Notícias ISO 9001 medicina LABORATORIAL Órgão Informativo da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial - abril 2011 - edição 23 - ano 2 PALC Em junho, tem curso de auditor interno em Campinas. Página 6 Congresso da SBPC/ML Desconto para associados e estudantes da área da saúde. Página 7 ANS Operadoras não podem bonificar quem pede poucos exames. Página 9 Vacina contra HIV USP cria modelo que atua na resposta imunológica. Página 9 Infarto Implante mostra ocorrência mesmo sem sintomas. Página 10 Pandemia silenciosa Impacto financeiro provocado pelas doenças crônicas na economia transformou-as em um dos grandes problemas mundiais. Página 2 Cláusula de reajuste deve constar em contrato com operadoras Toxoplasmose ANS envia documento à SBPC/ML que confirma essa obrigatoriedade. Página 5 Linhagem de T. gondii explica gravidade da infecção. Página 10 Editorial Enfisema Teste de sangue pode ser usado para detecção precoce. Página 11 Malária grave Artesunato é opção ao quinino. Página 12 Pólio Método da Fiocruz detecta vírus em menos tempo. Página 18 A cada ano, 35 milhões de pessoas morrem em todo o mundo em consequência de doenças crônicas. Além de serem um grave e crescente problema de saúde pública, elas têm um impacto financeiro devastador. Somente no Brasil, diabetes e doenças cardiovasculares são responsáveis por perdas anuais da ordem de 3 bilhões de dólares, segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde. Não foi à toa que, em 2009 e 2010, o Fórum Econômico Mundial incluiu as doenças crônicas não transmissíveis entre os cinco maiores riscos globais. A reportagem principal desta edição do NotíciasMedicina Laboratorial aborda o problema provocado pelas doenças crônicas e suas consequências na economia. A tendência é a situação se agravar devido à incidência crescente de fatores agressores da sociedade moderna, favorecendo este grupo de patologias, somados ao aumento da longevidade. Para o segmento de diagnóstico laboratorial, o panorama nos próximos anos representa um desafio e novas oportunidades, tanto pelo aspecto do diagnóstico em si, como pela necessidade de este ser obtido de forma cada vez mais precoce, sem o qual, é cada vez mais difícil combater a pandemia silenciosa das doenças crônicas. Outro destaque nesta edição é a resposta da ANS à consulta feita pela SBPC/ML sobre a obrigatoriedade de cláusula de reajuste nos contratos firmados com as operadoras de planos de saúde. A notícia é de grande importância para os laboratórios porque implica na tentativa de se buscar o equilíbrio financeiro do setor de exames complementares. Forte abraço. Armando Fonseca - Editor-chefe Pandemia silenciosa Impacto financeiro provocado pelas doenças crônicas na economia transformou-as em um dos grandes problemas mundiais As doenças crônicas são responsáveis por cerca de 35 milhões de mortes por ano, em todo o mundo. Estima-se que elas são a causa de 60% de todos os tipos de óbitos que ocorrem no planeta. Esses números estão em um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) com dados referentes a 2005, levantamento mais recente feito pela instituição. O documento considera como principais doenças crônicas infecciosas e não infecciosas as cardiovasculares (inclusive AVC), câncer, respiratórias, diabetes, deficiências auditiva, visual e de fala, problemas Óbitos/ano no mundo provocados por doenças crônicas OMS, 80% das mortes provocadas por esse tipo de patologia ocorrem em países considerados de baixo e médio desenvolvimento, onde vive a maioria da população mundial. Estudos mais recentes da própria OMS e de outras instituições mostram o impacto do aumento na incidência de doenças crônicas na economia mundial. Com base nos dados do relatório de 2005, a Organização fez uma projeção e estimou as perdas anuais na renda nacional provocadas apenas por doenças cardiovasculares e diabetes em países emergentes do bloco conhecido como BRIC: Brasil, US$ 3 bilhões; Rússia, US$ 11 bilhões; Índia, US$ 9 bilhões; China, US$ 18 bilhões. As perspectivas são desanimadoras. Para o Brasil, a OMS avalia que a redução no Produto Interno Bruto (PIB) devido aos custos relacionados a esses dois tipos de patologias será de 49,2 bilhões de dólares até 2015. A situação para a China promete ser ainda pior no mesmo período. Está avaliada uma perda de US$ 558 bilhões no PIB daquele país. 18.000.000 16.000.000 14.000.000 Somente com o diabetes e suas complicações, por exemplo, os custos totais (diretos e indiretos) no Brasil chegam a 23 milhões de dólares por ano. Considerando toda a América Latina e Caribe, são de US$ 8,1 bilhões. 12.000.000 10.000.000 8.000.000 Alerta mundial 6.000.000 4.000.000 2.000.000 0 HIV/Aids Malária Câncer Tuberculose Cardiovasculares Respiratórios Diabetes genéticos, HIV/Aids, tuberculose e malária. Os números desmentem uma crença de que doenças crônicas são mais comuns em nações desenvolvidas. De acordo com a 2 Durante a Conferência sobre Diabetes para a América Latina, realizada em 2010, na cidade de Salvador, o então ministro da Saúde José Gomes Temporão alertou que os custos financeiros do tratamento e a perda de produtividade devido à invalidez e óbitos prematuros resultantes da doença ameaçam a prosperidade e resultam em quedas significativas nas rendas nacionais. “A crescente epidemia de diabetes e doenças crônicas não transmissíveis na região da América Latina e Caribe deve ser encarada com soluções tangíveis, de custo/benefício eficientes e de prevenção”, disse a diretora da Organização Pan-americana de Saúde, Mirta Roses Periago. Ela destacou que um desenvolvimento que não considerar as consequências para a saúde poderá ser dispendioso e também perpetuar a pobreza crônica. O que antes podia ser visto como um problema de saúde pública transformou-se em uma questão de ordem econômica. Por dois anos seguidos, 2009 e 2010, o relatório do Fórum Econômico Mundial incluiu as doenças crônicas não transmissíveis entre os cinco maiores riscos globais, acima até mesmo de crises financeiras, como as de países da Europa, e de catástrofes naturais, como terremotos e inundações. (533), seguido de Pernambuco (523) e Rio Grande do Sul (517). A média nacional foi de 475. Nas doenças cardiovasculares, a maior taxa de mortalidade, em 2007, foi do Piauí (253), depois Alagoas (252) e Pernambuco (244). Naquele ano, a média no país ficou em 209 óbitos por 100 mil habitantes. Ainda em 2007, São Paulo apresentou a maior taxa para diabetes mellitus (56), seguido de Pernambuco (50) e Sergipe (49), enquanto a média nacional foi de 33. Estudo Saúde Brasil 2009 Óbitos % em relação ao total de óbitos no país 705.597 67,3 Cardiovasculares 308.466 29,4 Neoplasias 158.600 15,5 No relatório Riscos Globais 2010, o Fórum alerta que a incidência desse tipo de doença está relacionada a outros problemas de âmbito mundial, como crises econômicas, baixos investimentos em infraestrutura e falta de garantia de fornecimento de comida, água e energia. Causa “O custo do tratamento das doenças crônicas tem aumentado globalmente, associado a taxas de morbidade e mortalidade impulsionadas pela evolução demográfica e as mudanças na dieta, gerando o que se considera uma pandemia silenciosa”, acrescenta o documento. Doenças respiratórias 59.154 5,6 Diabetes mellitus 47.718 4,6 131.659 12,6 Um levantamento da OMS mostra que metade dos que morrem por doenças crônicas estão em idade economicamente ativa. O Banco Mundial, por sua vez, pediu que a sociedade internacional e os governos dos países em desenvolvimento tomem medidas imediatas para combater e controlar essas doenças. Situação no Brasil Em dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde divulgou o resultado do estudo Saúde Brasil 2009, que transmite algum alento, mas nem por isso deixa de ser preocupante. Entre 1996 e 2007, houve queda de 17% nas mortes por doenças crônicas não transmissíveis, o que equivale a uma redução média