CONTRIBUIÇÕES PARA UMA PEDAGOGIA DA EDUCAÇÃO ON-LINE
José Manuel Moran
Resumo
A educação on-line pode ser definida como o conjunto de ações de ensino-aprendizagem que são
desenvolvidas através de meios telemáticos, como a Internet, a videoconferência e a
teleconferência. A educação on-line nos traz questões pedagógicas específicas com desafios novos
para a educação a distância e para a presencial. Existe hoje no Brasil uma grande variedade de
cursos on-line: cursos para poucos e para muitos alunos, cursos com pouca interação e com muita
interação, cursos centrados no professor e cursos centrados nos alunos; cursos que utilizam uma
tecnologia (Internet, videoconferência, teleconferência) e outros que integram várias tecnologias.
Para cursos com grandes grupos, o processo de organização do ensino-aprendizagem on-line é
muito mais complexo do que o que realizamos no presencial, exigindo uma logística nova, que
está sendo testada com mídias telemáticas pela primeira vez. Os papéis do professor se
multiplicam, diferenciam e complementam, exigindo uma grande capacidade de adaptação, de
criatividade diante de novas situações, propostas, atividades.
Palavras-chave: Novas tecnologias, Pedagogia, Educação a distância.
Introdução
Educação on-line pode ser definida como o conjunto de ações de ensinoaprendizagem que são desenvolvidas através de meios telemáticos, como a Internet, a
videoconferência e a teleconferência. A educação on-line acontece cada vez mais em
situações bem amplas e diferentes, da educação infantil até a pós-graduação, dos cursos
regulares aos cursos corporativos. Abrange desde cursos totalmente virtuais, sem contato
físico - passando por cursos semi-presenciais - até cursos presenciais com atividades
complementares fora da sala de aula, pela Internet. A educação on-line não equivale à
educação a distância. Um curso por correspondência é a distância e não é on-line. Por
outro lado, não podemos confundir a educação on-line só com cursos pela Internet e
somente pela Internet no modo texto.
A educação on-line está em seus primórdios e sua interferência se fará notar cada
vez mais em todas as dimensões e níveis de ensino. Com o avanço da telemática, a rapidez
de comunicação por redes, a facilidade próxima de ver-nos e interagir a distância, a
educação on-line ocupará um espaço central na pedagogia nos próximos anos.
A educação on-line nos traz atualmente questões específicas com desafios novos.
Ela é utilizada em situações onde o presencial não dá conta, ou levaria muito tempo para
atingir um número grande de alunos em pouco tempo, como, por exemplo, quando
precisamos capacitar milhares de professores em serviço, que não possuem nível superior.
É difícil organizar cursos presenciais simultaneamente para 7 mil professores. O uso de
videoconferência, Internet e sala de aula permitiu que a USP, PUCSP e UNESP realizassem
essa tarefa recentemente, a distância, em todo o Estado de São Paulo1 [1] . E essas situações
nos obrigam a pensar em processos pedagógicos que compatibilizem a preparação de
1[1]
Curso de Pedagogia nas séries iniciais para professores em serviço da rede pública do Estado de São Paulo,
que teve a duração de dois anos: 2001-2002
materiais e atividades adequados, a integração de vários tipos de profissionais envolvidos
(professores autores, professores orientadores, professores assistentes e tutores), a
combinação de tempos homogêneos e flexíveis, da comunicação em tempo real e em
momentos diferentes2 [2] , as avaliações presenciais e a distância. É um processo muito mais
complexo do que o que realizamos no presencial, porque exige uma logística nova, que
está sendo testada com mídias telemáticas pela primeira vez. É muito tênue a linha que
separa os cursos de massa com qualidade e os cursos de massa de baixo nível.
Alguns cursos por teleconferência3 [3] estão procurando criar formas de interação
on-line cada vez mais avançadas e combiná-las com outros espaços e tempos
complementares, num local próximo dos alunos4 [4] . A combinação do broadcast5 [5] com
algumas ferramentas da comunicação on-line e off-line6 [6] , principalmente via Internet, é
um dos caminhos mais promissores para o avanço da educação a distância e permite, ao
menos em teoria, valorizar o melhor da transmissão para muitos grupos e novas formas de
interação.
A educação on-line também está começando a trazer contribuições significativas
para a educação presencial. Algumas universidades integram aulas presenciais com aulas
e atividades virtuais, flexibilizando tempos e espaços, ampliando os espaços de ensinoaprendizagem até agora praticamente confinados à sala de aula. O currículo pode ser
flexibilizado, segundo a portaria 2253 do MEC, em 20% da carga total. Algumas disciplinas
estão sendo oferecidas total ou parcialmente a distância. O vinte por cento é uma etapa
inicial de criação da cultura on-line. Mais tarde, cada universidade irá definir qual é o ponto
de equilíbrio entre o presencial e o virtual em cada área do conhecimento.
