Por outro lado, sendo esta uma atividade pública a qual utiliza os recursos da sociedade, há de se ana lisar se os seus esforços estão surtindo os efeitos desejados. Neste contexto, no presente artigo pretende-se analisar a contribuição dos serviços prestados pela Escola Municipal do Meio Ambiente à formação da conscientização ambiental na comunidade escola r do ensino fundamental de São José, em agosto de 2002. As teorias utilizadas nesta avaliação partem do conceito de responsabilidade social corporativa incorporada à gestão ambiental e a utilização da estratégia de marketing social para modificação de comportamentos relativos a educação ambiental. 2 A RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA E A GESTÃO AMBIENTAL As rápidas e profundas mudanças provocadas pela globalização na ordem ambiental mundial forçaram as organizações a repensar seu papel nesse processo. Com isso surgiu uma nova consciência na qual a sociedade percebeu que somente com a parceria entre empresas, governo e indivíduos é possível promover um maior progresso e desenvolvimento social, humano, econômico e ambiental. Para entender essa consciência, parte-se do conceito de responsabilidade social corporativa. Ashley (2002), a define como o compromisso que as organizações expressam por meio de atos e atitudes que afetam de modo amplo e positivo ou de modo específico, a alguma comunidade, agindo proativamente e coerentemente no que tange a seu papel específico na sociedade e a sua prestação de contas com ela. A organização, nesse sentido, assume obrigações de caráter moral, além das estabelecidas em lei, mesmo que não diretamente vinculadas a suas atividades, mas que possam contribuir para o desenvolvimento sustentável dos povos. Fontes (2001, p.16) complementa que “(...) o social não pode ser visto como um mero gasto, mas como um grande investimento. Isso principalmente quando estiver vinculado à promoção do desenvolvimento humano e social”. Assim, numa visão expandida, responsabilidade social corporativa é toda e qualquer ação que possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade, possibilitando que as organizações demonstrem seu comprometimento. A responsabilidade social na prática acontece através da realização de trabalhos significativos que sinalizam para o desencadeamento de novos paradigmas de gestão organizacional, tanto na esfera pública quanto privada. Alguns mecanismos já estão sendo propostos em forma de lei para que se assegure a alocação de recursos para gastos sociais por todas as organizações. Logicamente, o exemplo mais recente dessa tendência é o estabelecimento do conceito de balanço social. Além da demonstração contábil, exigida pela lei, as empresas ficam responsáveis pela elaboração de um balanço social, onde deverão prestar contas sobre o que foi gasto com doações ou benefícios sociais para seus funcionários, familiares e membros da comunidade. No entanto, o simples cumprimento das obrigações legais não será considerado como comportamento socialmente responsável, mas como uma obrigação social. Não sendo esta a intenção, cabe às organizações públicas e privadas agirem de maneira responsável de forma que exerçam a sua obrigação moral com a sociedade. Inicialmente, a impressão que se pode ter é que a idéia de responsabilidade social, bem como suas ferramentas de análise, foram idealizados para a iniciativa privada. No entanto, a utilização desta metodologia de ava liação social é de grande importância, pois requer que o setor público, incluindo as prefeituras, governos estaduais e respectivas secretarias, universidades e organizações não governamentais venham a aderir esta proposta para que a sociedade possa conferir a atuação destas no meio em que estão estabelecidas. A diferença estaria na cobrança, inevitavelmente maior na esfera pública (SOUZA,1997), isto porque, espera-se que o setor público se esforce para implementar as políticas sociais de modo eficiente, sem deixar de representar a política formal de interesses públicos que garantam a melhoria da qualidade de vida da coletividade. Portanto, é possível observar o significado da responsabilidade social para a administração pública quando o assunto é a preservação do meio ambiente. A característica marcante do ambiente de hoje é a velocidade com que ele está se deteriorando. Não que os problemas ambientais, sejam novos, o fato preocupante é o aumento destes problemas que ameaçam tornar-se incontroláveis. Grande parte desta deterioração decorre de medidas desvairadas e substitutivas, que escoram, adiam, porém não resolvem a realidade dos problemas ambientais.. Por outro lado, Guimarães (1995, p.12), registra que, nas sociedades atuais o ser humano afasta-se da natureza. A individualização chega a tal ponto que torna o ser humano, totalmente desintegrado do todo, e não percebe mais as relações de equilíbrio da natureza. Age de forma totalmente desarmônica sobre o ambiente, causando grandes desequilíbrios ambientais. A explicação desse comportamento parece estar fundamentado em que: o mundo é superpovoado e as cidades substituem com seus atrativos artificiais a beleza natural, e o homem corre o risco de sufocar-se em seu próprio lixo. Os lagos e o mar, inevitavelmente poluídos. O ar está irrespirável em muitas cidades e o lixo urbano e industrial acumula -se por toda parte. As pragas ceifam os campos agrícolas e os agrotóxicos utilizados para impedir sua proliferação concorrem para o aumento da poluição das águas e o envenenamento da população (GONÇALVES apud GUIMARÃES, 1995, p.12). Diante disso, observa-se que há uma pressão exercida por muitos setores da sociedade, principalmente em países desenvolvidos, levando as organizações de todo o mundo a adotar políticas ambientalistas e a incorporá- las de modo efetivo ao planejamento estratégico de suas organizações. Segundo Boos, Panceri e Eggers (1996), as exigências da clientela que procura por produtos menos agressivos ao ambiente aliada ao surgimento de leis ambientais mais rígidas têm se transformado, entre outros fatores, num dos sustentáculos dessa nova postura. Evidentemente muitos empresários vêem o meio ambiente ainda como um obstáculo. No entanto, nesse caso, a globalização econômica tem se transformado numa aliada, pois exige das empresas que competem em nível mundial a observância de critérios de qualidade internacionalmente estabelecidos, dos quais é possível destacar os relacionados à qualidade ambiental. Dentro dessa concepção de buscar a preservação do ambiente, foi criada pela Organização Internacional para a Padronização – ISO (International Organization for Standardization). uma norma ambiental, denominada ISO 14000. Assim, como a norma ISO 9000 trata da implementação de sistemas de qualidade total, a ISO 14000 é o conjunto de normas, que visa a estabelecer diretrizes para a implementação de sistemas de gestão da qualidade