A INFLUENCIA
DOS PROGRAMAS
VIOLENTOS
COMPORTAMENTO
INFANTIL
DA TELEVISAO
NO
Elisandra Cecilia Schwanka
A INFLUENCIA
DOS PROGRAMAS
VIOLENTOS
COMPORTAMENTO
DA TELEVISAO
NO
INFANTIL
Momografia apresentada ao curso de Pedagogia (4VNB) da Faculdade de Ciencias Humanas, Letras e
Aries da Universidade Tuiuti do Parana, como
requisito parcial para a obten98o do titulo de
Pedagoga.
Orientador: Prof. Mestre Renato Gross
Curitiba
2004
~
,.
t.
Universidade Tuiuti dQ Parana
l' '.
FACULDADE
DE ClENCIAS HUMANAS,
Curso
LETRAS E ARTES
de Pedagogia
TERMO DE APROVA~AO
NOME DO ALUNO:
ELiSANDRA CECILIA SCHWANKA
A Influencia dos Programas Violentos da Televisc10no
TITULO:
Comportamento Infantil.
TRABALHO
DE CONCLUSAO
PARA A OBTEN~AO
PEDAGOGIA
DA
UNIVERSIDADE
DE CURSO APROVADO
DO GRAU DE LlCENCIADO
FACULDADE
DE ClENCIAS
HUMANAS,
TUIUTI DO PARANA.
MEMBROS DA COMISSAO AV~DORA:
PROF(a). RENATO GROSS
>wW
ORIENTADOR
PROF(a). MAILDE ADELIA CASAGRANDE
MEMBRO DA BANCA
PROF(a) OLGA MARIA MATTOS
MEMBRO DA BANCA
DATA:
MEDIA:
11 /11/2004
_JQ\-9
_
CURITIBA - PARANA
2004
COMO
REQUISITO
PARCIAL
EM PEDAGOG lA, DO CURSO DE
LETRAS
E ARTES,
DA
RESUMO
A Televisao esta presente de forma qualitativa e quantitativa na vida diaria de adultos e
crian9as. As formas de rea9ao
ela por parte dos adultos e das crian9as e outra.
Esta pesquisa analisa "A influencia dos programas de televisao no comportamento
infantil, sendo fonte importante para 0 desencadeamento
da violencia, conforme
indicam dados reais de um grupo de crian9as curitibanas dentro da faixa etaria de 5 a 6
anos. Aponta tambem iniciativas para mudan9a de comportamento tanto dos sujeitos
envolvidos, como dos seus familiares.
No entanto, conforme pesquisa empirica e teorica, percebe-se de maneira geral que a
influencia da televisao e significativa. Neste sentido 0 papel dos pais nao e apenas
proibir as crian9as de certos conteudos da midia, mas proporciona-Ihe a liberdade de
expressar suas opini6es, trabalhando de maneira a dar mais enfase
constru9ao do
pensamento critico distinguindo fantasia da realidade, proporcionando
um contexto
adequado para isso. 0 papel do professor e semelhante ao dos pais, pois deve interferir
nos programas mostrando pontos positiv~s e negativos dando oportunidades para que
os alunos deem seu ponto de vista com 0 intuito de evitar uma atitude passiva diante da
televisao. Ja a midia tem a fun9ao de selecionar melhor os programas a serem exibidos
e em horarios adequados.
a
a
Palavras chave:
violencia, violencia na televisao, comportamento/agressividade
infantil.
Dedico esta monografia a Deus que sempre
esteve comigo em lodos os momentos, se
nao fosse seu amor para comigo, dando-me
animo e capacidade de reflexiio niio teria
conseguido chegar onde cheguei e a todos
aqueles que acreditaram, incentivaram
e
contribuiram para a realizagiio deste meu
ideal.
AGRADECIMENTOS
A
Deus atraves de minha fe, de minhas ora<;iies, de meu amor, Te agrade<;o por
tudo que fui, que sou e ainda serei e, principalmente,
por nunca ter me deixado nos
momentos diffceis e por ter me permitido chegar ate aqui.
Aos meus pais, pois tudo que me ensinaram e a base de todo este trabalho.
Aos mestres, e em especial ao meu orientador
li<;iies de saber, pel a orienta<;ao constante,
participarem
suas
experi€lncias
manifesto meu reconhecimento
de vida
a trilharmos
pessoais,
este
por
caminho,
e estima.
pelos momentos
esfor<;o, mesmo sentindo-se
Renato Gross, pelas
pela dedica<;ao e renuncias
e auxiliarem
Ao meu marido e meu filho pelos momentos
e compreensao,
Professor
de ausencia
que em silencio, transmitiram
souberam
respeitar
s6. Por todas as vezes que souberam
amor
e valorizar
meu
compreender
tudo
isso, s6 posso dizer-Ihes que esta conquista tem a sua presen<;a, seu amor!
As crian9as aprendem nao apenas 0 que
Ihes
dito que
devem
fazer,
mas
principalmente 0 que veem ser feito p~r
outras pessoas. Enquanto antigamente os
modelos eram quase exclusivamente os pais
e os membros mais intimos da familia,
atualmente
os modelos
sao fornecidos
amplamente pela comunica9aO de massa
Uomais, revistas, cinema e, especialmente, a
televisao).
(BIAGGIO, 1976, p169)
e
SUMARIO
1 INTRODUCAO
E JUSTIFICATIVA
2 REFERENCIAL
10
TEORICO
2.1 A INFLUENCIA
12
DE PROGRAMAS
COMPORTAMENTO
3 METODOLOGIA
VIOLENTOS
DA TELEVISAO
INFANTIL.
12
DA PESQUISA
15
3.1 CAMPO DE ESTUDO
.
.
3.2 SUJEITOS ...
15
.
3.3 MATERIAlS ...
16
.
17
3.4 AMBIENTE
3.5 SITUACAo
18
DE INTERVENCAo
3.6 PROCEDIMENTOS
3.7 ANAUSE:DE
19
DE COLETA E DE REGISTROS DOS DADOS
21
DADOS
4 A INFLUENCIA
4.1 TELEVISAo:
21
DOS PROGRAMAS
DE TELEVISAO
23
UM BRINQUEDO NADA INOCENTE
23
4.2 A TV BRASILEIRA
4.3 IDENTIFICACOES
28
IMAGINARIAS
32
4.4 IMITACAo E IDENTIFICACAo
4.5 EMISsAo
NO
CONSCIENTE
4.6 A CRIANCA: UMA VlsAo
E RECEPCAo
33
CRiTICA. ..
.
RAp IDA
35
4.7 PESQUISAS SOBRE A VIOLENCIA NA TV
4.8 TV NORTE AMERICANA: MAU EXEMPLO NA TEUNHA ...
34
36
.
37
5 EDUCA«;Ao
PARA A MIDIA
39
5.1 PAPEL DAS EMISSORAS
41
5.2 PAPEL DOS PAIS E EDUCADORES
.44
6 ANALISE
DE DADOS
49
CONCLUsAo
53
REFERENCIAS
55
BIBLIOGRAFIA
COMPLEMENTAR
57
10
1 INTRODUCAO
E JUSTIFICATIVA
Nos ultimos anos, 0 mundo conta com uma agressividade
violelncia
conhecem
cada
vez
mais
crescente.
um novo mecanisme
As
crian<;:as do
mundo
e um aumento
inteiro,
da
diariamente,
de imposi<;:ao de poder, atraves da atitude violenta dos
programas de televisao.
A
televisao
documentarios,
veicula,
que elevam
diariamente,
inumeros
os acontecimentos,
programas,
tornando
desde
os vil6es
filmes
ate
em herois num
passe de magica, aos olhos infantis. As armas, as mortes, os socos e as agress6es
(fisicas e verbais) dos desenhos
animados tornam-se tao norma is que sao confundidos
com a realidade nao menDs violenta.
Para as crian<;:as, 0 manuseio
das armas e algo absolutamente
familiar,
po is
seus proprios idolos se valem delas para "destruir 0 inimigo".
Outro fator importante que vem contribuindo
para 0 aumento da violencia entre a
maio ria das crian<;:as e a falta de limites, que de certa forma tambem
esta ligada a
televisao, po is e mais comodo para muitos pais deixar as crian<;:as em frente a ela, a ter
,i'i'
'I
'1.'
que se impor e limitar alguns programas .
.\,1
,),
'.
Tendo em vista, todos os problemas
comportamento
particular
vem gerando
no
e na propria forma<;:ao das crian<;:as de modo geral, e que se resolveu
pesquisar como as violencias veiculadas
comportamento
que a onda de violencia
pelos programas
de televisao influenciam
de crian<;:as de 5 a 6 anos que frequentam
do municipio
de Curitiba,
para aprofundar
0
no
uma institui<;:ao de ensino
tema
e melhor
forma-los.
II
Desestimulando
a agressividade
para que niio hajam transtornos
e comportamento
entre as crianyas,
nesse processo.
A pesquisa tambem se originou pelos
pesquisadora
de inquietayiio
comportamentos
e dos seus alunos, que apresentam
agressivos
comportamentos
do filho da
parecidos,
os quais
a motivaram a fazer esta pesquisa.
Tendo
programas
crianyas
como hip6tese
infantis
de
5
que a grande
na televisiio,
a 6 anos,
pois
quantidade
influencia
estimulam
de
de violencia
negativamente
no
a agressividade
comportamento
entre
as
de
mesmas,
um comportamento
nesse processo.
A pesquisa tem como objetivo geral analisar se a violencia veiculada
- Identificar
se a violencia veiculada
das crianyas,
desistimulando
ocasionando
pelos
desenvolvendo
pela televisiio influencia no comportamento
inquietayiio
veiculada
assim transtornos
da crianya. E como objetivos especificos:
pela televisiio
a agressividade
interfere no comportamento
e comportamento
de inquietayiio
entre as mesmas;
- Pesquisar
como estaria a TV influenciando
e, por isso mesmo, modificando
comportamento
das crianyas.
