Relatório Econômico
Mensal
JANEIRO/14
Índice
INDICADORES FINANCEIROS
3
PROJEÇÕES
4
CENÁRIO EXTERNO
6
CENÁRIO DOMÉSTICO
7
RENDA FIXA
8
RENDA VARIÁVEL
8
Indicadores Financeiros
BOLSA DE VALORES
AMÉRICAS
mês %
ano %
2013
Ibovespa Fech.
51.507
(1,9%)
(15,5%)
(15,5%)
IBrX Fech.
21.294
(3,1%)
(3,1%)
(3,1%)
ISE
2.480
(1,5%)
1,9%
1,9%
S&P500
1.848
2,4%
29,6%
29,6%
DAX
9.552
1,6%
25,5%
25,5%
FTSE
6.749
1,5%
14,4%
14,4%
CAC
4.296
0,0%
18,0%
18,0%
IBEX
9.917
0,8%
21,4%
21,2%
Euro Stoxx 50
3.109
0,7%
17,9%
17,9%
EUROPA
PAN ÁSIA
Nikkei
16.291
4,0%
56,7%
56,7%
Hang Seng
23.306
(2,4%)
2,9%
2,9%
Austrália
5.352
0,6%
15,1%
15,1%
Coréia do Sul
4.358
(1,1%)
2,2%
2,2%
Índia
4.342
0,0%
2,9%
2,9%
mês %
ano %
2013
OUTROS MERCADOS
MOEDAS
BRL/USD
2,3624
1,2%
15,3%
15,3%
BRL/EUR
3,2477
2,3%
20,0%
20,0%
USD/EUR
1,3743
1,1%
4,2%
4,2%
YEN/USD
105,3100
2,8%
21,4%
21,4%
USD/AUD
0,8918
(2,1%)
(14,2%)
(14,2%)
JUROS BRASILEIROS (cotados em níveis)
jan/14
9,76
9,78
9,76
9,76
jan/15
10,58
10,67
10,58
10,58
jan/16
11,62
11,79
11,62
11,62
jan/17
12,28
12,20
12,28
12,28
98,42
6,1%
7,2%
7,2%
1.205,65
(3,8%)
(28,0%)
(28,0%)
COMMODITIES
Petróleo
Ouro
Projeções Economia Global
INDICADORES
MACROECONÔMICOS GLOBAIS
PROJEÇÕES
Última atualização 3/1/2014
2006
2007
2008
2010
2011
2012
2013
2014
5,1
5,3
2,6
(0,3)
4,9
3,6
2,9
2,7
3,1
2,7
2,3
(0,2)
(3,8)
2,6
1,4
1,4
1,0
1,8
ESTADOS UNIDOS
2,7
1,8
(0,3)
(2,8)
2,5
1,8
2,8
1,7
2,4
ZONA DO EURO
3,3
3,0
0,4
(4,4)
2,0
1,5
(0,6)
(0,4)
1,1
ALEMANHA
3,9
3,4
0,8
(5,1)
3,9
3,4
0,9
0,6
1,8
FRANÇA
2,5
2,3
(0,1)
(3,1)
1,7
2,0
0,0
0,2
0,7
REINO UNIDO
2,8
3,4
(0,8)
(5,2)
1,7
1,1
0,2
1,4
2,2
JAPÃO
1,7
2,2
(1,0)
(5,5)
4,7
(0,6)
1,9
1,8
1,5
7,4
8,0
5,3
3,0
7,1
5,7
4,4
4,3
4,2
10,3
11,5
7,3
7,7
9,8
7,8
6,4
6,3
6,5
12,7
14,2
9,6
9,2
10,4
9,3
7,8
7,6
7,2
5,6
5,7
4,2
(1,2)
6,0
4,6
2,9
2,4
2,8
4,0
6,1
5,2
(0,3)
7,5
2,7
1,0
2,3
1,9
GLOBAL (*)
DESENVOLVIDOS
EMERGENTES
ASIA EX-JAPÃO
CHINA
AMÉRICA LATINA
BRASIL
(*) Calculado pela paridade do poder de compra
(*) As áreas sombreadas são projeções.
