Previdência Social Pública e Administração Tributária Republicana: Instrumentos de Cidadania SINDIFISCO NACIONAL 12 de abril de 2010 Eduardo Fagnani - Instituto de Economia da Unicamp . 1 Estrutura da Apresentação 1. 2. 3. Cidadania Financiamento Financiamento e Controle Social: SINDIFISCO interlocutor Privilegiado 2 1- CIDADANIA 1. 2. Brasil 1988: Conquistas na Contramão do Mundo Tensões entre Paradigmas: Estado Mínimo versus Estado de Bem Estar Social (1990/2010) 3 1 Brasil: Avanços na Contramão do Mundo 4 Movimento Global 1975-2008 Auge e Crise do Neoliberalismo (1975-2008) Concepção de Estado Reformas Liberalizantes Ajuste Macroeconômico Princípios norteadores do sistema de proteção social Flexibilização do Mercado de Trabalho Estado Mínimo, Focalização e Seguro Social Plano Único de Ajustamento dos Países Periféricos 5 Neoliberalismo e Reforma da Previdência Social Chile (1981) Peru (1993) Argentina (1994) Colômbia (1994) Uruguai (1995) Bolívia (1997) México (1997) El Salvador (1998) Panamá (2002) República Dominicana (2003) 11 Países do Leste Europeu 2 Países da Ásia Nigéria (2005) 6 O Ineditismo do Caso Brasileiro Movimento Social: Acerto de Contas com a Ditadura Projeto Democrático Popular: Núcleos Redemocratização Proteção Social Crescimento com Distribuição de Renda Direitos Sociais na Constituição 1988 7 Direitos Civis e Políticos Direitos Sociais Princípios: Seguridade e Universalidade Reforma Tributária, Pacto Federativo e Descentralização Direitos Trabalhistas e Sindicais Direitos da Educação Seguridade Social: Previdência Saúde Assistência Social Seguro Desemprego Orçamento da Seguridade Social Seguridade Social na CF 1988 PREVIDÊNCIA Inclusão dos Rurais PISO DE 1 SM Correção dos últimos 36 meses de contribuição Princípio da “irredutibilidade dos valores dos benefícios” 13º benefício Aposentadoria por “Tempo de Serviço” : 35/30 anos Aposentadoria por “Velhice”: 65/60 (Urbano) / 60/55 (rural) SAÚDE Universal Papel do Estado e Descentralização • • ASSISTÊNCIA SOCIAL LOAS e Benefício de Prestação Continuada- BPC Estatuto do Menor • • SEGURO DESEMPREGO Fonte de financiamento – PIS/PASEP • 8 Seguridade Social Direito Contributivo (Folha de Salários) INSS Urbano Direitos Não Contributivos (Impostos) INSS Rural LOAS BCP Saúde Seguro-Desemprego 9 Orçamento da Seguridade Social 10 Fontes de Financiamento da Seguridade nos Países da OCDE 11 Fontes de Financiamento da Seguridade no Brasil 12 Seguridade Social: O Legado da CF 1988 13 . Mortalidade Infantil 14 15 Expansão da Cobertura: Estoque de Benefícios em Manutenção 16 Evolução da Quantidade de Benefícios Emitidos pela Previdência Social Em milhões de benefícios - 2000 a 2009 (dezembro) 25,0 23,5 24,0 23,0 21,1 20,5 21,0 19,6 18,9 20,0 17,5 8,0 17,9 7,7 18,0 16,0 14,0 7,5 7,3 7,1 6,9 17,0 15,0 22,1 21,6 22,0 19,0 22,7 6,8 6,6 6,3 6,1 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 