CONCURSO PÚBLICO EDITAL No 001/2011 SEARH/SEEC 14 GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO E DOS RECURSOS HUMANOS SUBSECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO. 01 - Você recebeu do fiscal o seguinte material: a) este caderno, com o tema da REDAÇÃO (com valor de 10,0 pontos) e o enunciado das 50 (cinquenta) questões objetivas, sem repetição ou falha, com a seguinte distribuição: No das Questões Valor por questão Total Didática Geral e Legislação Educacional 1 a 15 1,00 ponto 15,00 pontos Conhecimentos Específicos 16 a 50 1,00 ponto 35,00 pontos Questões Objetivas Total: 50,00 pontos b) 1 folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO grampeada ao CARTÃO-RESPOSTA destinado às respostas das questões objetivas formuladas nas provas. 02 - Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que aparecem no CARTÃO-RESPOSTA. Caso contrário, notifique o fato IMEDIATAMENTE ao fiscal. 03 - Após a conferência, o candidato deverá assinar, no espaço próprio do CARTÃO-RESPOSTA, com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta. 04 - A REDAÇÃO deverá ser feita com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta. 05 - No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras correspondentes às respostas certas deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espaço compreendido pelos círculos, com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta, de forma contínua e densa. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras; portanto, preencha os campos de marcação completamente, sem deixar claros. Exemplo: 06 - Tenha muito cuidado com o CARTÃO-RESPOSTA, para não o DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. O CARTÃO-RESPOSTA SOMENTE poderá ser substituído se, no ato da entrega ao candidato, já estiver danificado em suas margens superior e/ou inferior - BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA ÓTICA. 07 - Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você só deve assinalar UMA RESPOSTA: a marcação em mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS ESTEJA CORRETA. 08 - As questões objetivas são identificadas pelo número que se situa acima de seu enunciado. 09 - SERÁ ELIMINADO do Concurso Público o candidato que: a) se utilizar, durante a realização das provas, de máquinas e/ou relógios de calcular, bem como de rádios gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b) se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO; c) se recusar a entregar o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA e/ou a folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO, quando terminar o tempo estabelecido. d) não assinar a LISTA DE PRESENÇA e/ou o CARTÃO-RESPOSTA. Obs.: O candidato só poderá se ausentar do recinto das provas após 1 (uma) hora contada a partir do efetivo início das mesmas. Por motivos de segurança, o candidato NÃO PODERÁ LEVAR O CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA e/ou a folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO, a qualquer momento. 10 - Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA. 11 - Quando terminar, entregue ao fiscal o CADERNO DE QUESTÕES E O CARTÃO-RESPOSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO e ASSINE A LISTA DE PRESENÇA. 12 - O TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTAS PROVAS DE QUESTÕES OBJETIVAS E DE REDAÇÃO É DE 4 (QUATRO) HORAS, incluído o tempo para a marcação do seu CARTÃO-RESPOSTA, findo o qual o candidato deverá, obrigatoriamente, entregar o CADERNO DE QUESTÕES E O CARTÃO-RESPOSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO. 13 - As questões e os gabaritos das Provas Objetivas serão divulgados no primeiro dia útil após a realização das mesmas, no endereço eletrônico da FUNDAÇÃO CESGRANRIO (http://www.cesgranrio.org.br). 1 PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ O ______________________________________________________________________________________________ H ______________________________________________________________________________________________ N ______________________________________________________________________________________________ U ______________________________________________________________________________________________ C ______________________________________________________________________________________________ S ______________________________________________________________________________________________ A ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ R ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 2 REDAÇÃO Educadores contam como aprenderam com seus erros Professores têm a competência de verificar habilidades, testar a compreensão de conteúdos e ajudar cada estudante a reconhecer (e superar) os erros. Mas e quando o equívoco vem deles próprios? Fingir que nada ocorreu não é a melhor saída. Ao contrário: se ficar evidente que alguma atividade não deu certo em razão de uma falha pessoal, a autocrítica é fundamental para melhorar a atuação profissional. O ideal é que essa reflexão seja vivenciada de forma madura, sem culpa ou rigor excessivos (afastando o risco de mergulhar no perfeccionismo, que paralisa a ação) e complacência extremada (resvalando na atitude de quem a todo instante diz “tudo bem, deixa para lá”). Medo ou vergonha são outros sentimentos que não cabem nessa hora. Afinal - não machuca repetir essa obviedade -, todo mundo erra, mesmo grandes autoridades em Educação, profissionais respeitados que ocupam cargos centrais no governo, pesquisadores de Universidades influentes, formadores de professores e autores de livros que inspiram algumas de nossas melhores aulas. Alguns tropeços podem parecer familiares: falar demais e alongar a parte expositiva, despejar conteúdo sem levar em conta o ritmo dos jovens e seu universo cultural, desconsiderar as necessidades de alunos com deficiência e negar o próprio papel ao levar em conta somente os interesses das crianças. A lista de falhas é diversa, mas a postura para avançar é a mesma: analisar o que falhou, por que e como isso ocorreu. Muitas vezes, basta o distanciamento temporal do deslize para percebê-lo. Em outras ocasiões, são as conversas com os colegas que nos trazem o alerta e, em muitos casos, o estudo e a leitura são importantes aliados para a reflexão. Essa revisão de ideias, pensamentos e ações exige uma visão relativista do erro - isso significa ter em mente que o que não funciona em uma determinada classe, num determinado momento, pode muitas vezes dar certo em outro contexto. PAGANOTTI, Ivan. Revista