absorpçâo afrouxa, as radiaçôes enfraquecem e o calor diminue, até que a morte paralysa o funccionamento vital e os orgâos tomam a temperatura ambiente. E s t e signal é dado pelo ama- rellecimento das flores, horas depois da sua anthese como observei. D o grande consumo de o x y g e n e o que precisam as flores das palmeiras, principalmente pelos seus estâmes, para o acto da fecundaçâo, nasce nâo só o calor, como a sua caducidade e dahi o seu desprendimento dos ramos do espádice, logo depois de preenchida essa funcçâo esponsalicia. Eis como explico esse augmento consideravel de calor que se nota, em geral, ñas flores destas A prova de que phanerogamas. parece ser assim o facto, é que esse grande augmento de calor só se dá nos espádices androgynos, porque, nos masculinos, o augmento de temperatura nâo é tâo elevado; nâo vi ir além de mais de quatro g r a o s ácima da temperatura atmospherica. Observei isso em Scheeleas Estando o ambiente e Orbignias. marcando 26 o Cent, a elevaçâo da o temperatura das flores nâo chegou a mais de 3 0 , baixando ao normal no fim de urna hora. O augmento de calor que observei é muito maior do que o observado e referido pelo sabio palmographo. A temperatura observada por elle nos espádices excedeu á da atmosphera o Réaum., os espá- 0 apenas 5 , pois que tendo o ambiente 2 9 o dices apresentaram 3 4 , emquanto que eu ñas flores depois da sua queda, achei ñas sendo a temperatura atmospherica de flores 40°,5, isto é 21 R é a u m . , para menos, urna differença de 1 1 o 27°,2 Cent., o 3 2 mais ou o ou 6 mais do que achou Martius, por onde se vé, que as flores depois de destacadas das espádices continuam ainda a desenvolver muito calor, cujo máximo de intensidade é no momento da abertura culaçâo do pollen. das antheras e eja-