11,4 5,0 11,6 13,6 12,8 12,3 15,5 15,0 14,6 14,3 14,0 4,0 3,0 2,0 3,5 3,3 3,1 2,9 2,8 2,6 2,3 2,3 2,1 2,0 1,0 0,0 2000 2001 2002 2003 Urbano 2004 2005 Rural 2006 2007 2008 2009 Assistencial Fontes: Anuário Estatístico da Previdência Social - AEPS; Boletim Estatístico da Previdência Social – BEPS. Elaboração: SPS/MPS. 17 Obs.: Os benefícios assistenciais, embora operacionalizados pelo INSS, estão sob a responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome 31 Benefícios Diretos e Indiretos Benefícios Diretos Indiretos Total INSS Urbano 15.000.000 37.500.000 52.500.000 INSS Rural 8.000.000 20.000.000 28.000.000 Loas - BCP 3.500.000 8.750.000 12.250.000 Seguro Desemprego 6.000.000 15.000.000 21.000.000 32.500.000 81.250.000 113.750.000 16% 41% 57% TOTAL % da População 18 Distribuição de Benefícios Emitidos, segundo faixas de Valores Em Pisos Previdenciários (Posição dezembro/2009) 0,0% 7 -| 8 0,0% 6 -| 7 0,2% Valores, em Salários Mínimos mais de 8 Cerca de 69,0% dos benefícios pagos pela Previdência Social em dezembro/09 69%possuíam dos o valor de até um salário mínimo, o que representa um contingente de Benefícios 18,7 milhões de beneficiários diretos. 0,9% 5 -| 6 equivalem ao PISO de 1 SM 3,5% 4 -| 5 5,6% 3 -| 4 7,3% 2 -| 3 18,0 milhões de pessoas: 1SM 13,5% 1 -| 2 37,0% =1 2,3% <1 0 2.000 43,7% 19,3% 66,7% 625,9 mil pessoas: < 1SM 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 18.000 20.000 Milhares de benefícios <1 =1 1 -| 2 2 -| 3 3 -| 4 4 -| 5 5 -| 6 6 -| 7 7 -| 8 mais de 8 Assistenciais 5,0 3.484,2 14,8 0,0 0,0 - - - - - Rurais 50,2 7.886,5 46,3 8,9 2,5 1,3 0,2 0,0 0,0 - Urbanos 570,7 6.670,2 3.585,6 1.956,3 1.509,0 950,8 249,7 43,8 3,3 8,9 Fontes: DATAPREV, SUB, SINTESE. Elaboração: SPS/MPS. Obs.: A existência de benefícios com valores inferiores ao salário mínimo deve-se ao desmembramento de pensões e ao pagamento de benefícios como o salário-família, 33 o auxílio suplementar, o auxílio 19 acidente e o abono de permanência. Cobertura dos Idosos de 60 anos ou mais BRASIL URBANO 20 COBERTURA PREVIDÊNCIÁRIA NA ARGENTINA FONTE: Especialista em Seguridade Social, OIT [email protected] COBERTURA PREVIDENCIARIA DE MAIORES DE 65 ANOS (%) TOTAL AGLOMERADOS URBANOS EPH, MAIO 80 78 76 74 72 70 Reforma Previdênciaria 68 66 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 21 22 Perfil etário da pobreza: Brasil, 2004 Fonte: Ricardo Paes de Barros 65 60 55 Porcentagem de pobres (%) 50 45 40 35 30 Média Nacional 25 20 15 10 5 0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Idade 23 45 50 55 60 65 70 75 80 Impactos da Seguridade Social na Renda Domiciliar Urbana . 1991 2000 2003 Renda Familiar Total* 100 100 100 % da Renda de Trabalho 85,3 78 73,8 % da Renda da Seguridade 10,2 16,0 22,4 % Outras Fones de Renda 4,5 6 3,8 (*) Corresponde a renda familiar, considerando-se o conceito família-domicílio do IBGE, e as remunerações monetárias de todos os membros para todas as fontes de renda. Fontes: Censo Demográfico (1991 e 2000) e PNAD (2003). Elaboração do autor. 