Existe hoje no Brasil uma grande variedade de cursos on-line: cursos para poucos e
para muitos alunos, cursos com pouca interação e com muita interação, cursos centrados
no professor e cursos centrados nos alunos; cursos unitecnológicos e outros com múltiplas
tecnologias. Muitos desses cursos simplificam o processo pedagógico, se preocupam pouco
com a construção do conhecimento, são massificadores, só visam o lucro fácil.
Com a educação on-line, com o avanço da velocidade de conexão pela Internet,
pela TV digital e pelo celular de terceira geração, teremos tanto a massificação semelhante
à de boa parte dos cursos superiores presenciais como novas formas interessantes de
aprender continuamente, presencial e virtualmente; teremos materiais prontos focados
2[2]
Denomino a comunicação em tempo real de on-line e a de tempos diferentes de off-line.
3[3]
A teleconferência é uma comunicação audiovisual, normalmente por satélite, que tem um centro produtor
de imagem e som e muitos possíveis centros de recepção (telesalas) que permitem algum retorno (e-mail, fax,
telefone ou áudio). A videoconferência tem mais de um centro produtor. Podem ser vistos os alunos de uma
ou várias salas. A videoconferência entre duas salas chama-se ponto a ponto. A videoconferência com várias
salas se denomina multiponto.
4[4]
Existem cursos hoje que atingem centenas de alunos simultaneamente em muitas telesalas e onde os
alunos podem fazer perguntas ou participar de uma avaliação instantânea de compreensão de conceitos ou de
uma parte da exposição de um professor.
5[5]
Broadcast é uma transmissão via televisão fundamentalmente. Com a televisão digital cobra uma
importância muito maior para a educação, porque combina a qualidade da imagem e som (da TV ou DVD) com
a interação e navegação que fazemos na Internet.
6[6]
Veja os conceitos de on-line e off-line na nota 2.
no professor e outros em contínua construção, com intensa participação dos alunos. É
ainda prematuro definir padrões pedagógicos na educação a distância, porque estamos em
fase de experimentação de vários modelos, formatos, que também afetam ao ensino
presencial.
Os múltiplos papéis do educador on-line
Com a educação on-line os papéis do professor se multiplicam, diferenciam e
complementam, exigindo uma grande capacidade de adaptação, de criatividade diante de
novas situações, propostas, atividades. Em uma parte dos cursos on-line continuamos com
as aulas presenciais regulares, acrescentando algumas atividades complementares a
distância. Em outros, as aulas são presenciais, mas há uma incidência maior de atividades
virtuais, que podem liberar os alunos de alguns encontros presenciais previstos
anteriormente. Em outros cursos só temos um ou dois encontros presenciais e a maior
parte das aulas e atividades é feita a distância. Finalmente, organizamos cursos em que o
professor não mantém contato físico com os alunos e todas as atividades são realizadas
basicamente pela Internet.
O professor alterna cursos on-line com um número de alunos semelhante ao das
aulas convencionais com outros com trezentos, quinhentos ou vários milhares de alunos,
onde ele gerencia uma equipe de professores assistentes e monitores, que por sua vez
atendem a turmas menores de alunos. Em determinados cursos o professor é somente um
autor, não participa diretamente do andamentos dos cursos. Mesmo como autor, o
conteúdo é tratado e editado por uma equipe para dar o tratamento específico para as
mídias e o perfil do público. O professor participa de formas diferentes e exerce papéis
diferentes em diferentes situações que se lhe apresentam na educação on-line.
O professor on-line precisa aprender a trabalhar com tecnologias sofisticadas e
tecnologias simples; com Internet de banda larga e com conexão lenta; com
videoconferência multiponto e teleconferência; com softwares de gerenciamento de
cursos comerciais e com softwares livres. Ele não pode acomodar-se, porque a todo
momento surgem soluções novas e que podem facilitar o trabalho pedagógico com os
alunos. Soluções que não podem ser aplicadas da mesma forma para cursos diferentes.
O professor on-line cada vez será mais solicitado por outras instituições
acadêmicas e corporativas para participar em um módulo ou parte de um curso, muitas
vezes distante do local físico onde se encontra. Em determinados cursos poderá criar
comunidades de aprendizagem, com grande interação e enfatizando a construção grupal
do conhecimento. Em outros cursos lhe será pedido que interaja o mínimo por uma
questão de diminuir custos, de padrão da instituição ou da coordenação. Em alguns cursos
poderá pensar em vídeos, apresentações complexas e câmeras para visualizar e interagir
com os alunos, como videochats, enquanto em outros receberá a orientação de não
utilizar o chat por ser dispersivo ou de focar mais o texto impresso e utilizar a Internet
como mídia complementar, pela dificuldade de acesso de uma parte significativa dos seus
alunos. Ele precisa ter flexibilidade para adaptar-se a situações muito diferenciadas e ter
sensibilidade para escolher as melhores soluções possíveis para cada momento.