de 1,4% ao ano na taxa de mortalidade. Segundo o estudo, esse grupo de doenças representa 67% do total de óbitos no país. Somente em 2007, elas foram responsáveis por 705,5 mil mortes (ver tabela). A maior redução de mortes foi registrada entre as provocadas por doenças respiratórias – como enfisema pulmonar, doença pulmonar obstrutiva crônica e asma, entre outras – que registraram taxa de mortalidade média de 2,8% ao ano. Para o Ministério, isso se deve às campanhas contra o fumo que resultaram na redução do tabagismo no país. Em 2007, as doenças cardiovasculares eram responsáveis por 29,4% do total de mortes no Brasil. Naquele ano, foram 308 mil, e a taxa de mortalidade caiu 26% no período analisado. Doenças crônicas não transmissíveis Outras doenças crônicas (todas) (Fonte: Ministério da Saúde) Equívocos x Realidade sobre doenças crônicas (Fonte: OMS) Doenças crônicas afetam principalmente países muito desenvolvidos. Realidade - Quatro em cada cinco mortes por esse tipo de doença ocorrem em países de baixo e médio desenvolvimento. Países de baixa e média renda deveriam controlar as doenças infecciosas antes de se preocupar com as doenças crônicas. Realidade - Países de baixa e média renda estão no centro desses dois desafios mundiais de saúde pública. Doenças crônicas afetam principalmente populações ricas. Realidade - Em todos os países, as populações pobres apresentam maior probabilidade de desenvolver doenças crônicas. Doenças crônicas afetam principalmente idosos. Realidade - Cerca de metade dessas doenças ocorre em pessoas com menos de 70 anos de idade e 1/4 das mortes que elas provocam ocorrem antes dos 60 anos. Doenças crônicas afetam principalmente homens. Realidade - Os dois sexos são igualmente afetados, principalmente por problemas cardiovasculares. Doenças crônicas são resultado de estilo de vida pouco saudável. Realidade - A responsabilidade de cada um pode influenciar quando os indivíduos têm as mesmas oportunidades de acesso a uma vida saudável e são igualmente incentivados a optar por esse estilo de vida. Doenças crônicas não podem ser evitadas. Realidade - Conhece-se a maioria das causas de doenças crônicas, e se forem eliminados seus fatores de risco, podem ser evitados 80% de todos as doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. É caro prevenir e controlar doenças crônicas. Realidade - Muitas dessas ações têm baixo custo-efetividade em todo o mundo, inclusive nas regiões mais pobres do planeta. O lado desanimador é que os óbitos provocados por diabetes aumentaram em 10% no mesmo período. Meu pai era obeso e fumante e viveu até 86 anos. Realidade - Existem casos como esse, mas são raros. A maioria das doenças crônicas pode ser evitada eliminando os fatores de risco. Em 2007, o Rio de Janeiro foi a Unidade da Federação que apresentou a maior taxa de mortalidade (óbitos por 100 mil habitantes) no total de doenças crônicas não transmissíveis Todo mundo vai morrer um dia. Realidade - Ninguém precisa morrer de forma lenta, dolorosa ou prematura. 3 Trabalhamos para cumprir nossa missão A SBPC/ML tem como Missão ser a Sociedade Médica que integra pessoas e organizações que se dedicam à área científica e profissional de medicina laboratorial, visando ao aprimoramento contínuo desta atividade na assistência à saúde. E, como Visão, ser reconhecida como uma sociedade médica de referência na área de medicina laboratorial. Com base nesses dois princípios, a SBPC/ML tem atuado junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na defesa dos interesses dos laboratórios clínicos. Em fevereiro, consultamos a Agência para que esclarecesse as regras que devem constar nos contratos firmados entre os laboratórios e as operadoras de planos de saúde e seguro-saúde. Canal direto Foi com esse objetivo que, após reunião com o diretor-presidente da ANS, dr. Maurício Ceschin, foi entregue uma carta solicitando esclarecimentos sobre esse assunto. A resposta da Agência está na entrevista com o diretor de Defesa de Classe da SBPC/ML, Paulo Azevedo, na página 5. Não deixe de ler porque é esclarecedora. Em maio, a SBPC/ML vai realizar uma Assembleia Geral Extraordinária em sua sede, no Rio de Janeiro. O objetivo é submeter para votação o anteprojeto do novo estatuto da Sociedade, que ficou em consulta pública em nosso site até 15 de abril e recebeu diversas sugestões. O texto procura dotar a SBPC/ML de um estatuto mais moderno e adequado aos tempos em que vivemos. Estamos nos aproximando da realização do 45º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, que será de 16 a 19 de agosto, em Florianópolis. O principal evento técnico-científico de nosso setor vai apresentar grandes novidades. Quem se inscrever pelo site do congresso (www.cbpcml.org.br) tem bons descontos. Aproveite. Até o próximo mês. Carlos Ballarati Presidente da SBPC/ML Biênio 2010/2011 Diretoria Executiva do biênio 2010/2011 4 Presidente: Diretor Científico: Diretor de Comunicação: Carlos Alberto Franco Ballarati Nairo Massakazu Sumita Luiz Eduardo Rodrigues Martins [email protected] [email protected] [email protected] Vice-presidente: Vice-diretor Científico: Diretor de Acreditação: Ismar Venâncio Barbosa Murilo Rezende Melo Wilson Shcolnik [email protected] [email protected] [email protected] Diretor Administrativo: Diretora Financeira: Diretor de Defesa de Classe: César Alex de Oliveira Galoro Leila Sampaio Rodrigues Paulo Sérgio Roffe Azevedo [email protected] [email protected] [email protected] Vice-diretor Administrativo: Vice-diretora Financeira: Presidente do Conselho de Ex-presidentes: Rubens Hemb Natasha Slhessarenko Alvaro Martins [email protected] [email protected] [email protected] Agenda da SBPC/ML 27 de maio 5º Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos Centro de Convenções Expo Center Norte São Paulo - SP 2 a 4 de junho Curso de Formação de Auditor Interno da Qualidade - Norma PALC 2010 Monreale Hotel Classic Campinas Campinas - SP 4 de junho 6ª Jornada de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial de Campinas Monreale Hotel Classic Campinas Campinas - SP 16 a 18 de junho Curso de Formação de Auditor Interno da Qualidade - Norma PALC 2010 Natal - RN Cursos a distância transmitidos pela Internet Para mais informações e inscrições acesse o site da SBPC/ML - www.sbpc.org.br 13 de julho Boas práticas e indicadores em laboratórios hospitalares: como se diferenciar neste mercado Alex Galoro - Médico patologista clínico Para o 2º semestre, estão previstos os seguintes temas: Biossegurança e gerenciamento de resíduos: melhores ? práticas Garantia da qualidade em microscopia na hematologia ? Farmacogenômica em oncologia: personalizando o ? tratamento para maior eficácia 16 a 19 de agosto 45º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial Centro de Convenções de Florianópolis - CentroSul Florianópolis - SC Mais informações: www.sbpc.org.br A programação é preliminar. Datas, temas e nomes dos palestrantes podem ser alterados por motivos operacionais. Cláusula de reajuste deve constar em contratos com operadoras Os contratos firmados entre planos e seguros de saúde e prestadores de serviço têm que incluir, obrigatoriamente, cláusulas que definam critérios de reajuste. É o que informa o Ofício 136/2011, de 30 de março, que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) enviou à SBPC/ML, em resposta a uma consulta feita pela Sociedade sobre esse assunto. Segundo o Ofício “são cláusulas obrigatórias em todos os instrumentos jurídicos a definição de critérios de reajuste, contendo forma e periodicidade”. Diz o documento que o “critério deve ser claro (de fácil compreensão) e objetivo” e que “entende-se como periodicidade – o momento certo no tempo, independente de qualquer condição ou do arbítrio de uma das partes”. Os destaques em negrito estão no documento original. Continua o Ofício da ANS: “Entendese como forma – o estabelecimento de uma fórmula