As organizações não governamentais de ambiente (ONGA’s) em Portugal Arminda do Paço Junho, 2004 Texto para Discussão – Nº M – 15/2004 DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA Ficha Técnica Director José Alberto Fuinhas Secretariado Elisabete Saraiva Ramos Conselho Editorial José Alberto Fuinhas Paulo Maçãs Nunes Zélia Serrasqueiro Colaboradores João Leitão Composição e Impressão Departamento de Gestão e Economia da Universidade da Beira Interior Estatuto Editorial Os Textos para Discussão do DGE propõem-se disponibilizar, on-line, trabalhos em fase avançada de elaboração, no âmbito da Gestão e da Economia, desenvolvidos por docentes, investigadores, mestrandos, doutorandos e docentes de outras universidades que sejam colaboradores do Departamento de Gestão e Economia da Universidade da Beira Interior. Está aberta a contribuições que utilizem métodos de investigação que se enquadrem nas correntes de pensamento científico nas áreas da Gestão e da Economia. Normas para Publicação On-Line Os trabalhos propostos para publicação deverão ter a aprovação de dois doutorados do Departamento de Gestão e Economia da Universidade da Beira Interior e um membro do Conselho Editorial. Universidade da Beira Interior Departamento de Gestão e Economia (DGE) Pólo das Ciências Sociais e Humanas Estrada do Sineiro 6200-209 Covilhã PORTUGAL TLF: 275319600 - FAX: 275319601 http://www.dge.ubi.pt (MKT_20) AS ORGANIZAÇÕES (ONGA’S) EM PORTUGAL NÃO GOVERNAMENTAIS DE AMBIENTE Arminda Maria Finisterra do Paço Universidade da Beira Interior Departamento de Gestão e Economia Estrada do Sineiro 6200-209 Covilhã Tel. + 351 275 319 659 Fax. + 351 275 319 601 E-mail: [email protected] RESUMO: Como resultado do aumento das preocupações com o ambiente, a uma escala global, e das inúmeras campanhas levadas a cabo pelos meios de comunicação a denunciar catástrofes ambientais, tem-se verificado um aumento e uma proliferação de grupos ambientalistas. Estes grupos começaram a organizar-se constituindo as designadas Organizações Não Governamentais de Ambiente (ONGA’s). Em Portugal merecem destaque a LPN (Liga para a Protecção da Natureza), a GEOTA (Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente) e a Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza). É precisamente o caso da Quercus que servirá para ilustrar a importância da comunicação para as ONGA’s “atingirem” os seus públicos alvo. PALAVRAS-CHAVE: Organização Não Governamental de Ambiente (ONGA), Marketing Ambiental 1. INTRODUÇÃO Durante as últimas décadas, o Mundo tem vindo a assistir a um crescimento dramático de campanhas que focam os efeitos da deterioração ambiental (Sand, 1990). Estas campanhas, normalmente, apelam à protecção e conservação do ambiente e já começaram a influenciar as atitudes e comportamentos dos consumidores. A combinação do aumento das preocupações com os problemas ambientais a uma escala global e o aumento da pressão por parte dos grupos ambientalistas fez com que os media voltassem a sua atenção para esta temática (Johri e Sahasakmontri, 1998; Mackoy et al., 1995; Strong, 1996; Zimmer et al., 1994). Por sua vez, no domínio do marketing, esta tendência também teve os seus reflexos (McDonagh e Prothero, 1997; Polonsky, 1994). As preocupações ambientais que começaram a ser mais sentidas na década de 70, logo amainaram em virtude das inúmeras iniciativas legislativas destinadas a corrigir alguns problemas, como o da emissão de gases tóxicos para a atmosfera por parte das empresas. Mas no final da década de 80, inúmeros desastres ambientais, como a descoberta do buraco na camada de ozono e a pressão exercida por organizações como a Greenpeace e Friends of the Earth colocaram o ambientalismo novamente em evidência (Frers, 2003; Carrigan e Attalla, 2001; Titterington et al., 1996; Vastag et al., 1996). 