ambiental nas diversas atividades econômicas que possam impactar o meio ambiente para a avaliação de certificação desses sistemas, com metodologias aceitas internacionalmente (MARSHALL,2001, p.82). Segundo Tibor e Feldman (1996, p.20), as normas ISO 14000 descrevem os elementos básicos de um sistema de gestão ambiental eficaz, rotineiramente chamado de EMS (Environmental Management System) ou, especificamente no Brasil, chamado de SGA (Sistema de Gestão Ambiental). Seus elementos incluem a criação de uma política ambiental, o estabelecimento de objetivos e alvos, a implementação de um programa para alcançar esses objetivos, a monitoração e medição de sua eficácia, a correção de problemas e a análise e revisão do sistema para aperfeiçoá-lo e melhorar o desempenho ambiental geral. Assim, as normas ISO 14000 de certificação ambiental, a atuação responsável e a gestão ambiental, surgiram como novos marcos, provocando as organizações a voltarem a atenção para suas responsabilidades e imagem, e não mais para o valor monetário das penalidades recebidas. Atualmente a gestão ambiental insere-se em todo um processo de políticas adotadas pelo governo, que, por sua vez, age intervindo na órbita privada (MARSHALL, 2001, p.81). Nesse sentido, a Constituição Federal de 1988 ao abordar de forma global e abrangente o uso da água, das florestas, da caça, da pesca, da energia nuclear, das jazidas, e ao dispor sobre a proteção à saúde humana, delegou poderes à administração pública através dos órgãos competentes para que façam cumprir normas e princípios legais para um perfeito equilíbrio nas relações do homem com o meio ambiente. No entanto, a legislação por si só, não pode impor o interesse comum, faz-se necessário a conscientização e o apoio da comunidade implicando na maior participação pública nas decisões que afetam o meio ambiente. A necessidade de formação de um satisfatório nível de consciência ecológica por parte das comunidades, é identificada como um dos fatores mais importantes para o sucesso de ações e medidas de proteção e melhoria da qualidade ambiental. Entende-se que esta consciência pode ser desenvolvida a partir da educação ambiental, visando uma campanha de mudança social, a qual venha contribuir para a preservação do meio ambiente. 3 ESTRATÉGIA DE MARKETING SOCIAL E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: contextualização da EMMA A expressão marketing social surgiu nos Estados Unidos em 1971, com a publicação do artigo intitulado Social Marketing: An Approach to Planned Social Change no Journal of Marketing, escrito por Kotler e Zaltman. O objetivo dos autores, na época, era estudar as aplicações do marketing que contribuíssem para a busca e o encaminhamento de soluções para as diversas questões sociais (SHIAVO, 2002). O ressurgimento do debate acerca do marketing social na esfera organizacional resulta do agravamento de problemas decorrentes da má distribuição de renda, do desgaste ambiental, da deficiência nos processos educacionais e da saúde, fazendo com que as organizações incluam em seus programas de gestão ações que abarquem a responsabilidade por estas deficiências. Nesse sentido, o foco do marketing social é a promoção da mudança social no intuito de solucionar determinados problemas sociais coletivos, não simplesmente a satisfação individual (ANDREASEN, 2002, p.59). O princípio fundamental é promover a mudança social, procurando fazer com que um grupo de agentes sociais, defensores de uma causa social e munidos de instrumentos de marketing, convençam o seu público-alvo a aderir ou modificar, ou até mesmo, abandonar práticas, idéias ou comportamentos. Para tanto, Kotler e Roberto (1992, p.25) esclarecem que a estratégia de mudança de comportamento “(...) combina os melhores elementos das abordagens tradicionais da mudança social num esquema integrado de planejamento e ação e aproveita os avanços na tecnologia das comunicações e na capacidade de marketing”. Em muitos casos, essa mudança de comportamento é resultado de uma série de etapas intermediárias, nas quais entende-se que na medida em que as pessoas possam discutir suas percepções e vivenciar experiências conscientizadoras, irão processar as informações de uma melhor forma e maior será a probabilidade de aceitarem mudanças. A mudança social pode ser classificada em duas dimensões: a temporal (curto e longo prazo) e o grau de amplitude social (indivíduo, grupo, sociedade) (ZALTMAN, 1977). O autor também classifica a mudança social como planejada e não-planejado. Complementando esta classificação Kotler e Roberto (1992), consideram somente a planejada, elencando quatro níveis de profundidade segundo a incorporação pelo grupo social: cognitivo (refere-se à passagem de informações ao público alvo sobre o objeto de mudança), ativo (processo que procura induzir um conjunto de indivíduos a realizar uma determinada ação), comportamental (inserem-se campanhas para desencorajar vícios ou alterar hábitos) e valorativo (mudar os valores dos indivíduos). No entanto, Fontes (2001) esclarece que quando o marketing social é utilizado deve haver uma honesta consciência dos agentes sociais sobre seus atos, em benefício de todo o grupo social, para se restabelecer uma nova ordem social, com maior confiança dos cidadãos neles próprios e nas instituições. Isso inclui o papel das agências governamentais e o próprio governo que continuam sendo vistos com grande desconfiança por uma parcela significativa da sociedade. Originar a mudança social que melhore a qualidade de vida da sociedade como um todo é o objetivo do marketing social e um desafio da esfera pública. Para tanto, a administração pública possui organismos administrativos para prestação de serviços que satisfaçam necessidades essenciais ou secundárias da coletividade. Kotler (1978, p.334) destaca o papel das agências do governo, que como outras organizações, estão rodeadas por diversos públicos com os quais deverão manter boas relações. O papel do marketing na agência será estabelecer as necessidades de seus vários públicos, desenvolver os produtos e serviços adequados, arranjar sua distribuição e comunicação eficientes e aferir o grau de satisfação. A seguir são apresentados quatro tipos de agências governamentais. TIPO Agência do governo do tipo empresarial FUNÇÃO Produz bens e serviços para vender Agência do governo do Produz e dissemina serviços, tipo de serviço sem cobrança direta dos usuários EXEMPLOS Serviço postal, pedágio das estradas de rodagem, indústrias nacionalizadas Escolas públicas, bibliotecas públicas, departamento de polícia e corpo de bombeiros, parques, hospitais públicos, comissões de estradas de rodagem, escritórios governamentais de turismo Agência do governo do Efetua transformações unilaterais Administração de segurança social, tipo de transferência de dinheiro departamentos municipais e estaduais de assistência