de reajuste; a composição de um ou mais índices; um percentual pré-fixado”. “O reajuste deve ser capaz de cobrir perdas inflacionárias.” O documento, que é assinado pelo Gerente Geral de Desenvolvimento Setorial da ANS, Antonio Carlos Endrigo, esclarece que as normas não estabelecem índice e que ele deve ser negociado. “Há algum tempo, a ANS vinha dizendo publicamente que os contratos precisam ter uma cláusula clara de reajuste, mas as operadoras alegavam que a Agência não afirmava isso. Então, nos reunimos com o diretorpresidente da ANS, dr. Maurício Ceschin, que confirmou a obrigatoriedade dessa cláusula e que a Agência está empenhada em que ela seja cumprida”, conta o diretor de Defesa de Classe da SBPC/ML, Paulo Azevedo. A reunião com a ANS ocorreu em fevereiro. A SBPC/ML foi representada pelo presidente, Carlos Ballarati, por Azevedo e pelo diretor de Acreditação, Wilson Shcolnik. Após o encontro, a Sociedade entregou uma carta oficializando a consulta, que resultou no Ofício da Agência. No dia 13 de abril, O diretor de Defesa de Classe participou de um evento em São Paulo. Maurício Ceschin, que também participou, reafirmou a obrigatoriedade da cláusula de reajuste nos contratos e que ela já deve ser cumprida. Ele incentivou os prestadores a cobrarem das operadoras que obedeçam as determinações da Agência. Aquelas que descumprirem podem ser multadas. “A SBPC/ML coloca-se à disposição dos prestadores que desejarem Paulo Azevedo: os prestadores podem fazer reclamações diretamente à SBPC/ML fazer reclamações de operadoras que não estão cumprindo a sua parte. É importante que todos participem porque, à medida que os prestadores se degradam, isso se reflete na qualidade do atendimento e na segurança do paciente”, conclui o diretor de Defesa de Classe da SBPC/ML. O Ofício 136/2011 da ANS, em formato pdf está disponível para leitura, download e impressão livres no acervo da Biblioteca Digital da SBPC/ML (www.bibliotecasbpc.org.br), na seção “Legislação e Normas”, página “ANS”. No site da SBPC/ML (www.sbpc.org.br), pode ser encontrado no menu “Profissional”, seção “Legislação e Consultas Públicas”, página “ANS”. SBPC/ML divulga Patologistas Clínicos Médicos com Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (TEPAC) podem divulgar seu nome e currículo resumido no site da SBPC/ML (www.sbpc.org.br). A relação de Patologistas Clínicos está no menu “ Profissional ” , página “Patologistas Clínicos”. O link direto para a página é: http://www.sbpc.org.br/profissio nal/patologistasClinicos.php. Os médicos são apresentados por unidade da federação em que atuam e em ordem alfabética de nomes. As informações foram obtidas por e-mail enviado pela SBPC/ML aos especialistas cadastrados. Aqueles que, por algum motivo, não receberam o comunicado e têm interesse em ver seu nome e currículo no site devem entrar em contato pelo e-mail [email protected]. Não é necessário ser associado da SBPC/ML para ter o nome no site. No e-mail deve constar que o patologista clínico autoriza a divulgação do nome e do currículo e como deseja que o nome seja apresentado (com abreviações ou não, por exemplo). O currículo deve ser enviado em arquivo no formato Word, com máximo de três linhas e letras em tamanho 12. 5 Revista da APM divulga PALC A edição de março da Revista da Associação Paulista de Medicina veiculou um anúncio institucional do Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC), da SBPC/ML. A publicação tem uma tiragem de 33.750 exemplares e é distribuída em todo o Estado de São Paulo. O anúncio (abaixo) informa que o PALC é baseado no atendimento de padrões técnicos internacionais e monitora do começo ao fim o processo laboratorial. O anúncio faz parte da campanha de divulgação do Programa em publicações de instituições médicas, como foi informado nas edições de setembro e dezembro de 2010 do Notícias-Medicina Laboratorial. No mês de dezembro, o mesmo anúncio foi veiculado no JAMB, revista da Associação Médica Brasileira, com 60 mil exemplares distribuídos para todo o Brasil. O objetivo é mostrar aos médicos de diferentes especialidades a importância de recomendar laboratórios acreditados pelo PALC, como garantia das decisões médicas e da segurança dos pacientes. PALC oferece curso de auditor interno em Campinas Entre os dias 2 e 4 de junho será realizado mais um curso de Formação de Auditor Interno da Qualidade - Norma PALC 2010. O local é o Monreale Hotel Classic (Av. Aquidabã, 280), em Campinas (SP). PALC O programa do curso inclui organização geral e gestão, auditorias da qualidade (conceitos, tipos, perfil e capacitação dos auditores) e diversos tópicos sobre gestão, como sistema da qualidade, documentação e registros, não conformidades, laboratórios de apoio, fases pré-analítica, analítica e pós-analítica, TLR, equipamentos, ambiente e segurança, pessoal e sistema de informações laboratoriais. Associados da SBPC/ML (pessoa física e jurídica) e estudantes da área da saúde têm desconto na inscrição. Os estudantes precisam comprovar que estão matriculados regularmente em 2011. O primeiro curso realizado pela PALC este ano foi em Belo Horizonte (foto). As vagas são limitadas em 50 pessoas. Inscrições e informações no site da SBPC/ML (www.sbpc.org.br). SBPC/ML faz auditoria interna SBPC/ML em Boston Nos dias 14 e 15 de abril foi realizada mais uma auditoria interna na SBPC/ML, segundo o que estabelecem as normas de certificação ISO. A auditora foi Claudia Meira, médica patologista clínica com especialização em Administração Hospitalar e MBA em Gestão Empresarial, ambos pela Fundação Getúlio Vargas, auditora do Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC) pela SBPC/ML, ISO 9001 e ONA pela Det Norske Veritas Certificadora (DNV) e consultora em implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade. A SBPC/ML obteve a certificação ISO 9001:2008 no dia 16 de dezembro de 2009, conferida ao Sistema de Qualidade da Sociedade. A próxima auditoria externa será no segundo semestre deste ano. O presidente da SBPC/ML, Carlos Ballarati (foto), foi convidado para participar como palestrante em um s e m i n á r i o s o b r e Te s t e s Laboratoriais Remotos - TLR (Point-of-care-testing - POCT, na sigla em inglês), na cidade de Boston, EUA, nos dias 4 e 5 de abril. Também estiveram presentes médicos representando China e Índia. No evento foi debatido o mercado de TLR nos países considerados emergentes. Participação em Congresso de Medicina do Esporte Estatuto da SBPC/ML A SBPC/ML e a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) vão atuar em parceria, com o objetivo de divulgar as atividades das duas instituições e o conhecimento dos especialistas das duas áreas. O anteprojeto do novo Estatuto da SBPC/ML ficou em consulta pública no site da Sociedade entre os dias 14 de março e 15 de abril. As sugestões recebidas foram encaminhadas à Comissão Estatutária para consolidálas e redigir o texto final. Este será apresentado e submetido à votação na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) marcada para 20 de maio, na sede da SBPC/ML, no Rio de Janeiro. Representantes da SBPC/ML vão integrar mesa redonda no 23º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte, que será de 15 a 18 de junho, no Palácio Quitandinha, na cidade de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. A SBMEE enviará representantes para participar de atividade da programação científica do 45º Congresso da SBPC/ML, de 16 a 19 de agosto, em Florianópolis. Foto: Estefan Radovick Aconteceu na SBPC/ML A Comissão Estatutária é formada pelos médicos patologistas clínicos Adagmar Andriolo (presidente e coordenador), Alex Galoro, Alvaro Martins, Marilene Melo, Murilo Melo, Paulo Azevedo e Wilson Shcolnik, e tem assessoria técnica do patologista clínico Manoel Alberto Raymondo Serrão e jurídica de Zélia Jardim. 