2009
Projeções Economia Brasileira
INDICADORES
MACROECONÔMICOS
PROJEÇÕES
Última atualização 6/1/2014
2006
2007
2008
BRASIL PIB crescimento real (%)
3,9
6,1
5,2
Inflação (IPCA/IBGE) (%)
3,1
4,5
Inflação (IGPM/FGV) (%)
3,8
Taxa de câmbio média (R$/US$)
Taxa de câmbio final (R$/US$)
2010
2011
2012
2013
2014
(0,3)
7,5
2,7
1,0
2,3
1,9
5,9
4,3
5,9
6,5
5,8
5,9
6,0
7,7
9,8
(1,7)
11,3
5,1
7,8
5,5
6,0
2,18
1,95
1,84
1,99
1,73
1,67
1,95
2,17
2,28
2,14
1,77
2,34
1,74
1,67
1,88
2,04
2,34
2,45
13,25
11,25
13,75
8,75
10,75
11,00
7,25
10,00
10,50
Taxa de juro real média (deflacionado pelo
IPCA)
11,5
7,0
6,1
5,3
4,0
4,8
2,5
2,1
4,0
Dívida pública líquida (% do PIB)
47,3
45,5
38,5
42,1
39,1
36,4
35,1
34,5
35,0
3,2
3,3
3,4
2,0
2,7
3,1
2,4
1,9
1,4
Taxa de juro nominal final do ano (Selic)
Resultado primário do setor público (% do PIB)
(**)
(*) As áreas sombreadas são projeções.
(**) Sem fundo soberano e PPI
2009
Cenário externo
Economia global deve manter a divergência
de crescimento a favor dos desenvolvidos e
crescer apenas ligeiramente acima do
potencial em 2014. EUA e Reino Unido
terão acelerações maiores, enquanto
Eurolândia terá uma retomada modesta e
sujeita a riscos para baixo. Essa melhora
dos desenvolvidos deve-se ao ajuste
financeiro do setor privado e ao alívio do
aperto fiscal, exceto no Japão, que vai
aumentar impostos de consumo a partir de
1/4/2014. Embora os desenvolvidos estejam
crescendo acima do potencial, a capacidade
ociosa tanto na produção quanto no
mercado de trabalho irá manter o nível de
afrouxamento inalterado ainda por um bom
tempo, ou seja, alta de juros e contração
dos balanços não devem acontecer nos
próximos dois anos. Eurolândia vai na
direção contrária e deve promover mais
afrouxamento monetário em função do
emprego ainda no pico histórico e da forte
desinflação recente. Crédito para consumo
e instituições não financeiras ainda em
contração, ajuste nas reservas do banco,
impacto diverso da queda dos juros entre as
economias centrais e periféricas pioram
essa situação.
O cenário mais provável para os EUA é de
crescimento acima tendência, o que produz
um risco acumulativo da mudança das
compras ocorrer conforme o tempo passa
de dezembro até março. Isso significa dizer
que independente da evolução dos dados, é
pouco provável algum recuo das taxas de
juros de longo prazo, ao contrário, algum
ajuste para cima deve ser aguardado. A
outra perna da política monetária será
usada para evitar um ajuste de magnitude
tão rápida quanto foi em maio-junho,
através da sinalização de alta de juros bem
tardia, com uma tolerância com inflação
significativamente acima da meta de 2%.
Do lado da China, após a aceleração do
crescimento observada no 3T13 de 7,5%
para 7,8%, deve haver uma desaceleração
em função do que já foi apontado pelos
dados mensais de setembro e outubro para
consumo, vendas de automóveis, consumo
de eletricidade, transportes, etc. Para frente,
esperamos a continuidade de uma
desaceleração gradual e prolongada da
economia devido a fatores cíclicos e
estruturais com efeitos negativos sobre
preços de commodities e termos de troca
dos países emergentes, que tanto se
beneficiaram durante o período 2004-2010.
Finalmente, as reformas devem ter impacto
negligível no curto prazo e no médio e longo
prazo devem demorar para mostrar algum
efeito que só servirá para compensar parte
do ajuste para baixo da economia em
função principalmente de fatores estruturais
como
mudança
para
consumo
e
demografia.