social, serviço de receita federal Agência do governo do Existe para regular a liberdade Penitenciárias, tribunais, comissões federais de tipo de intervenção de algum grupo, a fim de promover comércio, comissão federal de alimentos e o interesse público drogas Figura 1: Quatro tipos de agências do governo Fonte: Kotler (1978, p.335). Assim, é possível verificar que a EMMA, vinculada a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, enquadra-se no grupo de agência do governo do tipo de serviço, pois trata da produção e disseminação de serviços sem cobrança direta dos usuários. Neste formato, os usuários poderão pagar como contribuintes de impostos, mas não como usuários. As agências públicas que não preenchem satisfatoriamente as necessidades de seus usuários estão sujeitas a críticas por parte dos grupos de interesse público e da mídia, assim como podem sofrer a perda do custeamento de suas atividades. Por outro lado, esse tipo de agência terá de tomar decisões sobre que grupos serão servidos, quais de suas necessidades serão satisfeitas, que nível de serviço será oferecido e quanto será gasto para comunicar e distribuir os serviços disponíveis. Isto é, essas agências realizam as funções tradicionais de marketing, de análise de mercado, de projeto de produto e serviço, de distribuição, comunicação e promoção. A única função tradicional de marketing que elas não realizam é a determinação de preço, porque o usuário não é cobrado diretamente pelo serviço. A seguir, na figura 2, são apresentados os principais serviços da EMMA que podem variar desde o serviço de sensibilização e conscientização dos diretores e professores das escolas feito através de reuniões, até o aprendizado vivencial através de experiências recreativas. SERVIÇO DESCRIÇÃO DO SERVIÇO Trilha Interpretativa Conhecimento da flora e fauna, solo, água, na Mata Atlântica sucessão da mata Área de Lazer Recreação feita através de jogos e brincadeiras Aulas teóricas Palestras e seminários sobre a educação ambiental Aulas práticas Aulas práticas como: análise e purificação da água Pomar Demonstrativo Observação e fornecimento de frutas Viveiro de Mudas Plantio de sementes para serem utilizadas em práticas de educação ambiental e recuperação de áreas degradadas Minhocário Produção de húmus e criação de minhocas CARACTERÍSTICAS FÍSICAS com aproximadamente 1,6 Km, 7 pontes sob um córrego 1 campo de futebol e 6 brinquedos como escorregador, balanço, etc Auditório programado para a recepção de visitantes, com 100 cadeiras, tv, vídeo Laboratório programado para pesquisas científicas Frutas cítricas 2 estufas de proteção de mudas nativas e exóticas Área coberta destinada a produção de húmus Açude Criação de peixes para demonstração Lago artificial de água doce Horta Medicinal demonstração Canteiros divididos por espécies de plantas como: arnica, babosa, hortelã, etc. Biblioteca Leitura e pesquisa de livros didáticos e Sala com livros e computador científicos relacionados ao meio ambiente Figura 2: Quadro descritivo dos ambientes e serviços da EMMA Fonte: Dados primários (2002). Destaca-se ainda, que no caso da EMMA os serviços prestados objetivam esclarecer as principais causas da destruição ambiental, bem como oportunizar de modo prático a eficácia da ação social coletiva para remediá- la. Portanto, as atividades desenvolvidas não estão limitadas ao nível informacional, mas sim concentra-se em elevar o nível de consciência da importância da preservação ambiental, a partir da educação ambiental. A definição da educação ambiental, segundo Pátio (2001, p.19), foi acordada no Congresso Internacional de Educação e Formação sobre o Meio Ambiente, sediada em Moscou no ano de 1987, onde entendeu-se que: a educação ambiental é um processo permanente no qual indivíduos e as comunidades adquirem consciência do seu meio e aprendem os conhecimentos, os valores, as habilidades, a experiência e também a determinação que lhes capacite para agir, individual e coletivamente, na resolução dos problemas ambientais presentes e futuros. Seria óbvio afirmar que o objetivo da educação ambiental é a resolução dos problemas ambientais presentes e futuros. Entretanto, trata-se de uma finalidade mais do que de um objetivo, onde conecta-se a ação com as aspirações, formando um todo, pois caracteriza-se por incorporar as dimensões sociais, políticas, econômicas, culturais, ecológicas e éticas. A educação ambiental poderia considerar o meio ambiente em sua totalidade, ser contínua, atingir todas as faixas de idade, ocorrer dentro e fora da escola e examinar as questões ambientais locais, nacionais e internacionais, sob um enfoque interdisciplinar (DIAS, 1994). Portanto, a educação ambiental está ligada ao entendimento de um conceito que envolve o ambiente, compreendido como o conjunto dos sistemas físicos, ecológicos, econômicos e socioculturais, com efeito direto ou indireto sobre os organismos e a qualidade de vida do homem. Nesse sentido Guimarães (1995, p.15), esclarece que a educação ambiental tem o importante papel de fomentar a percepção da necessária integração do ser humano com o meio ambiente, tornando-o consciente do equilíbrio dinâmico na natureza, possibilitada por meio de novos conhecimentos, valores e atitudes de modo a transformar o atual quadro ambiental do nosso planeta. Para garantir a efetividade desse processo, a Carta Magna determina como uma das obrigações do poder público a promoção da educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública. Para tanto, há quase 10 anos, foi aprovado o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global durante a Conferência Rio-92 (IBAMA, 2001). Este tratado, assim como a educação, é um processo dinâmico, em permanente construção. Portanto, a educação ambiental é um processo participativo através do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, adquirem conhecimentos, atitudes e habilidades voltadas para a conquista e manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado. Complementando esta idéia Pátio (2001, p.32), salienta que as escolas colaborativas são as mais eficazes para o desenvolvimento deste processo. Assim, observa-se a necessidade de áreas específicas para visitação, com condições e infra-estrutura adequadas, capazes de atender com segurança e qualidade aos anseios e objetivos da educação ambiental. Assim, diante dos diversos problemas ambientais de São José, a Escola Municipal do Meio Ambiente de São José, pretende oportunizar aos educandos e cidadãos, o acesso às informações de caráter ambiental, visando a recuperação e preservação do meio ambiente, colaborando com as escolas de ensino fundamental. O Parque Temático Ambiental dos Sabiás foi designado para acolher o projeto de preservação do meio ambiente, o qual promove campanhas sociais para mudar as atitudes e o comportamento da população de São José. Entretanto, sendo o