- Reconhecer
qual e 0 papel dos pais e educadores,
programas de televisiio.
na intervenyiio
0
dos
12
2 REFERENCIAL
TEORICO
2.1 A INFLUENCIA
DE PROGRAMAS
COMPORTAMENTO
INFANTIL
Boisanello (1981,p.357),
VIOLENTOS
comenta que 0 distanciamento
e filhos nao depende dela, por ser apenas veiculo,
atitude passiva.
individualista;
criado pela TV entre pais
Usa a televisao
De forma semelhante
de maneira
vividas atraves da TV. Pelo comportamento
imitativo a crianga tem a mesma reagao. E usufrui individualmente
quando poderia vive-Ias coletivamente,
NO
e sim da atitude diante dela: uma
0 adulto senta-se, olha, nao comenta.
nao divide as experiencias
DA TELEVISAO
familiarmente,
das experiencias,
em comum.
a
Bucci (2001, p.42), em uma entrevista
revista
Nova
Escola, afirrna, que "algumas pessoas acham que as criangas devem ficar longe da TV
em determinados
programas
passa de entretenimento
e ponto. No outro extremo
barato, sem conseqOencias
ha quem diga que tudo nao
no imaginario
infantil". Segundo
ele os dois lados estao errados: um e irrealista e 0 outro e irresponsavel.
0 problema e
que veem e nada falam. A crianga fica refem do silencio.
Para Sodre (1987, p. 63) A produgao televisiva
provo cam disturbios
de personalidade
imitar os modelos oferecidos
traz modelos
imaginarios
que
nas criangas, pois elas se espelham e pass am a
pela televisao, esvaziando-se
de seus proprios modelos.
13
Em contra partida
Lazar (1999, p. 37 ) afirma que:
"a cnant;a desde cedo imita 0 adulto, a imita~ao pertence a natureza do homem. Murto cedo ela
imita os pais, irmaos e mais tarde, imita tudo que acha interessante e digno de ser imitado. E se a
crian~a imita certas cenas vistas na TV nao ha ai nada de inquietante, pois as atitudes inspiradas
pela TV nao passam de simples imita~ao".
Alem dis so, segundo
Lazar, a imita<;:ao dos modelos vistos na TV se limita, na
maioria dos casos, ao jogo. As crian<;:as s6 imitam personagens
apreciados
por seu meio. A imita<;:ao de bandidos e de mal feitores e praticamente
e aprovados
inexistente,
pois
em geral a crian<;:a nao imita tudo que ve, mas somente 0 que esta de acordo com seus
modelos pessoais.
Ja para
Pacheco
(2000, p.66), "a crian<;:a que assiste TV recebe um tipo de
representa<;:ao que acaba
papeis
represenlados
se refietindo
na sociedade".
no desenvolvimento
Segundo
e na continua<;:ao dos
ela nao se tem clareza
ainda
ou
opinioes definitiva sobre a influencia, porem sabe-se que a influencia da TV e grande
por isso deveria
haver
produ<;:ao de programas
que levassem
em conla
e
0 publico
infanlil como especial.
Para
problema,
violencia
Barros (1995,p.156)
apesar
tambem
"ainda
de ter havido muilas pesquisas
na televisao".
Porem,
pode-se
perceber
crian<;:as expostas a filmes violentos demonstraram
assisliram a um filme sem conteudo violento.
nao ha respostas
significativas
atraves
claras
para
0
sobre os efeitos da
de pesquisas
feitas
que
maior agressao do que aquelas que
14
Segundo Ferres (1996, p.92), "uma adequada
aula pressup6e considerar
com a televisao".
duas dimens6es
integragao da televisao a sala de
da formagao: educar na televisao e educar
Para ela deve haver integragao
adequada
da televisao
a vida dos
alunos, sendo que a escola e famflia devem an dar de maos dadas, cada um com suas
responsabilidades.
De forma semelhante
Carlsson ( 2002, p.20) comenta que "0 papel do professor
e dar apoio ao aluno e ficar ao seu lado, nao apenas no processo
tambem na defesa dos interesses
nas experiencias
existentes
da crianga", pois trabalhando
de educagao,
mas
lado a lado com base
tambem podem contribuir a diferenga entre 0 uso adulto e
infantil da midia. Mas que tambem "sao necessarios
esforgos importantes
midia - na forma de por exemplo, auto regulamentagao
da parte da
e produgao de programas
radio e TV de alta qualidade, que satisfagam as varias necessidades
infantis" .
de
15
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
A presente
violentos
pesquisa
tem como objeto de estudo a influencia
da TV no comportamento
dos programas
de crian<;as de 5 a 6 anos, sob a abordagem
qualitativa e quantitativa.
A pesquisa
autores
sera bibliogr8fica
psic6logos,
soci6logos,
e de campo. A pesquisa
pedagogos
e outros,
bibliografica
dentre
eles
se
consta de
destacam:
Boisanello, Barros, Bucci, Carlsson ,Costa ,Ferres, Lazar, Pacheco e Sodre, que darao
subsidios a pesquisa de campo.
3.1 CAMPO DE ESTUDO
A institui<;ao de ensino
escolhida
para realizar esse
estudo
foi 0 Centro
de
Educa<;ao Infantil Ursinho Panda, localizado a rua Des. Hugo Simas, 955 - Bom RetiroCuritiba/PR . Fone: 338-8265
o
Centro
de Educa<;ao Infantil
acesso da pesquisadora
fundadores:
Ursinho
Panda
foi escolhido
na referida institui<;ao. Foi fundado
devido
em 06/04/98
ao facil
e tem como
Debora Mari Zonato Fernandes e Rogerio Cesar dos Santos Fernandes.
Atende do ber<;ario a pre-escola (0 a 6 anos), manha, tarde e Integral.
Ber<;ario - 0 a 1ana - 5 crian<;as - 2 meninos e 2 meninas
Maternal I - 1
a 2 anos
- 4 - crian<;as - 3 rneninos e 1 menina
16
Maternal II - 2
Pre 1- 3
a 3 anos
a 4 anos
Pre II - 4
Pre III - 5
- 11 crianyas - 7 meninos e 4 meninas
- 5 crianyas - 2 meninos e 3 meninas
a 5 anos
a 6 anos
- 8 crianyas - 2 meninos e 6 meninas
- 13 crianyas - 8 meninos e 5 meninas
3.2 SUJEITOS
Participarao
deste estudo 6 crianyas de 5 a 6 anos, tres do sexo feminino e tres
do sexo masculino, que freqClentam 0 Centro de Educayao
Trata-se
residentes
de crianyas,
de classe
em bairros centrais.
bem sucedidas,
criticas
alta, com farnilias
Pertencem
e participativas.
Infantil Ursinho Panda.
de poucos
a um grupo estavel, formado
(Dados
coletados
integrantes
e
de pessoas
a partir da ficha s6ciio
economica de cada aluno matriculado).
Foram realizadas observayoes
individuais
de cada componente
estudo: em sala de aula, na realizayao das atividades
etc. Partindo de atitudes comportamentais
Alem das observayoes
feitas,
alunos que faraD parte da pesquisa.
propostas,
desse grupo de
judo, bale, capoeira,
dos mesmos.
foi pro posta uma atividade
Participaram
para seleyao
dos
13 crianyas (5 meninas e 8 meninos)
na faixa eta ria de 5 a 6 anos. Ap6s assistirem a um desenho animado, onde os her6is
lutavam entre si (Power
Rangers) e um outro de uma coleyao especial,
educativ~,
(
17
Gasparzinho
dos filmes
), sem conteudo violento,onde
demonstra varios valores e atitudes. A partir
iniciou-se a primeira observac;:ao: as crianc;:as foram induzidas a registrarem
a parte do desenho animado que mais Ihe chamou atenc;:ao.
Partin do deste registro ( desenhos
das crianc;:as)
sala e nas aulas especiais, foram escolhidos
aqueles que expressaram
e de observac;:6es feitas em
os alunos que faraD parte desta pesquisa,
a violencia como parte que mais Ihe fascinaram.
Ap6s a escolha sera solicitada a autorizac;:ao escrita dos responsaveis,
das crianc;:as, para realizac;:ao das atividades
familiares
e para 0 usc posterior de imagens com a
finalidade de estudo e pesquisa.
3.3 MATERIAlS
Para
este
estudo
serao
selecionados
materiais
que
serao
adaptados
as
atividades do dia-a-dia da crianc;:a dentro da escola.
Os recursos que serao utilizados nas intervenc;:6es, serao variados, com objetivos
diferentes. Comp6e-se de objetos com as seguintes utilidades:
Socializac;:ao (brincadeiras,
jogos, passeios e dinamicas);
Analise (Ieituras, dramatizac;:6es);
Intemalizac;:ao (exercicios
de relaxamento)
18
Trata-se
jornais, videos,
de materiais que serao adaptados
argila, massa de modelar,
a cad a situa<;:ao: sucatas,
papel, lapis,musica.
por esse tipo de material, por ser relaxante e modificavel.
revistas,
A pesquisadora
optou
Dando margem a expressao
mais livre e menos dirigida da manipula<;:ao das crian<;:as.
3.4 AMBIENTE
Os espa<;:os utilizados
todos
localizados
estruturados
da escola
(sala de video,
frequentada
pelos
sala de aula, parque ...)
sujeitos.
Os espa<;:o serao
de acordo com a atividade que sera realizada.