24 Impactos da Seguridade Social na Renda Domiciliar Rural Anos Renda Total Domiciliar Renda Domiciliar do Trabalho Renda Domiciliar da Seguridade Social 1991 100 87,53 9,3 3,17 2002 100 70,23 23,95 5,82 2003 100 67,53 26,14 6,33 2004 100 67,75 22,46 9,79 2005 100 67,42 22,91 9,67 Fonte: Censo Demográfico – IBGE – 1991 e PNADs (IBGE) de 2002-2005 – elaboração Diretoria Social - IPEA 25 Demais Fontes 2 Tensões entre Paradigmas (1990/2010): Estado Mínimo versus Estado de Bem Estar Social 26 Brasil 1990: Adesão Tardia ao Neoliberalismo Concepção de Estado Estado Regulador: Reformas Liberalizantes Ajuste Macroeconômico Princípios da Proteção Social Estado Mínimo X Estado de Bem Estar Direitos Sociais X Filantropia/Terceiro Setor Focalização X Universalidade Seguro Social X Seguridade Mercado de Trabalho: Flexibilização X Direitos “Economistas da Pobreza” 27 x Foco dos Conservadores 1990/2010: CF 88 Reforma Constitucional de 1993 Retrocesso na Ordem Econômica Direitos Sociais: Estado de Bem-Estar X Estado Mínimo Retrocessos: DRU, LRF, Direitos Trabalhistas, Previdência, Políticas Urbanas e Reforma Agrária Avanços institucionais e restrições financeiras: SUS. SUAS e Educação Fundamental Tentativas Recentes de Retrocesso “Déficit Nominal Zero” (2005) Fórum Nacional da Previdência Social (2007) Reforma Tributária (2008/2009) Campanha Eleitoral 2010 28 Retrocesso na Seguridade Social DRU (ver tabela) Financiamento do SUS Previdência Social : EMENDA CONSTITUCIONAL 20/98 Aposentadoria “por idade” : 65/60 anos + 15 anos de contribuição Aposentadoria “por tempo de contribuição”: 35/30 anos e “Fator Previdenciário” (1999) Cálculo dos benefícios: média dos salários desde 1994 (antes : média últimos 36 meses) Estabelecimento de Teto Nominal (R$ 2.800,00) 29 Aposentadoria por idade Idade mínima de aposentadoria País Brasil Bélgica França Itália Alemanha Dinamarca Suécia Reino-Unido Portugal Homem Mulher 65 60 55 57 63 65 61 65 55 60 60 55 57 63 65 61 60 55 Saída da força de trabalho 60,8 * 60,6 58,8 59,7 60,9 63,6 63,7 62,6 63,1 Idade referência de aposentadoria (anos) Homem Mulher 65 65 60 65 65 67 65 65 65 60 62 60 60 65 67 65 60 65 Nota * idade média de aposentadorias urbanas Fonte: AEPS/INSS, Observatoire des retraites e SSA –EUA. Matijascic,M et al. Aposentadorias, Pensões e Mercado de Trabalho e Condições de Vida: o Brasil, e os Mitos da Experiência Internacional. Carta Social n.7, Cesit-Unicamp, 2007. 