Nova Escola. São Paulo: Abril. n. 230, mar. 2010. Tomando como ponto de partida as ideias apresentadas no texto, elabore um texto dissertativo-argumentativo, em que se DISCUTA A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE AUTOAVALIAÇÃO DO PROFESSOR, COM BASE NA REFLEXÃO SOBRE SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA. Justifique sua posição com argumentos. No desenvolvimento do tema, o candidato deverá: a) demonstrar domínio da escrita padrão; b) manter a abordagem nos limites da proposta; c) redigir o texto no modo dissertativo-argumentativo. Não serão aceitos textos narrativos nem poemas; d) demonstrar capacidade de seleção, organização e relação de argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista. Apresentação da redação a) O texto deverá ter, no mínimo, 25 linhas e, no máximo 30 linhas, mantendo-se no limite de espaço para a Redação. b) O texto definitivo deverá ser passado para a Folha de Resposta (o texto da Folha de Rascunho não será considerado), com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta e em letra legível. c) A Redação não deve ser identificada, por meio de assinatura ou qualquer outro sinal. 3 PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 4 DIDÁTICA GERAL LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL A frequência às aulas no ensino regular é obrigatória, segundo o estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, promulgada em 20 de dezembro de 1996. Assim, para obter a aprovação em qualquer nível de ensino da educação básica, o aluno deve frequentar o percentual mínimo de horas letivas oferecidas igual a (A) 80% (B) 70% (C) 75% (D) 85% (E) 90% 1 Ao exercer o cargo de diretora de uma escola da rede estadual de Educação, Helena planejou com sua equipe as atividades para o ano letivo, considerando que a educação tem por finalidade, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, (A) promover entre os educandos o fim das desigualdades sociais. (B) possibilitar aos educandos o prolongamento de seus estudos até o ensino superior. (C) preparar os educandos para o exercício da cidadania. (D) habilitar os educandos à profissão ao final da educação básica. (E) assegurar aos educandos o acesso aos benefícios do desenvolvimento social. 5 A ampliação do Ensino Fundamental para nove anos, conforme a Resolução no 07, de 14 de dezembro de 2010, do Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educação Básica, que fixou Diretrizes Curriculares para o ensino fundamental de nove anos, teve como objetivo, dentre outros, favorecer a permanência de todos os alunos, em especial os que se encontram em situações sociais desvantajosas, que nem sempre poderiam cursar as chamadas “classes de alfabetização”. Tendo em vista essa Resolução, o conteúdo do primeiro ano do Ensino Fundamental deve (A) assegurar, como os dois anos subsequentes, a alfabetização e o letramento do aluno nele matriculado. (B) apresentar conteúdo idêntico ao trabalhado pelo aluno em seu último ano da Educação Infantil. (C) apresentar conteúdo idêntico ao da primeira série (ano) do antigo Ensino Fundamental de oito anos. (D) voltar-se exclusivamente para o processo de alfabetização do aluno que nele está matriculado. (E) voltar-se exclusivamente para os processos de alfabetização e iniciação à matemática do aluno nele matriculado. 2 A legislação brasileira estabelece, como assinala a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, em seu art. 35, que a educação no ensino médio tem como uma de suas finalidades (A) promover a profissionalização desde a educação infantil. (B) consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental. (C) habilitar para o ingresso no mercado de trabalho, visando ao desenvolvimento social. (D) permitir o acesso às novas tecnologias de comunicação e informação. (E) possibilitar formação profissional de acordo com as demandas econômicas da região. 6 Entender as causas do sucesso ou do fracasso dos alunos tem sido uma preocupação recorrente de professores e educadores em geral. As características culturais dos alunos vêm a ser um fator geralmente apontado como determinante para a aprendizagem de crianças, adolescentes ou jovens. Considerando as teorias educacionais contemporâneas, qual, dentre as afirmativas abaixo relacionadas, NÃO justifica essa situação? (A) As perspectivas de sucesso na vida escolar tendem a acompanhar as variações quanto à posse de capital cultural por parte dos alunos. (B) As possibilidades de sucesso escolar são maiores para alunos que possuem capital cultural idêntico ou similar ao de seus professores. (C) Os alunos das classes populares, devido às suas características culturais, enfrentam maiores discriminações dificultando alcançar o sucesso escolar. (D) Os alunos de segmentos sociais em situação de desvantagem e possuidores de menor capital cultural estão fadados ao fracasso na escola. (E) Os alunos que sofrem atos de discriminação na escola em função de suas características culturais tendem a se evadir com maior frequência. 3 Apesar de todas as mudanças que ocorrem nas sociedades contemporâneas, escola e família são duas instituições que continuam sendo apontadas pelos especialistas da área da educação como fundamentais para o sucesso dos processos educacionais porque (A) a interação mais intensa entre pais e professores pode contribuir para superação de dificuldades na escolarização de crianças e adolescentes. (B) a mesma compreensão sobre educação pela família e pela escola assegura que os alunos desenvolvam as competências necessárias à sua escolarização. (C) a presença cotidiana de pais ou responsáveis nas escolas reduz possíveis diferenças de capital cultural entre alunos e professores. (D) os comportamentos socializados no espaço escolar são os mesmos que aqueles valorizados pela família. (E) os valores e comportamentos socializados no espaço familiar são reafirmados pela escola durante a escolarização das crianças e dos adolescentes. PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 4 7 9 Acompanhando as transformações ocorridas no cenário mundial, o Estado brasileiro, desde os anos de 1990, tem tomado medidas de ordem legal objetivando a atualização das políticas educacionais a fim de possibilitar mudanças na realidade do ensino nacional. Avaliações diagnósticas têm sido amplamente empregadas para a análise da qualidade do ensino oferecido em redes públicas. No caso da Prova Brasil, o segmento no qual ela é aplicada, constitui-se dos alunos (A) do 2o ano (1a série) e do 5o ano (4a série) do