Quando
ambiente
dentro
serao variados
for utilizado
e luz adequada.
sujeitos extravasem
para relaxamento
Ja para as atividades
os sentimentos
de video com desenhos
sera organizada
violentos.
para tal, com musica
onde 0 orientador
de raiva ou outro semelhante,
desejar
que os
sera utilizados a sala
Para 0 debate de ideias sera utilizadas
a sala de
aula, com as carteiras dispostas em cfrculo, onde os sujeitos iraQ dar suas opini6es e 0
orientador ira intermediar para que todos possam participar.
19
3.5 SITUACAo DE INTERVENCAo
Essa pesquisa pretendera analisar a natureza e 0 desenrolar das at;oes violentas
de 6 criant;as
pequenas,
observadas
programas de TV. Nessa observat;ao,
durante
0 objetivo
e ap6s assistirem
e
caracterizar
cenas
violentas
0 grau de influencia
de
que
a TV tem sobre os mesmos e assim intervir sobre essas influencias.
Nessas
limitando-se
atividades
apenas
a oferecer
casos esclarecimentos
da pesquisadora
as instrut;oes
complementares
assim que as atividades
dando oportunidade
a intervent;ao
propostas
sera
pelos estudos,
a respeito das tarefas
das criant;as se desenvolvam
para que as atividades
cognitivas
serao desencadeadas
levando
a minima
possivel,
e em alguns
solicitadas
permitindo
da forma mais livre possivel,
sigam os seus desdobramentos
naturais.
As atividades
em considerat;ao
os seguintes
passos:
Ap6s um breve dialogo visando estabelecer
criant;a, a pesquisadora
apresentara
um contato mais pr6ximo com a
a atividade,
que devera ser feito. Serao apresentadas
explicando
atividades
aos sujeitos
variadas,
0
brincadeiras,
jogos, passeios, leituras e dramatizat;oes;
Na primeira semana, as criant;as participarao
socializat;ao
entre as mesmas. A intent;ao
familiarizem,
0
dessas
e de
atividades
permitir que as criant;as se
que perrnitira, do ponto de vista da pesquisadora,
os encadeamentos
de at;oes necessarios
para maior
a execut;ao da pesquisa.
reconstruir
20
Na seman a seguinte
assistirem
juntas
as crianyas
serao
a TV, escolhendo
solicitadas
0 programa
discutira com elas os pontos negativos
pela pesquisadora
que Ihes agrada
dos programas
a
e depois
bem como os pontos
positiv~s.
Na sala de aula, com as carteiras
dispostas
em circulo,
sera iniciada uma
conversa , que tera como objetivo disciplinar as crianyas quanto aos horarios.
"Existe hora para tudo: hora para estudar, passear,
para ver TV e para os
deveres de casa".
Ainda em circulo iraQ registrar atraves de desenhos
de assistir em casa. A pesquisadora
atividade
falem
sobre
0
que
livres
0
que mais gosta
orientara para que os alunos ap6s esta
desenharam,
orientando
para
os
pontos
negativos e positiv~s dos programas que eles assistem, sempre deixando que
os sujeitos cheguem a uma conclusao
Num
ultimo
relaxamento
momento
para relaxar.
a pesquisadora
onde usara os seguintes
para exteriorizar
as suas ansiedades
Serao
sozinhos.
realizados
trara
recursos:
para
a sala
de
argila e massa de modelar
atraves de molduras,
tambem
atividades
exercicios
musica de fundo
que utilizam
expressao
corporal, movimento e voz.
Podera ocorrer modificayao
reformuladas
caso a pesquisadora
na execuyao
das tarefas, podendo ser repetidas ou
ache necessidade,
poderao acontecer por parte das crianyas nas sessoes.
atendendo
as sOlicitayoes
que
21
3.6 PROCEDIMENTOS
Os dados
DE COLETA E DE REGISTROS
ser130 coletados
DOS DADOS
por meio de observa<;:oes das
crian<;:as, apos
atividades propostas e ser130registradas as informa<;:oes obtidas.
Sera efetuado
0 registro continuo
para assim dentro
de um periodo
fazer a
observa<;:13oe registro das situa<;:oes.
Ao fim de cada sess130 ser130 elaborados
registro,
sem negligenciar
falas, sorrisos, expressoes
nenhuma
atitude:
relatorios, a partir das observa<;:oes e
express130 corporal,
olhar,
produ<;:oes,
faciais e mfmicas.
3.7 ANALISE DE DADOS
A analise
dos
dad os
sera
observa<;:oes e arTalises descritas
realizada
anteriormente.
de
maneira
Baseando-se
qualitativa,
seguindo
nas ideias individuais
as
e
coletivas.
Os relatorios
ser130 elaborados
baseando-se
em un ida des
de a<;:13ocomo:
atitudes, falas e expressoes.
Estas descri<;:oes somente
pesquisadora.
poderao ser obtidas pela observa<;:13o minuciosa
da
22
Tambem serao objetos de analise desta pesquisa todos os comportamentos
socialmente dirigidos dentro da escola, desde
horario da saida.
0
momento em que ele chega ate
0
23
4-A INFLUENCIA
4.1 TELEVISAO:
DOS PROGRAMAS
UM BRINQUEDO
Uma das grandes
preocupagoes
DE TELEVISAO
NADA INOCENTE
dos pais e educadores
(conscientes)
hoje em
dia, e 0 fato da TV ter-se transformado
em baba das
consequencias
Porem, como varios estudos serao indicados, e
em seu comportamento.
criangas, gerando uma serie de
muito dificil explicar as relagoes claras de causa e efeito entre a exposigao
na TV e 0 comportamento
Neste capitulo
televisao,
afirmou,
serao abordados
pontos de vista de diversos
no comportamento
(1981, p.357) comenta
sobre a
Kosma Zworrykin,
que sua intengao
inventor
da
ao inventar
a
para educar e transmitir cultura ao povo, mas que, quando
liga a TV, hoje, so escuta "bangue-bangue""
Experiencias
autores
infantil.
que Vladimir
em uma de suas entrevistas,
televisao "era emprega-Ia
violencia
das criangas na vida real.
influencia de programas televisivos
Boisanello
a
.
em todo mundo tem comprovado
tem mudado 0 comportamento
que a TV, nos ultimos 25 anos,
de milhoes de pessoas, a ponto de uma geragao nao se
adaptar aos padroes de uma geragao mais jovem.
Sociologos,
procurado
responsavel
estudar
psicologos,
0
fen6meno
por essas
pedagogos,
e explicar
alteragoes
pensadores
e outros
profissionais
tem
ate que ponto e em que medida a TV e
no comportamento
humano.
No entanto,
muitos
24
afirmam
que
a
personalidade.
pelo suposto
TV
estimula
Aqui e que cabe a verdadeira
aumento
de violencia
veiculo de comunicayao
fomece
desenvolvimento
0
inteligi'mcia
e
deforma
a
pergunta. Quem e 0 principal responsavel
entre 0 publico infantil de televisao?
reforyador
campo para proliferayao
da
de comportamentos?
A tecnica,
Ou uma situayao
desses valores e exige que os veiculos
0
social que
os reforcem
para sobreviver?
Atualmente
observa-se
pela sobrevivencia
manutenyao
uma realidade dificil onde todo mundo e obrigado a lutar
a tentar
da familia,
atingir
uma situayao
alguns
pad roes sociais,
importantes
que gera falta de comunicayao
familiar, por causa do cansayo de cada membro, das circunstancias
desenvolvimento
ate para
no ambiente
pouco propicias ao
comuns. Sendo assim, com esta falta de dialogo entre a familia, a TV
entra como meio de preencher 0 vacuo, trazendo uma realidade que pode ser vivid a de
forma simbolica,
ficticia.
A crianya
utiliza a televisao
para concretizar
objetivos sem precisar passar por uma serie de experiencias
No caso da crianya,
nao se trata apenas
ansiedades
e
incorporados
a
dificeis.
de conhecimentos
experiencia anterior; ela ja comeya a receber informayoes,
a captar a realidade de uma
forma
a distancia
bem diferente
demonstrar
da nossa.
Veja-se,
por exemplo,
que a terra e redonda atraves de imagens e explicayoes
como nos adultos aprendemos)
e a mesma informayao
recebida
que vai entre
verbais (que foi
quando um satelite
mostra a terra redonda, perfeitamente
visivel no espayo. Basta esse exemplo para por
em evidencia um fato importantissimo:
a propria maneira da crianya receber a realidade
atraves
realidade
da televisao
coloca em questao
que esta fora dele.
a forma estruturada
do adulto lidar com a
A crianya comeya a ver as coisas com uma velocidade
25
muito maior que a nossa. Em poucas palavras,
a caminho
que 0 adulto segue para
explicar a que esta fora dele e velho. E a adulto tambem e velho, na medida em que a
crian<;:a esta vivendo uma realidade muito mais rapida, exacerbada
isso, a pergunta
que devemos
nos fazer e: A televisao
pode ser a
diversos males na familia, par que acelera a questionamento
Vivendo
e aprendendo
mais rapido que as pais,
pela televisao.
Par
responsavel
da autoridade
a crian<;:a contesta
par
dos pais?
sua autoridade,
sua paciencia.
Mas esse distanciamento
par ser
apenas veiculo,
senta-se,
vividas
atraves
Usa a televisao
Neste
expressarem
familiarmente,
caso
a papel
de maneira individualista;
da TV. Pelo comportamento
mesma rea<;:ao. E usufrui individualmente
coletivamente,
dela,
e sim da atitude diante dela: uma atitude pass iva. 0 adulto
olha, nao comenta.
experielncias
criado pela TV entre pais e filhos nao depende
imitativo
das experiencias,
nao divide as
a crian<;:a tem a
quando
poderia vive-Ias
em comum.
de pais e educadores
sabre as programas
a que assistem,
e convidar
as crian<;:as a se
pais desta forma estarao libertando
as crian<;:as do silencio passivo.