45º Congresso oferece descontos para inscrição pela Internet Quem se inscrever antecipadamente – pela Internet – no 45º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/ Medicina Laboratorial obtém descontos em relação ao valor de inscrição no local do evento. Até 5 de junho, primeiro vencimento antecipado, a redução varia de aproximadamente 43% a 31%, dependendo da categoria (Associado SBPC/ML, Não associado e Estudante da área de saúde). Após essa data e até 4 de julho, segundo e último prazo para inscrição antecipada, o desconto é de 10%. Depois, as inscrições só podem ser feitas no Centro de Convenções de Florianópolis, nos dias do congresso, pelo valor integral. deste ano. Não há custo para o residente associar-se. O desconto para a categoria Acompanhante é de 10% até o segundo vencimento. É muito fácil se inscrever pela Internet no 45º Congresso da SBPC/ML. No site do evento (www.cbpcml.org.br), clicar no menu “Inscrição” e, depois, na página correspondente à categoria de participação: Associado SBPC/ML Pessoa Física ou Pessoa Jurídica, Não Associado, Estudante da área de saúde, Residente de Pa t o l o g i a C l í n i c a / M e d i c i n a Laboratorial e Acompanhante. O Associado SBPC/ML pessoa física que optou pelo pagamento total das contribuições de 2011 (1º e 2º semestres) tem direito à gratuidade no congresso. Mas é preciso entrar no site para preencher a ficha de inscrição on line. Residente de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial também tem gratuidade, desde que seja associado da SBPC/ML ou tenha se associado até o dia 30 de abril O 45º Congresso da SBPC/ML será de 16 a 19 de agosto, no CentroSul, em Florianópolis. 7 Gestão em laboratórios é tema de congresso Estão abertas as inscrições para o 5º Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos, que será em 27 de maio, no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento é uma das atividades dos congressos de gestão ClasSaúde, realizados durante a Feira Hospitalar 2011. A programação inclui mesas redondas e palestras sobre os efeitos da economia brasileira no segmento diagnóstico, modelos de sustentabilidade em serviços de saúde, reforma tributária, perspectivas para o setor mediante as demandas trabalhistas e inovação (conceitos, tipos, importância e como inovar em um cenário competitivo). A SBPC/ML será representada nos debates e mesas redondas pelo presidente, Carlos Ballarati, e pelo diretor de Acreditação, Wilson Shcolnik, que fazem parte da comissão científica do evento, juntamente com o diretor Científico, Nairo Sumita. Associados da SBPC/ML têm desconto na inscrição. O público alvo é formado por diretores, gestores e profissionais responsáveis por decisões estratégicas no segmento de laboratórios clínicos. A programação detalhada, a ficha de inscrição e outras informações estão em www.classaude.com.br. O 5º Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos é realizado pela SBPC/ML, Sindhosp, Fenaess, CNS e Hospitalar. Exame Nacional revalida diplomas médicos Os ministérios da Saúde e da Educação lançaram o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por universidades estrangeiras (Revalida). Podem participar candidatos que têm diploma expedido no exterior, em curso reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) ou órgão correspondente no país. O exame terá duas etapas. A primeira é uma prova teórica e a segunda, uma prática de habilidades clínicas. A avaliação será feita a partir da Matriz de Correspondência Curricular, documento elaborado pela subcomissão de revalidação, que vai adotar como referência as diretrizes curriculares nacionais do curso de medicina no Brasil. As universidades públicas interessadas em aderir ao exame precisam firmar um Termo de Adesão com o Ministério da Educação. O edital vai definir os locais onde a prova será aplicada. Atualmente, os alunos formados em medicina em universidades de outros países precisam revalidar seus diplomas em alguma instituição pública de ensino superior no Brasil. O processo é demorado e não tem padronização porque cada instituição adota um método próprio. Com o Revalida o MEC espera que o processo fique mais rápido. Fonte: Agência Brasil Governo não vai regular pós-graduação lato sensu O Ministério da Educação publicou no Diário Oficial da União de 17 de fevereiro as regras de transição para o fim do credenciamento “em caráter especial” de entidades não educacionais que oferecem cursos de especialização, como residências médicas de hospitais e MBAs de fundações como FIA, Fipe e Fipecafi. Na prática, a medida faz com que o governo deixe de regulamentar o setor de pós-graduações lato sensu. Alunos que ingressarem até 31 de julho deste ano em cursos que já possuem a chancela do MEC terão o reconhecimento do ministério em seu diploma. Depois disso, o certificado será expedido apenas pela entidade. Os pedidos de novos credenciamentos foram suspensos. Mesmo as pós-graduações lato sensu oferecidas por instituições de ensino (faculdades e 8 universidades) deixarão de ter aval do ministério. Essas instituições, no entanto, ainda precisam do reconhecimento oficial para funcionar, pois as graduações de nível superior, assim como os programas de mestrado, doutorado e pós-doutorado continuam sob a supervisão do ministério. O presidente da Câmara de Ensino Superior, órgão deliberativo do Conselho Nacional de Educação (CNE), Paulo Speller, acredita que a medida não trará grande impacto para o setor. “Antes, o MEC tinha que avaliar as condições do local e o currículo. Agora, serão cursos livres, ou seja, as entidades poderão continuar a oferecer as especializações, mas sem a necessidade de aprovação”, explica. Fonte: Agência Estado Novo modelo de vacina contra o HIV Uma pesquisa que conta com a participação da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) desenvolve um modelo de vacina que atua na resposta imunológica de células T-CD4, que são alvo do HIV, e em maior número de partes do vírus. de apoio às T-CD8 e aumentarão seu poder defensivo. Os pesquisadores escolheram partes muito conservadas do HIV para induzir uma resposta imune. Um programa de computador permitiu identificar as regiões reconhecidas pelas T-CD4. “Em contato com células do sangue de pacientes infectados pelo HIV, o reconhecimento chegou a 90% dos pacientes, mostrando sua eficácia em ser reconhecido por pessoas com constituições genéticas muito Segundo o professor Edécio variadas”, conta Cunha-Neto. Cunha-Neto (foto), que coordena O artigo A DNA Vaccine Encoding o trabalho, as vacinas que foram Multiple HIV CD4 Epitopes testadas até agora em outras Elicits Vigorous Polyfunctional, pesquisas fortalecem somente as Long-Lived CD4+ and CD8+ T células T-CD8, que destroem o Cell Responses foi publicado em vírus. O modelo estudado na 11 de fevereiro de 2011 em PLoS FMUSP procura reforçar as T- One. CD4, de modo que elas servirão Fonte: Agência USP Foto: divulgação Os testes são realizados em animais no Instituto de Investigação em Imunologia da faculdade. Dependendo dos resultados, a equipe espera iniciar os testes em humanos a partir do final do ano. Operadoras não podem limitar exames nem bonificar prestador Operadoras de planos de saúde não podem limitar o número de procedimentos solicitados nem bonificar prestadores de serviços para que estes passem a pedir menos exames complementares. A Súmula Normativa 16, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), publicada em 13 de abril, esclarece a proibição da quantidade de exames que o prestador pode solicitar. “Essa decisão da ANS vem coroar o esforço da SBPC/ML, que luta há muito tempo contra práticas como essa, que contrariam a ética medica”, diz o diretor de Defesa de Classe da SBPC/ML, Paulo Azevedo. Segundo a Agência, além de caracterizar uma restrição da atividade do profissional, a prática pode gerar dificuldades de acesso dos pacientes ao tratamento adequado. Essa conduta é considerada Restrição da Atividade do Prestador, com pena prevista no a r