ensino fundamental (B) do 2o ano (1a série) e do 9o ano (8a série) do ensino fundamental (C) do 4o ano (3a série) e do 8o ano (7a série) do ensino fundamental (D) do 5o ano (4a série) e do 8o ano (7a série) do ensino fundamental (E) do 5o ano (4a série) e do 9o ano (8a série) do ensino fundamental Dentre essas medidas, tem-se o estabelecimento de Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, que têm como um dos seus objetivos (A) estimular a reflexão crítica dos participantes dos processos de formulação, execução e avaliação do projeto político-pedagógico das escolas de educação básica. (B) superar a necessidade de construção de competências e habilidades próprias à formação humana e cidadã dos estudantes das escolas de educação básica. (C) proporcionar aos alunos de escolas da educação básica a qualificação para o trabalho e para o exercício da cidadania por meio do currículo nacional único. (D) incentivar a participação de voluntários nas atividades docentes das escolas de educação básica, sem exigências de formação e especialização acadêmicas. (E) promover o desenvolvimento cognitivo e, quando possível, o psíquico e o social dos alunos de escolas de educação básica, considerando a realidade escolar. 10 Estabelecido pela atual legislação brasileira, o Projeto Político-Pedagógico deve contemplar a questão da qualidade de ensino, em todas as suas dimensões, ordenando institucionalmente o trabalho escolar em suas especificidades, níveis e modalidades. Nesse sentido, o Projeto Político-Pedagógico (A) compõe-se, exclusivamente, dos planos de ensino das disciplinas e do planejamento anual das atividades a serem desenvolvidas na escola. (B) constitui a proposta de trabalho da escola, cuja elaboração compete, exclusivamente, ao Coordenador Pedagógico e ao Diretor. (C) define anualmente os níveis e as modalidades de ensino a serem oferecidos pela escola e a abrangência da clientela escolar. (D) exige em sua construção a participação de todos os agentes do processo educativo: professores, funcionários, pais e alunos. (E) estabelece as formas como, autonomamente, a escola e seus professores se manifestarão frente a decisões governamentais. 8 A categoria de juventude foi construída ao longo da era moderna e está diretamente relacionada à educação nas sociedades contemporâneas. Embora não haja uma conceituação universalmente reconhecida sobre o que é juventude, algumas características gerais são aceitas por especialistas de diferentes áreas de conhecimento, e as políticas educacionais promovidas durante o século XX buscaram contemplá-las. Nesse sentido, tem-se que (A) persistem os efeitos decorrentes da origem social, impossibilitando uma total homogeneidade cultural dos jovens, o que legitima ações educacionais voltadas para jovens em desvantagem social. (B) há uma homogeneidade cultural na juventude que é resultado do fluxo das comunicações em um mundo globalizado, o que justifica a utilização das novas tecnologias de informação nas escolas. (C) romper com as tradições culturais e políticas é um aspecto característico da juventude nas sociedades modernas, o que levou o tradicionalismo pedagógico a apregoar o disciplinamento dos jovens. (D) compartilhar hábitos de consumo e de estilo de vida similares é característica da juventude nas sociedades modernas, o que justifica criar propostas pedagógicas com base no comportamento dos jovens. (E) criticar a xenofobia, o machismo e o racismo são características políticas da juventude nas sociedades modernas, o que é um sinal do sucesso de propostas pedagógicas progressistas e democráticas. 11 Embora as práticas de avaliação acompanhem a história da educação escolar, contemporaneamente tem crescido a preocupação em fazer dessa um componente importante do processo de ensino e aprendizagem. Considerando-se a realidade das escolas brasileiras, uma das funções que a avaliação deve ter é ser um instrumento para (A) a escola apreender o grau de importância que os alunos atribuem às disciplinas escolares. (B) a coordenação delinear os diferentes tipos de provas a serem aplicadas. (C) os professores controlarem a ação das famílias na aprendizagem dos alunos. (D) os professores reconhecerem o progresso e as dificuldades dos alunos na compreensão dos conhecimentos ensinados. (E) os diretores verificarem o entendimento dos professores sobre a proposta pedagógica da escola. 5 PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 12 15 A produção e a definição de conteúdos curriculares escolares estão relacionadas a vários fatores, dentre os quais se destacam, por sua importância, as características culturais da sociedade em que esses conteúdos se constituem e a cultura da escola onde eles são trabalhados. Considerando-se esses dois fatores, (A) a compreensão do processo de construção dos conteúdos curriculares pelos professores não produz efeitos sobre a aprendizagem dos alunos. (B) o fato de os conteúdos curriculares estarem relacionados aos saberes científicos impede que professores legitimem preconceitos em sala de aula. (C) as formas como os professores se apropriam dos conteúdos curriculares não têm implicações sobre suas relações com seus alunos em sala de aula. (D) os modos como os conteúdos curriculares são trabalhados em sala de aula pelos professores não produzem efeitos no desempenho dos alunos. (E) os professores devem fazer adequações nos conteúdos curriculares, conforme as características sociais de seus alunos e a cultura da escola. A avaliação tem sido um tema constante nos debates sobre educação, em especial sobre sucesso e fracasso escolar. Nesse sentido, as mudanças na legislação brasileira sobre educação vêm refletindo esses debates, como demonstra a determinação sobre avaliação estabelecida na Lei de Diretrizes e Bases, Lei Federal no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Essa Lei preconiza ter a avaliação do rendimento escolar (A) caráter classificatório, objetivando apontar os alunos que estejam mais propensos ao fracasso escolar. (B) propriedade formativa, possibilitando que os alunos se apropriem dos valores normativos implícitos à avaliação. (C) foco nas necessidades econômicas e sociais dos alunos, visando à sua futura inserção no mundo do trabalho. (D) prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, visando à percepção contínua do desempenho dos alunos. (E) prioridade no domínio momentâneo dos conteúdos programáticos, evitando que os alunos tenham desempenho insatisfatório. 