Cenário doméstico
A inflação segue alta, resistente e
disseminada e deve seguir ao redor de
6.0%. Apesar da inflação não mostrar alívio,
o Banco Central indicou que o fim da alta de
juros está se aproximando, argumentando
que a política monetária opera com
defasagens e que já foi implementado um
ajuste de 275 bps da Selic de abril a
dezembro de 2013. Por isso esperamos
redução do ritmo de elevação da Selic no
início de 2014. Projetamos duas altas
adicionais da taxa de juros de 25 pontos
percentuais nas reuniões do Copom de
janeiro e fevereiro, o que levaria a Selic
para 10,50%.
O mercado de trabalho segue apertado:
apesar da queda no número de pessoas
ocupadas, a taxa de desemprego continuou
a cair por causa da contração da força de
trabalho. Os indicadores de alta freqüência
apontam para recuperação do PIB no quarto
trimestre, após a queda observada no
terceiro. Mas o ritmo de crescimento da
atividade econômica ao longo dos próximos
trimestres tende a ser bastante moderado
diante da taxa de juros mais elevada e do
ainda alto nível de incerteza. Projetamos
crescimento do PIB de 2,3% em 2013 e
1,9% em 2014.
Receitas extraordinárias de R$ 35 bilhões
impulsionaram o resultado fiscal de
novembro e o governo já antecipou um
resultado mais favorável também em
dezembro, o que deverá ajudar o superávit
primário do setor público consolidado a
encerrar 2013 um pouco mais próximo de
2,0% do PIB. Contudo, a situação das
contas públicas continuará em foco ao
longo de 2014. Não esperamos melhora
significativa em razão de ser um ano
eleitoral.
Governo escapou de um resultado negativo
da balança comercial em 2013, mas mesmo
assim o encerramento do ano (superávit de
US$ 2,6 bilhões) ficou muito abaixo dos
anos anteriores (superávit comercial médio
de US$ 31 bilhões de 2003 a 2012).
Expectativa de melhora da conta petróleo e
câmbio mais depreciado apontam para
superávit comercial em 2014 de US$ 12
bilhões. Preocupado com a elevada
demanda por hedge cambial, o Banco
Central estendeu, com ajustes, o programa
de swaps cambiais até junho de 2014, se
comprometendo com uma oferta diária de
US$ 200 milhões. Mas continuamos a
esperar que a taxa de câmbio caminhe para
2,45 R$ / US$.
A popularidade da presidente Dilma subiu
um pouco mais. O programa de concessões
de infraestrutura está avançando, ainda que
de maneira mais lenta do que o necessário.
Mercado
Renda Fixa
Em dezembro o mercado de renda fixa foi
principalmente impactado pela mudança na
política monetária dos EUA, com o FOMC
anunciando a redução das compras de
títulos a partir de janeiro. Vale destacar
também a mudança na comunicação do
banco central, que desde a ultima reunião
do COPOM, tem sinalizado que o ritmo da
alta de juros deve ser reduzido. Os dados
de inflação corrente e desemprego também
impactaram significativamente o mercado. A
inflação segue em níveis elevados, com
índice de difusão, núcleos e inflação de
serviços surpreendendo para cima. Já a
taxa de desemprego atingiu sua mínima
histórica de 4,63%, evidenciando um
mercado de trabalho apertado, com uma
necessidade de ajuste ainda maior em
2014/2015, tendo em vista a fraqueza
esperada para a atividade. Do lado fiscal,
permanece o cenário desafiador para 2014,
dado que a melhora da arrecadação ocorreu
em função das receitas não recorrentes, e
as despesas seguem crescendo a taxas
elevadas.
Renda Variável
Dezembro foi mais um mês de desempenho
positivo para os mercados mundiais de
ações. Na contramão, o Ibovespa
apresentou desempenho de -1,85%.
Enquanto o mundo se surpreendeu
positivamente com a retirada gradual dos
estímulos monetários pelo FED (Banco
Central Americano).
O mercado brasileiro teve um mês volátil e
encerrou com desempenho negativo, com
destaque para ações da Petrobrás, Vale e
empresas do setor financeiro. Na ponta
contrária, os destaques positivos ficaram
para os setores de papel e celulose e
siderurgia, favorecidos pela desvalorização
cambial.
CIO
Departamento Econômico
Eduardo Castro
Ricardo Denadai
Hugo Penteado
Clayton Calixto
ACESSE: WWW.SANTANDERASSET.COM.BR
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