marketing social uma verdadeira forma de exercício de responsabilidade social que objetiva a mudança social, e por tratar-se de uma metodologia baseada em normas éticas, requer uma avaliação ética de seus produtos e programas, no intuito se houve contribuições voltadas à melhoria da condição humana coletiva (Ashley,2002; Andreasen, 2002; Fontes, 2001). Corroborando com esta idéia, Kotler e Roberto (1992) salientam ainda que, por ser objetivo do projeto os efeitos intencionais de um programa devem ser avaliados, determinando até que ponto um programa e seus componentes ‘causaram’ os efeitos intencionais e se outras causas plausíveis podem ter levado ao resultado. No caso da EMMA a avaliação está relacionada com seu objetivo principal que é “proporcionar aos educandos, educadores e cidadãos uma visão holística no ensino da educação ambiental, buscando a consciência ecológica para modificar atitudes em relação ao ambiente” (EMMA, 2001). Para tanto, a escola possui uma capacidade ótima de atendimento de 40 alunos por período, ou seja, em um dia a EMMA pode receber até 80 alunos de séries variadas. A escola conta com uma equipe de professores das áreas da geografia, química, biologia, oceanografia, educação física e pedagogia, e em média costuma receber 1600 alunos por mês para visitação. O público-alvo da EMMA compreende os alunos da pré-escola ao ensino superior da rede de ensino público e particular, e outros setores da sociedade josefense (organizações não governamentais, escoteiros, entidades comunitárias e religiosas, etc). Pode-se incluir também outros municípios que estando interessados em realizar um trabalho semelhante, tem a EMMA como modelo. No entanto, as escolas são os clientes potenciais, pois demandam a visitação com a proposta de educação ambiental. Destaca-se mais especificamente os alunos da rede de ensino fundamental de São José, que são o foco principal da proposta de trabalho de educação ambiental da EMMA. Segundo a Lei Municipal nº 3623, de 11 de dezembro de 2000, a administração da Escola é de responsabilidade da Fundação Municipal do Meio Ambiente e Agricultura – Pedra Branca e as despesas correm por conta da dotação orçamentária da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Em agosto de 2002, o custo de manutenção mensal da EMMA estava em torno de R$ 15.492,00. Neste montante, estão inclusas as despesas com folha de pagamento dos funcionários, capacitação dos professores, manutenção (material de expediente, limpeza, pedagógico e equipamentos), luz e combustível para abastecer o ônibus que transporta as turmas de alunos visitantes. Ao calcular o valor gasto mensalmente pela escola juntamente com a quantidade de alunos visitantes, é possível perceber que esse custo não é muito alto. Pois cada aluno atendido na escola terá um custo de R$ 9,68. Sem contar o retorno significativo que esse investimento trará, pois ao visitar a escola pretende-se elevar a consciência ambiental dos alunos. Essa transformação acarretará num maior cuidado com o lixo, a busca de amparo nas fiscalizações ambientais, etc. Assim, diminuirá os gastos do Município de São José ao reparar os estragos feitos pela falta de cuidado da comunidade. Percebe-se então, que fica faltando a avaliação dos resultados efetivos da EMMA na conscientização do seu público-adotante. 4 METODOLOGIA DA PESQUISA No intuito de aferir o grau de contribuição da Escola Municipal do Meio Ambiente para a conscientização da preservação ambiental no Município de São José, procedeu–se uma pesquisa que pode ser classificada como experimental antes-depois, de caráter comparativo e descritivo. Esse tipo de pesquisa é constituído, segundo Gil (1994), por um grupo reduzido, previamente definido quanto a suas características fundamentais, que no caso referem-se a um grupo de usuários dos serviços da EMMA, onde o objetivo foi o de descrever os resultados do processo de conscientização do público-adotante da escola. A abordagem do estudo foi predominantemente quantitativa, tendo como base de análise a descrição estatística, realizado a partir dos dados colhidos em campo em dois momentos, num período anterior e noutro posterior a visita, e comparados entre si. A população total de 6.270 alunos, considerada para esta pesquisa, foi definida a partir do censo escolar do município de São José de 2001. Neste montante foram considerados os alunos do ensino fundamental de 5º a 8º série da rede municipal de ensino. Para a definição da amostra foram utilizados os seguintes critérios: as duas primeiras escolas da rede municipal de ensino que agendaram visita para os alunos da 8º série do ensino fundamental no mês de agosto. Portanto, a amostra. utilizada foi intencional, com 47 alunos entrevistados da Escola Básica Municipal Vereadora Albertina Krummel Maciel e do Centro Educacional Municipal Barreiros. Os dados primários foram coletados através da utilização de um questionário fechado, não disfarçado. O processo de elaboração do instrumento incluiu a sua montagem e prétestagem. Concomitantemente, utilizou-se também a observação – direta (assistemática), pois houve a possibilidade de observar a reação dos alunos ao preencherem os questionários, sem que houvesse um preparo anterior para esta observação. As categorias definidas para elaboração do questionário são as seguintes: categoria 1 reconhecimento do meio em que os alunos estão inseridos (demonstra o nível de percepção dos alunos diante dos acontecimentos ocorridos no bairro onde moram e no colégio em que estudam); categoria 2 - conhecimento sobre informações referentes ao meio ambiente e sua preservação (demonstra o conhecimento dos alunos sobre as questões ambientais, antes e depois da visita a EMMA, possibilitando a análise comparativa dos dados); e a categoria 3 – informações relativas à visita a EMMA (demonstra fatores percebidos pelos alunos na visita a EMMA). Cabe esclarecer que a comparação antes-depois foi realizada apenas com a categoria 2, por ser esta a que continha as questões formuladas referentes aos conteúdos discutidos e atividades experimentadas pelos alunos na visita a EMMA. Os dados secundários foram coletados através de pesquisa bibliográfica sobre o tema proposto no trabalho e pesquisa documental (relatórios, ofícios e outros tipos de documentos expedidos pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Educação e Cultura e a Escola Municipal do Meio Ambiente). Estas informações auxiliaram na análise e interpretação dos dados. Na interpretação dos dados, os resultados foram acurados através dos métodos estatísticos com a utilização dos gráficos. A partir disso, foi realizado o processo analíticodescritivo e comparativo para verificação da consciência ambiental dos alunos entrevistados antes e depois da visita a Escola Municipal do Meio Ambiente. 