t i g o 4 2 d a Re s o l u ç ã o Normativa nº 124/2006 da ANS, que vai de advertência a multa de R$ 35 mil. A decisão da ANS é resultado de denúncias feitas por profissionais e entidades médicas sobre a existência de bonificação para os prestadores de serviços de saúde que solicitassem menor número de exames. Em nota divulgada em seu site (www.ans.gov.br), a ANS alerta que a prática de bonificação de profissionais em função da quantidade de exames solicitados é contrária ao código de ética médica e ao entendimento da Agência, que condena essa prática. Fonte: Imprensa da ANS 9 Implante mostra se houve infarto Um sensor implantado no paciente informa se ele sofreu um infarto, mesmo se não apresentar sintomas. Com isso, o médico pode agir para evitar danos cardíacos maiores. O dispositivo foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts - MIT (http://web.mit.edu/), nos EUA. Testado em camundongos, o sensor detecta picos nos níveis das proteínas mioglobina, troponina cardíaca e creatinoquinase, indicativas de infarto. “O dispositivo também indica a existência dessas substâncias mesmo que não estejam mais presentes na corrente sanguínea, podendo usá-las como marcadores”, diz Michael Cima, professor de engenharia no MIT e coautor do trabalho. O sensor é um disco com 2 mm de espessura e 8 mm de diâmetro, que contém partículas de óxido de ferro recobertas com anticorpos para um marcador específico. Uma membrana semipermeável permite que a proteína que se deseja detectar entre no dispositivo, onde se ligará aos anticorpos. Foram implantados seis sensores – dois para marcador de infarto – sob a pele de cada camundongo. “As respostas foram proporcionais aos danos provocados no coração. Então, o sensor pode medir a gravidade do dano”, diz Pa u l H u a n g , p r o f e s s o r d a Faculdade de Medicina de Harvard e coautor do estudo. O sensor detecta níveis de proteínas indicativas do infarto O artigo Implantable magnetic relaxation sensors measure cumulative exposure to cardiac biomarkers foi publicado na edição on line de 13 de fevereiro de Nature Biotechnology. Fonte: MIT Linhagem de toxoplasmose explica gravidade da infecção Cada uma das linhagens do parasita Toxoplasma gondii provoca uma reação específica nas células nervosas. É o que sugere um estudo do Johns Hopkins Medicine (www.hopkinsmedicine.org), nos Estados Unidos. Foram infectadas células nervosas humanas com as três cepas de toxoplasma mais comum. Cada uma delas provocou um padrão diferente de expressão gênica. Esta ocorre quando um gene está relacionado à liberação de uma substância que diz às células o que deve ou não fazer. A expressão gênica pode ser ativada ou desati10 vada, aumentada ou reduzida por diversos fatores, incluindo invasões bacterianas e virais. As células infectadas com o toxoplasma tipo I apresentaram alto nível de expressão gênica, alterando mais de 1.000 genes. As que receberam os tipos II e III, menos virulentos, mostraram níveis baixos e moderados de expressão gênica. A infecção com o tipo II afetou 78 genes e com o tipo III, 344 genes. Alguns genes, como o VIPR2, que regula os neurotransmissores e nervos de sinalização, foram afetados pelas três linhagens. “Ainda faremos estudos clínicos. Se os resultados forem confirmados, podem ajudar os médicos a prever a gravidade de uma infecção conforme a linhagem que a provocou, e aplicar tratamentos sob medida”, diz o médico Robert Yolken, neurovirologista do Centro Infantil Johns Hopkins. O artigo Differential Effects of Three Canonical Toxoplasma Strains on Gene Expression in Human Neuroepithelial Cells foi publicado na edição de março de Infection and Immunity. Fonte: Medica.de Pesquisadores do Centro Médico Weill Cornell, nos EUA, desenvolvem um teste de sangue capaz de detectar enfisema pulmonar antes de surgirem os sintomas. Segundo o coordenador da pesquisa, o médico Ronald G. Crystal, o teste mede as partículas eliminadas pelos capilares que circundam os alvéolos nos pulmões. Essas partículas são resíduos deixados pelo ar que entra nos pulmões, inclusive pela fumaça do cigarro. Ele diz que, à medida que os capilares são danificados, os resíduos são transportados pelo sangue e podem servir como um marcador da doença. Então, eles começaram a procurar por sinais de micropartículas endoteliais. “Todos nós temos algum nível dessas micropartículas no sangue. Foto: Vildan Uysal / stock.xchng Teste de sangue para detecção precoce de enfisema Procuramos casos em que elas estão em níveis elevados, o que sugere danos nos alvéolos”, diz o médico. A pesquisa investigou três grupos – indivíduos saudáveis não fumantes, fumantes saudáveis e fumantes com indícios de danos pulmonares. Todos foram submetidos a testes de função pulmonar. Os resultados mostraram 95% de correlação positiva entre os níveis elevados no sangue de micropartículas endoteliais e os resultados anormais dos testes pulmonares. Para Crystal, isso significa que foram detectados quase todos os casos de início de enfisema. Ele esclarece que o teste ainda precisa ser aplicado a grupos maiores para ser validado. O artigo Circulating Endothelial Microparticles as a Measure of Early Lung Destruction in Cigarette Smokers foi publicado na edição on line de 11 março de 2011 de American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine. Fonte: Medica.de Proteína pode ser usada em vacina contra a tuberculose Foto: divulgação Uma proteína secretada pelo Mycobacterium tuberculosis e muito específica para a tuberculose pode ser usada em uma nova vacina contra a doença, que mata 4,7 mil pessoas por dia em todo o mundo. Atualmente, são registrados 9 milhões de novos casos de tuberculose a cada ano. A única vacina disponível hoje em dia é a BCG, que tem limitações em sua eficácia. O estudo identificou a proteína EspC, que aciona nos indivíduos infectados uma resposta imunológica muito forte. Como essa reação não ocorre na presença da BCG, uma vacina com a EspC pode ser mais eficaz. Foi examinada a resposta imune à proteína em 45 pessoas com infecção ativa, em 27 com infecção latente e em 27 não infectadas que receberam BCG (grupo controle). Os indivíduos com infecção ativa e latente apresentaram uma resposta muito forte. Apenas dois casos do grupo controle responderam ao antígeno, o que demonstra a especificidade da resposta, segundo os pesquisadores. “A proteína também pode ser usada em diagnóstico porque a resposta imunológica que ela provoca só ocorre nos indivíduos infectados pela bactéria mas não em quem não está infectado e recebeu a BCG. Com isso, seria possível diferenciar os dois grupos”, explica o coautor do estudo Ajit Lalvani (foto), do Colégio Imperial de Londres (www.imperial.ac.uk), do Reino Unido. O artigo EspC is a highly immunodominant E1-dependent secreted antigen specific for Mycobacterium tuberculosis infection foi publicado na edição on line de 18 de março de 2011 de Proceedings of the National Academy of Sciences. Fonte: Colégio Imperial de Londres 11 Foto: LSTM Artesunato supera quinino em malária grave O quinino pode perder o posto de principal medicamento para tratar casos graves de malária. É o que sugere um estudo de revisão da Escola de Medicina Tropical de Liverpool - LSTM (www.lstmliverpool.ac.uk), no Reino Unido. Segundo o trabalho, o artesunato, derivado de ervas da medicina chinesa, é mais eficaz na prevenção de morte. A malária grave ocorre quando a doença afeta a função dos órgãos vitais e está associada a algumas situações de malária cerebral. O trabalho abrange 1.664 adultos e 5.765 crianças de várias regiões da África e da Ásia. Os resultados mostram que o artesunato reduz em 39% o risco de morte em adultos e 24% em crianças, comparado com o quinino. Em adultos, as mortes causadas pela malária grave diminuíram de 241 por 1.000, com quinino, para 147, com artesunato. Em crianças, a redução nas mortes foi de 108 por 1.000, com quinino, para 83, com artesunato. tratamento com artesunato”, afirma David Sinclair, que liderou a equipe de revisão. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o artesunato intravenoso é recomendada como tratamento de adultos e crianças com malária grave em qualquer lugar do mundo. O artigo Artesunate versus quinine for treating severe malaria foi publicado em março de 2011 em Cochrane Database of Systematic Reviews. “O equilíbrio entre benefícios e efeitos colaterais é favorável ao Fonte: Science Daily Feitiço contra o feiticeiro As bactérias frequentemente usam toxinas para atacar as células do hospedeiro. Ao mesmo tempo, precisam de defesas para evitar que suas próprias toxinas as destruam. Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis (www.wustl.edu), nos EUA, descreveram um desses mecanismos de proteção, o que pode abrir caminho para novas classes de antibióticos. Eles determinaram a estrutura de uma toxina e sua antitoxina na Streptococcus pyogenes (foto), bactéria comum que causa desde infecções na garganta até febre reumática. Na bactéria, a antitoxina mantém a toxina inativa. “A bactéria tem que expressar esse antídoto. Sem a antitoxina, ela se autodestruiria. Este é seu calcanhar de Aquiles e queremos explorá-lo”, diz Craig L. Smith, autor principal do estudo. 12 A equipe acredita ter encontrado uma forma de desativar a antitoxina, deixando a toxina livre para atacar a própria bactéria. Agora, eles pretendem testar determinados fármacos que também façam isso. Smith explica que existe uma guerra sem fim entre as bactérias e seus hospedeiros. “A bactéria secreta a toxina e temos formas de contra-atacá-la, através de nosso sistema imunológico e com a ajuda de antibióticos. Mas como as bactérias desenvolveram resistência a esses medicamentos, é preciso criar novas gerações de antibióticos”, acrescenta. O artigo Structural basis of Streptococcus pyogenes immunity to its NAD+ glycohydrolase toxin foi publicado na edição de 9 de fevereiro de 2011 de Structure. Fonte: Universidade de Washington Tuberculose resistente aumenta no mundo No Dia Mundial do Combate a Tuberculose, 24 de março, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou um relatório alertando que, até 2015, mais de 2 milhões de pessoas no mundo podem contrair a tuberculose multirresistente aos tratamentos convencionais. Segundo o documento, até um terço da população mundial está infectada, mas só um pequeno grupo vai desenvolver a doença. Em 2008, foram registrados 440 mil casos da forma multirresistente da doença e houve 150 mil mortes. Em 2009, 9,4 milhões de pessoas foram diagnosticadas com tuberculose e houve 1,7 milhão de mortes, incluindo 380 mil portadores do vírus HIV. O Brasil integra o grupo dos 22 países em desenvolvimento que concentram 80% dos casos mundiais da doença. Por ano, são notificados cerca de 72 mil casos e 5 mil mortes. “Muitos países fizeram progressos. Mas, apesar da escala de esforços, o mundo precisa fazer muito mais para cuidar dos pacientes com esse problema”, disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan na apresentação do relatório. Segundo o Ministério da Saúde, o número de casos novos da doença caiu de 73.673 para 70.601 entre 2008 e 2010 – redução de 3 mil casos novos no período. Com isso, a taxa de incidência baixou de 38,82 para 37,99. No país, a tuberculose é a terceira causa de óbitos por doenças infecciosas e a primeira em pessoas com aids. Fontes: jornal O Estado de S.Paulo e Ministério da Saúde Nanopartícula orgânica usa som e calor contra tumores Uma equipe do Hospital Princesa Margaret (www.uhn.ca), no Canadá, criou uma nanopartícula orgânica não tóxica e biodegradável que usa luz e calor para tratar câncer e transportar medicamentos até o tumor. produzir uma imagem fotoacústica – combina luz e som – de alta resolução para que se possa localizar e destruir os tumores. Assim que a partícula atinge o alvo, ela se torna fluorescente para sinalizar que chegou lá. “No laboratório, combinamos duas moléculas conhecidas, clorofila e lipídios, para criar uma nanopartícula que pode ser empregada em diversas aplicações em que se usa luz (biofotônica). Sua estrutura é semelhante a um balão colorido de água, que pode ser preenchido com medicamentos para levá-los até tumores específicos”, diz o médico Gang Zheng, que lidera a pesquisa. Zheng diz que essa nanopartícula é um “pacote completo” para ser utilizada em vários tipos de tumores e opções de tratamento. Ele também destaca sua segurança de uso porque é orgânica e biodegradável. Ele explica que nessa forma de terapia fototérmica a nanopartícula absorve grande quantidade de luz e calor, provocada por um facho de laser, para destruir o tumor, depois que se liga a ele. Ela também pode 14 “Estamos muito animados com suas possibilidades de aplicações clínicas”, completa. O artigo Porphysome nanovesicles generated by porphyrin bilayers for use as multimodal biophotonic contrast agents foi publicado na edição on line de 20 de março de Nature Materials. Fonte: Science Daily Brasil bate recorde em doação de órgãos Em 2010, foram registrados 1.896 doadores, contra 1.658 do ano anterior – aumento de 14%. Com esses números, o Brasil alcança a marca de 9,9 doadores por milhão de pessoas (PMP) – um recorde. Segundo o Ministério da Saúde, isso ocorreu devido ao fortalecimento do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e ao aporte cada vez maior de recursos no setor. A média nacional de doações (9,9 pmp) aumentou 13,8% em relação a 2009, quando o índice era de 8,7 pmp. Nos últimos sete anos, a média de crescimento anual tem sido de 7%. Alguns estados, como Santa Catarina e São Paulo, mantêm índices de 17 pmp e 21 pmp, respectivamente, que são próximos aos de países desenvolvidos no setor, como Espanha e Canadá, que têm médias acima de 20 doadores pmp. O número de transplantes de órgãos sólidos (coração, fígado, pulmão, rim, pâncreas) cresceu 7% em apenas um ano, seguindo a tendência de crescimento sustentado. Em 2010, foram realizados no Brasil 6.422 transplantes desse tipo, enquanto que em 2009 foram 5.999 O total de transplantes – considerando órgãos sólidos, tecidos (córneas) e células (medula) – subiu de 20.253, em 2009, para 21.040, no ano passado. A ampliação do número de transplantes no Brasil se deve, também, ao aperfeiçoamento dos processos de doação, como notificações por morte encefálica mais precoces, ao cuidado intensivo dos doadores e a melhorias logísticas. Fonte: Ministério da Saúde 15 Engenharia de tecidos contra o infarto Criar novos vasos ou substituir o tecido danificado após o infarto para restabelecer o fluxo sanguíneo. Equipes do Instituto do Coração - InCor (www.incor.usp.br), da USP, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts - MIT (web.mit.edu), dos EUA, iniciaram um estudo em conjunto para desenvolver alternativas que possam inibir ou retardar a deterioração das células do tecido cardíaco após ocorrer o infarto do miocárdio. O nome do projeto é Injectable biopolymers and cells therapy: improvement of cardiac repair after myocardium infarction. “A técnica utiliza o conceito de engenharia de tecidos para combinar células e uma matriz biopolimérica para prevenir a morte das células próximas ao infarto e estimular a formação de novos vasos”, diz José Eduardo Krieger, diretor do Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular do Incor e professor da USP. Biopolímeros são plásticos biológicos fabricados a partir de fibrina ou colágeno, retirados do próprio paciente, ou de materiais sintéticos. Segundo Elazer Edelman, do Centro de Engenharia Biomédica do MIT, as células com os biopolímeros têm maior chance de permanecer no local porque o material age como uma cola. Outra vantagem é que são potentes biorregulatórios e secretam fatores que podem contribuir para reparar o tecido danificado. Fonte: Agência Fapesp Novas regras para Centros de Tecnologia Celular Os Centros de Tecnologia Celular (CTC), que fornecem células humanas e seus derivados para pesquisa clínica e terapia, terão que se adequar às novas regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A RDC 9/2011, publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 16 de março, estabelece requisitos técnico-sanitários mínimos para o funcionamento desses serviços. As normas abrangem os procedimentos de coleta, processamento, acondicionamento, armazenamento, testes de controle de qualidade, descarte, liberação para uso e transporte de células humanas e seus derivados, e têm o objetivo de garantir a segurança e a qualidade das células. 