A dificuldade
vezes
acaba
do adulto em construir
fazendo
a culpa
recair sabre
um novo relacionamento
a televisao
familiar
muitas
que, consequentemente,
e
negada a crian<;:a. E essa nao e a melhor maneira de lidar com a problema. A televisao
como a cinema, como a livro, como a gibi, sao multiplicadores
de cultura, fen6menos
culturais que vieram para ficar. Mudando a que a homem vive, a que a homem e.
Se negarmos
relacionar-se
a essa
a crian<;:a de hoje a realidade
realidade
quando
adulto?
que
Como
e
a televisao,
a utilizara
como podera
para
construir
a
26
realidade de seus filhos? Negar esse novo dado e as transformac;:6es que provoca seria
negar uma serie de transformac;:6es que virao depois de n6s e a partir de n6s.
Segundo
Boisanello (1981, p.359), algum tempo atras, um rapazinho de 15 anos
foi a julgamento
declarou
por ter atirado uma bomba, fabricada por ele, em seus professores.
que tivera
argumentou
a ideia assistindo
a televisao.
que 0 rapaz foi exposto aos "horrores"
0
advogado
da televisao
Ele
que 0 defendeu
e que, portanto
era
natural que tentasse imitar 0 que vira.
o mesmo
se poderia dizer de outro garoto que se atirou da janela de um edificio,
porque achava que poderia voar como batman, ou de um terceiro que pas vidro na
comida, para ver se faria em sua familia 0 mesmo efeito que 0 presenciado
por ele na
TV.
Outro fato semelhante
comenta Costa (2000, p 45) sobre um garoto de 9 anos
que esfaqueia uma men ina de 7, eo mesmo afirma que agiu inspirado no filme "Chucky
urn brinquedo assassino" que havia visto na TV uma semana antes.
Acontecimentos
como estes alimentam discuss6es
da TV. Para alguns inimigos da televisao
destruidora,
desagregadora
tradicionais
e a moralidade,
Acusam
da vida
sobre 0 impacto e influencia
esse meio de comunicac;:ao e uma forc;:a
normal, capaz de minar as familias,
colaborando
para
a desintegrac;:ao do sistema
a televisao de corromper os jovens e causar indisciplina
simplesmente
entorpeceriam
criticam
a
baixa
qualidade
das
os padr6es
emiss6es
a atividade intelectual de seus espectadores
de
social.
nas escolas.
Outros
TV,
assim,
mais assiduos.
que,
27
A televisao,
admiravel,
em si mesma,
e apenas
um aparelho
eletronico,
capaz de irradiar sons e imagens num ponto e recebe-Ios
pioneiros
nunca poderiam
enumerado
seus
ultrapassaram
preyer impactos
possiveis
beneficios
sociais
e
em outro. Seus
de sua inven<;ao. Talvez tenham
e usos em muitas areas
da vida, que logo
de longe os sonhos mais ousados, mas nao imaginaram
se tomaria um instrumento
engenhoso
que a televisao
tao poderoso de comunica<;ao de massa. No inicio, parecia
impossivel que pudesse superar todos os outros meio de comunica<;ao.
Como quaisquer
outros
exemplo, que transformam
eventos
revolucionarios,
0 trem
e 0 autom6vel,
p~r
a vida dos homens, quer eles fa<;am ou nao uso deles, a
televisao se tornou parte de nosso cotidiano.
Para Carlsson
e Feilitzen (2002, p. 22) "As influencias
da violencia
na midia
estao, via de regra, em foco". Porem 0 tipo de violencia na midia que e mais levada em
considera<;ao nos debates
lutas, assassinatos,
tambem
outros
tipos
publicos e pesquisas
etc. Entretanto,
de violencia
alem desses elementos
que tem recebido
estrutural e mental, cujas responsaveis
cujas causas e consequencias
profundamente
e a violencia
menor
visivel, fisica, amea<;a,
fisicos
de violencias,
enfoque
-
ha
a violencia
e vitimas nem sempre podem ser identificadas
e
sao mais dificeis de analisar, pois em regra, elas estao
enraizadas na cultura e na sociedade em gera!.
A autora cita que a maioria das crian<;as e jovens, em uma pes qui sa realizada
em nivel nacional nos EUA, quando veem crian<;as na TV, elas estao envolvidas
crimes, drogas ou violencia. De acordo
com um garoto norte-americano:
com
"as pessoas
se inspiram no que veem na TV. Se elas nao se veem a si pr6prias na TV, vao querer
ser outra pessoa".
28
4.2 A TV BRASILEIRA
Em todos os lares brasileiros, ha diariamente,
diarias, onde crianr;;as, adolescentes,
uma TV ligada, em media, 6 horas
jovens, adultos, assistem,
passivamente,
a todas
as especies de programas, sejam eles bons ou maus, sem ninguem falar, sem ninguem
reclamar e sem ninguem discutir seus efeitos.
Segundo
respondendo
Boisanello,
(1981,
p. 360)
uma
men ina de 9 anos
de ida de,
a uma pergunta sobre a influencia da TV, afirmou:
"Eu acho que a televisao e uma invenr;;ao maravilhosa,
minha casa, meus pais e meus irmaos nao conversam
mas fico triste porque, em
comigo na hora em que estao
vendo televisao".
Essa invenr;;ao, como diz a menina, que foi criada para ajudar as pessoas
educarem e a crescerem,
infelizmente,
no Brasil, debandou
a se
para a massificar;;ao e para
a alienar;;ao das pessoas, em relar;;ao aos problemas do dia-a-dia e da propria educar;;ao
dos filhos.
Boisanelo
(1981, p.361) comenta
que a TV brasileira,
do modo como ela se
apresenta, passa a exercer quatro funr;;oes nos corar;;ao das familias:
- A primeira funr;;ao e a de uma "baba eletr6nica".
diariamente,
fica,
varias horas diante da TV e isto, de certa forma, agradam as maes, uma
vez que a TV deixa as crianr;;as passivas,
responder
A crianr;;a brasileira
as perguntas
quietas e comportadas.
dos filhos e explicar
0 porque
A mae, em vez de
das coisas,
prefere
ligar 0
29
aparelhinho
para que as crian<;:as nao a incomodem
e brincadeiras
correrias pela casa
na rua.
- A segunda
problematica
com perguntas,
fun<;:ao da TV, nos lares brasileiros,
e a de catalisadora
da
familiar, uma vez que todos os problemas familia res vaG escapando
pela
TV.
As famflias
desapareceu.
ja
nao
discutem
Os pais, devido
mais
os
problemas
aos bombardeios
do
dia-a-dia.
exceto dos problemas dos filhos na escola, ou da crise da puberdade
dos filhos. As maes estao muito mais bem informadas
encontrando
dos seus artistas,
dialogo
de informa<;:6es que recebem
meios de comunica<;:ao de massa, estao por dentro dos problemas
transa<;:6es amorosas
0
das cenas
que das dificuldades
dos
do mundo inteiro,
ou adolescencia
da novela e das
que os filhos
estao
no mundo escolar, ou da crise de choro da filha na sua idade "crftica".
Os membros
das familias
estao separados.
Um nao sabe da vida do outro.
Muitos pais de famflias reclamam da falta de aten<;:ao por parte da familia, alegando que
na hora que chegam do servi<;:o s6 0 cachorro corre para recebe-Ios; outros dizem que
preferem ficar fora de casa , fazendo outras coisas, a ir para casa ever
novelas; filhos
reclamam dos pais, dizendo que estes tem muito tempo para TV e nao para eles.
- A terceira fun<;:ao da TV brasileira e "promover
brigas" . Filhos brigam com as
maes, que gostam de novelas; maes fazem 0 mesmo com os maridos, que querem ver
futebol, noticiario
e filmes. E isso leva ao descontentamento
e a indiferencia<;:ao. Da
mesma forma, pais brigam com os filhos que falam e correm pela casa, no momenta em
que estao assistindo algum programa que Ihes interessam.
Aprisionam
alegria e de prazer que borbulham no espfrito dos pequeninos.
ate as for<;:as de
Nos lares, onde 0 poder
30
aquisitivo
e maior ,
problema
0
e resolvido
de uma maneira mais simples.
Cada um
pega 0 seu jantar e vai para 0 quarto ver 0 programa que quiser ate a hora que quiser.
Finalmente
uma outra funyao
da TV tem sido, ainda, promover
pessoas, sem tirar-Ihes a capacidade
a alegria" das
de dialogo, a amizade e ate de crescimento.
Sao
os pais que, nas suas horas de folga, sentam com os filhos na sala e assistem,
com
eles, alguns programas
que despertam
alegria, interesse
Fazem da TV um meio de promover a diversao
de programas bem escolhidos,
e curiosidade
eo enriquecimento
nas crianyas.
da familia, atraves
e nao 0 fim para qual toda a familia esta condicionada,
ao ponto de esquecer afetos e layos fortes que unem pessoas .
Partindo
do
fato
desordenadamente,
de
que
a
maioria
das
famflias
brasileira
assiste
durante horas e horas diarias, sem ter uma consciencia
efeitos que ela produz , a maior vitima dessa
Gilson Amado,
TV,
critica dos
situayao e, sem duvida, a crianya.
diretor da TV Educativa
do RJ num pronunciamento
que fez,
afirmou que "0 Brasil sera amanha tudo aquilo que a TV quiser, pois as crianyas
de
idade pre escolar e escolar passam em media oito horas diante da TV e a seguir imitam
tudo que veem e ouvem" . (apud. BOLSANELLLO,
1981, p.363)
Boisanello comenta ainda que, na fase pre-escolar,
an os de idade, e plasmada
enriquecido
atraves
antigamente,
mas
mostrados
das
pela TV. Seu desenvolvimento
lindas
hist6rias
, sim, empobrecido
pela TV. Desde pequenina
capaz de fazer 0 mesmo.
a crianya, desde os seus 3
contadas
atraves
simb6lico
pelos
de quadros
pais,
ja nao e mais
como
prontos
se
fazia
e acabados,
, a crianya imita seus her6is , como se fosse
31
A partir dos 4 anos, a crian9a entra na fase da "intui9ao", onde quer saber tudo e
passa a acreditar em tudo que ve e ouve , senao encontrar alguem para Ihe mostrar 0
que e real e irreal, passa a vivenciar
comportamentos
altamente
prejudiciais
dado 0
excesso de fantasia que carrega.