1 No contexto internacional, a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente, levada a cabo em Estocolmo, em 1972, colocou a questão ambiental na agenda mundial e abriu o debate acerca dos seus parâmetros. Nesta conferência foi promulgada a Declaração Internacional sobre o Ambiente, onde foi estabelecida a base sobre a qual deveriam assentar alguns dos pilares essenciais para manter o planeta como um local adequado à sobrevivência humana. A Declaração de Estocolmo desembocou, vinte anos depois, na Declaração do Rio (Eco 92), donde se definiram os direitos e responsabilidades das nações visando o progresso e o bem-estar da humanidade (Frers, 2003). Em 1983, a ONU (Organização das Nações Unidas) estabeleceu a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, com o objectivo de analisar as necessidades a uma escala mundial, no que respeita à gestão do meio ambiente, e propor estratégias a longo prazo de modo a conduzir a um desenvolvimento sustentável (Revista Portuguesa de Marketing, 1997). Os defensores do movimento ambientalista passaram a conseguir a atenção e o respeito de vários grupos de interesse (Polonsky, 1995). As preocupações ambientais surgiram da parte dos governos nacionais, da União Europeia (UE), da indústria e dos consumidores. O governo do Reino Unido foi dos primeiros a responder aos novos desafios ambientais, através da publicação de uma legislação que englobava estratégias na área ambiental e aceitando o “princípio do pagador poluidor” (Roarty, 1997). Muita da legislação introduzida foi adoptada das directivas Europeias. A legislação ao nível da UE foi além das tradicionais preocupações de controlo da poluição, estendendo-se para áreas como a agricultura, transportes e comercialização de determinados produtos (McDonagh e Prothero, 1997). As acções, no âmbito das políticas ambientais, no seio da UE, têm sido inúmeras desde a década de 70, altura em que foram criados quatro planos de acção para o ambiente (Pearce, 1991). Foi, no entanto, com o Tratado de Maastricht, em 1992, que foi introduzido formalmente o conceito de desenvolvimento sustentável 1 na legislação da União, assim como foram reforçadas as preocupações com a protecção do ambiente com o objectivo de definir uma verdadeira política comum (Coelho et al., 2002; Mintu-Wimsatt e Lozada, 1996a). Entretanto, foi adoptado o 5º Programa de Acção Ambiental pela Comissão Europeia que parece focar-se mais no desenvolvimento económico sustentável (Mintu-Wimsatt e Lozada, 1996b). Em Portugal, contrariamente ao que sucedeu noutros países, a preocupação com as questões ambientais surgiu mais tarde (Rodrigues, 2000; Lima e Schmidt, 1996; Mansinho e Schmidt, 1994). A adesão à Comunidade Europeia em 1986 e o “Ano Internacional do Ambiente” em 1987 marcaram o início de uma discussão mais séria sobre as questões ambientais. O debate, em 1987, anunciou publicamente as estratégias e as preocupações com a conservação da natureza e os problemas ambientais como o ordenamento paisagístico, a desertificação, a erosão dos solos, entre outros. Nos anos 90, o ambiente instalou-se definitivamente como “preocupação” na opinião pública Portuguesa, proliferaram decretos e foram adaptadas algumas directivas Europeias. 1 Conceito popularizado pelo relatório Our Common Future de 1987 que postulava que a prosperidade futura do planeta dependeria da preservação do “capital natural” (Word Commission on Environment and Development, 1987). 2 Neste artigo procurar-se-á fundamentar a importância do marketing ambiental e examinar de que forma as ONGA’s podem contribuir para o aumento da consciencialização dos indivíduos em relação às questões ambientais, através, por exemplo, das suas acções de comunicação/promoção. O caso da Quercus, servirá para ilustrar esta situação. 2. DO MARKETING SOCIAL AO MARKETING AMBIENTAL A questão da responsabilidade social surgiu no âmbito do estudo da gestão nos princípios dos anos 70 (Fineman, 1996). No marketing, o conceito de responsabilidade social engloba aspectos como o consumismo, a regulamentação, o marketing social e político e o ambientalismo (Carrigan e Attalla, 2001) e assenta em duas ideias chave: a responsabilidade moral e ética dos negócios e os benefícios para as empresas por serem conotadas como socialmente responsáveis (Chousa e Castro, 2002; Carrigan e Attalla, 2001; Peattie, 1992; Smith, 1988). Apesar do marketing social se ter tornado um conceito importante para a disciplina de marketing desde a década de 70 (Kotler e Zaltman, 1971), as preocupações crescentes com o ambiente conduziram a um novo debate à volta do marketing social e do papel da função de marketing nos anos 90 (Prothero e McDonagh, 1992). A partir