13 A abordagem de temas abrangentes e contemporâneos tem sido uma preocupação dos educadores e objeto de normatização legal no Brasil, em especial quanto às possibilidades do desenvolvimento dos conteúdos programáticos da base nacional comum do Ensino Fundamental. Tais conteúdos devem ser permeados por temas que (A) facilitem o apoio econômico dos educandos às suas famílias durante seu percurso escolar. (B) promovam a circulação de valores éticos pertinentes a credos religiosos em particular. (C) afetem a vida humana em escala global, regional e local, bem como na esfera individual. (D) contribuam para que os educandos concluam, em menor tempo, os seus percursos escolares. (E) permitam aos educandos ingressar, de forma imediata e com sucesso, no mercado de trabalho. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS LÍNGUA PORTUGUESA Considere o texto a seguir para responder às questões de nos 16 e 17. 14 Uma das grandes preocupações da educação no século XXI é contribuir para a redução de toda forma de exclusão social. Nesse sentido, cabe aos profissionais da educação e à escola (A) promover ações que tornem a escola um espaço de afirmação de valores individualistas e da elevação da autoestima dos educandos. (B) empreender práticas institucionais que levem à reflexão sobre discriminações com base em gênero, etnia, crença e classe social. (C) incentivar os educandos, no âmbito do espaço escolar, a ingressar em organizações e associações a que estejam vinculados. (D) possibilitar que os espaços da escola sejam utilizados pela comunidade local para realização de jogos e festividades. (E) organizar com os pais dos educandos atividades que tenham por objetivo a crítica de comportamentos considerados incomuns. PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5 10 15 Eu vi a onça. A onça, não: os olhos dela, apertando-se, dilatando-se, mexendo. E, antes que eu pudesse calcular a distância em que se encontravam e enxergar o resto do corpo da onça, aqueles dois ovos de fogo se ergueram a um tempo só, que nem dois vaga-lumes que levantassem voo no mesmo instante e na mesma direção. E tão velozes que os dois traços paralelos de luz riscaram a escuridão, de baixo para cima, deixando rastro que nem foguete! Num átimo, calculei tudo: a onça se erguera, preparando-se para o encontro comigo. Beleza de animal! Preta, como a parede de pedra em que se apoiava. Onça-preta, pintada de preto: depois de tirado o couro foi que eu vi, contra o sol, a beleza do malhado de manchas redondas! E que porte! De pé, era mais alta do que eu, o corpo aumentado pelos braços abertos em cruz, as garras arreganhadas, o peito largo e de pelo ralo exibindo a musculatura saliente. Eu não tirava os olhos dos olhos dela. PALMÉRIO, Mário. Vila dos Confins. Rio de Janeiro: José Olympio, 1956, p.125. Adaptado. 6 16 Em sala de aula, a leitura desse texto pode ser ponto de partida para o estudo da linguagem figurada, em que as palavras e expressões dependem da extensão do significado original, como ocorre em “aqueles dois ovos de fogo” para se referir aos olhos da onça. Outro exemplo de linguagem figurada nesse texto é (A) (B) (C) (D) (E) “o resto do corpo da onça.” (. 4) “os dois traços paralelos de luz.” (. 7-8) “as garras arreganhadas.” (. 16-17) “o peito largo e de pelo ralo.” (. 17) “a musculatura saliente.” (. 17-18) 17 Em uma turma de 5o ano, o professor desenvolve, a partir da leitura desse texto, uma atividade em que se focalizam os mecanismos de coesão que têm por objetivo estabelecer a continuidade textual. Para avaliar se os alunos conseguem localizar o trecho que apresenta a palavra que como um recurso coesivo de referência a um elemento anterior apresentado no texto, é preciso que eles marquem: (A) (B) (C) (D) (E) “E, antes que eu pudesse calcular a distância [...]” (. 2-3) “[...] dos vaga-lumes que levantassem voo no mesmo instante [...]” (. 5-6) “E tão velozes que os dois traços paralelos de luz [...]” (. 7-8) [...] deixando rastro que nem foguete!” (. 9) “E que porte!” (. 14-15) 18 No processo de leitura dos alunos do Ensino Fundamental, é importante que eles apreendam diversos recursos presentes no texto. O professor deve estar atento ao fato de que os alunos têm muito contato com outras linguagens, além da linguagem verbal. Ao combinar o texto verbal e o não verbal, os alunos devem perceber a função que a linguagem visual representa em alguns gêneros textuais, como as tirinhas, as histórias em quadrinhos e as propagandas. A esse respeito, considere a história em quadrinhos da Mafalda. QUINO. Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1992, p. 35. Nessa tirinha, para reforçar a atitude crítica da personagem Mafalda, o leitor deve perceber a (A) (B) (C) (D) (E) expressão facial de Mafalda e as letras maiúsculas no terceiro quadrinho. informação contida no segundo quadrinho e a fisionomia feliz de Mafalda. justificativa de Manolito e o uso do ponto de exclamação no quarto quadrinho. oferta de caramelo e a tentativa de Manolito de justificar seu comportamento. reação de Mafalda ao receber o presente e a resposta dada por Manolito no final. 7 PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 19 Segundo Jânia M. Ramos, a concepção de que a distinção entre fala e escrita é gradativa “possibilita ao professor lidar com as regras da modalidade escrita como algo resultante de um processo do qual o aprendiz participa ativamente, e não mais como um conjunto de regras arbitrárias e autoritárias às quais o aprendiz é obrigado a se submeter passivamente e sem saber por quê.” RAMOS, Jânia M. O espaço da oralidade na sala de aula. São Paulo: Martins Fontes, 1977. As frases apresentadas a seguir estão de acordo com a posição defendida pela autora, EXCETO: (A) (B) (C) (D) (E) A tensão entre certo e errado é eleita como carro-chefe da preocupação com o ensino da língua materna. As atividades propostas em sala de aula não devem visar à transmissão de conteúdos prontos do professor aos alunos. O processo de produção de textos deve levar em conta a experiência do aluno como usuário da língua. O texto deve ser concebido pelo aluno como resultado de um processo que implica reestruturações e revisões. Os erros de ortografia fazem parte do processo ensino-aprendizagem e devem ser tratados com naturalidade pelo professor. 