16 A resolução se aplica a todos os estabelecimentos, públicos ou privados, que realizam atividades com células humanas e seus derivados com finalidade de pesquisa clínica ou terapia. Excluem-se da resolução os estabelecimentos que utilizam células humanas e seus derivados em pesquisa básica e préclínica, assim como os estabelecimentos que realizam procedimentos relativos a células progenitoras hematopoéticas (RDC nº 56/2010) e aquelas com finalidade de reprodução humana assistida (RDC nº 33/2006). A Agência deu prazo de um ano para os CTC se adequarem às novas exigências. O texto da RDC 9/2011 está no site da Anvisa (www.anvisa.gov.br). Fonte: Imprensa da Anvisa Transmissão vertical do HIV reduz anticorpos em bebês Um estudo do Colégio Imperial de Londres (www3.imperial.ac.uk), no Reino Unido, e da Universidade de Stellenbosch (www.sun.ac.za), na África do Sul, descobriu que bebês de mães com aids nascem com níveis muito baixos de anticorpos contra infecções bacterianas. “Nossa pesquisa sugere que esses níveis contribuem para reduzir a proteção dos bebês contra infecções antes que eles sejam vacinados. Apesar de serem mais vulneráveis nos primeiros meses de vida, a boa notícia é que eles respondem bem à vacinação. Eles devem ser vacinados logo que nascem ou é preciso vacinar a mãe durante a gravidez”, diz a autora principal do estudo, a pediatra Christine Jones (na foto, à esquerda), da instituição britânica. ao nascerem e até quatro meses depois de receberem as vacinas de rotina. Um terço das mulheres HIV-negativo apresentou níveis baixos de anticorpos. Isto sugere que seus filhos também podem não ter a proteção ideal, apesar das mães serem saudáveis. O artigo Maternal HIV Infection and Antibody Responses Against Vaccine-Preventable Diseases in uninfected infants foi publicado em 8 de fevereiro de 2011 no Journal of the American Medical Association. Fonte: AlphaGalileo Foto: divulgação Dados obtidos na África do Sul mostram que filhos de mães HIV-positivo, mas que não foram infectados, são mais suscetíveis a pneumonia e meningite e têm risco quatro vezes maior de morrer antes de completar um ano de vida, comparado com filhos de mães sem HIV. O estudo reuniu 109 mães infectadas e não infectadas em um centro de saúde na periferia da Cidade do Cabo, na África do Sul. Foram medidos os níveis de anticorpos nas mães na ocasião do parto e nos bebês Trem molecular usa origami de DNA Um motor em escala molecular que se desloca sobre “trilhos” de DNA para transportar medicamentos. Esta é a proposta de pesquisadores das Universidades de Kyoto (www.kyotou.ac.jp), no Japão, e de Oxford (www.ox.ac.uk), no Reino Unido. Eles utilizaram a técnica de “origami de DNA”, na qual são feitas dobraduras no ácido para criar formas em duas ou três dimensões em escala nanométrica (1 nm = 1 milionésimo de mm). Com isso, as fitas de DNA são os trilhos, com 100 nm de comprimento, e os pares de base são os dormentes da linha férrea. Sobre ela desloca-se uma célula, que faz o papel do motor. “Os trilhos e o motor interagem para gerar um movimento para a frente. Variando a distância entre os dormentes, por exemplo, podemos ajustar a velocidade do movimento”, explica um dos coautores Masayuki Endo, de Kyoto. Com esse dispositivo, os pesquisadores acreditam que seja possível criar modelos de transporte de medicamentos e linhas de montagem moleculares para fabricar ribossomos sintéticos. “O origami de DNA permite construir estruturas nanométricas e micrométricas muito precisas, com trilhos mais longos, desvios e cruzamentos, como em uma ferrovia comum”, avalia outro coauitor Hiroshi Sugiyama O artigo Direct observation of stepwise movement of a synthetic molecular transporter foi publicado na edição on line de 6 de fevereiro de 2011 de Nature Nanotechnology. Fontes: Inovação Tecnológica e Universidade de Kyoto O motor desloca-se a uma velocidade média de 0,1 nm por segundo. 17 Pólio é detectada em menos tempo O Instituto Oswaldo Cruz - IOC (www.ioc.fiocruz.br), órgão da Fiocruz, desenvolveu um método que reduz de três para uma semana o tempo para detectar o vírus da poliomielite e ainda permite identificar o sorotipo de poliovírus (foto) ou de outro enterovírus presente na amostra. A técnica combina uma etapa inicial de propagação viral em cultivos celulares seguida de PCR e análise do material genético viral por sequenciamento nucleotídico. Segundo o pesquisador Edson Elias, chefe do Laboratório de Enterovírus do IOC, a novidade não está no uso de PCR, mas na sua aplicação na detecção direta do vírus. Ele esclarece que outras propostas de diagnóstico rápido baseiam-se apenas no uso de PCR, que se restringe a identificar a presença do poliovírus. O método do IOC, que está em fase experimental nos laboratórios do Instituto, pode ser usado em amostras de fezes ou líquor. “O vírus causador da poliomielite tem um grande poder de disseminação. Por isso, quanto mais rapidamente for detectado, mais eficientes serão as medidas tomadas para controle”, diz Elias. “Os poliovírus são os mais graves dentre os enterovírus. Porém, a doença é um evento muito raro. De mil pessoas infectadas com o vírus selvagem, somente uma ou duas irão desenvolver a doença paralítica. As outras terão sintomas como os de um resfriado comum e também podem acontecer casos de meningite”, acrescenta o pesquisador. O artigo Evaluation of a protocol for rapid diagnosis of enterovirus associated with acute flaccid paralysis cases foi publicado na edição de dezembro de 2009 de Journal of Clinical Virology. Fonte: Agência Fiocruz de Notícias Menos transfusões, mais segurança Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade Loyola (www.luc.edu), nos EUA, mostra que pacientes submetidos a transfusões nos últimos dez anos estão mais suscetíveis a infecções e permanecem mais tempo hospitalizados, o que pode resultar em outros problemas. O estudo mostrou que, após o início desse programa, melhorou a segurança dos pacientes e diminuiu o número de transfusões, o que resultou em redução de custos hospitalares. O estudo e os resultados foram apresentados na convenção anual do Colégio Americano de Patologistas (CAP), realizado em Segundo o diretor médico do setembro, em Chicago. Departamento do Hospital Universitário de Loyola, Phillip J. “Assegurar que só ocorram transfuDeChristopher, ocorrem muitas sões quando forem realmente transfusões desnecessárias. Ele diz necessárias ajuda a diminuir as que nos EUA, por exemplo, a quanti- complicações que elas podem dade de plasma transfundido por provocar. Apesar de salvar vidas, paciente é três vezes maior que no elas criam situações de riscos de Canadá e na Europa. sérias reações imunológicas. O manejo adequado do sangue tamA Universidade Loyola desenvolveu bém ajudaria a aliviar a carência um programa de gestão de sangue, crônica, especialmente nas férias, no qual foram criados protocolos quando diminui o número de doadoque estabelecem o uso mais adequares”, alerta DeChristopher. do de sangue, com indicações baseadas em evidências e inclui Fonte: LabMedica.es programas de educação para médicos e enfermeiras. 