do momento em que os aspectos ambientais passaram a ser matéria de preocupação a uma escala global, os produtores deixaram de poder ignorar o impacto das suas actividades na sociedade ou no ambiente (Karna et al., 2002; Smith, 1990). O marketing social aplica os conceitos e as técnicas do marketing tradicional para fomentar mudanças de comportamento benéficas à sociedade (McKenzie-Mohr, 2000; Kotler e Andreasen, 1996; Kotler e Zaltman, 1971). Por sua vez, o marketing ambiental estende o conceito de marketing social de modo a abranger o aumento do interesse e da preocupação da sociedade e do indivíduo em relação ao ambiente natural (Kimery e Rinehart, 1998; Prothero, 1990; Abratt e Sacks, 1988). Segundo Stanton et al. (1991), o conceito social do marketing implica que se tenha em conta dois aspectos fundamentais: incluir no mercado da empresa não só os compradores do produto, mas também todos aqueles que podem ser afectados, de algum modo, pelas actividades da empresa; e procurar a satisfação do cliente a longo prazo, ao invés do curto prazo, o que significa ter também em conta as necessidades sociais dos clientes. Assim, este aspecto social do marketing exige a adaptação a novos contextos, como sejam a preocupação e consciencialização crescente dos consumidores perante os problemas ambientais. O conceito de marketing social pode ser definido como “a aplicação dos conceitos e técnicas de marketing a várias ideias e causas sociais, em vez de aplicados a produtos e serviços no sentido comercial” (Fox e Kotler, 1980:25). Esta definição inclui implicitamente conceitos como a preservação, conservação e protecção do ambiente físico, como uma componente do marketing social (Lozada e Mintu-Wimsatt, 1995). Arizón (1996) acredita, portanto, que o marketing social pode contribuir para a melhoria do ambiente, já que este estimula e facilita a aceitação de ideias ou comportamentos sociais benéficos para a sociedade. Por outro lado, trata de moderar ou desincentivar ideias e 3 comportamentos prejudiciais. Consequentemente, o marketing social pode estimular e facilitar a aceitação da ideia de protecção e respeito perante o meio envolvente e desincentivar acções que prejudiquem o mesmo. 3. AS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS DE AMBIENTE (ONGA’s) 3.1. CONCEITO Uma Organização Não Governamental de Ambiente (ONGA) 2 é uma associação dotada de personalidade jurídica, constituída nos termos da lei geral que não prossiga fins lucrativos, para si ou para os seus associados, e vise, exclusivamente, a defesa e valorização do ambiente ou do património natural e construído, bem como a conservação da natureza (Instituto do Ambiente, 2003). As ONGA’s podem gozar do direito de representação, gozando de estatuto de parceiro social. Para esse efeito as ONGA’s são classificadas em organizações de âmbito nacional, regional ou local em função do número de associados inscritos e consoante o interesse das actividades que desenvolvam ou a área do território natural em que desenvolvam a sua intervenção. Podem ser equiparadas a ONGA’s as associações que, não visando exclusivamente a defesa e valorização do ambiente, tenham como área de intervenção principal o ambiente, o património natural e construído ou a conservação da natureza (Instituto do Ambiente, 2003). As entidades ambientalistas ou ONGA’s são um sistema de organizações da sociedade civil que têm vindo a desempenhar um papel importante na definição da política ambiental. Estas organizações representam uma espécie de “consciência” ou reserva cívica, que garante a resistência à política quando necessário ou a manutenção de ideias importantes (Costa, 2003). Contudo, as debilidades do movimento ambientalista, relacionadas com a capacidade de mobilização e com a forma de relacionamento com outras instituições, têm dificultado a formação de atitudes de contestação directa e de massas (Moura, 2003). 