O professor on-line está começando a aprender a trabalhar em situações muito
diferentes: com poucos e muitos alunos, com mais ou menos encontros presenciais, com
um processo personalizado (professor autor-gestor) ou mais despersonalizado (separação
entre o autor e o gestor de aprendizagem). Quanto mais situações diferentes experimente,
melhor estará preparado para vivenciar diferentes papéis, metodologias, projetos
pedagógicos, muitos ainda em fase de experimentação.
Novas questões na educação on-line
Hoje temos questões pedagógicas novas que o avanço das tecnologias de
comunicação nos colocam na educação on-line e sobre as quais ainda precisamos de
avaliação mais cuidadosa.
É difícil definir uma metodologia adequada para cada tipo de curso on-line. É
relativamente fácil aprender a gerenciar cursos on-line que reproduzem as condições da
sala de aula convencional, os que têm um professor para uma média de 40 alunos e que
começam e terminam em datas específicas. Neles transferimos para o virtual as
concepções pedagógicas das aulas presenciais. Os professores centralizadores, que se
colocam como os que conhecem, organizam o curso a partir de textos e atividades que
reforcem o papel principal do professor; outros docentes que possuem uma visão mais
participativa do processo educacional estimulam a criação de comunidades, a pesquisa em
pequenos grupos, a produção individual e coletiva. Temos programas gratuitos como o
AulaNet ou o Teleduc que facilitam a colocação de textos, a organização de atividades no
ambiente virtual para professores e alunos sem muito conhecimento tecnológico prévio.
Como a educação a distância permite formar múltiplas turmas simultaneamente, o
gerenciamento dessas situações novas exige planejamento, equipe pedagógica
competente e multidisciplinar e a aprendizagem de metodologias e utilização de
tecnologias ainda pouco conhecidos. Em educação on-line temos cursos que são, como no
presencial, de aprendizagem de habilidades específicas, cursos de atualização profissional.
Esses cursos podem ter uma proposta pedagógica mais “empacotada”, mais programada e
podem admitir alunos a qualquer momento, sem data definida para começar e terminar.
Existem outros cursos que são de formação, normalmente de longa duração, como
os de graduação. Neles, a organização pedagógica tem que ser muito mais cuidadosa. É
importante criar classes que mantenham identidade ao longo do curso, que tenham seu
professor responsável ao longo dos anos, e que equilibrem a transmissão de informação
com atividades de pesquisa em grupo e individualmente, construindo o conhecimento de
forma flexível e participativa.
Com o avanço da comunicação por satélite podemos abrir tele-salas em todo o
Brasil ou em toda a América Latina simultaneamente. Uma mesma aula poderia estar
sendo vista por milhares de alunos em centenas de tele-salas, ao vivo, e com alguma
interação: perguntas por e-mail, por áudio-conferência ou por câmera remota podem ser
feitas e o professor responder as que lhe pareçam mais relevantes. O professor pode fazer
uma avaliação instantânea da compreensão da aprendizagem e ter um retorno imediato
da porcentagem de alunos com dúvidas em determinados pontos da aula e pode rever
esses pontos ao vivo para milhares de alunos.
Se tecnologicamente podemos colocar milhares de alunos simultaneamente, do
ponto de vista pedagógico qual é o limite razoável para que o aluno aprenda?. Esta é
uma situação que enfrentaremos cada vez com mais freqüência. Vários cursos de nível
superior têm experiência em utilizar quatro salas de aula simultaneamente com até
cinqüenta alunos em cada sala, com videoconferência multiponto ou salas de
teleconferência com alguma interação em tempo real. Isso dá uma média de 180 a 200
alunos conectados simultaneamente. Pelas observações que tenho feito, me parece
possível realizar um bom trabalho com esse número de pessoas, se houver um bom
planejamento das aulas, das atividades e uma boa comunicação do professor. Também é
importante ter um monitor em cada sala para organizar os grupos locais, para preparar os
alunos para alguma pesquisa inicial antes de uma aula expositiva, para organizar as
questões e encaminhá-las para o professor na aula ao vivo e para complementar a
interação posteriormente. É possível ampliar esse número de alunos em determinadas
situações: por exemplo para aulas magnas com grandes especialistas e que depois poderão
ser debatidas, adaptadas para grupos menores por professores assistentes e monitores.