5 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS 5.1 Categoria 1: reconhecimento do meio em que está inserido A categoria 1 refere-se a identificação do perfil dos respondentes, bem como do nível de percepção dos alunos diante dos acontecimentos ocorridos no bairro onde moram e no colégio em que estudam. Sendo que nesta categoria não há pretensão de realizar uma análise comparativa dos dados, apenas descrevê- lo. Analisando os dados coletados observa-se que 38% dos respondentes são estudantes do Centro Educacional Municipal Barreiros, enquanto os 62% restantes, são estudantes da Escola Básica Municipal Vereadora Albertina Krummel Maciel. Sua faixa etária condiz com o normal para alunos de 8ª série do ensino fundamental da rede municipal, ou seja, entre 13 e 16 anos, sendo que a maioria (55%) possui 14 anos. Em relação aos problemas ambientais percebidos pelos alunos em seus bairros 55% dos respondentes indica que está ligado ao saneamento, 32% que está ligado ao lixo, 7% está ligado a poluição atmosférica, 3% está ligado a poluição sonora (ruído) e 3% está ligado a outros problemas. Destes problemas, o principal para 72% dos respondentes é a falta de esgoto nos bairros, para 15% é a poluição sonora que afeta os aluno s e 13% é a poluição atmosférica. Quando questionados em relação a coleta seletiva de lixo, 98% dos respondentes afirmam que possui em seu bairro serviço de coleta seletiva, 2% não sabia responder. Sendo que segundo 75% dos respondentes o serviço de coleta seletiva nos bairros são feitos através da coleta pelo caminhão da Prefeitura, para 20% é feito através dos Pontos de Entrega Voluntária de lixo (PEV) e 5% desconhecem este serviço. Entretanto, quando questionados se a coleta seletiva de lixo é uma prática em suas casas 44% dos alunos responderam que o lixo em suas casas não é separado, 30% responderam que é separado ás vezes e 26% responderam que separam o lixo. No tocante as atividades da escola 66% dos alunos afirmam que seu colégio possui um projeto para trabalhar a questão da conscientização ambiental e 34% afirma que não há este tipo de trabalho em seu colégio. Os projetos educacionais ambientais estão divididos em: 41% com trabalhos didáticos (próprios para instruir), 20% com coleta seletiva através de PEV, 15% com reciclagem de lixo, 13% com coleta seletiva com caminhões especiais da Prefeitura, 8% com trilhas ecológicas, 3% com palestras sobre o assunto. Analisando esta categoria percebe-se que, a maioria dos alunos está atenta aos acontecimentos, ou seja, aos serviços prestados nos bairros onde residem e aos trabalhos propostos pela escola onde estudam. 5.2 Categoria 2: informações sobre a consciência ambiental Esta categoria descreve-se o conhecimento e as atitudes dos alunos sobre a questão ambiental antes e depois da visita a EMMA, possibilitando a comparação dos dados coletados. Para melhor entendimento, as figuras serão identificadas em seu título como: antes (contendo dados do primeiro questionário aplicado antes da visita a EMMA) e depois (contendo dados do segundo questionário aplicado depois da visita a EMMA), seguidas de suas respectivas descrições. Cabe esclarecer que apresenta-se em forma gráfica apenas as questões onde ocorreram as maiores diferenças. As demais questões serão apenas comentadas. Comparando as figuras 03 e 04 observa-se que houve um melhor entendimento do que compreende o meio ambiente: passando de 85% para 91% dos alunos responderam que meio ambiente é o espaço onde o homem, as plantas e os animais estão inseridos; e mantiveram-se os 9% responderam que significa a natureza. O que é meio ambiente? O que é meio ambiente? espaço onde o homem, plantas e animais estão inseridos 85% não sei 4% natureza 9% floresta 2% Figura 03: Entendimento dos alunos sobre o que é meio ambiente (antes) Fonte: Dados primários (set/02) espaço onde o homem, plantas e animais estão inseridos 91% natureza 9% Figura 04: Entendimento dos alunos sobre o que é meio ambiente (depois) Fonte: Dados primários (set/02) O mesmo acontece quando os alunos são questionados em relação a ecologia. Num primeiro momento que 85% dos alunos responderam que ecologia é o estudo das relações entre os seres vivos e o me io ambiente, passando para 94% num segundo momento. Da mesma forma, inicialmente 15% responderam que significa o estudo da natureza, passando para 6%. As figuras 05 e 06 demonstram que houve uma aquisição do conhecimento em relação a mata ciliar, pois inicialmente 89% dos alunos responderam que não sabem o que é mata ciliar, 9% responderam que é a mata que margeia córregos e rios, 2% responderam que é mata do planalto e 0% responderam que é mata do litoral brasileiro. Após a visita, tem-se que 100% responderam que é a mata que margeia os córregos e rios, o que é uma informação correta. Da mesma forma, quando questionados para que serve a mata ciliar, inicialmente 90% dos alunos responderam que não sabiam para que serve a mata ciliar, 6% responderam que serve para proteger os rios, 4% responderam que serve para proteger a fauna. Depois da vista, 90% responderam que a mata ciliar serve para proteger os rios, 6% responderam que serve para a proteger a fauna, mas manteve-se o percentual de 4% dos que responderam que não sabem para que serve a mata ciliar. O que é mata ciliar? O que é mata ciliar? mata que margeia os córregos e rios 9% não sei 89% mata que margeia os córregos e rios 100% mata do planalto 2% Figura 05: Entendimento dos alunos sobre o que é mata ciliar (antes) Fonte: Dados primários (set/02) Figura 06: Entendimento dos alunos sobre o que é mata ciliar (depois) Fonte: Dados primários (set/02) Nas figuras 07 e 08 está demonstrado que houve um acréscimo na compreensão do efeito estufa. Antes da visita 70% dos alunos responderam que o efeito estufa é o aquecimento do planeta devido à poluição, 17% responderam que não sabem o que é efeito estufa, 13% responderam que é o calor proveniente dos raios solares. Após a visita a EMMA 83% responderam que o efeito estufa é o aquecimento do planeta devido à poluição, 6% responderam que não sabem o que é efeito estufa, e 11% responderam que é o calor proveniente dos raios solares. O que é efeito estufa? aquecimento do planeta devido à poluição 70% não sei 17% calor proveniente dos raios solares 13% Figura 07: Entendimento dos alunos sobre o que é efeito estufa (antes) Fonte: Dados primários (set/02) O que é efeito estufa? aquecimento do planeta devido à poluição 83% não sei 6% calor proveniente dos raios solares 11% Figura 08: Entendimento dos alunos sobre o que é efeito estufa (depois) Fonte: Dados primários (set/02) Complementarmente a esta questão, os alunos foram argüidos acerca da compreensão da importância da camada de ozônio. Antes da visita 65% dos alunos responderam que a camada de ozônio é importante para filtrar os raios ultravioletas, 17% responderam que a camada de ozônio protege a terra do aquecimento global, 9% responderam que a camada de ozônio