Infância e Juventude do Messias
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Localização
em Israel
Jerusalém
Belem
População de aproximadamente 5.000 habitantes.
Pouso obrigatório das caravanas que vinham de Damasco ou
de Jerusalém.
Região desprezada pelos Judeus por ser habitada por
homens rústicos, poucos fiéis as leis e aos ritos judaicos.
“Pode vir alguma coisa boa de Nazareth?”.
Na Galileia predominavam os homens da terra, os impuros,
mas era ela a região mais bela da Palestina.
Na cidadezinha todos se dedicavam ao trabalho, sol a sol,
pois eram pobres, quase que sem exceção. Aliás, todo
israelita que se presava aprendia um ofício. Havia um refrão
dizendo: “Aquele que não ensina um ofício a seu filho,
prepara-o para salteador de estrada”.
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Pergunta: - Quais outros detalhes que ainda nos podeis oferecer sobre
a vida do menino Jesus, pois tem sido tão contraditória a narrativa de
sua infância?
Ramatís: - A fim de poderdes avaliar o verdadeiro temperamento, as
virtudes e os contrates do menino Jesus com os demais garotos de sua
época, dar-vos-emos um quadro de algumas minúcias de sua vida, e
que servirá para o mais claro entendimento de vossa pergunta. Em
resumo; era um menino que jamais guardava ressentimento de alguém,
mostrando-se absolutamente imune às ofensas e aos insultos alheios.
Imparcial e sincero em suas amizades, ele não diferenciava nenhum
companheiro, por mais deserdado ou subversivo; não traia, não
intrigava, não zombava nem humilhava. Ninguém o viu usar qualquer
meio para ferir um pássaro, destruir um réptil, inseto ou batráquio.
Curvava-se para o solo e colhia o verme repelente na folha do vegetal,
pondo-o fora do alcance das pisaduras humanas. Sob o espanto dos
próprios adultos, ele deliciava-se com a carreira de formigas
supercarregadas de partículas de alimentos ou folhas tenras; com os
retalhos de madeira da carpintaria de José, construía túneis para livrálas de serem esmagadas pelas criaturas que ali cruzassem os
caminhos...
Certas vezes, Maria e José mortificavam-se dolorosamente, ao
encontra Jesus conversando animadamente com as aves e os animais,
que, em verdade, pareciam entendê-lo. Advertia, censurava e
aconselhava patos, cães, marrecos, galinhas, cordeiros e cabritos,
apontando-lhes as imprudências e os perigos do mundo... Curtiu noites
de insônia, depois que viu, estarrecido, os bois tombarem um atrás do
outro pela goela vomitando sangue e feridos mortalmente pela lança
dos magarefes. Mesmo depois de adulto, ele custava a se dominar
diante dos quadros lúgubres do Templo de Jerusalém, onde os
sacerdotes oficiavam a Jeová respingados pelo sangue dos animais e
das aves inocentes.
Em conseqüência, Jesus não era um menino mórbido, excêntrico ou
propriamente rebelde; porém, manifestava uma linha de conduta
Angélica prematura entre os demais seres, e por isso semeava
constrangimentos nos hipócritas, atemorizava os cruéis, que o
censuravam, zombando das suas comiserações pelos insetos, vermes
ou répteis.
Pergunta: - De acordo com as vossas próprias mensagens, em que o
espírito sublime só atrai bons fluídos, como se explica a necessidade
de tantos cuidados e proteções ao menino Jesus, quando ele era um
anjo exilado na Terra?
Ramatís: - ...O Menino Jesus era um ser angélico, uma flor radiosa dos
céus a vicejar na água poluída do mundo humano, sofrendo a opressão
da carne que lhe servia de instrumento imprescindível para cumprir sua
missão heróica, em favor do próprio homem que o hostilizava. As trevas
vigiavam-no incessantemente para desfechar o ataque perigoso à sua
delicadíssima rede neurocerebral, a fim de lesá-lo no contato sadio com
a matéria, e isto só era impedido graças aos seus fiéis amigos
desencarnados. Jamais alguém, no Espaço ou na Terra, poderia
ofender ou lesar a contextura espiritual de Jesus, tal a sua integridade
sideral, mas não seria impossível atingir o seu equipo carnal.
In “O Sublime Peregrino” Ramatís – Hercílio Maes – Cap. 12
- Jesus! Qual é o motivo de tua aflição e desse sofrer constante?
- Tu não podes compreender a minha aflição, porque eu vivo a vontade
de meu Pai que está nos céus e só Ele sabe o motivo de minhas
preocupações! Mas ainda não descobri para onde o Pai me guia os
passos! Sofro muito pela espera!