Algumas instituições pensam a aula on-line por teleconferência como o único
momento importante do processo de ensino-aprendizagem, replicando o conceito de aula
que existe no presencial. Penso que uma das formas predominantes nestes próximos anos
será a combinação de aulas por vídeo, teleconferência ou pela Internet com atividades em
pequenos grupos e individuais feitas antes e depois das aulas, parte on-line e parte off-line.
Estamos caminhando para um conjunto de situações de educação on-line
plenamente audiovisuais. Caminhamos para processos de comunicação audiovisual, com
possibilidade de forte interação, integrando o que de melhor conhecemos da televisão
(qualidade da imagem, som, contar estórias, mostrar ao vivo) com o melhor da Internet
(acesso a bancos de dados, pesquisa individual e grupal, desenvolvimento de projetos em
conjunto, a distância, apresentação de resultados). Tudo isto exige uma pedagogia muito
mais flexível, integradora e experimental diante de tantas situações novas que começamos
a enfrentar. Não podemos confundir a educação on-line só com cursos pela Internet e
somente pela Internet no modo texto.
Estamos aprendendo a desenvolver propostas pedagógicas diferentes para
situações de aprendizagem diferentes. As instituições sérias, mesmo quando têm muitos
alunos, encontrarão formas de organizá-los para que consigam aprender com qualidade.
As instituições que só buscam o lucro, organizarão cursos prontos, com pouca interação e
apoio, massificando o processo de ensino-aprendizagem, como acontece também no
presencial.
Dificuldades na educação on-line
Existem dificuldades sérias na aceitação da educação on-line. A primeira é o
peso da sala de aula. Desde sempre aprender está associado a ir a uma sala de aula e lá
concentramos os esforços dos últimos séculos para o gerenciamento da relação entre
ensinar e aprender. O modelo cultural e burocrático predominante nas organizações
educacionais exerce também um peso avassalador na inércia frente a necessidade de
inovar. Tudo é planejado ou decidido de cima para baixo. Os prédios, os currículos, a
contratação de professores são feitos em função do atrelamento (muitas vezes,
confinamento) a salas de aula.
Os professores aprenderam como alunos a relacionar-se com o modelo
convencional de ensinar-aprender dentro de um espaço bem específico que é a escola e
dentro dela a sala de aula. O papel principal que os professores assumem ainda é o de
responsáveis por uma determinada área do conhecimento e insistem em utilizar
predominantemente métodos expositivos com alguma (pouca) interação. Os alunos, por
sua vez, estão acostumados a ficar ouvindo, em geral, passivos, o que os professores falam
e esperam da universidade ou escola que lhes tragam em bandeja as informações prontas.
Nas faculdades particulares é freqüente ouvir: “Eu pago, eu quero que me ensinem” e
reclamam quando o professor exige mais pesquisa e trabalho em grupo.
Ambos, professores e alunos, constatam a inadequação desse modelo. Muitos
intelectualmente sabem que precisam mudar. É freqüente o discurso da participação, da
mudança, mas, na prática, no dia a dia, muitos ainda permanecem aferrados aos modelos
tradicionais, até porque não existem muitas experiências inovadoras perto de onde eles
lecionam. Por todos esses fatores, é difícil manter a motivação de forma permanente.
É difícil manter a motivação no presencial e muito mais no virtual, se não
envolvermos os alunos em processos participativos, afetivos, que inspirem confiança. Os
cursos que se limitam à transmissão de informação, de conteúdo, mesmo que esteja
brilhantemente produzido, correm o risco da desmotivação a longo prazo e,
principalmente, de que a aprendizagem seja só teórica, insuficiente para dar conta da
relação teoria/prática. Em sala de aula, se estivermos atentos, podemos mais facilmente
obter feedback dos problemas que acontecem e procurar dialogar ou encontrar novas
estratégias pedagógicas. No virtual, o aluno está mais distante, normalmente só acessível
por e-mail, que é frio, não imediato ou por um telefonema eventual, que é mais direto,
mas num curso a distância encarece o custo final.
Com os processos convencionais de ensino e com a atual dispersão da atenção da
vida urbana, fica muito difícil a autonomia, a organização pessoal, indispensável para os
processos de aprendizagem a distância. O aluno desorganizado vai deixando passar o
tempo adequado para cada atividade, discussão, produção e pode sentir dificuldade em
acompanhar o ritmo de um curso. Isso atrapalha sua motivação, sua própria aprendizagem
e a do grupo, o que cria tensão ou indiferença. Esses alunos pouco a pouco vão deixando
de participar, de produzir e muitos têm dificuldade, a distância, em retomar a motivação, o
entusiasmo pelo curso. No presencial, uma conversa dos colegas mais próximos, do
professor, pode ajudar a voltar a participar do curso. Á distância é possível, mas não fácil.
