Conceitos de Sinais e Sistemas Mestrado em Ciências da Fala e da Audição António Teixeira AT 2004 1 • Sistemas – – Aula AT 2004 propriedades sistemas lineares e invariantes no tempo • Sistemas em MATLAB • Resposta no tempo de sistemas 2 Sistemas Os sinais, que estudamos até agora, são apenas metade da história... ver capítulo 4 de Rosen & Howell AT 2004 3 O que são sistemas • De uma forma simples: – algo que executa uma operação ou transformação de um sinal de entrada para produzir um sinal de saída AT 2004 4 Exemplos de sistemas • Amplificador – ex: saída(t) = 2 x entrada(t) – Este sistema não tem memória: a saída em cada instante só depende da entrada nesse instante AT 2004 5 Exemplos de sistemas • Integrador – Este sistema tem memória: a saída em cada instante depende da entrada nesse instante e do passado AT 2004 6 Propriedades AT 2004 7 Homogeneidade • Se ao sinal de entrada inp(t) corresponde out(t) – representado por inp(t) out(t) • então k x inp(t) k x out(t) • Se sabemos a saída de um sistema homogéneo a uma sinusóide de amplitude 1 V a 300 Hz também sabemos a resposta a uma sinusóide de 2 V e 300 Hz. – Basta multiplicar a saída do primeiro por 2 AT 2004 8 • A homogeneidade implica que a amplitude da saída tem de ser proporcional à da entrada. saída entrada AT 2004 9 Exemplos • O sistema que converte a pressão no tímpano e o movimento do ossículo “stapes” é homogéneo – Medições efectuadas em gatos, sinusóide de 315 Hz • O movimento da membrana basilar em resposta a alterações de pressão já não é homogéneo • Na zona de funcionamento normal o gravador de cassetes é linear – A níveis elevados de sinal uma sinusóide não é posteriormente reproduzida como sinusóide, não existe homogeneidade AT 2004 10 Aditividade AT 2004 11 Aditividade • Se inp1(t) out1(t) inp2(t) out2(t) • Então inp1(t) + inp2(t) out1(t) + out2(t) • Se um sistema é aditivo, conhecendo a saída para dois sinais também se conhece a saída para a soma de ambos, que é a soma das duas saídas AT 2004 12 Linearidade • Linearidade = Homogeneidade + Aditividade • inp1(t) out1(t) • inp2(t) out2(t) • então a x inp1(t) + b x inp2(t) a x out1(t)+b x out2(t) AT 2004 13 Invariância temporal • Dado inp(t) out(t) • Então inp(t) atrasado d segundos out(t) atrasado de d segundos AT 2004 14 • inp(t) out(t) • inp(t-d) out(t-d) AT 2004 15 Sistemas LTI • LTI = Linear Time Invariant – sistemas e que se verifica simultaneamente as duas propriedades de linearidade e invariância temporal – classe de sistemas para os quais existem ferramentas poderosas de análise – Sistemas não lineares são muitas vezes aproximados por sistemas lineares – Em certas zonas um sinal não invariante no tempo pode ser considerado como aproximadamente invariante no tempo • Um exemplo é o sinal de voz que varia continuamente mas que numa escala da ordem das dezenas de milisegundos é considerado geralmente como invariante AT 2004 16 Outras propriedades • Memória – já vimos no integrador • Estabilidade – Um sistema é estável se responde a um sinal limitado em amplitude com um sinal limitado em amplitude. • Invertibilidade AT 2004 17 Sistemas em MATLAB - funções AT 2004 18 Funções • Corresponde ao conceito de programa ou subprograma com entradas/saídas definidas formalmente • Uma função aceita argumentos de entrada e devolve argumentos na saída AT 2004 19 Função como ficheiro “.m” • Um ficheiro “.m” onde se pretende definir uma função deve obedecer à seguinte organização mínima – – – – – AT 2004 Linha de definição 1ª linha informativa Texto de help Corpo da função Comentários 20 Definição de funções • Linha de definição (caso mais simples) function f = fibo(n) Argumento de Entrada Nome da Função Argumento de Saída