3.2. AS ONGA’s EM PORTUGAL Apesar do “despertar tardio” para as questões ambientais, em Portugal, a primeira associação de defesa do ambiente já havia surgido em 1948 sob a designação de LPN (Liga para Protecção da Natureza) (Mozzicafredo, 1997). Esta organização, não governamental, de âmbito nacional, sem fins lucrativos e com o estatuto de Utilidade Pública, tem como principais objectivos a conservação do património natural, da diversidade das espécies e dos ecossistemas. As suas principais actividades são: a educação/formação ambiental (cursos, palestras, exposições, organização de passeios na natureza), a intervenção directa em causas ambientais (nacionais e internacionais) e a elaboração e colaboração em projectos de conservação e investigação (Alho, 2003). 2 Legislação aplicável em Portugal: Lei n.º 35/98, de 18 de Julho, que define o estatuto das organizações não governamentais de Ambiente (revoga a Lei n.º 10/87, de 4 de Abril). 4 Com a entrada na UE (União Europeia) e com o sistema político e económico mais estabilizado, a partir de 1986 o papel do movimento ambientalista passa a ser mais consistente. Em 1997 foi criada a Lei de Bases do Ambiente e a Lei das Associações de Defesa do Ambiente. Três associações destacam-se nesta altura: a LPN (Liga para Protecção da Natureza é renovada), a GEOTA (Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente) e a Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza) (Croal, 2000). As grandes organizações nacionais (LPN, Quercus e Geota) apresentam uma grande permeabilidade à institucionalização, força de uma tradição que agrupou nas suas direcções um grande número de especialistas ligados ou não ao meio académico. Como crítica, Moura (2003) aponta o facto de, muitas vezes, as questões sociais serem “algo estranhas” aos grupos ambientalistas, levando à existência de contradições sociais mesmo sobre a análise das questões de ambiente e desenvolvimento. Para o autor, o aparente bloco de coesão formado por estes grupos não é fruto de uma coerência ideológica interna, mas sim reflexo da identificação do desconhecimento e resistência por parte de outros movimentos sociais à importância da preservação do ambiente. Entretanto surgiram outras associações ambientalistas 3 como a GERA (Grupo de Estudos de Recursos do Ambiente), a GAIA (Grupo de Acção e Intervenção Ambiental), a EcoNatura (Associação para Defesa do Ambiente), a Farol Terra (Associação Portuguesa de Estudantes pelo Ambiente), entre outras. Em 1982 nasceu o partido político ecologista “Os Verdes”4 (com a então denominação de “Movimento Ecologista Português”) da vontade de um grupo de cidadãos de promover uma intervenção ecologista mais activa na sociedade Portuguesa e alertar a opinião pública para os desafios ecológicos e problemas do ambiente. No que respeita à relação dos Portugueses com as ONGA’s, estes parecem demonstrar bastante simpatia por este tipo de organizações, como revelou o I Inquérito Nacional: Os Portugueses e o Ambiente. No entanto, esta simpatia, não se traduz através dos diferentes modos de participação. Mesmo assim, o ambiente revela-se uma das áreas onde os modos de participação “activa”, como a participação em manifestações ou reuniões, assumem maior importância (Almeida, 1999). No que respeita ao conhecimento de associações ambientalistas, 62% dos inquiridos refere ter conhecimento da sua existência, enquanto que os restantes (28%) não conhecem ou não sabem/não respondem (10%). Quando se solicita aos 3.300 inquiridos que indiquem quais as ONGA’s Portuguesas que conhecem, a resposta mais citada é a Quercus (23%), seguida dos Amigos da Terra, da GEOTA e das Associações locais. No II Inquérito Nacional: Os Portugueses e o Ambiente, a tendência de participação cívica, relativamente ao ambiente, mantêm-se. Verifica-se que os níveis de militância são irrisórios, assim como a subscrição de abaixo-assinados e/ou participação em sessões públicas organizadas por estas organizações (Almeida, 2001). 3 http://www.ajc.pt/gera/links.php3 em 18/11/2003 4 http://www.osvesdes.pt/public_html/index2.html em 20/11/2003 5 Em 2002, as ONGA’s tiveram no sector privado (famílias e empresas) a sua principal fonte de associados. Do total de associados do país, cerca de 83% estavam concentrados na região de Lisboa e Vale do Tejo. Relativamente à afectação das actividades no domínio do ambiente, as acções de “Protecção da biodiversidade e da paisagem” e “Gestão de resíduos” foram as mais relevantes (INE, 2003). 