20 Ao refletir sobre o trabalho de produção de textos dos alunos das séries iniciais, Eglê Franchi chama a atenção para aspectos relevantes que devem ser levados em conta pelo professor, conforme se lê no texto a seguir. Um dos aspectos que mais diretamente contribuem para a regressão da criatividade das crianças é a imposição das convenções e das normas do dialeto padrão escolar e culto. Os esforços dos docentes para levar as crianças a utilizarem a língua segundo os padrões da norma culta (na escola, baseada na linguagem escrita) vêm acompanhados habitualmente de um processo de desprestígio e ridículo das formas dialetais utilizadas pela criança (em razão da idade, de sua origem regional ou de seu meio social). Tenho certeza de que não é sem graves consequências que se rompe o sistema linguístico da criança, que esta se sente submetida a situações de ridículo no uso de expressões dialetais de sua linguagem doméstica e paterna: repressão linguística e opressão da normatividade ‘gramatical’ e culta. FRANCHI, Eglê. A redação na escola. São Paulo: Martins Fontes, 1986, p. 44. Adaptado. A análise do texto NÃO permite a seguinte conclusão: (A) (B) (C) (D) (E) A linguagem se exercita em situações locais e perfeitamente delimitadas: é uma linguagem dialogal e situada. A repressão linguística com base na normatividade gramatical é essencial ao processo de aprendizado. O dialeto social do educando é o instrumento adequado para a sua comunicação em seu ambiente. O professor deve procurar compreender a linguagem da criança e não se esforçar para deliberadamente transformá-la. Um fator importante para o sucesso escolar é o respeito pela linguagem do aluno, evitando sua estigmatização. 21 As variações que a língua apresenta dependem de muitos fatores como: profissão, grupo social, região geográfica, nível de escolaridade. Nos trechos a seguir, são observados exemplos de linguagem técnica, própria de determinadas profissões, com EXCEÇÃO de: (A) É comum que a simples menção à palavra micro-organismo cause apreensão. Afinal, esses seres microscópios são, muitas vezes, vilões quando o assunto é doença. Mas muitos deles têm sua faceta do bem. LOPES, GUIMARÃES e PUPO. Ciência Hoje, n. 286, outubro 2011. Adaptado. (B) O perindopil possui propriedades vasodilatadoras, restaura a elasticidade das artérias de grande calibre e reduz a hipertrofia do ventrículo esquerdo. Trecho de bula de remédio - Pericor. Adaptado. (C) – Mas você precisa ter em mente a factibilidade das expansões projetadas... – E não tenho? Nunca perdi de vista o aspecto conjuntural, meu velho. ANDRADE, Carlos Drummond. De Notícias e Não-Notícias Faz-se a Crônica. Rio de Janeiro: Record, 2007. Adaptado. (D) Só retire o remédio da caixa imediatamente antes do uso. Siga as orientações do seu médico, respeitando sempre os horários combinados. Trecho de bula de remédio - Paracetamol. Adaptado. (E) Existem várias pesquisas com transgenia, como a produção de fármacos em plantas, para reduzir custos de produção. Há também o desenvolvimento de novos materiais, usando polímeros da nossa biodiversidade. Trecho de entrevista. Revista O Globo 24 abr. 2005. Adaptado. PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 8 22 Para atender às possibilidades de aprendizagem da leitura e da escrita, o professor deve escolher, primeiramente, textos de acordo com a experiência de vida dos alunos e, gradualmente, trabalhar com gêneros textuais mais complexos. Uma sequência que atende a essa estratégia é (A) (B) (C) (D) (E) conto, relato de experiência, adivinha relatório, bilhete, carta pessoal reportagem, bula de remédio, fábula tirinha, notícia de jornal, manual escolar verbete, receita culinária, anúncio CIÊNCIAS 23 O prêmio Nobel de física de 2011 foi dado a 3 cientistas que estudaram a expansão do universo, como ilustrado a seguir. Disponível em: <http://eternosaprendizes.com/2008/12/23/estudo-independenteconfirma-o-destino-do-universo-e-controla>. Acesso em: 19 out. 2011. Adaptado. Um exemplo de evidência que aponta para a possibilidade de o universo estar em expansão é a de que (A) o Big Bang ocorreu há 4 bilhões de anos, acelerando os planetas. (B) o sistema solar move-se dentro da Via Láctea periodicamente. (C) a Via Láctea é a única galáxia num raio de um bilhão de anos-luz. (D) as outras galáxias no universo estão-se afastando da Via Láctea. (E) no vácuo não há atrito para que os corpos celestes se movam. 24 Reconhecendo a necessidade de prevenção às doenças transmissíveis, em sala de aula dos anos iniciais do Ensino Fundamental, considere as afirmativas abaixo. - O enfoque maior deve ser dado ao reconhecimento dos sintomas das doenças, ao invés de focar no detalhamento das patologias. II - Os alunos devem entender o papel pessoal no cuidado da saúde, tanto individual quanto coletiva. III - O grau de aprofundamento em sala de aula sobre as doenças sexualmente transmissíveis depende do interesse do grupo. I É correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) I e III, apenas. 9 (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Considere a figura abaixo que esquematiza o ciclo do fósforo para responder às questões de nos 25 e 26. Disponível em:<http:// www.mycozynook.com>. Acesso em 07 out. 2011. Adaptado. 25 Sobre o ciclo biogeoquímico do fósforo, considere as afirmativas a seguir. I - Os animais são a principal fonte de transformação do fósforo inorgânico em orgânico. II - Os fertilizantes orgânicos contêm muitos fosfatos que, ao alcançarem os corpos de água, propiciam o crescimento desordenado de algas, constituindo uma forma de poluição. III - O grande depósito de fósforo encontra-se na geosfera (rochas) na maioria dos ecossistemas. É correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. 26 O fósforo é essencial a todos os seres vivos. Isso porque ele é fundamental na composição dos(as) (A) proteínas (B) esteroides (C) carboidratos (D) aminoácidos (E) materiais genéticos PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 10 27 Na minha escola todo mundo é igual Tem um com síndrome de down Que é o mais prestativo da escola Quando alguém tem um problema É o que mais colabora [...] Tem criança gorda, magra Alta, baixa, rica e pobre Mas todos são importantes Como prata, ouro e cobre [...] Tem branco, negro e japonês Isso não faz diferença O importante pra gente Não é o que vem de nascença [...] Aqui vai um bom conselho Que só leva um segundo Quem não respeita o outro Não tem lugar nesse mundo RAMOS, Rossana. Na minha escola todo mundo é igual. São Paulo: Cortez, 2004. Adaptado. O texto acima é um recurso a ser utilizado numa atividade com os alunos com o objetivo de trabalhar o(a) (A) (B) (C) (D) questionamento da realidade, utilizando para isso o pensamento mágico e a capacidade de análise crítica. desenvolvimento individual das capacidades afetiva, física e estética. respeito e a valorização das diferenças culturais, de etnia, de desenvolvimento, sexo e classe social, além de outras. conhecimento e o cuidado com o próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como aspectos básicos da qualidade de vida. (E) integração e transformação ativa do meio ambiente. 