é importante para filtrar os raios infravermelhos e 9% responderam que não sabem qual é a importância da camada de ozônio. Depois da visita percebe-se que 79% responderam que a camada de ozônio é importante para filtrar os raios ultravioletas, 13% responderam que a camada de ozônio é importante para proteger a terra do aquecimento global, 6% responderam que a camada de ozônio é importante para filtrar os raios infravermelhos e 2% responderam que não sabem qual a importância da camada de ozônio. Em relação ao conhecimento do fenômeno de erosão também houve alteração. Inicialmente 31% dos alunos responderam que erosão é o processo no qual a água da chuva movimenta os sedimentos da superfície, este percentual passou para 49% após a visita. Da mesma forma dos 26% responderam que não sabem o que é erosão, caiu para 4%. Aconteceu o contrário em relação ao percentual de alunos que responderam que erosão é a movimentação do solo orgânico subiu de 17% antes para 21% depois da visita. No entanto, manteve-se o percentual de 26% dos que responderam que a erosão é o processo no qual as rochas se deterioram. Estes dados estão descritos nas figura 09 e 10. O que é erosão? O que é erosão? não sei 26% movimentação do solo orgânico 17% processo no qual a água da chuva movimenta os sedimentos da superfície 31% processo no qual as rochas se deterioram 26% Figura 09: Entendimento dos alunos sobre o que é erosão (antes) Fonte: Dados primários (set/02) movimentação do solo orgânico 21% não sei 4% processo no qual as rochas se deterioram 26% processo no qual a água da chuva movimenta os sedimentos da superfície 49% Figura 10: Entendimento dos alunos sobre o que é erosão (depois) Fonte: Dados primários (set/02) Como última questão para medir o grau de conhecimento acerca de conceitos centrais sobre preservação do ambiente, questionou-se os alunos em relação ao assoreamento dos rios. Na figura 11 percebe-se que 90% dos alunos responderam que não sabem o que é um rio assoreado, 6% responderam que rio assoreado é um rio raso devido a sedimentos em seu leito, 4% responderam que é um rio com construções em suas margens. Contudo, após a visita a EMMA, observa-se na figura 12 que 45% responderam que rio assoreado é um rio com construções em suas margens, 32% responderam que não sabem o que é um rio assoreado, 19% responderam que é um rio raso devido a sedimentos em seu leito e, 4% responderam que é um rio com menos de 10 metros de largura. O que é um rio assoreado? rio com construçõesem suas margens rio raso devido a sedimentos em seu leito 6% não sei 90% Figura 11: Entendimento dos alunos sobre o que é um rio assoreado (antes) Fonte: Dados primários (set/02) O que é um rio assoreado? rio com menos de 10metros de largura 4% não sei 32% rio com construções em suas margens 45% rio raso devido a sedimentos em seu leito 19% Figura 12: Entendimento dos alunos sobre o que é um rio assoreado (depois) Fonte: Dados primários (set/02) No intuito de avaliar se os alunos compreendem a ação do homem no meio-ambiente questionou-se acerca do inicio da degradação ambiental no Brasil. Nas figuras 13 e 14 podese observar que num primeiro momento 37% dos alunos responderam que a degradação ambiental começou quando os colonizadores chegaram ao Brasil, mas num segundo momento esse percentual chega a 81%. Dos entrevistados inicialmente 28% responderam que foi com a industrialização, mas esse número caiu para 11% após a visita. Em termos de desconhecimento de quando começou a degradação ambiental no Brasil, também houve um decréscimo de 26% para 6%.O mesmo ocorreu em relação a expansão urbana de 9% para 2%. Quando iniciou a degradação ambiental no Brasil? quando os colonizadores chegaram ao Brasil 37% não sei 26% com a industrialização 28% Quando iniciou a degradação ambiental no Brasil? não sei 6% com a expansão urbana 9% Figura 13: Iniciação da degradação ambiental no Brasil (antes) Fonte: Dados primários (set/02) quando os colonizadores chegaram ao Brasil 81% com a industrialização 11% com a expansão urbana 2% Figura 14: Iniciação da degradação ambiental no Brasil (depois) Fonte: Dados primários (set/02) Em seguida perguntou-se as causas do desmatamento da mata atlântica. Onde 75% dos alunos responderam que é o povoamento no litoral, agricultura, pastagem e retirada de árvores para madeira, 19% responderam que a causa é a retirada de árvores para madeira, agricultura e aumento do nível do oceano, 6% responderam que não sabem quais são as causas do desmatamento da mata atlântica. Depois da visita, 94% responderam que as causas do desmatamento da mata atlântica é o povoamento no litoral, agricultura, pastagem e retirada de árvores para madeira, 6% responderam que a causa é a retirada de árvores para madeira, agricultura e aumento no nível do oceano. Findo os questionamentos acerca da dimensão apreensão do conhecimento, passou-se aos questionamentos em relação a percepção dos alunos sobre as suas atitudes. A primeira pergunta neste sentido refere-se a sua conscientização ambiental. Inicialmente 49% dos alunos responderam que são relativamente conscientes da importância da preservação do meio ambiente, e 51% responderam que são conscientes da importância da preservação do meio ambiente e ninguém respondeu que não é consciente da importância da preservação do meio ambiente. Após a visita a EMMA 64% responderam que são relativamente conscientes da importância da preservação do meio ambiente, 36% responderam que são conscientes da importância da preservação do meio ambiente e novamente ninguém respondeu que não é consciente da importância da preservação do meio ambiente. A seguir, as questões versaram sobre as suas atitudes no cotidiano. Antes da visita a EMMA, como pode ser comprovado na figura 15, 87% dos alunos responderam que sim, ou seja, acreditam que ao jogar lixo em um rio ou córrego há um aumento da poluição ambiental, 11% responderam que não e 2% responderam que não sabem. Na figura 16 observa-se que 94% responderam que sim, ou seja, acreditam que ao jogar lixo em um rio ou córrego aumentaria a poluição ambiental, 6% responderam que não. Você acha que ao jogar lixo em um rio ou córrego haverá contribuição para a poluição ambiental? não sei não 11% Você acha que ao jogar lixo em um rio ou córrego haverá contribuição para a poluição ambiental? não 6% 2% sim 87% sim 94% Figura 15: Percepção dos alunos em relação a atitude de jogar lixo em um rio ou córrego e a conseqüente a poluição ambiental (antes) Fonte: Dados primários (set/02) Figura 16: Percepção dos alunos em relação a atitude de jogar lixo em um rio ou córrego e a conseqüente poluição ambiental (depois) Fonte: Dados primários (set/02) No entanto, quando questionados em relação a prática de lavar calçadas 63% dos alunos responderam que a calçada de sua casa é lavada com mangueira, 26% responderam que não lavam apenas varrem, 9% responderam que