Há muito a avançar TERCEIRIZAÇÃO: Exploração «legalizada» A prá ca desta moderna ferramenta de exploração e precarização não é exceção na LANXESS. E é pra cada em larga escala em todas as unidades. Denunciada a ilegalidade ao Ministério Público do Trabalho, em Triunfo a Lanxess foi fiscalizada pela SRTE. As maiores irregularidades foram detectadas na área de acabamento entre os trabalhadores da IN HOUSE. Importante lembrar que antes de PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS A LANXESS tem comportamento igual às demais empresas no trato desta questão. O acordo de PLR apesar de não ter acidentes do trabalho como indicadores a serem considerados no pagamento, não é fruto de negociações de fato. Apesar das comissões, nos úl mos anos, terem solicitado negociações nacionais, a empresa não tem aceitado. denunciar as ilegalidades, tentamos negociar nacionalmente a questão com a empresa, mas em um determinado momento esta declarou que não vê irregularidades nas contratações e encerrou as negociações deste tema. Mesmo assim, recentemente a LANXESS “primeirizou” boa parte do setor de manutenção. Certamente tanto a empresa quanto os trabalhadores só tem a ganhar, pois melhoram as condições de trabalho e ganha a empresa pelo maior compromisso dos trabalhadores. O que mais se evidencia, porém, antes de se verificar algum ganho, é uma grande sensação de jus ça, por vermos este companheiros trabalhando ao nosso lado. Outros setores, no entanto, merecem este tratamento, mas provavelmente um terceiro (a jus ça) terá que determinar que assim seja. A terceirização, que chega a ser defendida como incrementadora da eficiência, nada mais é do que a exploração levada ao extremo de forma «legalizada». Tem contribuído de maneira decisiva para a precarização do ambiente de trabalho. CNQ - CUT SINDBORRACHA - PE Filiado a CNQ - CUT TERCEIRIZAÇÃO DO RH – TRATAMENTO DE PRIMEIRO MUNDO? Inúmeros transtornos e graves falhas tem se notado em todo o pais: entrega do contracheque sempre depois do dia do pagamento; não entrega do contracheque referente ao adiantamento das férias, com isto o empregado não tem como conferir se o pagamento está correto, pois o mesmo só irá tomar conhecimento das verbas recebidas no mês do gozo das férias e com a folha já fechada; cálculos de pagamentos de empregados e pensão alimen cia errados; erro nos cálculos de 13º salário, transferindo o recebimento desta verba e incidência sobre o IR, para o exercício seguinte; atraso na emissão de Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), em flagrante desrespeito à Instrução Norma va 29/2008, que determina a entrega do Documento no ato da Rescisão do Contrato de Trabalho ou sempre que o empregado solicitar; falta de informações para os trabalhadores sobre Previdência Social e Complementar, tais como: solicitação de bene cios, emprés mos, contagem de tempo de contribuição. Para completar o úl mo informe de rendimento para fins do IR, foi entregue com vários erros e a empresa só reconheceu o fato no dia 15 de março, após o ques onamento de alguns empregados. Isto implicará no atraso da entrega da Declaração de Rendimento dos empregados e na entrega de Declaração Re ficadora, por parte dos empregados que já transmi ram suas Declarações. Diante destes fatos, no chão da fábrica de Duque de Caxias, foi decifrado mais um ENIGMA, o significado de NGA (nome da empresa): Não Garanto Acertar! Até quando receberemos este tratamento de “Primeiro Mundo”? Boatos na imprensa internacional Agencias de no cia internacionais vincularam por duas vezes informação de que uma grande empresa norte americana estaria interessada na compra da LANXESS. A empresa nega. Análises permitem chegar à conclusão de que tanto pode ser verdade quanto não. 1º DE ABRIL de novo? A única certeza que temos é que, seja quem for o dono dos meios de produção, os