A maior parte dos cursos presenciais e on-line continua focada no conteúdo,
focada na informação, no professor, no aluno individualmente e na interação com o
professor/tutor. Os cursos hoje – principalmente os de formação – convêm que sejam
focados na construção do conhecimento e na interação; no equilíbrio entre o individual e o
grupal, entre conteúdo e interação (aprendizagem cooperativa), um conteúdo em parte
preparado e em parte construído ao longo do curso.
Gestão de diferentes cursos
Existe hoje no Brasil uma grande variedade de cursos on-line: cursos com professor e sem
professor; cursos para poucos e para muitos alunos, cursos com pouca interação e com
muita interação, cursos centrados no professor e cursos centrados nos alunos; cursos
unitecnológicos e outros com múltiplas tecnologias, cursos em parte presenciais e cursos
totalmente a distância, cursos de formação e cursos de atualização. Para cada curso
podemos formular estratégias de ensino-aprendizagem específicas.
Temos cursos totalmente presenciais que utilizam algumas ferramentas de pesquisa e/ou
comunicação on-line para algumas atividades complementares. O foco principal é a sala de
aula, mas o professor cria uma lista de comunicação por e-mail ou uma página WEB, ou
abre um fórum para debates virtuais. Cada vez mais as disciplinas de cursos presenciais
incorporam ferramentas e atividades virtuais. Se o curso presencial é participativo, o
virtual amplia essa participação. Se o curso presencial é centrado no professor, as
atividades virtuais podem diminuir um pouco esse foco, mas no essencial não o modificam.
Em cursos presenciais podemos ter disciplinas parcialmente a distância. Freqüentamos
algumas aulas presenciais e as intercalamos com atividades virtuais. A proporção de
presença e on-line pode variar de uma disciplina para outra. Em algumas podemos ter
vinte por cento on-line, em outras metade e metade, enquanto outras podem ter oitenta
por cento ou ser totalmente on-line.
Em cursos a distância ainda estamos influenciados pelos modelos tradicionais das grandes
universidades como a Open da Inglaterra ou a UNED, da Espanha, que na década de
oitenta e nova estavam muito centrados no conteúdo impresso, auto-instrucional, com
apoio local. Algumas instituições brasileiras copiam hoje esse modelo, focando o material
impresso ou digital. Criam cursos prontos, sem professor, com avaliação corrigida pelo
próprio programa.
Outras instituições focam as tecnologias que multiplicam o conceito de aula presencial
como a vídeo ou teleconferência. Vêem as aulas centradas no professor, com o poder de
atingir mais alunos simultaneamente. Nestes últimos anos, com o avanço da Internet,
começam a combinar aulas ao vivo por vídeo ou teleconferência com atividades off-line via
Internet. O avanço maior foi na educação a distância on-line, no desenvolvimento de
cursos pela Internet ou Intranet. Como a Internet combina a possibilidade de divulgar
conteúdo com interação on e off-line a um custo menor, muitas universidades e empresas
estão focando a educação a distância utilizando essa mídia preferencialmente.
Encontramos vários modelos de cursos pela Internet.
1) Cursos focados no conteúdo, conteúdo pronto e alguma interação via e-mail, listas ou
fórum, que não ultrapassa vinte por cento da duração. São os predominantes até agora,
porque são mais baratos e rentáveis. Desenvolveram-se mais até agora na área corporativa
(cursos de e-learning, de treinamento on-line).
2) Cursos que equilibram conteúdo e interação. Os professores preparam o conteúdo, que
fica disponibilizado na Internet e depois desenvolvem atividades de pesquisa e
comunicação com os alunos, o que toma aproximadamente metade do tempo do curso.
Uma parte do conteúdo está pronta e outra é construída ao longo do seu
desenvolvimento.
3) Cursos que focam mais a interação que o conteúdo, que se preocupam em formar
comunidades de aprendizagem que constroem em conjunto o conhecimento e contribuem
decisivamente para o sucesso do curso. No Brasil podemos citar, entre outros, como
pioneira da educação on-line construtivista a Professora Lea Fagundes, do Laboratório de
Estudos Cognitivos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul7 [7] e a equipe do
programa de Pós-graduação em Informática na Educação da mesma universidade. Outro
grupo importante na pesquisa e desenvolvimento de ambientes virtuais é o NIED – Núcleo
de Informática Educativa - da Unicamp, coordenado pelo Professor Armando Valente8 [8] .