30 Tempo de Contribuição nas aposentadoria por IDADE País Carências Idade Brasil 15 anos de contribuição 65 h e 60 m Rússia 5 anos de cobertura 60 h e 55 m Índia 10 anos de cobertura 55 China 15 anos de cobertura 60 h 50-60 m Austrália 10 anos de residência 65 h – 63 m EUA 10 anos de contribuição 65 Canadá 10 anos de residência 65 R.Unido 9-8 anos h-m de filiação 65 h e 60 m Itália 5 anos de contribuição 65 Portugal 15 anos de contribuição 65 Alemanha 5 anos de filiação 65 Suécia 3 anos de contribuição 65 Coréia Sul 10 anos de cobertura 60 Taiwan 1 ano de contribuição 60 31 O BRASIL PRECISA DE NOVA REFORMA DA PREVIDÊNCIA? 32 Contexto Sócio-econômico e Demográfico Após a EC 20/98 as regras da previdência passaram a ser equivalentes ou mesmo mais restritivas que a de muitos países desenvolvidos Essas restrições são mais severas no contexto sócio-econômico e demográfico do Brasil 33 Distribuição de Renda Tafner, 2007 Ipea td1264 34 Desigualdade Social Tafner, 2007 Ipea td1264 35 PIB per capita (US$) EUROPA AMÉRICAS Alemanha 27.756,00 Argentina 12.106,00 Bélgica 28.335,00 Canadá 30.677,00 Espanha 22.391,00 Chile 10.274,00 Finlândia 27.619,00 Costa Rica 9.606,00 França 27.677,00 México 6.290,00 Itália 27.119,00 EUA 37.562,00 Noruega 37.670,00 ÁSIA Portugal 18.126,00 China 4.020,00 Rússia 9.230,00 Hongkong 24.850,00 Suécia 26.750,00 Índia 2.800,00 Suíça 30.552,00 Japão 25.130,00 Reino Unido 27.147,00 BRASIL 7.790,00 36 Esperança de Vida ao Nascer Paises Esperança de Vida ao Nascer Homens Paises Mulheres EUROPA Esperança de Vida ao Nascer Homens Mulheres AMÉRICAS Alemanha 76,40 82,10 Argentina 71,60 79,10 Bélgica 76,50 82,70 Canadá 78,20 83,10 Espanha 76,50 83,80 Chile 75,50 81,50 Finlândia 76,00 82,40 Costa Rica 76,50 81,20 França 76,60 83,50 México 72,40 77,40 Estados Unidos 75,20 80,60 Itália 77,50 83,60 Noruega 77,80 82,50 ÁSIA Portugal 74,60 81,20 China 69,10 73,50 Rússia 58,70 71,80 Hongkong 77,30 82,80 Suécia 78,60 83,00 Índia 63,60 64,90 Suíça 78,20 83,80 Japão 77,80 85,00 Reino Unido 37 76,70 81,20 BRASIL 68,10 75,20 2- FINANCIAMENTO 38 Aumento das Despesas X Redução das Receitas? Visão Conservadora: Aumento das Despesas (Década de 1990) Próximas Décadas: Manutenção do Ritmo Crescimento do Gasto “Explosão” das Contas Públicas Crítica à Visão Conservadora Década de 1990: Atípica Efeitos da EC 20/1998 Redução das Receitas 39 Preparação da Reforma de Collor 1995/1998 Tramitação da Reforma FHC 1998 Aprovação da EC 20/98 40 Fonte: Anuário Estatístico da Previdência Social - MPS. Gráf. Percentual de Segurados Especiais na PEA 1981-2007 Sentença do STF 1992 41 Regulamentação da LOAS pelo Congresso Nacional 42 43 Fator 44 45 Fator 1999 46 Auxílio Doença 47 Ritmo de crescimento das despesas - RGPS 6,0 5,3 5,1 5,0 4,0 3,8 Média 2000 a 2006 = 3,6 3,2 3,1 3,4 3,3 3,0 2,3 Média 2007 a 2009 = 2,8 2,3 2,0 1,9 1,0 0,0 2000 2001 48 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Taxa de Variação do Produto Interno Bruto País China Vietnam Korea, Rep. India Thailand Angola Indonesia Hong Kong, China Chile Turkey Israel Colombia Australia Iran, Islamic Rep. Nigeria Spain United States Mexico Latin America & Caribbean Brazil Uruguay Canada South Africa Argentina New Zealand United Kingdom Austria Japan Venezuela, RB Sweden Euro area France Europe & Central Asia Germany Italy Russian Federation 49 Fonte: Banco Mundial. Var.