lavam com a água que a máquina de lavar roupas despeja e 2% lavam com água da chuva estocada. Depois da visita, observa-se que 55% responderam que a calçada de sua casa é lavada com mangueira, 32% responderam que não lavam apenas varrem, 11% responderam que lavam com a água que a máquina de lavar roupas despeja e 2% lavam com água da chuva estocada. Estas respostas indicam que os alunos foram sensibilizados quanto ao desperdício da água como um problema ambiental, mas não apresentam aqui a alteração significativa de suas atitudes, mas sim o mascaramento deste desperdício. Em seguida, questionou-se os alunos em relação a sua atitude diante de algumas prováveis situações: despejo de resíduos em um rio, corte de uma árvore por um vizinho, decisão de um condomínio em cortar árvores para a construção de um estacionamento, prática de espalhar fumaça por parte de uma churrascaria e o barulho causado por uma danceteria. A primeira delas foi em sobre uma possível descoberta de despejo de resíduos em rio. Neste caso, antes da visita 73% dos alunos responderam que consideram um absurdo, mas não tomam providências ao perceber que em um rio está sendo despejado in natura de resíduos de uma residência, porém, após a visita a EMMA, esse percentual subiu para 85%. Este fato indica o aumento do reconhecimento do problema, mas não significa a alteração das atitudes para modificá- lo. Esta idéia é complementada quando observa-se que antes da visita, 17% responderam que avisam à autoridade ambie ntal, mas depois da visita esse percentual cai para 11%. O mesmo acontece em relação ao 6% responderam que não observam, que passam a ser 2%, e dos 4% que responderam que acha normal, após a visita cai para 2%. Qual a sua reação ao perceber que em um rio está sendo despejado in natura de resíduos de uma residência? avisa autoridade ambiental 17% acha normal não observa 4% 6% considera um absurdo, mas não toma providências 73% Figura 17: Reação dos alunos ao perceber que em um rio está sendo despejado resíduos in natura (antes) Fonte: Dados primários (set/02) Qual a sua reação ao perceber que em um rio está sendo despejado in natura de resíduos de uma residência? considera um absurdo, avisa acha normal não observa mas não autoridade 2% 2% toma ambiental providência 11% s Figura 18: Reação dos alunos ao perceber que em um rio está sendo despejado resíduos in natura (depois) Fonte: Dados primários (set/02) A mesma tendência da não alteração de atitude é constatada quando os alunos foram questionados em relação a sua reação se observasse algum vizinho cortando uma árvore. As respostas permaneceram inalteradas no patamar de 51% dos alunos que acham normal ver o vizinho cortando uma árvore, tanto antes quanto depois da visita a EMMA. No tocante a avisar as autoridades, o percentual decresceu de 30% para 19%. E o inverso se observa no tocante ao percentual dos que não observam o fato de um vizinho cortar uma árvore, pois antes da visita 23% responderam que não observam, mas depois da visita 30% responderam que não observam essa prática. Se o corte de árvore fosse praticado pelo síndico de um prédio, com o objetivo de construir um estacionamento, 79% dos alunos responderam que pedem ao síndico do condomínio para que não as corte, 19% responderam que avisam à autoridade ambiental e 2% responderam que ajudam a cortá- las. Essa atitude é modificada em parte após a visita a EMMA, onde 87% responderam que pedem ao síndico para que não as corte, 9% responderam que ajudam a cortá- las e 4% responderam que avisam a um órgão ambiental. Como você reage ao ver uma churrascaria espalhando fumaça pela vizinhança? avisa autoridade ambiental 34% acha normal 30% Como você reage ao ver uma churrascaria espalhando fumaça pela vizinhança? avisa autoridade ambiental 38% acha normal 17% não observa 45% não observa 36% Figura 19: Reação dos alunos a constatação que uma Figura 20: Reação dos alunos a constatação que churrascaria espalha fumaça (antes) uma churrascaria espalha fumaça(depois) Fonte: Dados primários (set/02) Fonte: Dados primários (set/02) Ao presenciar uma churrascaria espalhando fumaça 36% dos alunos responderam que não observam a fumaça ocasionada por uma churrascaria, 34% responderam que avisam à autoridade ambiental e 30% responderam que acham normal. Após a visita 45% dos alunos responderam que não observam a fumaça ocasionada por uma churrascaria, 38% responderam que avisam autoridade ambiental e 17% responderam que acham normal. Percebe-se novamente que houve um decréscimo no percentual de modificação positiva das atitudes de preservação ambiental. Como você reage diante da perturbação de uma danceteria onde o som vaza? reclama, mas não toma providência 44% fala c/ o proprietário 27% procura órgãos fiscalizadore s acha normal 19% 10% Como você reage diante da perturbação de uma danceteria onde o som vaza? procura órgãos fiscalizadores 17% reclama, mas não toma providência 36% acha normal 15% fala c/ o proprietário 32% Figura 21: Reação dos alunos diante da Figura 22: Reação dos alunos diante da perturbação perturbação de uma danceteria (antes) de uma danceteria (depois) Fonte: Dados primários (set/02) Fonte: Dados primários (set/02) Caso a situação fosse o barulho de uma danceteria, pode-se observar na figura 21 que 44% dos alunos responderam que reclamam, mas não tomam providências, 27% responderam que falam com o proprietário, 19% responderam que procuram órgãos fiscalizadores e 10% responderam que acha normal. Já a figura 22 demonstra que 36% responderam que reclamam, mas não tomam providências, 32% responderam que falam com o proprietário, 17% responderam que procuram órgãos fiscalizadores e 15% responderam que acha normal. Os alunos também foram questionados sobre os órgão fiscalizadores do meio ambiente. Os percentuais mantiveram inalterados em relação ao IBAMA (39%) e FATMA (35%). Quando analisa-se a descrição dos dados desta categoria, perceber-se que houve uma melhora significativa em termos de conhecimento dos alunos sobre as questões ambientais, como por exemplo, ao comparar os dados referentes ao entendimento sobre o que é mata ciliar, percebe-se um aumento de 91% de alunos que passam a entender o assunto. No entanto, ao avaliar os questionamentos acerca das atitudes em relação a preservação do meio ambiente, é possível perceber que as atividades da EMMA não foram tão efetivas, mas houve sim um aumento na sensibilização acerca dos problemas ambientais. 