- Mas, que alimentas em tua alma, que te faz tão diferente dos demais
jovens?
- Nenhuma flor, nem o ouro, nem o calor da paixão humana aceleram o
meu coração ou encantam minha alma! Vivo somente o anseio de
clarear o caminho dessa pobre humanidade, que está mergulhada num
charco de misérias que são a sua própria infelicidade.
- Mas que pode fazer um homem como tu, para transformar os
sentimentos dos outros homens, e modificar os costumes da
humanidade?
- Que importância é viver, se, para contentar os desejos insaciáveis do
meu corpo, preciso esmagar os anseios da minha alma? Que sentido
tem a vida, quando consumida entre os prazeres medíocres e
transitórios da carne na implacável caminhada para o túmulo?
- Meu filho! Essa é a razão da vida humana e deve ser da vontade do
próprio Jeová que ela assim seja!
- Pai! O boi, o carneiro, o cabrito e o camelo? Apenas dormem,
digerem, procriam, atendendo às suas necessidades físicas! O seu
mundo é produto dos instintos que os impelem para a satisfação da sua
via animal. Tu pensas; eu penso. Existimos além de nossos sentidos
físicos. Muito além dos fenômenos transitórios do corpo. Em nossos
próprios ombros, Jeová colocou o arbítrio de optarmos pelos ideais
superiores da alma ou nos escravizarmos aos tesouros, aos bens que
as traças comem, a ferrugem rói e os ladrões roubam. Entendes, pai?
- Temo por ti meu filho!
-Jamais alguém se perde no seio de meu Pai, que está nos céus! Quem
der sua vida pelo amor de Jeová, ganha-la-á para toda a eternidade! Eu
não me pertenço; mas é a vontade de meu Pai que age em mim e me
guia! Quem me deu a vida tira-la-á assim que lhe aprouver. Que
cumpra em mim a vontade de meu Pai!
In “O Sublime Peregrino” Ramatís – Hercílio Maes – Cap. 20
Jerusalém
Jerusalém era a capital nacional, famosa em todo o mundo antigo,
centro da vida religiosa, sede do governo nacional, situada sobre
um altiplano de quase mil metros de altitude, defendida por cinco
quilômetros de muralhas e profundos vales e montes, num dos
quais estava localizado o Grande Templo.
Possuía três bairros: a Cidade Alta (ricos), a Cidade Baixa (pobres)
e o Bairro do Templo.
Normalmente, era de 65 a 70 mil habitantes a população da cidade,
número este permanentemente multiplicado pelo movimento
intenso de forasteiros e peregrino.
A Rota de Nazareth a Jerusalém tinha 140 quilômetros e era
percorrida em 3 dias.
A Páscoa em Jerusalém
As caravanas contavam uma multidão, à sua frente iam os varões
cantando e tocando seus instrumentos, a seguir vinham as
mulheres e os velhos, com seus bordões, e finalmente as crianças
iam de um lado para o outro, livremente. 20
O Templo
Pátio dos Gentios = 140.000 pessoas, nenhum estrangeiro
podia ultrapassar este pátio sob pena de morte.
Pátio dos Israelitas = 50.000 pessoas, cerimônias de rituais e
holocaustos maiores.
Pátio das Mulheres = 14.000 pessoas.
Pátio dos Homens = 10.000 pessoas.
Pátio dos Levitas = 80 metros de largura, Altar dos Sacrifícios
onde ardia dia e noite um braseiro sagrado onde consumia a
carne das vítimas do sacrifício.
Santuário = 45 metros de largura divido em três partes: dos
Levitas, o Santo (onde ficava o Altar dos Perfumes) e o
Santo-Santorum (Completamente escuro onde somente
entrava o sumo sacerdote uma vez por ano)
Fortaleza Antonia = Torre com 36
metros de altura de onde as guardas
romanas vigiavam o que se passava
no templo.
Todas as portas e partes internas do
Templo eram vigiadas pela Guarda
do Templo (Esbirros do Sinédrio).
Jesus no Templo
Pela Páscoa do ano 12, tendo atingido idade legal,
que lhe permitia certa independência, Jesus, pela
primeira vez, acompanhou sua família na
peregrinação de costume, no mês do Nizan. (Março.
Eis os meses do calendário hebreu, na mesma
ordem do nosso: Shebat - Adar - Nizan -Zif- Sivan Tammuz - Ab - Elul - Tishri - Bul - Kislev - Tebeth).