% 1980-2008 Var.% 1980-1989 Var.% 1990-1999 Var.% 2000-2008 Var.% Var.% 1994-2002 2003-2008 9,91 6,83 6,23 6,15 5,82 5,71 5,47 5,31 5,02 4,37 4,34 3,52 3,30 3,30 3,25 2,93 2,86 2,84 2,76 9,75 4,54 7,67 5,69 7,30 4,18 6,38 7,42 4,39 4,11 3,65 3,41 3,30 -0,30 0,94 2,79 3,04 2,29 1,80 9,99 7,42 6,26 5,65 5,28 -0,06 4,83 3,31 6,37 3,98 5,49 2,86 3,31 4,64 3,07 2,69 3,12 3,39 2,94 9,99 7,46 4,39 7,22 4,78 12,16 5,16 4,97 4,23 5,08 3,83 4,39 3,30 5,82 6,02 3,36 2,37 2,84 3,63 9,39 7,47 5,40 5,84 3,21 6,65 3,21 2,72 4,76 2,71 4,11 2,28 3,98 3,74 2,51 3,56 3,29 2,91 2,29 10,68 7,72 3,98 8,67 5,12 14,80 5,57 5,73 4,67 6,40 4,45 5,32 3,33 6,02 7,37 3,15 2,53 3,07 4,83 2,76 2,99 1,70 3,68 2,66 4,13 2,74 2,71 2,53 2,52 2,45 2,34 2,27 2,26 2,26 2,19 2,13 2,03 2,02 1,91 1,73 0,76 0,71 3,04 2,24 -0,73 1,99 2,37 2,00 3,72 -0,18 2,26 2,28 2,32 ... 1,95 2,55 ... 3,26 2,43 1,39 4,52 2,67 2,14 2,68 1,51 2,48 1,70 2,17 1,85 -1,55 2,32 1,44 -4,90 4,61 2,66 4,12 3,90 2,72 2,53 2,12 1,47 4,72 2,64 1,93 1,90 5,98 1,42 1,16 7,04 1,68 3,66 2,97 0,11 3,53 3,09 2,33 0,97 0,04 3,13 2,40 2,36 1,77 1,76 1,88 0,22 6,95 2,33 4,42 8,53 2,20 2,42 2,33 1,63 7,38 2,65 1,78 1,72 6,77 1,40 0,73 7,27 50 Tabela 3 Juros Internacionais em 2006 -% ao ano Países Juros Nominais Inflação Juros Reais Brasil 13,2 3,1 9,8 Turquia 17,5 9,7 7,1 México 7,3 4,1 3,1 Colômbia 7,4 4,5 2,8 Chile 5,4 2,6 2,7 França 3,9 1,6 2,2 EUA 5,3 3,2 2,0 Alemanha 3,7 1,7 2,0 Canadá 4,0 2,0 2,0 Itália 4,0 2,2 1,8 Japão 1,7 0,2 1,5 Reino Unido 4,5 3,2 1,3 Argentina 8,0 9,8 -1,6 Rússia 5,0 9,0 -3,7 Fonte: International Financial Statistics (IFS)-FMI. 51 BRASIL - TAXA DE DESEMPREGO ABERTO MÉDIAS ANUAIS % 13,0 12,5 12,0 11,5 11,0 10,5 10,0 9,5 9,0 8,5 8,0 1994 1995 1996 F o nt e : IP EA D A TA 52 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 BRASIL - RENDIMENTO REAL DOS OCUPADOS (VARIAÇÃO ANUAL) % 6 4,15 4 2,79 1,53 2 2,24 0,24 0,56 0 -2 -1,82 -4 -3,87 -6 -5,06 -6,80 -7,13 -7,45 -8 -10 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Fonte: DIEESE / IBGE 53 54 3- FINANCIAMENTO E CONTROLE SOCIAL: SINDIFISCO COMO INTERLOCUTOR PRIVILEGIADO 55 Organização da Seguridade Social O art. 194: A SS compreende “um conjunto integrado de ações e iniciativas dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”. Art. 201, IV: A seguridade também incorporava o seguro-desemprego. Parágrafo único do art. 194: A organização da seguridade social é competência do Poder Público Art. 59 (ADCP): “Os projetos de lei relativos à organização da seguridade social e aos planos de custeio e de benefício serão apresentados no prazo máximo de seis meses da promulgação da Constituição ao Congresso Nacional, que terá 6 meses para apreciá-los”. O parágrafo único complementa: “Aprovados pelo Congresso Nacional, os planos serão implantados progressivamente nos 18 meses seguintes”. 