Atualmente o Programa de Pós-Graduação em Educação e Currículo da PUC-SP está
desenvolvendo um bom trabalho de pesquisa e realização de cursos on-line,
principalmente na formação de professores9 [9] . Merece destaque também a reflexão e
7[7]
www.psico.ufrgs.br/cpg/cdoc/lcfagundes.html
8[8]
www.nied.unicamp.br/
8 [9]
www.ced.pucsp.br/
9 [10]
Os artigos e palestras principais do Prof. Wilson Azevedo estão em
www.aquifolium.com.br/educacional/artigos/
prática do Prof. Wilson Azevedo no gerenciamento de cursos on-line de forma
cooperativa10 [10] .
Entre os autores estrangeiros sobre educação on-line destaco Robin Mason,
professora do Institute of Educational Technology da Open University11 [11] e também Rena
PALLOFF e Keith PRATT pelo livro Construindo comunidades de aprendizagem no
ciberespaço – Estratégias eficientes para salas de aula on-line1 [12] . Este texto resume a
forma com que encaram a educação on-line:
“Uma comunidade de aprendizagem on-line é muito mais que apenas um
instrutor interagindo mais com alunos e alunos interagindo mais entre si. É, na
verdade, a criação de um espaço no qual alunos e docentes podem se conectar
como iguais em um processo de aprendizagem, onde podem se conectar como
seres humanos. Logo eles passam a se conhecer e a sentir que estão juntos em
alguma coisa. Eles estão trabalhando com um fim comum, juntos”.1 [13]
Uma proposta pedagógica para cursos semi-presenciais pela Internet
Do ponto de vista didático, podemos valorizar o melhor do presencial e o do
virtual. O que fazemos melhor ou mais rapidamente quando estamos juntos numa sala de
aula? É mais fácil conhecer-nos, criar laços, mapear os grupos, as pessoas. É mais fácil
organizar o processo de ensino-aprendizagem, a seqüência de leituras, atividades,
pesquisas individuais e de grupo, o cronograma, a metodologia. É mais fácil também que o
professor ajude os alunos a ter as referências iniciais de um tema, o estado da arte de um
assunto, os cenários de uma pesquisa.
Depois desses contatos pessoais, podemos ir ao virtual e aí aproveitar as
vantagens que nos propicia. A flexibilidade de tempo e lugar para acessar. Cada um acessa
o curso compatibilizando-o com as demais atividades pessoais e profissionais. Além dessa
liberdade de organização e de acesso, podemos no virtual desenvolver atividades de
pesquisa individual e em pequenos grupos. Cada grupo pode ter seu próprio espaço de
comunicação para eventuais trocas de resultados, antes de divulgá-los para toda a classe.
Podemos discutir alguns textos, fazer comentários num fórum ou em alguns momentos em
um chat ou sala de bate-papo. Podemos tirar dúvidas com algum professor ou assistente
sem ter que ir pessoalmente a um lugar. Podemos divulgar os resultados das pesquisas
individuais e grupais em algum espaço da página do curso e aprendermos juntos. E depois
podemos voltar a encontrar-nos fisicamente para aprofundar os resultados obtidos no
virtual, fazer as sínteses possíveis e encaminhar uma nova etapa de aprendizagem, sempre
envolvendo os alunos, com prática, leitura e reflexão.
Não podemos perder de vista, a integração dos dois espaços – presencial e o
virtual - e de fazer transições suaves entre ambos. Provavelmente necessitaremos de
10 [11]
http://iet.open.ac.uk/pp/r.d.mason/globalbook/syncasync.html
encontros mais freqüentes no começo de um curso e depois podemos espaçá-los à medida
que sintamos mais confiança, conhecimento das pessoas e dos procedimentos didáticos.
Diante desse perfil planejamos as atividades, as leituras, o formato do curso, as
ações inovadoras e a integração das tecnologias. Selecionamos as ferramentas que vamos
utilizar e as personalizamos. Colocamos a estrutura do curso, os temas principais, uma
biblioteca virtual com os links principais comentados. Preparamos os textos básicos que
vão sendo colocados conforme o andamento do curso. Consideramos importante planejar
o curso como um todo e, ao mesmo tempo, estar atentos às situações concretas que se
apresentam em cada grupo, para incorporar o que nos pareça mais válido, para valorizar as
qualidades dos alunos, para interagir efetivamente ao longo do seu andamento.
Procuramos ter uma sala de aula o mais rica possível de tecnologias: computador e
multimídia para apresentação e ponto de Internet para acesso on-line. Isso nos permite
uma grande flexibilidade na passagem de um momento de apresentação de idéias, para
outro de ilustração, de pesquisa, de contribuições dos alunos. Se um aluno conhece um
texto ou site interessante, vai lá e o mostra diretamente à classe. Esse clima cordial e
otimista contagia à maior parte dos alunos e os predispõe a colaborar mais, a dar o melhor
de si.
Como uma parte do curso vai acontecer no ambiente virtual, mostramos esse
ambiente ao vivo, onde estão os textos, o espaço de colaboração, o que facilita a
navegação dos alunos depois.