18 Agenda regulatória da Anvisa para 2011/2012 Foi publicada no Diário Oficial da União de 18 de fevereiro a Agenda Regulatória da Agência Nacional de vigilância Sanitária (Anvisa). Estão relacionados 93 itens que serão debatidos e regulados entre 2011 e 2012. Ainda este ano deve ser feita a revisão dos Requisitos para Aprovação de Projetos Físicos de Estabelecimentos de Saúde (item 89). Entre os temas para 2012 estão previstos: ? Revisão do Agrupamento de Materiais de Uso em Saúde para Fins de Registro e Cadastro (item 62); ? Revisão das Boas Práticas de Fabricação de Produtos Médicos e Produtos para Diagnóstico de Uso In Vitro (item 64); ? Revisão do Registro e Cadastramento de Produtos de Uso em Diagnóstico In Vitro (item 69); ? Transporte de Material Biológico Humano no Território Nacional (item 78); ? Revisão do Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (item 87); ? Revisão dos requisitos de Infraestrutura de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (item 88). O site da Anvisa (www.anvisa.gov.br) apresenta o link para as páginas do D.O.U, com a Agenda Regulatória da Agência. Fonte: Imprensa da Anvisa Resistência aos antimicrobianos na mira Em 7 de abril foi comemorado o Dia Mundial da Saúde 2011, este ano, dedicado à resistência aos antimicrobianos, uma ameaça para a atenção aos pacientes e ao controle das doenças em todo o mundo. facilita o aparecimento de “superbactérias” resistentes aos principais antibióticos e cria a necessidade de tratamentos novos, mais caros e mais complexos. De acordo com a OMS, as comemorações do Dia Mundial da Saúde tiveram o objetivo de despertar a consciência sobre os fatores que contribuem para a resistência aos antimicrobianos, construir o compromisso para encontrar soluções comuns através das doenças, e impulsionar a implementação de políticas e práticas que possam prevenir e conter a resistência aos antimicrobianos. A resistência aos antimicrobianos é um obstáculo importante para o êxito no controle do HIV, da malária e da tuberculose – três das principais causas de mortalidade por doenças infecciosas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse problema também faz com que se torne mais difícil tratar as infecções adquiridas nos hospitais, Fonte: OMS Notícias medicina LABORATORIAL Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial Rua Dois de Dezembro, 78 sala 909 CEP 22220-040 - Rio de Janeiro - RJ Tel. (21) 3077-1400 Fax (21) 2205-3386 [email protected] http://www.sbpc.org.br 20 Presidente 2010/2011 Carlos Ballarati Diretor de Comunicação Luiz Eduardo Martins Editor-chefe Armando Fonseca Jornal da SBPC/ML - Periodicidade mensal Conselho Editorial Adagmar Andriolo Alvaro Martins Carlos Senne Elimar Antônio Bittar João Nilson Zunino José Carlos Lima Marilene Melo Mário Flávio Alcântara Ulysses Moraes de Oliveira Wilson Shcolnik Jornalista responsável Roberto Duarte Reg. Prof. RJ 23830JP Assinaturas & Publicidade Ana Karina [email protected] Criação e diagramação Rodrigo Paiva Impressão Walprint Gráfica e Editora Saúde e sustentabilidade O Sindhosp lançou seu anuário 2011, uma coletânea de artigos e dados reunidos sob o tema “Saúde, Meio Ambiente e Qualidade de Vida - Ações Integradas no Cuidado ao Cidadão”. meio ambiente, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e para a sustentabilidade do planeta”, alerta o presidente do Sindhosp, Dante Montagnana. O Anuário Sindhosp 2011 tem tiragem de 15 mil exemplares e é distribuído gratuitamente para hospitais, laboratórios, clínicas, governo, operadoras de planos de saúde e instituições representativas da área “Nós, sociedade civil organi- da saúde em todo o Brasil e zada, cidadãos e empresas imprensa. precisamos agir com cons- Fonte: Assessoria de Imprensa ciência na preservação do do Sindhosp O objetivo é provocar a reflexão sobre as ações relacionadas a esses assuntos e que devem ser integradas, tendo o cidadão como principal fim. Índice de HPV é alto em homens Pesquisa feita durante quatro anos com 1.159 homens no Brasil, Estados Unidos e México mostra que 50% deles têm HPV. Todos eram voluntários e tinham entre 18 e 70 anos. O resultado surpreendeu os pesquisadores porque a prevalência é muito maior que nas mulheres, em que o percentual de infecção pelo vírus não ultrapassa 20%. Participaram do estudo pesquisadores do Instituto Ludwig, em São Paulo. Fonte: jornal O Estado de S.Paulo Maior risco de transmissão do HIV A quantidade de vírus HIV na secreção genital em casais heterossexuais ajuda a calcular o risco de infecção. É o que sugere o estudo Genital HIV-1 RNA Predicts Risk of Heterosexual HIV-1 Transmission, publicado em 7 de abril na revista Science Translational Medicine. A pesquisa ajuda a entender o mecanismo biológico relacionado à transmissão durante a relação sexual. Também foram levados em consideração dados de dezenas de estudos e mais de 20 anos de pesquisa sobre o assunto. Foram analisadas amostras da região cervical de 1.805 mulheres, inclusive de 46 que transmitiram o vírus para seus parceiros, e o sêmen de 716 homens, incluindo 46 que infectaram as parceiras. Fonte: Estadão Online Mais restrições à talidomida A Anvisa vai controlar ainda mais a venda da talidomida a partir de maio, com o objetivo de diminuir os problemas pelo uso inadequado do medicamento, responsável pela má formação de fetos quando utilizado por gestantes. Serão distribuídas cartilhas nos municípios que registraram mais casos. Será incluída na embalagem do medicamento a imagem de uma criança afetada pela talidomida e alertas sobre seu uso. A talidomida é empregada no tratamento de câncer, lúpus eritematoso sistêmico, hanseníase e aids (úlcera aftoide idiopática). Fonte: Agência Brasil Brasil fabrica novos medicamentos Parkinson, aids, artrite reumatoide e doença de Crohn podem ser combatidas com novos medicamentos que serão produzidos no país, a partir de parcerias entre empresas públicas e privadas. Os acordos fortalecerão o complexo industrial brasileiro e resultarão em uma economia de R$ 700 milhões em até cinco anos, período em que o país deve se tornar autossuficiente na produção desses fármacos. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, as medidas também preveem redução do déficit anual de mais de US$ 10 bilhões na balança comercial do setor de saúde. Fonte: Folha de S.Paulo Online 21 CLASSIFICADOS EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS PARA LABORATÓRIO VENDO ALGUNS EQUIPAMENTOS (BANHO MARIA , MICROSCÓPIO , DEIONIZADOR ; ESTUFA SECAGEM E MICROBIOLÓGICA , MOVEIS , FOTÔMETROS COM FLUXO E SEM , MICROHTC ETC) (TUBOS; PIPETAS VIDRO E AUTOMÁTICAS ETC), EXISTE MAIS ITENS; FAÇO PACOTE DE TUDO [email protected] CAMPOS GOITACAZES - RJ LUIZ (22) 9907-3799 LABORATÓRIO COMPRA-SE COMPRO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLINICAS INTERIOR DE SP OU TRIANGULO MINEIRO, NUM RAIO DE MAIS OU MENOS 350KM DE UBERABA. 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WEVERTONCLEBER@UBERABADIGIT AL.COM.BR UBERABA / MG WEVERTON CLEBER BARBOSA DA SIL 34-8814-9655 TÉCNICO DE LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS ACADÊMICO DO 3º SEMESTRE DO CURSO DE FARMÁCIA E BIOQUÍMICA DA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO UNINOVE , EXPERIÊNCIA EM DROGARIA E FARMÁCIA HOSPITALAR , ESTÁGIO EM LABORATÓRIO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA , INSCRITO NO CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA - CRF/SP [email protected] OM SÃO PAULO / SP ITAMAR JOSÉ MOREIRA (11) 27254773 MICROBIOLOGISTA PRECISA-SE DE BIOQUÍMICO ESPECIALIZADO EM MICROBIOLOGIA E COM EXPERIÊNCIA EM ROTINA HOSPITALAR; [email protected] (37) 3229-7728 FARM. BIOQUÍMICO EXPERIÊNCIA EM EXAMES DE URGÊNCIA, ROTINAS EM HEMOTERAPIA E DROGARIAS COM RT [email protected] BH / MG FARLEY SOUZA (31) 8873-1914 FARMACÊUTICA ESPECIALISTA EM ANÁLISES CLÍNICAS OFEREÇO PARA TRABALHAR EM L A B O R AT Ó R I O D E A N Á L I S E S CLÍNICAS. POSSUO ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS EM REGIME DE RESIDÊNCIA PELO HU-UFJF (5760 H). 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