Nessa época, de todos os pontos da Palestina e de
países vizinhos, anuíam à Capital judaica caravanas
inumeráveis de peregrinos que se reuniam segundo
as procedências, interesses, amizades, laços de
família, etc. Ao passar uma caravana por
determinado lugar, iam-se-lhe agregando todos
aqueles que o desejassem, após o devido
entendimento com o guia que a comandava
A caminho de Nazaré a Jerusalém, após a
cidade de Siquém, tornava-se perigosa por
causa dos bandos de malfeitores romanos,
herodianos e mesmo judeus, que infestavam
os ermos. Além disso, Siquém ficava na
Samaria, região detestada e proibida. Por isso
todos viajavam em bandos ou caravanas que
possuíam guardas armados para defender os
viajantes e preteriam esta rota mais extensa,
porém mais segura, com 140 quilômetros,
passando sucessivamente por Scytopolis,
Sebaste, Antipatris e Nicopolis.
Por esta rota, ao terceiro dia, os peregrinos
atingiam a Capital, passando, ao chegar, pela
via das rochas vermelhas que chamavam de
Caminho de Sangue. Por fim subiam ao Monte
das Oliveiras, do cimo do qual avistavam as
cúpulas douradas do Grande Templo.
Agitavam então palmas, arrancadas do
arvoredo rasteiro e entoavam o "Cântico dos
Degraus", de Davi: "Hallel! Hallel! Haleluia!
Nossos passos se detêm às tuas portas, oh!
Jerusalém!". Esse canto bem representava a
alegria intensa da chegada.
Em Jerusalém, os pais de Jesus se
hospedavam em casa de Lia, parenta de
Maria, onde também se juntavam outros
parentes e conhecidos, tomando conta dos
cômodos interiores e dos pátios.
Foi nestas condições, diz o Evangelho, "que
ao regressar a caravana, no primeiro pouso
(Beeroth, a 15 quilômetros da cidade), deram
pela falta do menino e voltaram à cidade para
procurá-lo; e que o encontraram, ao fim de
três dias, em um dos pátios do Templo,
discutindo com os doutores".
Naquele dia Jesus se aproximara de uma reunião
onde os Rabinos debatiam os problemas
apaixonantes relacionados com a vinda do Messias
nacional.
Doze anos já se haviam passado desde quando se
dera a conjunção planetária indicial e ainda nada
sucedera e nada se sabia a respeito de seu
nascimento tão aguardado.
As Escrituras não diziam que Elias, o profeta deveria
vir primeiro para preparar-lhe o caminho?
Israel não estava há tanto sofrendo a desgraça da
escravidão?
“Deus, o supremo criador, lhes havia dado como
primeira lei o amor por Ele sobre todas as coisas
e que agora, pelo Messias, dar-lhes-ia a mesma
lei, porém levada à suprema altura do amor por
todas as criaturas e por todas as coisas. Que a
lei do Pai criador e supremo doador da vida,
jamais se exerce pela cólera, mas pela justiça,
que vigora invariavelmente em todos os mundos
do imenso universo. Pelo amor estareis em mim,
diz o Pai e estarei em vós, pois que sois uma
emanação do meu supremo ser. O Messias que
esperais já está entre vós e será meu verbo, para
que vos ameis uns aos outros e possais vos
integrar na unidade divina que é Luz, Energia e
Amor eterno”.
Bibliografia:
O Redentor - Cap. 7 a 10 - Edgard Armond - Ed. Aliança
Boa Nova - Cap. 2 - Humberto de Campos / Chico Xavier - FEB
O Sublime Peregrino - Cap. 11, 12 e 20 - Ramatis / Hercílio Maes - Ed.
Freitas Bastos
Maria - Parte II cap. 6 a 16, parte III cap. 1 a 3 - Scholem Asch - Ed.
Nacional
Médico de Homens e Almas - Taylor Caldwell - FEB
Filosofia Cósmica do Evangelho - Huberto Rohden - Ed. Alvorada
Jesus Nazareno - Parte I pág. 54 a 58 - Huberto Rohden - Ed. Alvorada
Evangelização Infantil - Cap. 4 - Mariluz Valadão Vieira - Ed. Aliança
Palavras do Coração - Meimei / Chico Xavier - CEU
Um Dia em Jerusalém - Pág. 13 - Emídio S. F. Brasileiro
E a Bíblia Tinha Razão - Werner Keller - Círculo do Livro
A Gênese - Cap. 17 – Allan Kardec - FEB
A Vida Cotidiana na Palestina no tempo de Jesus - Daniel Pops - Ed. Liv.
Bras.-Lisboa
Ave Luz - Miramez / João Nunes Maia - Ed. Fonte Viva
Maria de Nazaré – Cap. 9 a 20 – Roque Jacinto – Ed. Luz no Lar
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