Aula do capítulo 7 Professora: Maria Christina 3º Bimestre – 2011 Os lugares retratados nas fotos a seguir têm características comuns: além de todos constituírem ambientes naturais da Terra, são considerados ambientes protegidos, isto é, áreas em que o uso deve ser restrito e controlado, para a preservação de suas características naturais e de sua biodiversidade. Você pode estar curioso e pensar: mas por que proteger ambientes naturais? As próprias imagens dão boas pistas para responder a essa pergunta. Primeira imagem: queda-d’água considerada uma das mais belas da Terra. Segunda Imagem: animais vivendo em seu ambiente natural Terceira imagem : apresenta formas de vida muito sensíveis a qualquer alteração das condições ambientais. Para considerar que um ambiente deve ser protegido por lei, são observadas algumas características especiais: Beleza cênica; Presença de seres vivos que só são encontrados naquele ambientes; Áreas naturais pouco alteradas. A beleza dos cenários naturais vem despertando o interesse de muita gente há muito tempo. Desde o século XIX os pintores procuravam retratar da maneira mais fiel possível essa beleza Pessoas que gostam de apreciar trilhas naturais, por exemplo, registram em fotografias as belas paisagens que avistam durante suas aventuras. Isso acabou por incrementar o turismo, que passou a dedicar especial atenção ao segmento do ecoturismo. Outra característica que justifica que um ambiente seja protegido por lei é a presença de seres endêmicos, isto é, espécies que só são encontradas em uma determinada área. Se seu hábitat não for protegido, eles correm o risco de extinção. Os seres vivos desenvolvem características muito especiais de adaptação ao ambiente em que vivem, para terem maior chance sobreviver e deixar descendentes. Áreas naturais como as florestas pouco alteradas devem ser protegidas, porque são fundamentais para manter as condições de vida de muitas plantas, animais e microorganismos. A cobertura vegetal protege as camadas superiores dos solos, onde se concentram os nutrientes. Além disso, evita a erosão e a degradação do solo, bem como o acúmulo de sedimentos que possam bloquear a vazão dos rios, entre outros danos ambientais. As florestas podem, também, ser fonte para o desenvolvimento de pesquisas científicas que levem a descoberta de plantas para a cura de doenças. Com o desenvolvimento da tecnologia, em especial nas áreas de engenharia genética e de biotecnologia, todo ser vivo do planeta pode ter suas características estudadas e até modificadas. Por meio da engenharia genética é possível interferir e manipular os genes de um ser vivo de modo a introduzir em uma espécie animal, vegetal ou em um microorganismo uma característica que pertence a outra espécie. Como resultado dessa manipulação e “mistura” de genes, temos os chamados organismos transgênicos, isto é, seres que foram geneticamente modificados. Como todo produto destinado ao consumo humano, seja alimento ou medicamento, os organismos que sofrem manipulações e alterações genéticas devem passar por testes que comprovem a inexistência de efeitos prejudiciais à saúde do consumidor e ao ambiente onde são produzidos. A produção de transgênicos ainda não é totalmente segura e regulamentada. Ainda não se denominaram os processos de fabricação de um organismo transgênico, e, se ocorrerem erros, não se saberá comparar efeitos negativos. Por isso existem muitos movimentos contrários ao desenvolvimento e à utilização dos seres transgênicos. Os defensores do cultivo dos organismos transgênicos os apresentam como solução para problemas como a necessidade de desmatar áreas naturais para o plantio de alimentos. Eles afirmam que a criação de plantas com nutrientes que podem alimentar mais pessoas utilizaria áreas de cultivo muito menores. A sociedade tecnológica tem se interessado pelos conhecimentos das comunidades tradicionais porque essas comunidades sabem, por exemplo, de que maneira algumas espécies de plantas podem ser usadas como alimento ou como remédio. Nas cidades também encontramos ambientes protegidos. Um parque, uma praça e mesmo uma casa podem ser exemplos de ambientes protegidos. Em geral, eles são elevados à categoria de patrimônio cultural por terem sido palco de algum fato importante. Podemos definir patrimônio cultural como um bem que possui significado especial para uma comunidade. O Museu do Ipiranga, em São Paulo, é um exemplo interessante de ambiente protegido na cidade. Foi construído às margens do Rio Ipiranga, onde D. Pedro declarou a Independência do Brasil, em 1822. O museu abriga muitos objetos da época da independência. A figura mostra outra área protegida. Trata-se de Ouro Preto, uma importante cidade de Minas Gerais desde os tempos da mineração, na época colonial, quando o ouro era explorado na região. No Brasil, muitas igrejas, como a de Nossa Senhora do Rosário, em Ouro Preto, constituem também exemplos de ambientes protegidos. Em Salvador, na Bahia, encontram-se mais de 300 igrejas! Algumas são protegidas como a de São Francisco.