28 O cientista brasileiro radicado nos Estados Unidos, Miguel Nicolelis, promete que o chute inicial do Mundial de Futebol de 2014 será dado por uma criança portadora de paralisia através de uma interface cérebro-máquina-cérebro. Um avanço nesse objetivo foi mostrado num trabalho realizado por seu grupo em 2011. Nele um macaco opera um braço virtual através de microfios implantados em seu cérebro, como mostra a figura ao lado. Através desses fios, o macaco sentiu as texturas dos objetos virtuais e pôde movê-los na tela do computador. Embora tecnicamente complexo, esse método baseia-se diretamente em que propriedade fundamental e de qual sistema faz uso para que esse movimento seja possível? (A) Atividade elétrica - nervoso (B) Proliferação - digestivo (C) Diferenciação - respiratório (D) Sinalização - muscular (E) Migração celular - endócrino Disponível em: <http://www.nature.com>. Acesso em: 08 out. 2011. Adaptado. 11 PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 29 31 Durante muitos anos, o ensino de ciências nas escolas foi pautado pelas descrições de seu instrumental téorico ou experimental. As fotos a seguir retratam a Avenida Rio Branco – Natal, em dois momentos distintos. Década de 1960 Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, o ensino de ciências naturais nos anos iniciais do Ensino Fundamental deve (A) despertar o espírito crítico dos alunos, frente à intervenção da tecnologia e do conhecimento científico no dia a dia. (B) promover o acúmulo de conhecimentos que serão importantes para a formação escolar posterior e do cidadão do futuro. (C) trabalhar em momentos distintos o conhecimento científico do seu impacto na sociedade, desconsiderando o contexto. (D) questionar a realidade, apresentando preferencialmente as respostas em linguagem técnico-científica. (E) proporcionar a compreensão de que o ser humano é parte distinta do meio ambiente, uma vez que ele é diferente. Disponível em: <http://blogdobarbosa.jor.br/wp-content/ uplods/2009/08/AV_RIO_BRANCO_01.JPG> Acesso em: 03. out. 2010. Ano de 2010 GEOGRAFIA 30 Os mapas, junto a qualquer cultura, sempre foram, são e serão formas de saber socialmente carregadas de julgamentos de valor. Não há nada de inerte e passivo em seus registros. Como linguagem, os mapas conjugam-se com a prática histórica, podendo revelar diferentes visões de mundo. Carregam, outrossim, um simbolismo que pode estar associado ao conteúdo neles representado. Constituem um saber que é produto social, ficando atrelados [...] ao exercício da propaganda, da vigilância, detendo influência política sobre a sociedade. Disponível em: <http://v9.lscache3.c.bigcache.googleapis. com/static.panoramio.com/photos/original/41471358.jpg> Acesso em: 03. out. 2010. Um professor utiliza essas fotos em uma aula, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, para tratar de um dos conceitos fundamentais da Geografia. O conceito tratado com seu respectivo significado e a exploração didática desse conceito a partir dessas fotos são, respectivamente: (A) paisagem – unidade visível do arranjo espacial – transformações na paisagem urbana. (B) paisagem – porção do espaço apropriável para a vida, o que é vivido – elementos formadores das metrópoles nacionais. (C) lugar – porção definida pelas relações de poder – bases físicas ou naturais do território. (D) lugar – porção do espaço definida pela gestão de agentes sociais e políticos – duração da ação transformadora do homem no ambiente. (E) território – porção relativa aos elementos espaciais definidos pelo olhar científico – transformação de uma paisagem natural em uma paisagem humanizada. Harley, 1988; Gould e Bailly, 1995. In: MARTINELLI, Marcelo. Mapas da Geografia e Cartografia Temática. São Paulo: Contexto, 2008, p.8. Considerando o texto, uma conclusão possível é de que os mapas, enquanto uma linguagem da Cartografia e uma forma de representação do espaço, têm uma vinculação estreita com a(o) (A) (B) (C) (D) (E) cultura economia natureza sociologia poder PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 12 32 Agora, segundo os dados do novo Censo, divulgados em novembro de 2010, sabemos que somos 190.755.799 pessoas em todo o Brasil. O aumento de 12% da população nos últimos dez anos ficou bem abaixo dos 15,6% registrados na década anterior (1991-2010), o que comprova que o ritmo de crescimento populacional vem caindo. Revista Atualidades, São Paulo: Ed. Abril, n.14, 2o sem. de 2011. p. 139. A principal causa para a situação retratada é o(a) (A) aumento da população feminina (B) aumento da expectativa de vida (C) redução das taxas de fecundidade (D) redução das taxas de mortalidade (E) redução da qualidade de vida 33 O processo de abertura da economia brasileira, diante do processo de globalização, foi muito rápido e muitas empresas não conseguiram uma adaptação a essa nova realidade de mercado, o que culminou em venda de empresas nacionais às grandes corporações transnacionais. Sobre a relação entre a situação brasileira no contexto da globalização e o papel das transnacionais, analise as afirmativas abaixo. I - As transnacionais, nas últimas décadas, aumentaram em muito sua participação na economia brasileira. II - As grandes corporações transnacionais investem maciçamente em tecnologia e isso gerou, na década de 1990, muitos cortes no setor de empregos no Brasil. III - As empresas transnacionais que operam no Brasil, no contexto da economia global, deixaram de ter seus centros de decisão fora das fronteiras do país sede e o Estado brasileiro passou a comandar o funcionamento dos mercados a elas associados . É correto APENAS o que se afirma em (A) I (B) II (C) III (D) I e II (E) I e III 34 Existem alguns fatores condicionantes ao surgimento das voçorocas, que são profundos e extensos sulcos na terra resultantes das enxurradas, que alteram totalmente as paisagens. Há propensão ao surgimento do fenômeno em algumas regiões. Algumas práticas econômicas têm um profundo impacto sobre o meio ambiente e algumas delas são ainda mais devastadoras. Quando o solo é submetido a longos períodos de certas práticas, podem ocorrer as voçorocas. Considerando os fatores antrópicos, uma prática econômica que pode contribuir, de forma mais expressiva, para