Na fase pre-escolar a crian9a ve-se em dois mundos diferentes: 0 mundo da sala
de aula e 0 mundo da TV. Para ela, a escola e cansativa,
e chata e nao e "legal" como
aTV.
Alem da linguagem
problema,
dos
e "baixa" apresentada
talvez muito mais grave: a falta de criatividade,
0 excesso
alunos.
desenvolvimento
aluno consumir
cansam
"obsoleta"
de
dramatiza90es
de
visualiza9ao
dessas capacidades,
passivamente.
reclamar
da
e centra9ao
de
raciocinio
dificulta,
e espirito
sem
criatividade
e atividades de expressao
das escolas
de
seus
critico
0
para 0
de primeiro grau nao se
alunos.
Nas
reda90es,
oral, os alunos acabam reproduzindo
cenas de TV, de novelas, filmes e de programas de humor.
outro
duvida,
pois oferece tudo pronto e "mastigado"
Os professores
falta
pel a TV, aparece
sempre
32
4.3 IDENTIFICACOES
IMAGINARIAS
Segundo Sodre (1987, p.63)
"Formayoes do ijpo eu ideal, ideal do eu sao possibilidades contidas no imaginario tecnologico e
de perlo relacionadas com 0 narcisismo. Mas na identificayao com 0 "espelho" televisivo e
suscitada por niveis diversos. Antes de mais nada a propria fascina9ao da luz, que nao e de
natureza apenas visual, mas tambem oral. Por meio desse e de outros dispositivos fascinantes,
capazes de suscitar investimentos e reconhecimentos narcisicos de tipos diversos, a ordem do
capitalismo multinacional faz passar os seus efeitos de organiza9ao da vida social. A televisao
aparece, assim, como, um meio organizador de identidades sociais. Procurando legitimar-se pela
informayao e pelo entretenimento, ela vai tentar apreender 0 individuo no interior de sua esfera
privada, indicando-Ihe papeis, comporlamentos
e atitudes que devera assumir para atingir 0
reconhecimento social".
Sodre afirrna ainda que, 0 espelho oferecido
individuo
exibir
e instalado
a se reconhecer,
reflete
pela teleorganizac;:ao,- e no qual 0
continuamente
modelo com 0 qual cada um pode identificar-se
simulac;:6es, prontos
para bem existir socialmente,
mas prontos tambem a esvaziar 0 individuo de seus proprios modelos,
autonomas.
do individuo
a
suas imagens
Para tal sistema e preciso, portanto, "objetivar 0 imaginario" (expropiando-o
ou de quaisquer
com que os simulacros
zonas indeterminadas)
ganhem
um principio
ou ficcionalizar
de realidade
0 real, fazendo
(que eles nao sejam um
"sonho", pois tudo e feito ou filmado sob a otica social) e 0 que precisamente
realiza a
teve, ao fundir imaginario e realidade, criando um espac;:o proprio, simulado, "surreal".
A
produc;:ao televisiva
personalidade),
de
em que narcisismo
novos
"ideais
e onipotencia
do
eu"
(modelos
se combinam
imaginarios
de
para gerar uma nova
33
forma de relayao social (0 tecnocisismo),
tambem
para
chamando
provocar
os
de "perturbayao
substituidos
disturbios
narcisica":
pela busca ansiosa
habilidade na manipulayao
uma maquinaria
de
personalidade
ausencia
de alegria
de reconhecimento
de aparencias
de identidade
que
os
coletiva. Mas
terapeutas
e sentimenios
admirativo
vem
de amor,
ou de premios
pela
(em detrimento do conteudo, do sentido).
4.4 IMITACAO E IDENTIFICACAO
Para Lazar (1999,
p.61 ), "a crianya
desde
cedo imita 0 adulto,
a imitayao
pertence a natureza do homem. Muito cedo ela imita os pais, irmaos e mais tarde, imita
tudo que acha interessante
e digno de ser imitado. E se a crianya imita certas cenas
vistas na TV nao h8 ai nada de inquietante,
pois as atitudes inspiradas
pela TV nao
passam de simples imitayao".
Alem disso, segundo
Lazar, a imitayao dos modelos vistos na TV se limita, na
maioria dos casos, ao jogo. As crianyas s6 imitam personagens
apreciados
por seu meio. A imitayao de ban didos e de mal feitores e pralicamenle
em geral a crianya nao imita tudo que ve, mas somenle
0
e aprovados
inexistente,
pois
que esta de acordo com seus
modelos pessoais.
Lazar cila ainda que e grayas a comunicayao
crianyas
nao apenas
sao mais bem informadas
de massa, sobreludo
sobre numerosos
a TV, que as
assunlos,
tambem podem se informar sobre as normas habituais de comportamento
como
dos adultos.
34
Assim a criant;a adquire
uma especie
de realismo que antigamente
s6 alcant;avam
ap6s um longo aprendizado.
Contudo
com a chegada
da TV as criant;as
tornaram-se
mais informadas
e
criticas, fazendo assim com que a autoridade dos pais entrasse em declinio.
4.5 EMISsAo
Segundo
representat;ao
CONSCIENTE
Pacheco
CR1TICA
(2000, p.66), "a criant;a que assiste TV recebe um tipo de
que acaba
papeis representados
E RECEPCAo
se refletindo
no desenvolvimento
e na continuat;ao
dos
a
TV e
na sociedade".
As criant;as brasileiras ficam, em torno de tres horas diarias assistindo
sao expostas constantemente
Eo por
a programas de adultos. Assistem e gostam.
isso que a criant;a deve receber mais atent;ao,
parte dos pais e
professores
termos de legislat;ao,
e do governo,
os principios
televisiva. Se ve uma discussao
cuidado
que nao tem colocado
recomendaveis
quando
e reflexao
por
claramente,
em
se trata de programat;iio
nesse sentido, mas 0 tema e complicado,
pois niio se
tem clareza ou opinioes definitivas sobre a influencia da TV nas criant;as. Porem, sabese que essa influencia
e programat;ao
e grande, e envolvente
e, sendo assim, deveria haver produt;ao
que levasse em conta as criant;a como um publico especial.
um alto grau de elaborat;ao,
Elas tem
tanto que aprendem e imitam 0 que veem nos programas
infantis na TV , que deveria estar atenta para essa influencia, porem isso nao acontece.
35
4.6 A CRIAN<;:A: UMA VI sAo RAplDA
o
circo.
genero programa
As
crianyas
anormalidade
de audit6rio, por exemplo, tem um aspecto
que
fisica,
sao
focalizadas
ou
tem
ou, entao, sao tao bonitinhas
algo
de
relacionado
excepcional
que parecem
(2000, p.67), "ve nesses casos, um abuso dos 6rgaos responsaveis
adultos.
ao
ou
uma
Pacheco
e a sociedade
civil
deveria estar atenta a isso".
No jomalismo,
peca-se pelo sensacionalismo.
que chora lagrimas
tambem entrevistas
de cristal,
logo quando
com crianyas excluidas
se soube
quando
se tratar de uma farsa.
e marginais, que aparecem
preta nos olhos para proteger sua identidade.
ainda que a crianya,
Um exemplo atual e 0 da crianya
pressionada
com uma ta~a
Tudo tem um tom espetacular.
diante a camera
Ha
Sabe-se
ou do microfone,
pode
inventar hist6ria, pois vive num mundo onde inverte um pouco a realidade e a fantasia.
Nos
paises
desenvolvidos
necessario a autorizayao
nao
se
entrevista
uma
crianya
facilmente,
e
dos pais ou 6rgaos competentes.
As novelas ate que retratam as crianyas como filhos, amigos do filho, dentro de
uma faixa eta ria pertinente, ou seja, dentro de um vies da realidade. Mas existem certos
tipos de comportamentos
ruins ou sem contextualizayao
esse publico emocional e educacionalmente
Nos
componentes
programas
infantis,
de
que podem influenciar e muito
mais fragilizado.
maneira
geral,
de cena e figurayao, com composiyao
tratadas sem muito respeito com uma subestimayao
as
crianyas
formam
mais ou menos esteriotipados
de sua compreensao.
belos
, sao
36
4.7 PESQUISAS
Segundo
SOBRE A VIOLENCIA
Barros (1995,p.156)
NA TV
"ainda nao ha respostas
apesar de terem havido muitas pesquisas significativas
claras para
0
problema,
sobre os efeitos da violEmcia na
televisao".
Barros comenta sobre estudos realizados com meninos, pode-se perceber que a
preferencia
e por programas
companheiros
conclusao
violentos
e esses
como os mais agressivos.
meninos
Nesse caso,
foram
avaliados
por seus
nao se pode chegar
a uma
definitiva, se a violencia vista na TV provoca um aumento de agressividade
nas crianyas,
ou e a agressividade
dos men inos que os faz escolher
programa
violentos.
Em outro estudo sobre 0 assunto, segundo
relata Barros, foi separado um grupo
para assistir filme violento e outr~ grupo para ver filme sem conteudo
crianyas foram observadas
e sua agressividade
ficam expostas a filmes agressivos
Porem
esses
resultados
nao confirmaram
agressivos,
agressivo.
sugerem
meninos,
agressao.