Palavra Chave AT 2004 21 Definição de funções • Linha de definição (caso geral) function [y w z] = qqcoisa(x,u,v) Argumentos de Entrada Nome da Função Argumentos de Saída Palavra Chave AT 2004 22 Documentação 1ª linha: Informação sumária. Utilizada pelo lookfor Informação sinóptica para o “help” AT 2004 23 Corpo da função Corpo da função AT 2004 24 Exemplos Invocação deficiente Objectos privados da função. Não existem no “workspace” genérico AT 2004 25 Nomes de funções • Os nomes de funções seguem as mesmas regras de nomeação de variáveis. • Aceitam-se no máximo 31 caracteres incluindo “_”. O primeiro caracter tem de ser uma letra. • O nome do ficheiro “.m” que contém a função deverá ser gravado como “nome_da_função.m” Eg. function y = aveg(x)... => ficheiro aveg.m • Caso assim não seja o nome interno é ignorado. • Esta prática é fortemente desaconselhada AT 2004 26 Caracterização no tempo de sistemas Da resposta impulsional à convolução ver capítulo 9 de Rosen & Howell AT 2004 27 Resposta a um impulso • Comecemos assumindo que se conhece a resposta de um sistema (sistema Z) a um impulso rectangular de amplitude 3 mV e de duração 1 milisegundo – obtido experimentalmente ou dado por alguém AT 2004 28 • Termos a resposta a um sinal em particular não parece levar-nos muito longe ! • Precisamos de uma forma eficiente de caracterizar a resposta de sistemas por forma a “prever” a sua saída para qualquer sinal • Sendo o sistema LTI a situação não é assim tão má. Vejamos ... AT 2004 29 Utilizando a homogeneidade • Com base na homogeneidade (decorrente da linearidade) podemos saber a resposta a impulsos de qualquer amplitude AT 2004 30 Usando a invariância temporal • Com base na invariância temporal podemos saber a resposta a impulsos em qualquer posição temporal AT 2004 31 Usando a aditividade • Conseguimos saber a saída para a soma dos dois impulsos anteriores AT 2004 32 • Podemos generalizar para a soma de um qualquer número de sinais de entrada AT 2004 33 Problemas ! • Infelizmente nem todos os sinais (nem mesmo a maioria) pode ser perfeitamente aproximado por impulsos de 1/3 ms – por exemplo o sinal triangular seguinte AT 2004 34 Resultado para a onda triangular AT 2004 35 Melhorar o processo .. • Usar impulsos mais estreitos ... AT 2004 36 Melhorar (II) • Ainda mais estreitos ... AT 2004 37 Impulso de duração infinitesimal • Não existe razão para não continuar o processo • Chega-se a um impulso tão estreito que não tem duração !! Para ter energia terá de ser de amplitude imfinita !! • Como não podemos variar a amplitude – já é infinita • fala-se em variar a área , ou energia – que é o que aparece agora no eixo dos yy AT 2004 38 O impulso • A este sinal da largura/duração infinitesimal, inifinito em amplitude e de energia finita chama-se IMPULSO – em Engª é conhecido por delta (de Dirac) • [n] para o caso discreto AT 2004 39 Generalização a outros sinais • Qualquer sinal pode ser representado como a soma de impulsos adequadamente alterados em termos de amplitude e de posição no tempo. • Ex: um ciclo de uma sinosóide de 1 kHz AT 2004 40 Convolução • Como qualquer sinal pode ser expresso como a soma de impulsos, conhecendo a resposta de um sistema LTI a um impulso significa que podemos obter a saída para qualquer sinal. • Portanto, os sistemas LTI são caracterizados completamente pela sua resposta impulsional • Não se utiliza a técnica apresentada para obter a saída – como os impulsos são infinitesimais seria necessário um número infinito deles para representar qualquer sinal – A FORMA DE CALCULAR passa pela utilização de uma operação designada por CONVOLUÇÃO • Demo AT 2004 41 TPC • AT 2004 42 • Convolução • filter Aula AT 2004 43