EXPERIÊNCIA DO GRUPO MULTIDISCIPLINAR DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFG PARA TRATAMENTO DOS PACIENTES TRANSEXUAIS NA CONFECÇÃO DA GENITOPLASTIA FEMINILIZANTE ESTÉTICA E FUNCIONAL Prof. Gilvan Neiva Fonseca Chefe do Serviço de Urologia HC / FM / UFG PROJETO TRANSEXUALISMO HC - FM - UFG Grupo de trabalho multidisciplinar Hospital das Clínicas da UFG • • • • Dra. Mariluza S. Terra Dr. Gilvan Neiva Fonseca Dr. Valdi Camárcio Bezerra Dr. Aldair Novato Silva TRANSEXUALISMO Homens - xy Mulheres - xx nº POPULAÇÃO 1 1 30.000 100.000 DESEJO DE MUDANÇA DE SEXO TRANSEXUALISMO HISTÓRICO • • • • • Autores Conceitos Alfred Kinsey John Money Pauly / Edgerton Mate-Kole / Freschi Hepp Buddeberg Diferenças sexuais Conceito identidade de gênero Identidade genérica Psicopatologia pacientes Equipes / legislações Ano 1940 1950 1965 1988 1999 CONCEITOS TRANSEXUALISMO Permanente e extrema insatisfação com a sua anatomia genital condição de desacordo entre sexo anatômico e psicológico Caudwell, D.: Psychopatia transsexualis. Sexology, 16: 274, 1949 TRANSEXUALISMO QUESTÕES BÁSICAS • • • • • • Biológicas Psicológicas Sociológicas Culturais Éticas Jurídicas PROJETO TRANSEXUALISMO HC - FM - UFG Resolução CFM n° 1482/97 - 19/09/1997 modificada pela resolução CFM 1652/2002 - 06/11/2002 Maio de 1999 - HC DEFINIÇÃO E SELEÇÃO DE PACIENTES (Resolução CFM 1482/97) 2 - A seleção dos pacientes para cirurgia de transgenitalismo obedecerá a avaliação de equipe multidisciplinar: • Diagnóstico médico de transexualismo • Maiores de 21 anos • Ausência de características físicas inapropriados para a cirurgia • Ausência de transtorno(s) mentais impeditivos da realização das cirurgias EQUIPE MULTIDISCIPLINAR • • • • Psiquiatra Psicóloga Geneticista Ginecologista • • • • Urologista Cirurgia plástica Otorrinolaringologista Endocrinologista HORMONIOTERAPIA TX masculino: • Estrogênios conjugados 1,25 a 2,5 mg/dia • Acetato de ciproterona 10 a 50 mg/dia • Acetato de medroxiprogesterona 5 mg TX feminino: • Metiltestosterona 10 a 20 mg/dia PROPOSTA UROLÓGICA Reconstrução cosmética / funcional • • • • • • Amputação peniana Orquiectomia bilateral Construção da neovagina Neoclítoris / preservação feixe neurovascular Atividade sexual / prazer / orgasmo Neouretroplastia Procedimento transperineal Procedimento transperineal RESULTADOS ESTÉTICOS PÓS OPERATÓRIOS Tabela 1. Descrição da faixa etária, período da cirurgia, queixas com a aparência da vulva e número de cirurgias por pacientes Faixa etária M Período das CRS Problemas cosméticos % Nº de cirurgias/pacientes M 21-52 anos 35.97 05/2000 a 09/2009 07 22,5 1,97 1-7 Complicações em 31 CRS realizadas no HC – UFG no período de 2000 a 2009 TIPO DE COMPLICAÇÕES Nº DE COMPLICAÇÕES % NECROSE CLITORIDIANA S/SEQUELAS 2 6,45 ESTENOSE URETRAL CORRIGIDAS 4 12,9 ESTENOSE VAGINAL/VAGINA CURTA 7 22,58 LESÃO RETAL SEM SEQUELAS 2 6,45 LESÃO URETRAL SEM SEQUELAS 2 6,45 INTROITO VAGINAL ESTREITO 2 6,45 NECROSE DE RETALHO PENIANO 3 9,68 PROLAPSO DE VAGINA 1 3,22 PROLAPSO DE GLANDE 1 3,22 HEMATOMA PÓS-OPERATÓRIO IMED. 1 3,22 NECROSE PARCIAL DE PNO LÁBIO 1 3,22 SEM NENHUMA QUEIXA 6 19,35 Qualidade de vida após cirurgia avaliada em 2009 EVENTOS N° % Micção normal 29 93,55 Presença de coito com penetração total 14 45,16 Presença de coito com penetração parcial 3 9,68 Ausência de coito por opção 3 9,68 Ausência de coito por estenose vaginal 4 12,9 Presença de orgasmo 20 64,52 Ausência de orgasmo por opção 5 16,13 Ausência de orgasmo por cirurgia recente 3 9,68 Parceiro fixo 10 32,26 Mudança de sexo e nome na cert. nascimento 13 41,93 Arrependimento 0 0 N° de pacientes que se evadiram do projeto após a cirurgia 3 9,68 [email protected]