5.3 Categoria 3: informações relativas à visita O objetivo nesta categoria é demonstrar a percepção dos alunos em relação a aspectos gerais da visita a EMMA. Sendo que nesta, não há a pretensão de realizar uma análise comparativa dos dados, mas sim compreender o processo desenvolvido para a conscientização ambiental. A partir dos questionamentos, notou-se que 72% dos alunos afirmam que foram preparados antecipadamente para visitar a EMMA. Deste montante, 77% dos alunos indicaram que esta preparação foi realizada mediante trabalho escolar, 17% através de palestras no colégio e 6% através de folder. Os outros 28% negam que tenham sido preparados para a visita a EMMA. Quando questionados sobre a forma de aprendizado sobre a natureza possibilitado pela experiência na EMMA, 72% dos alunos afirmaram que sim, e 28% dos alunos negam ter tido algum contato com a natureza da mesma forma que tiveram na EMMA. Dos que já haviam tido contato semelhante, 48% afirma que foi através de passeios ecológicos, 20% através de feiras/eventos, 15% através de visitas em reservas, 13% através de visitas em parques e 4% através de exposições. No tocante a satisfação geral de suas expectativas, percebe-se que 85% dos alunos tiveram suas expectativas supridas quanto a visita a EMMA e 15% não tiveram suas expectativas supridas. Em temos específicos 44% dos alunos responderam que os professores da EMMA são preparados para atendê- los, 32% dos alunos responderam que os conteúdos abordados na visita são simples e de fácil compreensão, 23% dos alunos acharam os conteúdos abrangentes e 1% identificaram outros aspectos positivos na visita, a qual preencheu as expectativas dos mesmos. Em relação a experiências semelhantes 57% dos alunos já assistiram palestras com a mesma abordagem de assunto na EMMA e 43% dos alunos nunca haviam tido esse tipo de palestra. Especificamente sobre os temas desta palestras, 39% dos alunos indicaram já haviam assistido palestras sobre o desmatamento, 15% assistiram sobre queimadas, 15% assistiram sobre retirada da mata ciliar, 14% assistiram sobre a extinção de animais, 12% assistiram sobre a erosão e 5% assistiram sobre outros assuntos. O questionamento referente ao que mais gostaram na visita 47% dos alunos respondeu que aprender sobre as árvores da mata atlântica foi mais interessante, 30% responderam que aprender sobre o histórico da degradação ambiental desde a colonização foi mais importante, 11% dos alunos responderam que aprender sobre a fabricação de húmus através de minhocas foi mais interessante e 2% responderam que aprender sobre a oficina de mudas foi mais interessante. Contudo, em termos práticos 66% dos alunos acharam que o tema reciclagem de lixo servirá para sua vida, 26% dos alunos acharam que o tema plantio de mudas servirá para a vida cotidiana e 3% dos alunos acharam que o tema compostagem poderá ser útil no cotidiano. Diante da descrição dessa categoria, é possível analisar que a visita a EMMA foi interessante para os alunos e contribuiu para a aprendizagem dos mesmos, no entanto o tempo que dispuseram para vivenciar as atividades na EMMA foi considerada ruim para 67% dos alunos. 6 CONCLUSÕES A consciência ambiental compreende uma atividade de processar, acumular e incorporar informações, das mais simples às mais complexas, que levem os indivíduos a refletir, rever e agir conscientemente na utilização dos recursos naturais. De outro modo podese afirmar que isso significa a compreensão e reconhecimento do meio, a aquisição de habilidades e atitudes para preservação ambiental. Portanto, ao medir o grau de consciência dos alunos da rede escolar municipal do ensino fundamental de São José comparando as suas percepções, seu conhecimento e suas atitudes, antes e depois de visitarem a EMMA, foi possível analisar as contribuições desta à educação ambiental em São José sob a ótica do marketing social. Em função do que foi observado na pesquisa de campo e após a descrição dos dados constatou-se que a escola presta serviços voltados à educação ambiental, principalmente com faixas etárias menores, objetivando estimular a formação de cidadãos mais conscientes de suas responsabilidades coletivas e individuais, em relação ao meio em que vivem, bem como despertar na comunidade a importância da manutenção do equilíbrio ecológico para a sobrevivência das espécies. No tocante ao reconhecimento do meio em que está inserido e a compreensão do seu papel no processo de preservação, destaca-se a clara demonstração do acréscimo de conhecimentos e sensibilização dos alunos após a vivencia na EMMA. Isto ficou claro na descrição da categoria 1, onde destaca-se a percepção dos respondentes em relação às atividades relacionadas ao meio-ambiente; e complementada na categoria 2, onde observouse por exemplo, a elevação da aquisição do conhecimento acerca dos conceitos de ecologia, ambiente, mata ciliar, efeito estufa e erosão. Em relação à aquisição de habilidades que possam auxiliá- los na preservação ambiental em atividades cotidianas, observou-se que os alunos compreenderam e são capazes de aplicar técnicas de reciclagem de lixo e plantio de mudas, discutidas na categoria 3. Entretanto, quando observa-se a modificação de atitudes fica evidente que o trabalho realizado pela EMMA alcançou apenas o nível de reflexão sobre o papel do homem na destruição ambiental. Porém isso não significou uma alteração de suas ações cotidianas. Um dos motivos pode ser o pouco tempo que os alunos participam das atividades da escola. Retomando a classificação de Kotler e Roberto (1992) pode-se afirmar que a mudança produzida pela EMMA enquadra-se no nível cognitivo e ativo pois entende-se que a EMMA possibilitou novos conhecimentos, novas habilidades, a reflexão dos alunos e por conseqüência a contribuição para a formação ou aumento da consciência ambiental. Diante desses fatos, sugere-se também que haja uma reformulação nas estratégias da EMMA em termos de uma readequação do formato e do tempo dos serviços prestados pela EMMA, de modo a atingir os níveis comportamentais e valorativos de mudança. Salienta-se também que pesquisa realizada foi a primeira, no entanto não deverá ser a última, pois o processo de utilização das estratégias de marketing social na formação da consciência ambiental requer a revisão constante das práticas organizacionais. Pois somente conhecendo o ciclo de vida para manter a qualidade de vida também do homem, é que a atual geração terá preocupação com o futuro e poderá aprender a respeitar a natureza e os próprios semelhantes. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, Fernando Louro; CAEIRO, Sandra. Educação Ambiental. Coord. de Cristina Carapeto. Lisboa: Universidade Aberta, 1998. ASHLEY, Patricia Almeida. Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Saraiva, 2002. BOOS, A.; PANCERI, B.; EGGERS, M. (org.). Saneamento. 2. ed. Florianópolis: Epagri, 1996. (apostila) CAPRA, Fritjof. A teia da vida – uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, 1996. DIAS, Genebaldo Freire. Atividades interdisciplinare s de educação ambiental – manual do professor. São Paulo: Global, 1994. EMMA – Escola Municipal do Meio Ambiente. Relatório de atividades da escola ambiental. São José/SC: abr.2001. FARIAS, Vilson Francisco de. 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