Produção de soja voltará a ser fiscalizada pelo governo gaúcho O presidente da Centrais de Abastecimento (Ceasa), Sílvio Porto, disse que na próxima safra todo o produto que entrar nos armazéns da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) será testado para comprovar se é transgênico ou não. Porto participou de audiência pública da Comissão Especial dos Alimentos Transgênicos da Câmara, em Brasília, recentemente. Falou ainda que, no próximo ano, laboratórios credenciados para a certificação de produtos não-transgênicos deverão entrar em funcionamento. O presidente da Ceasa defendeu a produção de base ecológica e afirmou que o momento é de cautela quanto à liberação de transgênicos. uma das amostras continha 100% de contaminação. Genes humanos em arroz Campos experimentais a céu aberto de arroz transgênico contendo genes humanos foram encontrados no centro da tradicional região produtora de arroz da Califórnia, afirma o Greenpeace. O experimento está sendo desenvolvido para a produção farmacêutica. A natureza dos componentes produzidos pelo arroz transgênico em Sutter County foi mantida em segredo, mas o Greenpeace identificou duas proteínas produzidas pelos seres humanos – a lactoferrin e a lysozyme humana –, comumente encontradas em leite materno, na bílis e nas lágrimas. Canadenses tentam barrar trigo transgênico Grupos formados por agricultores, representantes da indústria alimentar, profissionais da saúde e consumidores pediram o auxílio do primeiro ministro Jean Chrétien para evitar a introdução do trigo transgênico na cadeia alimentar canadense. Agricultores e indústria de grãos estão receosos com a perda de mercado, com os riscos à notável reputação das variedades de trigo canadense, com os impactos agronômicos e com os efeitos negativos sobre o bem-sucedido setor orgânico do país. Muitos agricultores canadenses são contra o trigo transgênico, pois vivenciaram a rápida, incontrolável e expansiva polinização cruzada da canola resistente a herbicida, que nos últimos três anos criou diversos problemas com a vegetação silvestre. Agricultores americanos processam Aventis No processo que o fazendeiro Bart McCormack move contra a Aventis, fabricante do milho transgênico StarLink, ele levanta uma questão com a qual os agricultores do Tennessee e de todo o país devem se confrontar nos próximos anos. "Se por um lado os avanços da biotecnologia prometem trazer enormes benefícios para os agricultores, em que medida as empresas que estão oferecendo estas iniciativas deveriam se responsabilizar se as coisas derem errado?" A ação, que foi impetrada na corte do distrito de Nashville, procura representar todos os produtores de milho de Tennessee que, como McCormack, não produzem Starlink, mas se sentem prejudicados pelos impactos negativos causados por ele no mercado de milho americano. Estima-se que 5,5 mil agricultores no estado estejam nesta categoria. Alimento orgânico da Dinamarca contaminado com transgênicos Recentemente, as autoridades dinamarquesas revelaram a presença de transgênicos em vinte de quarenta amostras de alimento orgânico testadas. Doze amostras continham traços de componentes de transgênicos e sete continham mais de 0,1% de transgênicos, Protestos contra os transgênicos na Nova Zelândia e na França Cerca de 10 mil manifestantes marcharam pelas ruas, dizendo que os neozelandeses não querem transgênicos. A maioria dos manifestantes acredita que a engenharia genética deve ser testada em laboratório, e não em campos experimentais, onde pode con- 5353 Agroecol.e Desenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, jul./set.2001 Agroecol.e Desenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, v.2,v.2, n.3,n.2, jul./set.2001 A rtigo taminar a cadeia alimentar. Também agricultores da França prometeram continuar a destruição de lavouras de produtos transgênicos, até que o ministro da agricultura francês proíba este tipo de plantação. vetes e molhos de saladas. A multinacional já solicitou à autoridade neozelandesa e australiana para alimentos para mudar seu código vigente de forma que o óleo transgênico possa ser usado. Paraná embarca 550 mil toneladas de soja não-transgênica A Sociedade Cerealista Exportadora de Produtos Paranaense está realizando um dos maiores embarques de soja não-transgênica pelo Porto de Paranaguá, no Paraná. A carga de 550 mil toneladas terá como destino o mercado francês. A empresa, também, já embarcou 50 mil toneladas de milho nãotransgênico. A suíça SGS, responsável pela certificação do farelo de soja não-transgênico, acompanha todo o andamento do embarque. A fiscalização se inicia na indústria, quando é feito o carregamento do produto e se prolonga até a colocação da carga no navio. Ministério Público combaterá nova norma de rotulagem de transgênicos O Ministério Público Federal vai tentar anular o decreto presidencial que criou regras para a rotulagem dos produtos transgênicos. Os procuradores também ameaçam mover uma ação penal caso o Ministério da Agricultura descumpra a decisão judicial que proíbe a comercialização de transgênicos no país. A ação dos procuradores será feita a partir da representação entregue ao Ministério Público Federal pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), de São Paulo. O Idec questiona a legalidade do decreto presidencial. Os procuradores também consideram o decreto da rotulagem de transgênicos ilegal. O texto aprovado pelo governo, na avaliação do Ministério Público, viola o Código de Defesa do Consumidor. Existe uma decisão judicial de primeira instância da Justiça Federal, confirmada pelo Tribunal Regional Federal (TRF), que condiciona a comercialização de transgênicos à realização de estudo de impacto ambiental. A lei também prevê a realização de testes de segurança alimentar dos transgênicos. Procter faz recall de batata Pringles no Japão A Procter and Gamble Far East, unidade japonesa da americana Procter & Gamble, anunciou na terça-feira que vai fazer um recall de suas batatas fritas da marca Pringles. Segundo informações da empresa, foi constatada a presença não-autorizada de batatas geneticamente modificadas em alguns lotes do produto. Antes de barrar a Pringles, o Japão havia proibido a importação de milho transgênico StarLink, da Aventis. 38 54 Monsanto pede autorização para vender óleo de semente de algodão transgênico A gigante de biotecnologia Monsanto espera vender óleo de semente de algodão transgênico para indústrias de alimentos na Nova Zelândia e na Austrália. O óleo de semente algodão pode ser usado na cozinha e há muitas aplicações para o línter de algodão, as fibras grudadas nas sementes. Elas são normalmente usadas por fabricantes de sor- Agroecol.e Agroecol.e Desenv.Rur.Sustent.,Porto Desenv.Rur.Sustent.,Porto Alegre, Alegre, v.1, v.2, v.2, n.4, n.3, n.2, out/dez.2000 jul./set.2001 jul/set.2001 Contas para salvar biodiversidade Artigo publicado pela revista norte-americana Science traz as contas de um grupo de pesquisadores sobre o possível custo para frear o declínio da biodiversidade no planeta: US$ 30 bilhões. Vinte e cinco bilhões de dólares iriam para os chamados "hotsptots", 25 regiões críticas que abrigam 60% das espécies animais e 43,8% das vegetais da Terra. A Mata Atlântica e o Cerrado, ecossistemas do Brasil, estão entre os "hotsptots" citados. Os estudos foram conduzidos pela ONG Conservation International.