trabalhadores não abrirão mão de seus direitos e este recado já foi dado nas úl mas negociações 04 SINDIPOLO Informativo Unificado dos Sindicatos dos Trabalhadores da Lanxess - PE/RJ/RS 1º DE ABRIL: CINCO ANOS DE LANXESS E n o s s ã o ca ra s e n ã o podemos abrir mão delas. Os trabalhadores têm respondido à altura dos ataques recebidos. Temos nos man do coerentes desde o início dizendo SIM ao diálogo, mas um grande NÃO às descabidas intenções de re radas de direitos. A categoria tem sido paciente com a inflexibilidade e as incoerentes decisões da empresa que mais parecem, às vezes, um descontrole administra vo. m 1º de abril de 2008 a expecta va dos trabalhadores era bastante posi va. Primeiro por haver certa fama de que o capital alemão é “mais justo e humano” com os trabalhadores. Por outro, por que era di cil imaginar uma realidade pior do que a an ga Petroflex representava. Tivemos dificuldades desde o início com a LANXESS. O diálogo nas reuniões nacionais com apoio da Fundação Friedrich Ebert (F E S), C N Q e Observatório Social do Brasil foram importantes, e apontavam de início para uma relação posi va, logo frustrada pela falta de palavra de negociadores da época. Vieram demissões que a ngiram tanto diretos quanto terceirizados em todas as unidades. Apesar das denúncias e alertas dos sindicatos, graves acidentes vieram a acontecer e a insegurança na área aumentou. Reaprendemos a lição de que jamais haverá sinal de bondade na relação capital x trabalho. Nas negociações uma forte vinculação aos índices de São Paulo foi Trabalhadores disseram NÃO à retirada de direitos notada desde o início, e como lá a data base é novembro, vemos atrasos nas negociações. A LANXESS não quer negociações nacionais para os trabalhadores, mas usa de referências nacionais quando quer impor rebaixamentos. NÃO Ataque impiedoso aos nossos direitos é o resumo dos úl mos anos de negociações com a LANXESS. Por isso cabe um alerta em especial aos novos trabalhadores, já que a categoria vem se renovando: Todas as nossas conquistas foram resultado de lutas. Por isso ATAQUE A ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHADORES FOI BARRADA À frase ameaçadora e de efeito dita aos trabalhadores “O sindicato quer mandar na sua vida”, as direções sindicais responderam: “QUEM MANDA NO SINDICATO SÃO OS TRABALHADORES, E USAREMOS DE TODAS AS PRERROGATIVAS DA REPRESENTAÇÃO PARA DEFENDER OS SEUS DIREITOS HISTÓRICOS CONQUISTADOS COM MUITA LUTA”. À PRECARIZAÇÃO E AO DESRESPEITO 01 SIM VALORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES CONSTANTE ATAQUE ÀS NOSSAS CONQUISTAS A negociação de 2010 – um marco Em uma só negociação a L A N X E S S conseguiu reunir truculência, falta de competência negocial e ataques inimagináveis a direitos históricos superando os feitos “maquiavélicos” da Petroflex. Com métodos de dar inveja aos que estavam à frente da ditadura no Brasil, a LANXESS através de seus negociadores provou de todos os modos como uma empresa NÃO deve se comportar numa negociação. O desa no começou com a própria proposta absurda de re rada de direitos históricos e seguiu-se pela falta de capacidade de negociar e ao ataque aos trabalhadores e a sua organização. Em um apenas um ano, a LANXESS deixou a Petroflex “no chinelo”. Foi um teste para os trabalhadores e às direções de suas en dades representa vas em Pernambuco, Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul – desnecessário, vale dizer. Numa negociação que se arrastou por mais de 10 meses, em TRIUNFO Triunfo, fomos obrigados a apelar ao MTE para intermediação (inédito), pela absoluta indisposição ao diálogo e não aceitação da empresa ao SINDIQUIM como intermediador. Assumindo postura an -sindical, a LANXESS pressionou trabalhadores, e tentou até mesmo comprar votos indiretamente antes das assembleias que rejeitaram a proposta. No