0 efeito
avaliada. E em, muitas dessas crianyas
mostraram maior agressao do que as outras.
programas de conteudos
Ao contrario,
de violencia. As
de descarregar
a ideia
de que
a exposiyao
a
em TV, provoque um aumento do comportamento
que a violencia
nos filmes possivelmente
sua hostilidade
tem, nos
e de inibir a manifestayao
da
37
Barros cita ainda que nao podemos generalizar essa interpreta<;:ao de resultados
para meninas ou crian<;:as menores.
AIE§mdisso, explica, que assistir a violelncia real nos noticiarios
mais que diminuir, as respostas agressivas
por parte do espectador.
Segundo Barros, (1995, p.157 ) "a violelncia apresentada
muito menos possibilidade
pode aumentar,
na forma de fic<;:ao tem
de refor<;:ar, estimular ou elucidar respostas
agressivas
do
que a violelncia sob a forma de noticias de fatos ocorridos". Assim enquanto a cobertura
pela TV de noticias
de fatos violentos
pode aumentar
a agressao
do
espectador
a
violencia sob a forma de fic<;:ao pode ate mesmo inibir suas manifesta<;:oes agressivas.
4.8 TV NORTE AMERICANA:
MAU EXEMPLO NA TELINHA
Segundo Boisanello (1981 ,po 362) pesquisas feitas nos Estados Unidos mostram
que a TV influencia, sim, no comportamento
A violencia concentrada
de crian<;:as e adolescentes.
nos filmes, seriados e novelas
de televisao,
sugere
0
estudo, aumenta 0 grau de tensao social, insensibiliza as pessoas para os dramas reais
do cotidiano e estimula jovens e crian<;:as a reagir com agressividade.
o
estudo,
coordenado
por uma entidade
independente,
0 Mediascope,
da
Califomia, conforme cita Boisanello em seu livro, e 0 primeiro do genero que foi alem da
simples cataloga<;:ao do tipo e da frequencia
no video. "Todos os programas
com que as cenas de violencia aparecem
violentos ensinam as crian<;:as tecnicas de brutalidade.
38
Muitos
infundem
insensiveis
medo
nelas,
e
alguns
contribuem
seriamente
corn rela<;:aoao sofrimento dos outros", diz a professora
Universidade
para
torna-Ias
Barbara Wilson, da
de California, em Santa Barbara (UCSB), uma das autoras da pesquisa.
Para chegar a essas conclusoes,
e analisaram
os dados
os pesquisadores
entre vista ram crian<;:as e seus pais
a luz das mais modemas
pesquisas
sobre as caudas
da
violencia.
A pesquisa
acentuada
quando
do Mediascope
para anestesiar
mostra a violencia
sugere
que a televisao
os telespectadores
num contexto
contribui
para 0 sofrimento
de forma
mais
real das pessoas
de humor ou entao exibe em detalhes
os
ferimentos das pessoas.
Nao
e possivel
estabelecer
violencia da midia e as condutas
de vistas
divergentes
influenciando
se os
estatisticamente
violentas
programas
no comportamento
uma conexao causal valida entre a
nas crian<;:as, varios autores deram pontos
violentos
da televisao
a questao
sobre os efeitos da violencia vista na televisao em rela<;:aoao comportamento
agressivo
No capitulo
educadores
seguinte
continua
ou nao
aberta
das crian<;:as. Ha necessidade
das crian<;:as. Portanto
estariam
de mais pesquisas.
sera
abordado
qual
0
papel
na interven<;:ao da violencia transmitida pela televisao.
das
emissoras,
pais,
39
5 EOUCA<;AO PARA A MiolA
Se nossa cultura e cada vez mais uma cultura de midia, entao a educayao
midia deve ser uma parte importante
a
integrayao
da televisao
sala
dimensoes:
educar na televisao
da educayao
de aula,
deve
. Sendo
-se
levar
e educar com a televisao.
populares podem ser uma oportunidade
assim,
de
para que haja
em considerayao
suas
Nesse caso , programas
positiva para a educayao
de midia, em vez de
ficarmos lamentando sabre a declinio da cultura, podemos ensinar as crianyas a ter um
olhar critico sabre a midia, ja que esses programas
inevitavel que eles os assistam.
temos que desenvolver
fazem parte do seu cotidiano
A cultura da midia e uma forma de pedagogia
contrapedagogias
adequadas.
e e
e n6s
Tal e a nosso desafio na era da
cultura da midia.
Embora
necessarias,
a analise
e igualmente
a fim de encorajar
0
negativos
0 numero
de produyoes
sejam
positivos dessa midia,
desejaveis
e assim tomar todo 0 ambiente
da midia
de cada um dos
da midia ao nosso
redor
futuro de nossas crianyas.
Considera-se
a educayao
um passo vital na aprendizagem
comunicayao
dos aspectos
importante dar atenyao aos aspectos
e aumentar
meios de comunicayao,
benefico para
e a discussao
de forma
podem
expressarem.
Tambem
se
para as crianyas,
como
de como ver TV e como desfrutar de outros meios de
a serem
crescem e sua compreensao
comunicayao
para a midia muito importante
beneficiadas
do mecanismo
tomar
par eles.
medida
da midia se aprofunda,
ferramentas
e muito importante
A
importantes
para
que as crianyas
varios meios de
as
que os adultos compreendam
crianyas
se
0 ambiente
40
mais recente da mfdia, tanto para eles mesmos como para das conselhos
efetivos para
as crian9as a partir de varios pontos de vista como pais e educadores.
Acredita-se
desenvolvimento
humanidade.
que seja essencial
pensar sobre 0 crescimento
da mfdia de um ponto
de vista global,
Com tantos pafses atulamente
Mfdia, espera-se
que as pessoas
como uma oportunidade
envolvidas
para trabalharmos
infantil, eduCa9aO e
em termos
dando aten9aO especial
utilizem esta tendencia
em harmonia
de futuro
a
da
"Violemcia na
e pensem
a fim de chegar
nela
a uma
solU9aO favoravel que ponha fimao problema de uma vez por todas, e ao mesmo tempo
acentuar 0 lade positiv~ e frequente negligenciado
Apesar
de muitos estudos
concluirem
da mfdia como um todo.
que 0 poder da mfdia
influencia negativa. Contudo, se os efeitos da mfdia sao tao marcantes,
ela possa ser usada para alguma coisa positiva. Deveria-se
e
uma fonte de
e possfvel
que
dar mais enfase ao como
fazer uso positiv~ do poder da mfdia para as crian9as no futuro.
41
5.1 PAPEL DAS EMISSORAS
Carlsson e Feilitzen(2002,
p. 20) afirmam que:
"Sao necessarios esforyos importantes da parte da midia - na forma de por exemplo, auto
regulamentayao e produyao de programas de radio e TV de alta qualidade, que saijsfayam as
varias necessidades infantis. A responsabilidade de pais e politicos tambem e grande e varias
organizayoes desempenham um papel enorme na contribuiyao para uma melhor situayao das
crianyas. A educayao para a midia e a participayao das crianyas sao, portanto, apenas dois dos
muitos procedimentos que precisam ser adotados simultaneamente se quisermos fazer valer os
direitos da crianya na pratica."
A autora comenta que a gratificante que a Federa9ao Intemacional
tenha adotado orientayoes
Sendo
programas,
ser humane
inocentes
para apresentar questoes infantis.
responsabilidade
referentes
a sua
da
emissora
apresentayao
e os direitos fundamentais
e, principalmente,
E
que
todos
os
itens
de servi90s
dos outros.
Em particular
dar relevancia
responsabilidade
nao devem:
indevida
da emissora
horario
probabilidade
de
transmissao
e
de os assistirem.
nao devem ser programados
recep9ao,
A emissora
as
crianyas
deve
e
garantir
a
ser
violelncia ou
tambem que todos os
itens de serviyos de programas que possam prejudicar 0 desenvolvimento
ou moral das crianyas e adolescentes
de
e conteudo, devem respeitar a dignidade do
conter pornografia;
tender a incitar ao odio racial.
do
de Jornalismo
fisico, mental
quando em funyao
adolescentes
de que
tiverem
os noticiarios
apresentem fatos e eventos sem distoryao e incentivem a formayao de opinioes.
42
No entanto sera que estas orientat;:oes feitas pel a Federat;:ao Internacional
Jornalistas
sao
respeitadas
pelas
emissoras?
Principalmente
nos
de
paises
subdesenvolvidos?
Nesse sentido 0 papel dos pais e educadores
nao
e apenas
de certos conteudos
da midia, injetando
ensinem dissociar-se
do mau conteudo da midia e selecionar 0 de boa qualidade.
sim, proporcionar
um individuo
a criant;:a 0 que
a expressar
e de
nelas certos principios
proteger as criant;:as
e opinioes
direito a liberdade de expressao
suas opinioes
sobre as questoes
que Ihes
Mas
e 0 direito de
que 0 afetam,
dando
importancia ao seu papel na sociedade.
Tais orientat;:oes deveriam ser desenvolvidas
dos pais, trabalhando
critico
(distinguir
atraves da sociedade,
no senti do de dar mais enfase
a fantasia
da realidade),
da midia e
a construt;:ao do pensarnento
independente
e participativo
infantil como
uma outra forma, por assim dizer, de protet;:ao, pois se protet;:ao significa
impedir a
criant;:a de participar, ela pode ser usadas de uma forma errada.
