Conteúdo para a segunda aula
U.D.1
A Liturgia
U.D.2
A Assembleia Litúrgica
U.D.3
A Celebração Litúrgica
U.D.4
O Espaço e o Tempo da Celebração
U.D.5
O Ano Litúrgico
U.D.6
A Liturgia das Horas
U.D.7
A Pastoral Litúrgica
U.D. 2
A Assembleia Litúrgica
Com o estudo deste tema pretendemos:
 Conhecer o que é a assembleia litúrgica
 Valorizar a sua importância e a sua necessidade para a vivência
da fé
 Poder participar plena e activamente nela
U.D. 2
A Assembleia Litúrgica
Para concretizar estes objectivos percorreremos os seguintes temas:
 A assembleia é um sinal
 O povo de Deus na assembleia
U.D. 2
A Assembleia Litúrgica
1. A assembleia é um sinal
A importância da assembleia
“A Igreja de Cristo está verdadeiramente presente em
todas as legítimas comunidades locais de fiéis, as quais
aderindo aos seus pastores, são elas mesmas chamadas
igrejas no Novo Testamento. Pois elas são, no local em
que se encontram, o novo Povo chamado por Deus,
no Espírito Santo e com plena segurança (cf. 1 Tes 1, 5).
…Nestas comunidades, embora muitas vezes pequenas
e pobres, ou dispersas, está presente Cristo, por cujo
poder se unifica a Igreja una, santa, católica e apostólica”
(LG 26)
U.D. 2
A Assembleia Litúrgica
1. A assembleia é um sinal
A importância da assembleia


A assembleia litúrgica cristã de hoje tem a sua origem nas
assembleias do povo de Deus do AT.
Das assembleias do AT ocupa um lugar especial a grande
assembleia celebrada pelos hebreus aos pés do Sinai,
imediatamente após a libertação do Egipto e no momento em
foi constituído como povo de Deus. A tradição bíblica
denomina este acontecimento como assembleia de Yavéh, e
chama ao dia em que isto aconteceu o dia da assembleia (cf.
Ex 19, 24).
U.D. 2
A Assembleia Litúrgica
A adesão do
povo às
propostas de
Deus.
O sacrifício
conclusivo que
selou a aliança
estabelecida
entre Deus e o
povo (cf. Ex 19, 24).
A presença de
Deus no meio do
povo,
especialmente
pela palavra.
A convocatória
feita por Deus ao
seu povo.
Elementos constitutivos
da assembleia de Yavéh
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A Assembleia Litúrgica
1. A assembleia é um sinal
A importância da assembleia
Cristo estabelece a continuidade com o AT, quando
assume o mesmo vocábulo hebreu qahal (“a assembleia
do Senhor”), traduzido ao grego por ekklesía, e o aplica à
nova comunidade que Ele congrega à sua volta.
A partir da Páscoa e do Pentecostes a Igreja nunca
mais deixou de se reunir. “Perseveravam no ensino
dos apóstolos, na comunhão, na fracção do pão e nas
orações” (Act 2,42).
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A Assembleia Litúrgica
1. A assembleia é um sinal
A importância da assembleia
“Desde então (Pentecostes), nunca mais a Igreja deixou
de se reunir em assembleia para celebrar o mistério
pascal: lendo «o que se referia a Ele em todas as
Escrituras» (Lc 24,27), celebrando a Eucaristia, na qual
«se torna presente o triunfo e a vitória da sua morte», e
dando graças «a Deus pelo Seu dom inefável (2 Cor.
9,15) em Cristo Jesus, «para louvor da sua glória» (Ef.
1,12), pela virtude do Espírito Santo”
(SC 6)
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A Assembleia Litúrgica
1. A assembleia é um sinal
A importância da assembleia
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

Nos textos paulinos superabundam as referências alusivas à
assembleia cristã denominada com a palavra ekklesía (1Cor
11,17-24). Para Paulo a assembleia é o Corpo de Cristo.
Desde o início, a assembleia foi o sinal da pertença à Igreja.
A participação na assembleia era entendida como algo
constitutivo da vida dos cristãos.
À medida que o entusiasmo inicial foi diminuindo, começou a
desaparecer também o interesse pela assembleia litúrgica e pela
participação nela. Daí o carácter obrigatório, imposto pelos
pastores, para que a assembleia se reunisse nos dias festivos.
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A Assembleia Litúrgica
1. A assembleia é um sinal
A assembleia é um sinal sagrado, uma epifania da Igreja sacramento de salvação que exerce, assim, a
sua função sacerdotal, no meio do mundo e em favor do mundo (cf. LG 1,8; SC 2,5; GS 40).
Dimensão escatológica
Dimensão demonstrativa
A assembleia é também um sinal
profético daquilo que será a Igreja
depois do fim dos tempos, sinal
da grande assembleia dos santos,
congregada diante do trono de
Deus para celebrar a eterna liturgia.
A assembleia litúrgica cristã é uma
demonstração especial de uma
grande realidade: a Igreja, novo
povo de Deus, corpo de Cristo.
Dimensão comprometida
Dimensão comemorativa
A assembleia é sinal de compromisso
de um estilo de vida que sintonize e
corresponda ao fim último para o qual
tendem as acções litúrgicas: a
santificação da pessoa e a glória Deus.
A assembleia cristã comemora, faz
memória do mistério salvífico
prefigurado nas assembleias do
povo de Deus no AT e centrado no
mistério pessoal de Jesus Cristo.
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A Assembleia Litúrgica
1. A assembleia é um sinal
Dimensão comprometida
A assembleia exprime este compromisso mediante duas vertentes:
Na celebração. A assembleia deve agir e
participar como comunidade activa e
responsável. Isto exige uma série de atitudes
de participação, um clima de fé intenso e a
adequada aprendizagem da partilha entre
aqueles que participam no mistério que se
celebra.
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A Assembleia Litúrgica
1. A assembleia é um sinal
Dimensão comprometida
Fora da celebração. A
assembleia compromete-se a
assumir na vida quotidiana o
que nela foi celebrado. A
celebração é o centro propulsor
do compromisso e da vida dos
cristãos.
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A Assembleia Litúrgica
1. A assembleia é um sinal
A diversidade da assembleia
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A Assembleia Litúrgica
2. O povo de Deus na assembleia
Assembleia participativa