É importante também orientar o processo de pesquisa, tanto do ponto de vista
metodológico como tecnológico (como fazer pesquisa na Internet). Assim é mais simples
realizar pesquisas orientadas, no virtual.
As primeiras aulas também podem ser utilizadas para organizar os alunos em
equipes, em grupos de pesquisa, de projetos. Assim poderemos orientá-los melhor a
distância.
Quando propomos flexibilizar o tempo presencial e virtual damos mais importância
ao estarmos juntos. Nada supera a presença física. O virtual é um pálido reflexo das
possibilidades de contato e intercâmbio que o presencial propicia e que exploramos pouco.
O virtual é mais “cômodo”, facilita o acesso a distância, a comunicação em qualquer
momento sem sair do nosso espaço profissional ou familiar. Mas é uma interação muito
pobre comparada com a de estarmos juntos.
Como até agora a aprendizagem é feita basicamente de forma presencial, não lhe
damos valor. Em cursos semi-presenciais, se demoramos muito para retornar à sala de
aula, há uma expectativa maior pelo reencontro, um desejo de ver-nos, de estar juntos, de
colocar em comum nossas impressões. A flexibilização curricular re-valorizará a
importância de aproveitar os momentos de presença física.
Depois das primeiras aulas presenciais, podemos marcar uma primeira leitura
virtual de um texto e o início da primeira pesquisa. Os alunos lêem o texto, colocam suas
observações no fórum. Voltamos ao presencial, aprofundamos as questões que
apareceram no fórum e vamos dando mais tempo para o virtual, vamos espaçando mais os
encontros, de acordo com a maturidade da turma, com o tipo de assunto. Como
orientação pode-se fazer a primeira aula virtual curta e depois manter uma relação de duas
por uma: uma presencial e duas virtuais. No virtual pode-se manter uma parte do tempo
ocupado em compreensão de textos fundamentais. Os resumos vão para o fórum. As
questões principais são resumidas pelo professor e se marca um encontro virtual em
tempo real (chat) para aprofundar algumas das questões do fórum. Os alunos fazem suas
pesquisas sobre o mesmo tema, as colocam na página e as aprofundam no próximo
encontro presencial.
Algumas atividades no chat são para tirar algumas dúvidas, onde quem quiser
coloca alguma questão em relação ao texto projeto e o professor procura orientá-lo. Em
outros momentos, organizamos grupos para discutir um tema bem específico dentro de
cada sala de aula virtual, com a supervisão do professor.
Cada experiência virtual on-line tem o seu valor. Tirar dúvidas pode ser útil, se o
grupo for disciplinado e não muito numeroso. Os nomes dos alunos e do professor
aparecem em um canto da tela e todos sabem quem entra, sai ou permanece lá. Discutir
um texto ou questão em pequenos grupos em salas virtuais é interessante. Corresponde à
discussão feita em grupos numa sala de aula presencial. Através da lista de discussão ou
fórum o professor organiza os grupos com seus coordenadores e salas respectivas e
discutem o texto ou assunto indicado durante um tempo determinado. O professor navega
pelas várias salas, acompanha a discussão, participa quando percebe que é conveniente.
Essa conversa de cada grupo fica registrada para acesso posterior de qualquer aluno na
hora que ele quiser. É importante que cada grupo faça uma síntese do que foi discutido
para facilitar o próprio trabalho de aprendizagem e de quem acessar depois. Essa síntese
pode ser colocada também no fórum para dar-lhe mais visibilidade.
É conveniente ter um assistente para acompanhar no gerenciamento do chat. A
seqüência de perguntas e respostas é muito rápida. Ele se envolve mais com as respostas
imediatas e o professor fica observando mais o ritmo, o movimento e faz rápidas sínteses
ou colocações em menos momentos, mas significativos. Assim consegue-se perceber
melhor o que está acontecendo, quando há dispersões desnecessárias ou quando ressaltar
um aspecto que está sendo apresentado.
Como nem sempre é possível reunir os alunos em horários predeterminados, o
professor pode organizar também discussões gerais ou grupais no fórum. É um espaço
onde se podem criar tópicos de discussão e cada um escreve quando o considera
conveniente. Há fóruns gerais, para todos e podem também ser organizados em grupos,
para discutir assuntos específicos e facilitar a interação. Os fóruns de grupos podem ser
abertos a todos ou só para cada equipe, dependendo do grupo e da atividade. O
importante é que os grupos participem, se envolvam, discutam, saiam do isolamento, um
dos grandes problemas da educação a distância até agora.