De forma semelhante
responsabilidade
Steinberg
e Kincheloe
de selet;:ao dos programas
influencia da Disney sao tao penetrantes
precisam encontrar caminhos
(2001,
infantis
na sociedade
visto
dizendo
que:
distribuindo
deve ser visto como um empreendimento
e outros
por aquilo que
prazer
publica, pOis antes de ser
inocentemente
pedag6gico
"a fort;:a e a
que a Disney proporciona
as criant;:as, deve ter sua responsabilidade
como esfera publica comercial,
midia a
que pais, educadores
para fazer com que ela se responsabilize
produz". Pois segundo eles apesar de ser indiscutivel
e divertimento
p.106) atribui a
prazer as criant;:as,
, nao que tenha que ter algo de
sinistro por tras do que a Disney faz, mas sim apontar para a necessidade
de refletir
43
sabre a papel da fantasia,
particulares,
significativa
apenas
legitimanda
relayoes
sociais
para assegurar
especificas
interesses
idealogicas
e infiuenciando
de maneira
a memoria publica. Sendo assim, a midia precisa ser responsabilizada
nas
bilheterias
responsabilidade
cultura
deseja e inacencia
mas
tambem
em
termos
politicos
e para ser atribuida ao " reino encantado",
e outros
terao
de desafiar
e separar
imagens,
e
eticos.
se
tal
entao pais, profissionais
da
representayoes
E
nao
e valores
oferecidos pela midia.
Segundo os autores ninguem sa be 0 que acontece
literalmente
participar na televisao,
quando as crianyas
podem
saltando para dentro da violencia da mesma,
mas
para 0 bem estar e melhoria de nossos filhos, nos temos que descobrir.
Estamos
tecnologia
tenha um potencial
sem perceber
programas,
no umbral de uma nova gerayao de televisao
e controlar
estaremos
maravilhoso,
as ramificayoes
entao
prestando
se continuarmos
e 0 significado
um sene desserviyo
interativa.
Embora essa
a usar essa tecnologia
do conteudo
social
dos
tanto a nos mesmos
quanto a nossos filhos.
"Empresas como a Sega precisam entender 0 que seus produtos podem ou nao fazer para
nossas crian9as e nossa cultura. Eles tambem podem descobrir que fornecer programas mais
construtivos e altamente rentavel. A Sega entende a nova midia da televisao interativa e 0
admiravel mundo novo em que estamos adentrando".
(STEINBERG
E KINCHELOE
2001, p.175).
Segundo os auto res nos, como pais e educadores,
para as corporayoes
0 interesse
sobre esse
nao podemos apenas deixar
novo meio. 0 emergente
mundo
da
44
televisao
interativa
e dos viodeogames
e, afinal, em ultima analise,
muito mais que
brincadeira de crian<;;a.
5.2 PAPEL DOS PAIS E EDUCADORES
"E
pedagogicamente
imperativo que pais, educadores
e profissionais
da cultura
estejam atentos a como filmes e a midia visual sao usados e entendidos
diferentemente
por diversos gnupos de crian<;;as". ( STEINBERG
p.105) E assim
desenvolvamos
midia visual
novas formas
eletronicamente
de aprendizado,
E KINCHELOE
(2001,
de entendimento
critico
produzida. Segundo os autores, as crian<;;as aprendem
partir da exposi<;;ao as formas
de cultura
popular,
e estas
proporcionam
registro cultural do que significa ser instnuido. Portanto educadores
cultura
precisam
fazer mais do que reconhecer
a necessidade
produ<;;ao das formas de arte popular nas escolas,
haver pedagogia
cultural
e leitura da
sem praticas
culturais
tambem
um novo
e profissionais
da
de levar a serio a
significa
que explorem
a
que nao pode
as possibilidades
de
diferentes formas de arte popular e revelem 0 talento dos alunos. Isto e, os estudantes
nao deveriam
apenas
midia, eles devem
analisar
tambem
a representa<;;ao da cultura
estar aptos a dominar
popular
habilidades
transmitida
pela
e a tecnologia
para
produzi-Ia
As autoras abordam ainda que nao podemos supor que os programas educativos
sejam substituto
para familias "reais" ou professores
"reais", mas sim que eles estejam
4S
ensinando
valores,
divertimento
crenc;:as e atitudes
e professora,
necessidades
e tempo
e interesses
eficazes
verdadeiramente
de retomar
da sociedade.
ganhar com esses programas
estrategias
"reais". Se a televisao
e
0
e em
comportamento"
de condenar
para
que
faraD
e envolvida
essas
refietir
sobre
as
na articulac;:ao das
inovac;:5es
trabalharem
para 0 bem de todos.
"Textos da midia popular batem em sentimentos
publico
debate
como
Essa populac;:ao de crianc;:as que mais tem a
precisa ser cientificada
racionais
deve funcionar
troca
geram
efeitos
. (STEINBERG
imediatamente
materiais
que
E KINCHELOE
os programas
articulados
moldam
0
2001, p.153).
, deve-se
e experiencias
pensamento
do
e 0
Desta forma, em lugar
ve-Ios como um chamado
ao
despertar, como sinais da desintegrac;:ao de ordem social, e como sinal de que os pais
tem que dedicar mais atenc;:ao aos filhos e
a
educac;:ao dos mesmos. Todavia, tambem
se deveria rever de forma critica e cuidadosa os programas de televisao, po is os textos
da cultura de midia tem efeitos muito poderosos
critica e ao debate.
Qual seria
e distintos que podem estar sujeitos
entao 0 papel de pais, educadores
a
neste contexto?
Alguns diriam que deveria
tentar censurar e policiar as crianc;:as para que nao assistam
aos programas
e proteger
violentos
prejudicial. Alguns pais e professores
as crianc;:as do seu conteudo
podem de fato achar que
0
supostamente
programa nao cumpre
nenhum valor social e querer proteger as crianc;:as.
Por outro
oportunidade
lado
de ensinar
ha quem
a crianc;:a a ter
Em um dos capitulos
influencia
do programa
diga
que
deve-se
usar
0
como
uma
um olhar critico sobre a midia.
de seu livro as autoras comentam
Power
programa
Rangers
ainda sobre a grande
sobre as crianc;:as. "Naturalmente,
a midia
46
dominante
mostra um tipo de "fobia reguladora"
que atualmente
KINCHELOE
em resposta
estao sendo dirigidas diretamente
a enxurrada
ao programa"
2001, p.196). A autora fala sobre argumentos
de criticas
". ( STEINBERG
E
tais como "as criant;:as
sabem a diferent;:a entre a fantasia e a realidade" ou "os Power Rangers sao apenas
uma pequena parte do que as criant;:as aprendem todo dia". Contudo , aqueles que sao
contra a regulamentat;:ao da midia tambem tendem a se opor a acrescentar
conhecimento
da midia ao curriculo
muitas as professoras
Atualmente,
principal.
Infelizmente,
segundo
0 tema do
as autoras,
sao
que tem de enfrentar os efeitos dos Power Rangers.
os professores
sao deixados
estrategias de combate em lugar de estrategias
falando
pedag6gicas,
uns com os outros
sobre
sobre assumir 0 papel de
policiais no recreio fora de sal a de aula e a imagem de vendedores
dentro das salas,
tentando lant;:ar em vao suas alternativas de cidadania critica para criant;:as que ja estao
tao
incutidas
possibilidades
pelo
absolutismo
que
de alterar ou subverter
caracteriza
a
a conscii'mcia
identidade
"Ranger"
que
as
"Ranger" nao e muito promissora
no futuro pr6ximo.
Segundo Carlsson e Feilitzen (2002, p. 22) , 0 papel do professor e dar apoio ao
aluno e ficar ao seu lado, nao apenas
defesa
dos interesses
experiencias
existentes
da criant;:a, pOis trabalhando
tambem
podem contribuir
infantil da midia. Alem disso, 0 professor
vez que 0 conhecimento
no processo
de educat;:ao, mas tambem
lado a lado
base
nas
a diferent;:a entre 0 usa adulto e
parcialmente
assume 0 papel do aluno, uma
que a criant;:a tem da midia e reconhecido
alguns aspectos, e mais competente
com
na
na area da midia do que 0 adulto.
e que ela, em
47
o
professor
fundamentando
deve
a educayao
motivado e construido,
Porem atingir
midia focalizara
comeyar
0
pelas
necessidades
para a midia, no processo
os alunos obtem capacidade
pensamento
e interesses
dos
pelo qual 0 conhecimento
critico nao significa apenas que a educayao
recepyao, mas tambem que a educayao conduzira
isto e, ocorrera
a capacidade
para a
em nivel de
de produyao, pois esta
resulta em um cicio de ayao refiexao e dialogo, no qual os alunos, atraves
de suas
aprendem como a industria da midia trabalha.
Para produzir uma integrayao adequada da televisao
e a familia
a vida
dos alunos, a escola
devem andar de maos dadas, cada um com suas responsabilidades.
familia provem do fato de que e em seu ambito que em geral se assiste
familia deve proporcionar
sera desempenhada
e
critica.
a analise critica de textos e programas,
pr6prias vivencias, parcialmente
alunos,
um contexto adequado
a
A da
televisao. A
para isso. Mas essa tarefa dificilmente
por pais que, em geral, estao tao carentes
de formayao
nessa
area quanto seus filhos.
Por isso, hoje, cabe
a
escola a maior responsabilidade
na formayao.
E essa
formayao deveria ser realizada nao s6 com os alunos, mas tambem com seus pais, pois
"uma adequada
dimens6es
integrayao
da formayao:
da televisao
educar
a
sala de aula pressup6e
na televisao
considerar
e educar com a televisao".(
duas
FERRES,
1996, p. 92).
Ferres comenta ainda que
educar na televisao significa transformar
materia ou objeto de estudo, educar na linguagem audiovisual,
tecnicos e econ6micos
de funcionamento
a analise crftica dos programas.
0 meio em
ensinar os mecanismos
do meio, oferecer orientay6es
e recursos para
48
Mas tambem educar com a televisao.
areas e niveis de ensino, nao para aumentar
otimizar
0
processo de ensino-aprendizagem.