Rio de Janeiro ajuizou dissídio, fato que afetou e atrasou as negociações de 2011. Depois jogou a responsabilidade aos sindicatos e a negociação nacional, como se regionalmente pudéssemos ter postura diferente frente à lista de re radas de direitos que a empresa queria impor aos trabalhadores. Protagonista de uma verdadeira coleção de fatos inéditos nega vos, esta negociação manchou a imagem da empresa. A que propósito serviu? Rio Grande do Sul Durante a longa negociação de 2010, que pra camente se emendou a de 2011, a LANXESS adquiriu a DSM em triunfo. Se já é di cil negar negociações nacionais, mesmo que em termos de índices e PLR´s pagas haja uma mesma proposta, o que pensar se a empresa tem unidades na mesma região e quer manter cada uma em data base diferente? Esta é a situação de hoje TRIUNFO. LANXESS TRP com data base outubro, com acordo em separado acrescentando vantagens. E a LANXESS PBR com data base setembro e cláusulas sociais inferiores a TRP. Há entre as duas unidades gritantes diferenças, herdadas das prá cas gerenciais anteriores, tanto na relação com os trabalhadores quanto nos acordos e reflexos salariais. Para não dizer que não houve melhorias nestes anos, vale citar que a separação do acordo de turno do Geral em 2010 e a equiparação deste com a prá ca da TRP em 2012, foram importan ssimas conquistas. Perderam, no entanto os novos contratados, pois não levam o plano de saúde no caso de aposentadoria. O congelamento do auxílio odontológico e do cartão alimentação (incorporado em 2012 em D. de Caxias e Triunfo) a vários anos também podem ser caracterizados como perdas. Em 2012 houve aumento no Auxilio Creche, desvinculando-o do piso Salarial e o auxilio préescolar foi suprimido. Sendo a única planta a ter aumentado o seu efe vo nos úl mos dois anos (muito em função da nova unidade anunciada) nem por isso está isenta das mazelas da sua gestão. Histórias como a recente paralização dos trabalhadores da portaria por falta de pagamento de horas extras (há meses) parecem revelar que não existe o “caminho do meio”. Não há flexibilidade, prevenção e a atenção para resolver prontamente questões tão básicas dentro da área de sua responsabilidade. 02 NÃO Cabo de Santo Agostinho PERNAMBUCO Uma das primeiras medidas da Lanxess foi demi r trabalhadores. Ex nguiu 30% dos postos de trabalho da área de produção, alegando a velha história da crise econômica. Pela mesma crise paralisou a área 2700 e demi u os trabalhadores - prometendo recontratar na reabertura da área. Promessa obviamente descumprida, uma vez que o setor hoje funciona como antes e ninguém foi recontratado. No quesito segurança no trabalho, a Lanxess também se esmera em dizer uma coisa e fazer o contrário. Em todas as palestras e treinamentos, seus execu vos sempre iniciam falando que “a prioridade da empresa é a segurança dos trabalhadores”. Mas no dia a dia verifica-se que esse discurso é totalmente descolado da realidade: além da precarização dos quesitos de segurança, evidencia-se o descaso com as ví mas, nos inúmeros casos de pequenos a grandes acidentes. Destacamos os que seguem. Em dezembro de 2008, um trabalhador, recém contratado, teve o braço esmagado por uma prensa. No dia seguinte, a Lanxess obrigou-o a voltar ao trabalho, sem que tenha emi do a CAT com afastamento. No mês seguinte, o trabalhador foi forçado a afastar-se para realizar cirurgia para re rar es lhaços de metal do seu braço. O SINDBORRACHA fez cobranças constantes pela emissão da CAT, até que, durante reunião da Rede dos Trabalhadores da Lanxess, no ano de 2010, o gerente da época falou que a empresa estava isenta de culpa, “pois o trabalhador fazia musculação e por isso teve tais problemas”. Por fim, o trabalhador voltou à empresa no ano de 2012, encontrando-se atualmente em função bem diferente da sua, trabalhando escondido no