4. UM ESTUDO DE CASO – A QUERCUS 4.1. APRESENTAÇÃO DA ONGA5 A Quercus (Associação Nacional de Conservação da Natureza) foi fundada a 31 de Outubro de 1985. É uma associação independente, apartidária, de âmbito nacional, sem fins lucrativos e constituída por cidadãos que se juntaram em torno do mesmo interesse pela conservação e preservação da natureza e dos recursos naturais e na defesa do ambiente em geral. Age tendo em vista uma perspectiva de desenvolvimento sustentado. Desde a sua fundação, a Quercus tem vindo a ocupar na sociedade portuguesa um lugar de destaque na defesa das múltiplas causas da natureza e do ambiente. Este estatuto foi progressivamente conquistado através de uma conduta atenta às realidades nacionais e internacionais. Contribuíram também para o reconhecimento da sua importância o facto desta ONGA ter sempre como ponto de referência fundamental os princípios para os quais foi criada, e o facto de denunciar publicamente os problemas e levar a cabo um esforço para a construção de consensos na sociedade Portuguesa. Um aspecto que caracteriza a Quercus é a sua descentralização. Esta associação tem vários núcleos regionais espalhados por todo o país, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Na fase inicial de criação da Quercus, as actividades de conservação foram preponderantes na acção da associação. Numa fase posterior, o trabalho da associação diversificou-se e a intervenção da associação alargou-se à qualidade do ar e transportes, aos resíduos, à problemática dos recursos hídricos e a todos os outros domínios que se relacionam com a problemática ambiental e com o desenvolvimento sustentável. A associação encontra-se agora a dar de novo uma grande relevância à área de intervenção da conservação da natureza e aponta como razão fundamental a perda de biodiversidade à escala global e nacional. Neste sentido, a Quercus decidiu criar o Fundo Quercus para a Conservação da Natureza (FCN), como instrumento de apoio à sua actividade nesta área, aumentando a capacidade de intervenção da associação. O objectivo geral do Fundo Quercus Para a Conservação da Natureza visa o desenvolvimento de actividades que garantam a angariação de fundos para suportar projectos de conservação da Natureza que possam vir a ser apresentados pelas diversas estruturas da associação Quercus. 5 Informação recolhida através do site http://quercus.sensocomum.pt/ em 02/01/2004 6 4. 2. A COMUNICAÇÃO DA QUERCUS Neste ponto far-se-á referência às estratégias e formas de comunicação utilizadas pela Quercus, visto ser este o elemento do composto de marketing que no qual a organização tem apostado mais para “atingir”os seus públicos alvo. Antes, convém aqui tecer algumas considerações no que respeita à comunicação ambiental. A comunicação sustentável é um processo social interactivo de esclarecimento que pode ocorrer entre uma organização e os seus públicos. Através de comunicações de marketing ambiental, a organização constrói relações de confiança e promove a formação de uma consciência ambiental. Para McDonagh e Clark (1995), os principais princípios de uma comunicação sustentável são: a confiança (reconstruir a confiança nas empresas e estabelecê-la na sociedade em geral), o acesso (possibilidade dos públicos questionarem as empresas), a divulgação, o diálogo para consolidar a credibilidade e a promoção. A estratégia de comunicação representa um papel fundamental no aumento do nível de conhecimentos necessários ao desenvolvimento e à consolidação de comportamentos ambientalmente responsáveis (Obermiller, 1995). É através da comunicação que se proporciona um valor agregado ao indivíduo: a informação (Díaz e Díaz, 2002). A gestão do mix da comunicação ambiental envolve os seguintes elementos: a Publicidade, a Promoção de Vendas, as Relações Públicas, a Força de Vendas e o Marketing Directo (Peattie e Charter, 1997). No caso da Quercus, percebe-se uma tendência para a utilização mais frequente da das relações públicas, da publicidade e do marketing directo. Denota-se um esforço por parte da Quercus em promover eventos relacionados com o meio ambiente, como é o caso das “Olimpíadas do Ambiente” As Olimpíadas do Ambiente destinamse a todos os alunos do 3º ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário do território nacional, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, e visam promover o conhecimento e interesse