Incorpora-Ia a sala de aula, em todas as
ainda mais 0 seu consumo,
mas para
49
6 ANALISE DE DADOS
A analise de dados foi realizada de maneira quantitativa
observa90es
e analises descritas anteriormente
Os alunos que fizeram
e qualitativa seguindo as
no item 3.
parte da pesquisa
foram aqueles
violelncia dos desenhos anima dos, na hora do registro (desenho),
Ihes fascinaram
e aqueles que tiveram atitudes comportamentais
das observa90es
(conforme descri9ao da metodologia),
que expressaram
a
como parte que mais
agressivas
ao longo
pois segundo Boisanello (1989,
p. 144)" A crian9a pode expressar seu mundo intemo, seu psiquismo de varias formas.
Tanto po de ser pelo desenho, como em brincadeiras".
Baseada
num estudo
adultos apresentavam
de Bandura,
onde crian9as
foram expostas
agressao fisica e verbal a um boneco inflavel, tipo joao bobo, e
que a pesquisadora
propos que as crian9as ap6s assistirem
0 desenho
elas,
que fizessem
travesseiros
Dragon
pendurados
respostas
ball,
0 que
quisessem
com
no teto ao alcance delas. As crian9as que assistiram
agressivas
soqueavam
a modelos
escolhido
que
foram
ao desenho tiveram
duas vezes maiores do que aquelas que nao assistiram,
os travesseiros,
por
isto e,
gritavam, xingavam, imitando tudo que haviam vista na TV,
enquanto que as crian9as que nao foram expostas
ao desenho,
abra9avam,
rolavam,
deitavam com 0 travesseiro
e algumas vezes, e claro, jogavam - no longe, mas sem se
demonstrarem
Sendo assim pode-se
agressivas.
positivas de aprendizagem,
indesejaveis,
se agressiva,
analisar que a TV tem sim formas
mas a imita9ao de modelos pode tambem criar respostas
pois segundo Barros (1995, p. 154) " Uma crian9a pode aprender a tomarmentirosa
ou desonesta
sabe-se que 0 comportamento
agressivo
atraves da imita9ao de modelos".
No entanto,
predomina nos ambientes em que os modelos
50
agressivos
sao abundantes
esses modelos fornecidos
determinada
Ap6s
e a agressividade
e uma qualidade
pelos pais, colegas ou professores,
valorizada,
sejam
portanto a agressao
e
pelas normas do grupo e pelas frustrat;:oes da vida diaria.
a atividade
comportamento
das
com os travesseiros,
quando
a pesquisadora
criant;:as alterado, foi feita uma roda da conversa,
observou
0
na qual foram
levantados pontos positiv~s e negativos dos desenhos.
Em outro momenta
certa resistencia
agressivas
estabelecer
a pesquisadora
em um jogo ou brincadeira,
limites e como a conversa
optou em aplicar os principios
tanto quanto possivel
eficiente
com
a agressao
e tiveram
0
nao resolveu
irritadas
propos
e algumas
para
a pesquisadora
por refort;:amento,
das criant;:as e premiando
vezes
uma conversa
os problemas,
basicos da aprendizagem
pacifiCO e cooperativ~,
porem somente
que as criant;:as tin ham uma
em aceitar limites, ou demonstravam-se
ao perderem
comportamento
percebendo
ignorando
com atent;:ao e elogio, 0
baseada na pesquisa de Mussen (1982, p.120),
passar de algumas
efeitos duradouros,
semanas
que a experiencia
sendo que os atos de agressao
se mostrou
diminuiram
significativamente.
Em outro momenta a pesquisadora
de desenhos
livres
0
que mais gostavam
Dragon Ball e Yu-gy-oh
prevaleceram
sugeriu aos alunos que registrassem
de assistir em casa e os Power Rangers,
entre os men inos, enquanto
citaram as Super Poderosas como preferidos. Com isso a pesquisadora
nao se pode chegar a uma conclusao
da agressividade
atraves
que as meninas
considerou
que
definitiva "se a violencia na TV provoca aumento
nas criant;:as ou se e a agressividade
escolher programas violentos" (BARROS,
1995, P 157).
dos meninos
que os faz
51
Verificou-se
ainda que os meninos escolheram
cores escuras e trac;:os firmes ao
desenharem,
uma caracterfstica
temperamento
explosivo e dinamico, segundo Boisanello (1981,
Entao a pesquisadora
de crianc;:a agitada
e impaciente
sugeriu que comentassem
e que tera um
p. 145).
sobre seus desenhos
0 que
achavam correto (atitudes) e 0 que nao achavam correto. Os meninos falaram que bater
nao e legal, mas se 0 colega provoca, dar ele bate, porque 0 pai falou que tem que ser
assim. Com isso percebe-se,
segundo Boisanello (1995, p. 157) que" 0 desenho infantil
nao s6 mostra a personalidade
infantil, como tambem as relac;:6es sociais da crianc;:a e
os problemas que ela enfrenta no ambito social".
A pesquisadora
percebeu tambem que crianc;:as muito dominadoras
tiveram seu comportamento
onde
ha
conflitos
cooperativa,
que
modificado
eram
depois de assistirem
resolvidos,
onde as consequencias
altemadamente,
e agressivas
0 filme do Gasparzinho,
de
forma
agressiva
da agressao eram sempre desagradaveis
e
e as de
cooperac;:ao eram sempre agradaveis.
Para finalizar a pesquisa,
professora
foram feitas atividades
regente a pesquisadora
100% 0 seu comportamento
Contudo considera-se
crianc;:a nao compartilhar
concluiu
de relaxamento
e segundo
que as crianc;:as melhoraram
a
quase que
0 que, ate mesmo alguns pais comentaram.
que 0 dialogo e a atenc;:ao e a base de tudo, pois se a
experiencias
vividas, provavelmente
ela podera estar pass iva
a tudo aquilo que ve, passando assim a imitar esses modelos, sejam eles bons ou nao,
conforme
atentos,
aprendido
afirmam
pois
a maioria dos autores
a agressividade
assim
e as crianc;:as pequenas
estudados.
como
Sen do assim,
a passividade
estao particularmente
devemos
estar
e um comportamento
vulneraveis,
podendo
nao
52
exibir evidencias,
embora alguns auto res digam que a imita9ao faz parte da natureza da
crian9a.
Analisa-se
no comportamento
Neste caso,
no entanto que
a televisao pode nao ser 0 unico
fator de influencia
infantil, mas conforme estudo, ela contribui de maneira significativa.
deveriam
infantil como especial,
haver programas
sendo
que levassem
que pais e professores
assumindo cada qual suas responsabilidades.
em considera9ao
deveriam
0 publico
rever seus papeis,
53
CONCLUSAO
Conclui-se que, a partir da pesquisa,
pode-se atribuir
a Tv
em alguns momentos
a funyao de baba eletronica, onde as crianyas ficam expostas horas diante
mais comodo para os pais. Em outros
em muitos
ela tem a funyao de promover brig as, sendo que
lares a TV e disputada,
determinado
programa.
Porem
dela, pois e
pois cada
membro
a TV pode tambem
da familia
promover
quer assistir
a
alegria, desde que as
pessoas saibam usufruir a mesma, sendo que nao se pode negar
a crianya
de hoje a
realidade da TV, pois se estaria negando uma serie de transformayoes
que virao, mas
sim, dedicar-se
assistir
programas
um momenta
para se sentar
que Ihes despertem
alegria, interesse
com
os filhos
para
e curiosidade
Fazendo
meio de promover a diversao e uniao da familia, sem tirar a capacidade
amizade e ate de crescimento.
Sen do que 0 distanciamento
alguns
da TV um
de dialogo, a
entre pais e filhos nao
depende da TV, ela e apenas veiculo, mas da atitude diante dela.
Baseado neste contexto,
fundamental
na intervenyao
dos autores estudados,
pequenas
a agressividade
estao particularmente
para a violencia
certamente
as
adequando-os
tambem
e um comportamento
vulneraveis,
a
tem papel
aprendido
a cada horario.
seu
significativa,
papel,
de
ou idade adulta. Embora os dados nao
da midia como principal causa da violencia
fizessem
e as crianyas
embora possam nao exibir evidencias
adolescencia
esta e uma fonte socialmente
emissoras
pais e professores
da influencia dos programas da TV, pois segundo a maioria
serem afetados ate chegarem
apontem
pode-se perceber que
na sociedade,
que poderia ser transformada
selecionando
melhor
os
se
programas
54
Contudo,
considera-se
tal pesquisa
fonte importante
para 0 desencadeamento
da questao, pois obteve dados reais de um grupo de criangas,
iniciativas de mudanga de comportamento,
familiares. Sendo que a pesquisadora
conceitos
e atitudes, fortalecendo
poderosos,
como:
0 dialogo,
podendo
tanto dos sujeitos envolvidos
enquanto mae e educadora,
como dos seus
tambem revera seus
outros caminhos, tao importantes
que e parte fundamental
ser fonte de
e, as vezes, mais
das relagoes
humanas;
a
autonomia de escolher 0 que viver, 0 que fazer e ao que assistir; a cidadania de cobrar
valores e atitudes nao s6 esteticos,
compromisso
aprendizado
mas principalmente
eticos, da midia em geral;
de garantir que todos ten ham acesso as inovagoes tecnol6gicas,
da escrita ate a intemet; a responsabilidade
uma midia, uma escola e uma sociedade
com a alienagao dos homens.
comprometidas
Isto e, a pesquisadora
de contribuir
desde 0
com uma TV,
com a emancipagao
p6de refletir melhor
dedicando mais atengao ao filho, alunos e a educagao dos mesmos.
0
e nao
seu papel,
55
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