aínda corri poneos núcleos que, segundo a interpretaçâo do aiitor, devem estar em mitose. E possível que realmente assim seja, pois sabe-se que, muito mais tarde, Bally (11) encontrou nos soros de esporangios plurinucleados do 8. taraxaci, antes da septaçâo, incontestáveis figuras de mitose; ainda que, nos desenhos de Bally, o nucléolo assiste sempre à divisào do nùcleo. Repare-se porém que a descriçâo e a gravura de Dangeard se nâo referem a mitoses do nùcleo primario, mas sim dos núcleos secundarios. Se o autor tivesse assistido à divisào cariocinética de um núcleo primario, nâo deixaria de a representar, tanto mais que, sendo aquele muito maior que os núcleos secundarios, o processo de divisào havia de ser ali muito mais fácil de observar. Por conseqüencia, quando o autor, resumindo as conclusôes do seu trabalho, nos diz, que « le noyau reste unique assez longtemps, puis il se multiplie par division directe, quelques fois par division indirecte (karyokinese) » , parece que estamos autorizados a concluir que generalisou novamente observaçôes feitas sobre os núcleos secundarios, ao processo de divisào dos núcleos primarios. Nao é nossa intençâo, note-se bem, denegrir de qualquer modo o valor incontestável das laboriosas e pacientes investigaçôes levadas a cabo em 1890, com urna técnica rudimentaríssima, pelo prestigioso mostre a quem muito consideramos. D e resto, trata-se de um trabalho da juventude, sobre um assunto dos mais difíceis da citologia vegetal e ao tempo ainda completamente por desbravar. Posteriormente, muitos outros autores, servindo-se de técnicas complicadas e dispondo de meios de observaçào mais rigorosos, nào conseguiram ver mais que o entào joven chefe de trabalhos práticos da Faculdade de Caen. S o b o ponto de vista concreto da existencia ou nâo existencia de urna mitose na divisào do núcleo primario, o trabalho de Dangeard, pelas razôes que apontámos, nâo pode ter senào um interèsse meramente histórico. Fischer, Basen A . Fischer publica em 1892 um trabalho de con* 1892 1893 junto sobre os Phycomycetes na Eabenhorst's Kryptogamen-Flora. A ele teremos ocasiâo de nos referir no Cap. I V a propósito da sistemática dos Synchytrhm. Vem depois os trabalhos de Rosen (93) eujo original nos nfto foi jpossivel obterv Da leitura de varios extractos ficámos convencidos