As ferramentas de comunicação virtual até agora são predominantemente escritas,
caminhando para ser audiovisuais. Por enquanto escrevemos mensagens, respostas,
simulamos uma comunicação falada. Esses chats e fóruns permitem contatos a distância,
podem ser úteis, mas não podemos esperar que só assim aconteça uma grande revolução,
automaticamente. Depende muito do professor, do grupo, da sua maturidade, sua
motivação, do tempo disponível, da facilidade de acesso. Alguns alunos se comunicam bem
no virtual, outros não. Alguns são rápidos na escrita e no raciocínio, outros não. Alguns
tentam monopolizar as falas (como no presencial) outros ficam só como observadores. Por
isso é importante modificar os coordenadores, incentivar os mais passivos e organizar a
seqüência das discussões.
O ritmo do presencial-virtual depende de muitos fatores. Não se pode estabelecer
a priori um padrão rígido. Cada professor encontrará o seu ponto ideal de equilíbrio e
depende também do grau de maturidade e cooperação da classe. O importante é que
prever uma espécie de aula-sanfona, que vai do presencial para o virtual e volta para o
presencial de acordo com o ritmo do grupo.
Hoje a possibilidade que temos de troca no presencial é muito maior que no virtual
(embora não aproveitemos, em geral, o seu potencial). Com o avanço da banda larga, ao
ver-nos e ouvir-nos facilmente, recriaremos condições de presencialidade de forma mais
próxima e sentiremos mais o contato com os outros, que estão em diversos lugares.
Pela avaliação feita com os alunos, vale a pena utilizar ambientes virtuais como
ampliação do espaço e tempo da sala de aula tradicional, mas não são uma panacéia para
a aprendizagem nem substituem a necessidade de contatos presenciais periódicos.
Equilibrando o presencial e o virtual podemos obter grandes resultados a um custo menor
de deslocamento, perda de tempo, e de maior flexibilidade de gerenciamento da
aprendizagem.
Educar em ambientes virtuais exige mais dedicação do professor, mais apoio de
uma equipe técnico-pedagógica, mais tempo de preparação – ao menos nesta primeira
fase - e principalmente de acompanhamento, mas para os alunos há um ganho grande de
personalização da aprendizagem, de adaptação ao seu ritmo de vida, principalmente na
fase adulta.
Com o aumento do acesso dos alunos à Internet, poderemos flexibilizar bem mais o
currículo, combinando momentos de encontro numa sala de aula com outros de
aprendizagem individual e grupal. Aprender a ensinar e a aprender, integrando ambientes
presenciais e virtuais, é um dos grandes desafios que estamos enfrentando atualmente na
educação no mundo inteiro.
É importante neste processo dinâmico de aprender pesquisando, utilizar todos os
recursos, todas as técnicas possíveis por cada professor, por cada instituição, por cada
classe: integrar as dinâmicas tradicionais com as inovadoras, a escrita com o audiovisual, o
texto seqüencial com o hipertexto, o encontro presencial com o virtual.
O que muda no papel do professor? Muda a relação de espaço, tempo e
comunicação com os alunos. O espaço de trocas se estende da sala de aula para o virtual.
O tempo de enviar ou receber informações se amplia para qualquer dia da semana. O
processo de comunicação se dá na sala de aula, na Internet, no e-mail, no chat. É um papel
que combina alguns momentos do professor convencional - às vezes é importante dar uma
bela aula expositiva – com um papel muito mais destacado de gerente de pesquisa, de
estimulador de busca, de coordenador dos resultados. É um papel de animação e
coordenação muito mais flexível e constante, que exige muita atenção, sensibilidade,
intuição (radar ligado) e domínio tecnológico.
Cada curso, cada professor vai fazer isso de forma semelhante e ao mesmo
diferente. Não podemos padronizar e impor um modelo único da educação on-line. Cada
área do conhecimento precisa mais ou menos do presencial. É importante experimentar,
avaliar e avançar até termos segurança do ponto de equilíbrio na gestão do virtual e do
presencial e de caminhar para ampliar as propostas pedagógicas mais adequadas para cada
situação de ensino-aprendizagem on-line.
Todas as universidades e organizações educacionais, em todos os níveis, precisam
experimentar como integrar o presencial e o virtual, garantindo a aprendizagem
significativa. Precisamos vivenciar uma nova pedagogia do presencial e do virtual. Não
temos muitas referências anteriores que transitem pelo presencial e pelo virtual de forma
integrada. Até agora temos ou cursos em sala de aula ou cursos a distância, criados e
gerenciados por grupos em núcleos específicos, pouco próximos da educação presencial. É
importante que os núcleos de educação a distância das universidades saiam do seu
isolamento e se aproximem dos departamentos e grupos de professores interessados em
flexibilizar suas aulas, que facilitem o trânsito entre o presencial e o virtual.
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Tarefa 05 - Contribuições para uma Pedagogia na Educação Online