almoxarifado. No dia 27 de junho de 2010 houve mais um acidente grave, quando explodiu um filtro que jogou dois trabalhadores pra fora da plataforma. Sete meses depois, em 25 de janeiro de 2011, rompeu-se a junta de outro filtro ocasionando um incêndio de grande proporção e repercussão na população, conforme foto. Em março de 2013 dois trabalhadores sofreram queimaduras com vapor e foram hospitalizados. A falta de manutenção preven va, o baixo efe vo e o verdadeiro massacre dos terceirizados estão entre as causas de tantos acidentes. Recentemente denunciamos irregularidades na área de inspeção de equipamentos à SRTE. Caldeiras que deveriam ter sido inspecionadas até 2010, e até o momento não houve comunicação ao sindicato e outras caldeiras das quais sequer foram enviados relatórios de inspeção e/ou desa vação.Como se não bastassem todas estas condições a empresa ainda ataca a organização dos trabalhadores demi ndo dirigentes sindicais. DUQUE DE CAXIAS Rio de Janeiro Na unidade de Duque de Caxias, o quadro foi dras camente reduzido em 30% de 2008 para 2012. Além disso, aumentou em muito a rota vidade, foram 154 rescisões de Contrato de Trabalho, por inicia va da LANXESS e inúmeros pedidos de demissão de empregados que se desiludiram com a polí ca de RH da mul nacional, com as más condições de trabalho, com os baixos salários ou por não vislumbraram possibilidade de crescimento profissional na empresa. Outro fato marcante é que grande parte dos demi dos eram profissionais com mais de 10 anos de experiência, nos diversos setores da fabrica, o que nos leva a crer que a empresa não tem preocupação com a chamada “retenção de talentos”. A maior unidade de produção da empresa vem sendo abandonada à sua própria sorte, uma vez que não recebe inves mentos ou manutenção preven va, em uma fábrica que funciona há meio século. As consequências vieram com os dois vazamentos de produtos ocorridos este ano (um vazamento de gás e outro de óleo). As condições de segurança e a promoção da saúde dos trabalhadores têm deixado muito a desejar, inclusive com supressão de substancias tóxicas que estão no processo produ vo que deixaram de constar do Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, por ocasião dos exames médico periódico e demissional. Nas negociações de 2010 foram re rados os dias de bonificação (crédito) para os membros da Brigada de Emergência; o Auxilio Excepcional foi reduzido de 80% para 58,54% do Piso Salarial; o Cartão alimentação foi reajustado para R$ 175,00 porem, foi suprimida a possibilidade de o empregado optar pala cesta básica; a relação de produtos químicos a que os trabalhadores estão expostos, deixa de ser enviada para o Sindicato; em função do impasse que se estabeleceu em torno da Previdência Complementar, esta foi suprimida do ACT de Duque de Caxias. Em 2012 houve aumento no Auxilio Creche, desvinculando-o do piso Salarial e o auxilio pré-escolar foi suprimido. Outro fato preocupante é o estado precário do sistema de combate a emergências da fábrica, com tubulações que não suportam a pressão, quando as bombas são acionadas; linhas dos sprays furadas ou entupidas, câmaras espuma obstruídas etc. Fato inusitado, também, foi o surgimento de BARATAS no lanche e recipiente guarda dos talheres; diz-se que no lanche com oito itens foi inserido mais um, sem custo. O que seria um “tremendo Barato” este contrato ou sua fiscalização? Acordo Coletivo de Trabalho Em 2010, passou a defender negociações por região alegando que “fica mais fácil negociar um acordo respeitando as especificidades de cada região”. Na hora de negociar, no entanto, a vontade dos trabalhadores de Pernambuco não é respeitada, tanto é que o acordo de 2012, até a presente data não foi fechado pelos perversos mo vos de sempre: tenta vas da empresa em re rar conquistas. À PRECARIZAÇÃO E AO DESRESPEITO 03