a ocorrência das voçorocas é a(o) (A) monocultura (B) cultura de hortaliças (C) rotação de culturas (D) reflorestamento (E) plantio em curvas de nível 35 Ainda que um processo de globalização seja incontestável, há quem considere esse processo carregado de um conteúdo perverso. É fundamental o fortalecimento da cidadania em todos os seus aspectos. O uso do território deveria contemplar todos os cidadãos em seus diferentes modos de vida. O social deveria ser prioridade dos governantes. Dessa forma, somente com a participação de todos os setores sociais será possível tomar as melhores decisões para fazer frente aos processos fragmentadores dos agentes hegemônicos, que caminham junto com a globalização. Nesse contexto, relacionando-se essas ideias à situação brasileira, há muitos críticos à forma como a globalização se inseriu e se processa no país. Esses críticos consideram que é necessária a construção de um projeto nacional que priorize, antes de tudo, o(a) (A) setor empresarial em sua diversidade (B) mercado financeiro em sua dinâmica (C) fluxo de informações em sua abrangência (D) sociedade em sua complexidade (E) tecnologia em sua potencialidade 13 PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 36 Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o professor tem que ter clareza do conceito de espaço – objeto de estudo da Geografia. Um conceito amplamente aceito é: O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistema de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como um quadro único, no qual a história se dá. SANTOS, Milton. A natureza do espaço. São Paulo: Hucitec, 1996, p.51. A aplicação desse conceito exige o conhecimento de que o sistema de objetos, ainda que não possa ser visto isoladamente, pode ser representado, por exemplo, pelas ruas de um bairro, pelas redes técnicas, etc. Já o sistema de ações pode ser representado, por exemplo, por (A) (B) (C) (D) (E) edificações modernas portos bem construídos hidrelétricas produtivas fábricas de alta tecnologia consumo de mercadorias HISTÓRIA 37 Disponível em: <http://www.goggle.com.br> Acesso em: 11 out. 2011. Na charge de Angeli apresentada acima, o primeiro quadrinho, intitulado “Pós-milagre!” refere-se a um momento posterior ao período conhecido como o do Milagre Brasileiro. Esse período, ainda influenciado pelos anos do milagre, é caracterizado pela(o) (A) (B) (C) (D) (E) adoção de leis trabalhistas, no contexto do Estado Novo busca de alternativas ambientais, devido ao efeito estufa arrancada do desenvolvimento econômico, com atendimento das necessidades básicas de toda população derrocada dos índices de crescimento da produção, especialmente no setor industrial crescimento econômico, apesar da elevada concentração de renda PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 14 38 Considere o texto a seguir. Francisco Adolfo Varnhagen avança mais nas explicações se valendo de detalhes: “Feitas as pazes com os índios, passou Jerônimo de Albuquerque a fundar no próprio Rio Grande uma povoação. E como era para isso imprópria a porção do arrecife ilhada (em preamar) onde estava o forte, segundo ainda hoje se pode ver, escolheu para isso o primeiro chão elevado e firme, que se apresenta às margens direitas do rio, obra de meia légua acima de sua perigosa barra [...]. A dita povoação, depois vila e cidade, de cujo nome não conseguiu fazer-se digna por seu correspondente crescimento, se chamou de Natal em virtude, sem dúvida, de se haver inaugurado o seu pelourinho ou a igreja matriz a 25 de dezembro desse ano da fundação (1599). Disponível em: <http://tribunadonorte.com.br/especial/histrn/hist_rn_2i.htm>. Acesso em 04 out. 2011. Adaptado. Sobre o tempo e sua complexa relação de níveis e ritmos de duração com a sociedade, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de História ressaltam a possibilidade de identificar a velocidade com que as mudanças ocorrem. Assim, podem ser estabelecidos três tempos: o tempo do acontecimento breve, o da conjuntura e o da estrutura. De acordo com essa perspectiva, sobre a fundação da cidade de Natal, o momento do evento de inauguração de seu pelourinho ou da igreja matriz deve ser identificado como um fato histórico de tempo do tipo (A) (B) (C) (D) (E) acontecimento breve conjuntura estrutura acontecimento breve e da estrutura conjuntura e da estrutura 39 Para pensar nesse longo período, destaco a trajetória dos artistas Chico Buarque e Caetano Veloso, em primeiro lugar porque eles são muito conhecidos também fora do Brasil, quer pelo talento, quer pela presença frequente nos meios de comunicação de massa e pela inserção privilegiada na indústria cultural. Em segundo lugar e principalmente, porque eles são referenciais para a compreensão dos caminhos de uma geração para a qual as artes, a cultura, a política e a vida cotidiana enlaçaram-se de modo original e criativo na década de 1960, não só no Brasil, mas em escala planetária. Chico Buarque e Caetano Veloso, no percurso de suas vidas e obras, até os dias de hoje, só podem ser compreendidos a partir das origens na cultura política brasileira dos anos 1960, marcada pelas lutas contra o subdesenvolvimento nacional e pela constituição de uma identidade para o povo brasileiro, como parte de um processo de libertação dos países do chamado “Terceiro Mundo”, particularmente da América Latina. Disponível em: <http://www.revistaalambre.com/Marcelo Ridenti>. Acesso em 15 out. 2011. Adaptado. A partir do texto, é possível concluir que as manifestações artísticas e culturais no cinema, no teatro e na música que surgiram no Brasil na década de 1960 foram marcadas por uma grande associação entre arte e (A) (B) (C) (D) (E) iniciativa privada, que financiava os espetáculos através de leis de incentivo à cultura. política, já que a obra de arte foi usada como um instrumento de crítica social. ascensão social, pois através da arte as pessoas pobres conseguiam melhorar a renda familiar. religião, especialmente por causa do sincretismo religioso oriundo da repressão aos cultos africanos. grandes empresas de mídia, onde havia a concentração da produção das obras de arte. 40 Uma professora do 5o ano do Ensino Fundamental apresentou aos seus alunos o seguinte texto: Nos dias atuais, grande parte dos trabalhadores recebe um salário, o que deve garantir, entre outras coisas, um lugar para sua família morar e o alimento necessário. Mas, nem sempre foi assim. Durante muito tempo da nossa história, havia trabalhadores que não recebiam salários. Com esse texto, a professora procurou iniciar uma discussão importante com os alunos sobre a formação da sociedade brasileira, ressaltando a(o) (A) (B) (C) (D) (E) importância da democracia na atualidade. presença da escravidão na história do nosso país. existência de pessoas desempregadas no passado. poder do dinheiro na sociedade colonial. modo como as pessoas ricas devem usar o seu salário. 