pela temática ambiental nas suas múltiplas vertentes. Normalmente também são organizados fins-de-semana de contacto com a natureza. Por exemplo, nos passados dias 20 e 21 de Dezembro de 2003, a Quercus promoveu mais um fim-de-semana de campo no Monte Barata, junto ao Tejo. Outra das iniciativas levada a cabo, por esta ONGA, são as feiras de comércio justo. A Quercus e a “Associação Reviravolta” uniram esforços para levar o comércio justo ao concelho de Matosinhos. Durante todo o mês de Dezembro de 2003 esteve aberta ao público uma feira do comércio justo com produtos alimentares, artesanato e têxteis, no Centro de Educação Ambiental de Matosinhos. A participação em vários projectos é também uma constante nas actividades da associação. Por exemplo, no “Projecto Linhas Eléctricas e Aves”, a Quercus e a Sociedade Portuguesa para o estudo das Aves (SPEA) iniciaram em Maio de 2003 o projecto “Estudo de impacto de linhas de média e alta tensão na avifauna em Portugal”. 7 Um dos instrumentos mais relevantes de comunicação utilizado pela Quercus é a publicação mensal de um jornal (“Quercus Ambiente”) que é enviado aos cerca de 4.000 sócios da associação que assinam a publicação. No que respeita às campanhas levadas a cabo pela Quercus, deixam-se aqui alguns exemplos. A “Plataforma Sabor Livre”, formada pelas associações Quercus, LPN (Liga para a Protecção da Natureza), Fapas (Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens), GEOTA (Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente), Olho Vivo e SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves), uniram-se para defender a preservação do rio Sabor. O mote da campanha é “Por um rio Sabor sem barragens!”. Também é comum o patrocínio e a participação da Quercus em manifestações. Por exemplo, o “Manifesto em Defesa do Parque Oriental”, uniu associações cívicas com actuação no concelho do Porto: APRIL, Campo Aberto, Fapas, Grupo GAIA, NDMALO, Olho Vivo, Quercus e Terra Viva, que subscreveram um Manifesto conjunto em defesa do Parque Oriental. A Quercus também utiliza as ferramentas do web-marketing para divulgar inúmeras iniciativas e notícias. Assim, a associação apostou fortemente na construção de um site institucional (http://quercus.sensocomum.pt/), que possui inúmeros links. Um desses links remete para a “EcoAgenda” e pretende dar conhecimento de vários eventos relacionados de algum modo com o ambiente. Por exemplo, divulgação de exposições, de feiras (caso da “III UrbaVerde - Feira dos Profissionais dos Espaços Verdes e do Equipamento Urbano”), de acções de formação (caso do “IV Curso de Formação Sobre Ruído”), de conferências e seminários (caso do “I Congresso Ibérico de Estudantes de Biologia e III Congresso de Estudantes de Biologia ”). De referir ainda que a Quercus, utiliza o comércio electrónico, tendo disponíveis na sua loja virtual algumas publicações (por exemplo, guias de percursos pedestres de várias regiões Portuguesas). 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A construção de parcerias para o desenvolvimento sustentável pode ser um caminho para a consolidação e desenvolvimento das ONG’s (Organizações Não Governamentais) em Portugal. Existem agências ambientais, ONGA’s e agências governamentais que estão já a desenvolver projectos que pretendem atingir objectivos ambientais. Por outro lado, também as iniciativas que visam a alteração do comportamento dos produtores e consumidores podem ser desenvolvidas em parceria, assim como campanhas educacionais. Foi aqui apresentado o caso de uma associação que tem conseguido mobilizar e chamar a atenção dos vários públicos para a problemática da degradação ambiental. Contudo, os níveis de activismo dos Portugueses continuam a ser baixos, apesar da generalidade dos indivíduos se mostrarem preocupados com o ambiente. É preciso não esquecer que a continuidade da acção das ONGA’s depende fortemente da adesão dos indivíduos às causas por si defendidas. 8 BIBLIOGRAFIA Abratt, Russell; Sacks, Diane (1988) – “The Marketing Challenge: Towards Being Profitable and Socially Responsible”, Journal of Business Ethics, vol. 7, nº 7, pp. 497-507. 