56 Orçamento da Seguridade Social Artigo 195 – Institui as fontes de financiamento VINCULADAS para o financiamento da Seguridade Social • Contribuição sobre a Folha + Cofins + CSLL+ Pis-Pasep+Loterias Art. 165, §5º: O “Orçamento da Seguridade Social” abrange todas as entidades e órgãos vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público Art. 195, §2º): “A proposta de Orçamento da Seguridade Social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, pela previdência social e pela assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus respectivos recursos” Título VI (“Da tributação e do Orçamento”) - institui como “leis de iniciativa do Poder Executivo”, o “Plano Plurianual”, as “Diretrizes Orçamentárias” e a “Lei Orçamentária Anual”. A “Lei Orçamentária Anual” compreendia o “Orçamento Fiscal”, o “Orçamento de Investimentos das Empresas Estatais” e o “Orçamento da Seguridade Social”. 57 Orçamento da Seguridade Social 58 Seguridade Social Direito Contributivo (Folha de Salários) INSS Urbano Direitos Não Contributivos (Impostos) INSS Rural LOAS BCP Saúde Seguro-Desemprego 59 60 FLUXO DE CAIXA Receitas JAN/2008 FEV MAR ABR 2.068.139 5.479.663 5.123.106 6.107.445 23.593.754 16.697.144 18.931.362 18.892.824 13.312.529 13.141.670 13.363.922 13.914.187 12.238.404 12.304.307 12.428.274 12.864.666 34.436 22.079 83.514 70.396 916.597 703.582 702.974 762.633 20.884 27.024 24.325 25.134 -42.688 -24.800 -25.131 -26.165 2.2 Rendimentos Financeiros 11.668 -1.413 7.021 -9.931 2.3 Outros 31.942 30.661 17.213 24.471 2.4 Antecipação da Receita (Tesouro Nacional) 5.917.204 -121.795 2.836.359 2.801.579 2.5 Transferências da União 4.320.410 3.648.021 2.706.847 2.162.518 131 83 83 31 - Concursos e Prognósticos 10.079 – 2.365 6.032 - Contribuição Social sobre o Lucro 45.015 28.992 75.302 75.567 380.396 2.223.519 865.783 441.222 2.437.789 129.326 197.732 183.951 - COFINS - EPU 72.000 57.000 105.000 93.000 - COFINS/LOAS 1.375.000 1.209.001 1.460.500 1.362.000 1. SALDO INICIAL 2. RECEBIMENTOS 2.1 Próprios - Arrecadação Bancária - Arrecadação SIMPLES (1) - Arrecadação SIMPLES NACIONAL (1) - Arrecadação REFIS (1) - Taxa de Administração Sobre Outras Entidades (2) - Recursos Ordinários - COFINS e Contribuição do Plano de Seguridade Social Servidor - Recursos Ordinários / COFINS - TRF 61 62 63 64 Necessidade de Financiamento do RGPS URBANA em % do PIB 0,70 0,63 0,60 0,57 0,50 0,47 0,40 0,30 0,20 0,08 0,10 0,04 0,00 2005 65 2006 2007 2008 2009 (Projeção) Financiamento da Previdência Social e Controle Social Exigir que o Governo aplique integralmente os recursos do OSS na SS Exigir que o MPAS altere a forma de apresentação do “FLUXO DE CAIXA MENSAL do INSS” de acordo com a Constituição Federal 66