Participação activa dos fiéis - expressão do Concílio Vaticano II para
manifestar o papel que corresponde aos membros reunidos em
assembleia litúrgica.
“É necessário que os fiéis celebrem a Liturgia
com rectidão de espírito, unam a sua mente às
palavras que pronunciam, cooperem com a
graça de Deus, não aconteça de a receberem
em vão”
(SC 11)
U.D. 2
A Assembleia Litúrgica
2. O povo de Deus na assembleia
Assembleia participativa
“É desejo ardente da mãe Igreja que todos os fiéis cheguem àquela plena,
consciente e activa participação nas celebrações litúrgicas que a própria
natureza da Liturgia exige e que é, por força do Baptismo, um direito e um
dever do povo cristão”
(SC 14)
“Nas celebrações litúrgicas, limite-se cada um, ministro ou simples fiel,
exercendo o seu ofício, a fazer tudo e só o que é de sua competência,
segundo a natureza do rito e as leis litúrgicas”
(SC 28)
U.D. 2
A Assembleia Litúrgica
2. O povo de Deus na assembleia
Assembleia participativa
“A Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os
cristãos não entrem neste mistério de fé como
estranhos ou espectadores mudos, mas
participem na acção sagrada, consciente,
activa e piedosamente, por meio duma boa
compreensão dos ritos e orações; sejam
instruídos pela palavra de Deus; alimentem-se
à mesa do Corpo do Senhor; dêem graças a
Deus; aprendam a oferecer-se a si mesmos,
ao oferecer juntamente com o sacerdote,
que não só pelas mãos dele, a hóstia
imaculada”
(SC 48)
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A Assembleia Litúrgica
2. O povo de Deus na assembleia
A participação da assembleia
 A participação na assembleia litúrgica é um
direito e um dever
 A participação é uma actividade humana
 A acção comum pede a renúncia a
particularismos de expressão
 A participação exige uma atitude
comunitária
 A participação exige atitudes cultuais e
cristãs
U.D. 2
A Assembleia Litúrgica
2. O povo de Deus na assembleia
O Concílio falou da participação dos fiéis:
 Enunciando um ideal: a participação plena,
consciente, activa e frutuosa (cf. SC 11,14),
interna e externa (cf. SWC 19-110), em acto
(cf. SC 26), própria dos fiéis (cf. SC 114),
comunitária (cf. SC 27) e harmoniosa (cf.
SC 28).
 Apontando a origem dos direitos e dos
deveres que assistem os fiéis de modo a que
possam participar activamente na liturgia: o
sacerdócio baptismal (cf. SC 14; LG 10-11;
PO 5).
U.D. 2
A Assembleia Litúrgica
2. O povo de Deus na assembleia
Assembleia ministerial



A assembleia é um encontro cristão no qual todos os seus
membros tomam parte activa, em virtude do Baptismo.
A liturgia manifesta a natureza da Igreja que é, toda ela,
ministerial, isto é, diferenciada e orgânica.
Na ministerialidade cada um diverge em grau de
responsabilidade e de exercício missionário. A presença dos
ministérios e das funções, ou serviços, na Igreja é expressão de
uma eclesiologia de comunhão e de participação na qual
cada membro contribui, a seu modo, na edificação do corpo (cf.
1Cor 14,5; Ef 4,12).
U.D. 2
A Assembleia Litúrgica
2. O povo de Deus na assembleia
Assembleia ministerial

Na assembleia litúrgica todos são actores da celebração, mas
nem todos são actores num mesmo grau, nem
desempenham a mesma função (SC 28). Os ministérios
(serviços ou funções) concretizam, em determinadas pessoas, a
tarefa que corresponde a toda a assembleia eclesial, são eles
que exercem este serviço em nome de todos. Assim temos:
U.D. 2
A Assembleia Litúrgica
2. O povo de Deus na assembleia



O bispo preside à liturgia como sacerdote
e principal dispensador dos mistérios de
Deus, especialmente na Eucaristia.
O presbítero, colaborador do bispo, actua
nas celebrações litúrgicas como ministro de
Cristo e na sua pessoa. Exerce o seu
ministério, de modo especial na Eucaristia,
como ministro da Palavra e do sacrifício.
O diácono, colaborador do bispo e
dependente dele e do presbítero, realiza
diversas funções litúrgicas e, nalguns
casos, preside à assembleia.
U.D. 2
A Assembleia Litúrgica
2. O povo de Deus na assembleia


O leitor proclama as leituras bíblicas, à
excepção do evangelho; no caso de faltar o
salmista, reza ou canta o salmo, propõe as
intenções da oração dos fiéis e dirige o
canto e a participação dos fiéis na ausência
do diácono ou do director de canto da
assembleia.
O acólito ajuda o presidente no serviço do
altar, distribui a Eucaristia e, como ministro
extraordinário,
expõe
o
Santíssimo
Sacramento para a adoração.
U.D. 2
A Assembleia Litúrgica
2. O povo de Deus na assembleia
 Ao serviço da assembleia.
 Ao serviço da Palavra de Deus.
 Ao serviço do altar e do ministro
ordenado.
 Ao
serviço do canto litúrgico e
da música sacra.
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Elementos gerais de liturgia