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Un estudio en el ámbito de los gobiernos locales españoles - Amparo Crevera Taulet Nº M-04/2004 Diferencias en la determinación y percepción de la realidad para la actuación pública mediante cuestiones de respuesta cerrada y abierta: Teoría y práctica - Ramón Álvarez Esteban, José Luis Burguete e Pablo Gutiérrez Rodríguez Nº M-03/2004 Supply chain relationships in local government in the United Kingdom: Na exploratory study - Terry Robinson e Lesley Jackson Nº M-02/2004 Marketing territorial: Um instrumento necessário para a competitividade das regiões rurais e periféricas - Anabela Dinis Nº M-01/2004 A natureza do Marketing do ensino superior público português: Análise exploratória - Luísa Lopes e Mário Lino Raposo 2003 Nº E-05/2003 A Avaliação do Capital de Risco segundo a Teoria das Opções - Paulo Peneda Saraiva Nº E-04/2003 Microeconomia simplificada para iniciantes dos curso de gestão, economia e marketing - Carlos Osório Nº E-03/2003 O canal do crédito, o sobreendividamento e as crises económicas - José Alberto Fuinhas Nº E-02/2003 Housing Market in Portugal revisited: a spatial analysis for 275 counties - Pedro Guedes Carvalho Nº E-01/2003 Giz e tecnologias de informação e comunicação:uma avaliação de um ano de Microeconomia (I & II) para três licenciaturas - Carlos Osório 2002 Nº 11/2002 Competitive Balance in the Portuguese premier league of professional soccer - António Marques Nº 10/2002 Risco de Perda Adicional, Teoria dos Valores Extremos e Gestão do Risco: Aplicação ao Mercado Financeiro Português - João Monteiro - Pedro Marques Silva Nº 08/2002 Alguns considerandos sobre o canal do crédito - José Alberto Fuinhas Nº 07/2002 Externalities of the Microsoft’s Network Goods - João Leitão - Carlos Osório Nº 06/2002 A admissibilidade teórica do canal do balanço - José Alberto Fuinhas Nº 05/2002 A admissibilidade teórica do canal do crédito bancário - José Alberto Fuinhas Nº 04/2002 O canal do crédito e a política monetária - José Alberto Fuinhas Parcerias estratégicas da banca portuguesa em portais digitais - João Leitão, Carlos Osório e Daniela Gomes Nº 03/2002 (Publicado na Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, Volume 1, N.º 3, Outubro/Dezembro de 2002, INDEG/ISCTE e Fundação Getulio Vargas, Lisboa) Nº 02/2002 Os canais de transmissão da política monetária - José Alberto Fuinhas Nº 01/2002 O canal do crédito bancário na economia portuguesa: análise econométrica do período de 1977 a 1998 - José Alberto Fuinhas 2001 Nº 12/2001 Housing and Labor Markets Connections: recent developments in the portuguese economy - Pedro Guedes Carvalho Nº 11/2001 Desenvolvimento Rural na Sociedade do Conhecimento - Pedro Guedes Carvalho, João Leitão e Andrea R. Silva (Publicado na Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, Volume 1, N.º 2, Julho/Setembro de 2002, INDEG/ISCTE e Fundação Getulio Vargas, Lisboa ) Nº 10/2001 A gestão do portafólio de títulos e a eficácia do canal do crédito bancário - José Alberto Fuinhas e José R. Pires Manso (Publicado na Revista de Gestão e Economia, nº2, DGE/UBI, Janeiro 2002) Nº 09/2001 Digital Challenges for the Small and Medium Enterprises of the Textile and Clothing Industry in Portugal - Carlos Osório e João Leitão (Publicado na Revista de Gestão e Economia, nº2, DGE/UBI, Janeiro 2002) Nº 08/2001 Aluguer e Venda de Bens Duráveis em Caso de Monopólio - Carlos Osório e Paulo Maçãs Nº 07/2001 A Dinâmica dos Termos de Troca e da Balança Comercial: Curva S na Europa? - Alda Rito, Alexandra Ferreira e Tiago Sequeira (Publicado na revista Prospectiva e Planeamento, Departamento de Prospectiva e Planeamento, Ministério do Planeamento, vol.7, 2001, pp. 187-230) Nº 06/2001 A Determinação do Preço dos Bens Duráveis em Duopólio - Carlos Osório, Paulo Maçãs e João Leitão Nº 05/2001 Crescimento Económico no Pós-guerra: os Casos de Espanha, Portugal e Irlanda - Tiago Sequeira Nº 04/2001 O Comércio Ibérico e o Comércio Portugal-UE: que diferenças? - Ricardo Pinheiro Alves Nº 03/2001 Universidade e Protecção da Propriedade de Activos Intelectuais: Fundamentos Económicos e Aspectos Críticos - Alcino Couto Nº 02/2001 Marketing Interno: Uma Abordagem Teórica - Mário Franco, Luís Mendes e Anabela Almeida Nº 01/2001 O Efeito da Publicidade Experimentável na Fixação do Preço dos Bens Duráveis - Carlos Osório, Paulo Maçãs e João Leitão