15 PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 41 43 A prosperidade da produção açucareira no Brasil chamou a atenção dos holandeses que, em 1630, invadiram Pernambuco, maior produtor de açúcar da época. Os flamengos passaram então a trabalhar no local, adquirindo a experiência necessária do cultivo da cana-de-açúcar para, após sua expulsão, poderem utilizar este aprendizado, e foi o que aconteceu. Após a expulsão, foram para as Antilhas, onde prosseguiram com a cultura do açúcar, passando a ser durante os séculos XVII e XVIII, concorrentes do Brasil no abastecimento do mercado europeu. A segunda viagem ao interior do país, rumo a São Paulo, começou no dia 14 de agosto, três semanas antes do Grito do Ipiranga. O objetivo, como na vez anterior, era apaziguar os ânimos na província, dividida entre dois grupos políticos, um ligado à família do ministro José Bonifácio e outro, ao coronel Francisco Inácio, comandante da força pública e aliado da João Carlos Oeynhausen, presidente da junta provisória local. GOMES, Laurentino. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010. Sobre o período da história do Brasil referido no texto, analise as afirmações a seguir. Disponível em: <http://www.infoescola.com/historia/ ciclo-da-cana-de-acucar/>. Acesso em 11 out. 2011. I – Os movimentos revoltosos tinham o objetivo de efetivar a Proclamação da República. II – As viagens foram realizadas por D. Pedro I como parte do processo que levou à Independência do Brasil. III – As mudanças nos regimes políticos no Brasil foram feitas à custa de embates, gerados, muitas vezes, pela contradição de interesses entre grupos sociais. Quando o açúcar brasileiro perdeu força no mercado internacional, uma nova etapa da economia brasileira vem a se consolidar. Essa etapa é marcada, especialmente, pela expansão rumo (A) ao Centro-Oeste, em busca de campos férteis, o que constituiu o ciclo do café. (B) ao litoral do Sul, em busca de ouro e pérolas, o que constituiu o ciclo do ouro. (C) ao Centro-Norte do país, em busca de pasto, o que constituiu o ciclo do gado. (D) à região Nordeste, em busca de plantas para extrativismo, o que constituiu o ciclo do pau-brasil. (E) às áreas interioranas, em busca de ouro e pedras preciosas, o que constituiu o ciclo da mineração. É correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. MATEMÁTICA 42 A crescente participação do café na economia e a necessidade da mão de obra escrava para derrubar floresta, plantar as mudas e fazer a colheita dificultaram a implementação da Lei Feijó. Assinada entre o Governo da Regência do Brasil e a Grã- Bretanha em 7 de novembro de 1831, a lei, em seu artigo 1º, declarava: “Todos os escravos, que entrarem no território ou portos do Brasil, vindos de fora, ficam livres”. 44 Ao dividir 5.232 por 4, João cometeu um erro e encontrou como resultado o número 138. Ao analisar o resultado encontrado, João achou o número pequeno demais. Assim, refez a conta e chegou ao resultado correto. Qual a diferença entre o resultado correto e o primeiro quociente encontrado por João? (A) (B) (C) (D) (E) Disponível em: <http://www.revistadehistoria.com.br/ secao/capa/cafe-no-bolso>. Acesso em 13 out. 2011. A partir da leitura do texto conclui-se que, no referido contexto histórico, os cafeicultores (A) bloquearam a entrada de novos trabalhadores nos portos do Brasil. (B) proibiram a assinatura dos tratados entre a Grã-Bretanha e o Brasil. (C) promoviam ações a favor da abolição da escravatura. (D) participavam mais intensamente da política após a proclamação da República. (E) eram muito poderosos, influenciando os rumos da política do país no século XIX. PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 1.170 1.230 1.242 1.258 1.270 45 Em uma caixa havia 87 fichas. Em cada ficha estava escrito um número natural menor que 87 e não havia duas fichas com números iguais. Uma professora retirou dessa caixa todas as fichas nas quais o número escrito era um múltiplo de 3 que, quando dividido por 5, deixa resto 2. Quantas fichas essa professora retirou da caixa? (A) 4 16 (B) 5 (C) 6 (D) 7 (E) 8 46 48 Ao organizar os livros de uma bilblioteca, o bibliotecário observou que metade dos livros do acervo eram de literatura; metade dos livros restantes eram de matemática e que a sexta parte dos livros que não eram nem de matemática, nem de literatura, eram de ciências. Um comerciante vende balas de três tipos, A, B e C. Os preços de custo e de venda de cada unidade dessas balas são mostrados na tabela a seguir. Se 300 livros do acervo não eram de literatura, nem de matemática, nem de ciências, quantos eram os livros de matemática? (A) 240 (B) 360 (C) 720 (D) 900 (E) 1.440 Tipo Preço de custo (R$) Preço de venda (R$) A 0,05 0,10 B 0,08 0,15 C 0,16 0,25 O comerciante construiu um gráfico indicando a quantidade de balas de cada tipo vendidas na última semana. 47 Observe o paralelepípedo reto retângulo abaixo, de dimensões 4 cm, 6 cm e 10 cm. Lembrando que lucro é a diferença entre o preço de venda e o preço de custo qual foi, em reais, o lucro obtido com as balas vendidas na última semana? (A) 52,00 (B) 31,60 (C) 29,90 (D) 28,30 (E) 22,10 Para construir um paralelepípedo igual a esse, Maria desenhou a sua planificação em uma folha de cartolina, como mostra o modelo abaixo. Os pontos A, B, C e D identificam quatro dos oito vértices do paralelepípedo. 49 Um menino tinha em seu bolso 6 moedas, totalizando 80 centavos. Se todas a moedas valiam menos de 50 centavos, quantas moedas de 10 centavos havia no bolso desse menino? (A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4 (E) 5 50 Um pedaço de barbante de 1,02 m de comprimento foi partido ao meio. Cada metade foi partida em três partes iguais, e cada uma dessas partes, em 5 pedacinhos de mesmo tamanho. Quantos milímetros media cada um desses pedacinhos? (A) 3,4 (B) 6,8 (C) 17,0 (D) 34,0 (E) 68,0 Na planificação desenhada por Maria, CD = 16 cm e AB = 18 cm. Então, depois que o sólido estiver montado, a distância entre os vértices identificados pelas letras C e D será, em cm, igual a (A) (B) (C) (D) (E) 4 6 8 10 12 17 PROFESSOR - PEDAGOGIA PARA ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL