UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Diego dos Santos
PROGRAMA DE TREINAMENTO DE RESISTENCIA E FORCA
DURANTE 4 SEMANAS EM UM PRATICANTE DA TERCEIRA IDADE
Curitiba
2006
Diego dos Santos
PROGRAMA DE TREINAMENTO DE RESISTENCIA E FORC;A
DURANTE 4 SEMANAS EM UM PRATICANTE DA TERCEIRA IDADE
Trabalho
de
Conclus1\o
de
Curso
de
Educac;:ao Fisica. da Faculdade de Cii:lncias
Biol6gicas
e de Saude
da Universidade
Tuiuti do Parana.
Orientador: Prof. Eduardo Mendonc;:a
Scheeren
Curitiba
2006
TERMO DE APROVAC;,AO
Diego dos Santos
PROGRAMA DE TREINAMENTO DE RESISTENCIA E FORCA
DURANTE 4 SEMANAS EM UM PRATICANTE DA TERCEIRA IDADE
Este Trabalho de Conclusao
titulo de Licenciatura
de Curso foijulgado
e aprovado
para a obten~o
Plena do Curso de EducaGao Fisica da Universidade
Curitiba, 07 Junho de 2006.
do
Tuiuti do
SUMARIO
RESUMO ..
05
1 INTRODUCAo
06
1.1 J ustificativa
06
1.2 Problema
07
1.30bjetivos
...............
07
1.3.1 Objetivo Geral
07
1.3.2 Objetivos Especificos
........ 07
2 REVISAo DE L1TERATURA
...............
2.1 Envelhecimento .
08
.... 08
2.1.1 Alterayoes Psicologicas
08
2.1.2 Alterayoes Sensoriais .
08
2.1.2.1 Pele
..... 08
2.1.2.2 Olhos .
...09
2.1.2.30uvidos
2.1.2.4 Boca
...... 09
.
2.1.2.5 Nariz
09
.
..
2.1.3 Compleiy8o Corporal
09
.. 10
2.1.4 Sistema Musculo Esqueletico
... 10
2.1.5 Aparelho Respiratorio
2.1.6 Aparelho Digestivo
..10
.
.... 10
2.1.7 Aparelho Circulatorio .
2.1.8 Sistema Nervoso
2.2 Fisiologia do Envelhecimento .
.. 11
.
..
..
11
11
2.2.1 Altera<;6es Celulares
... 11
.
..... 12
2.2.2 Altera<;6es Organicas
2.2.2.1 Composi<;ao Corp6rea
........ 12
2.2.2.2 Estatura ..
....... 12
.
2.2.2.3 Peso.
13
2.2.3 Altera<;6es Funcionais .
.
13
2.2.3.1 Fun<;ao Cardiaca .
.
13
13
2.2.3.2 Fun<;ao Pulmonar
2.2.3.3 Fun9ao Renal
2.3 Doen9as
...... 14
.
.
.
14
.
2.3.1 Osteoartrose .
14
... 14
2.3.2 Artrite Reumat6ide
2.3.30steoporose
........ 15
2.3.4 Hipertensao .
....... 15
2.4 Exercicio Fisico e Velhice
.
2.4.1 Os efeitos do exercicio sobre a Saude .
2.4.1.1 Os efeitos do exercicio sobre a Doenya
15
.
15
................. 16
2.4.2 Aspectos do Treinamento Fisico
...... 16
2.4.2.1 Principio da Especificidade .
.
2.4.3 Principio da Sobrecarga
.
16
.
17
2.4.4 Principio da Reversibilidade
...... 17
2.4.5 Componentes de um Programa de Exercicio
........ 17
2.5 Forya Muscular.
.
2.5.1 Resistencia Muscular
3 METODOLOGIA
18
... 18
.................. 19
3.1 Tipo de Pesquisa
..19
.
.
3.2 Popula<;ao e Amostra .
19
19
3.3 Instrumento .
3.4 Coleta de Dados
.
20
3.5 Controle das Variaveis
.
3.6 Limita<;oes da Pesquisa
20
............ 21
4 RESULTADOS E DISCUSSAO
...... 22
5 CbNCLUSAO
. ..... 26
6 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ..
7 APENDICE 1
.
.
.27
.
28
RESUMO
PROGRAMA DE UM TREINAMENTO
DE RESISTENCIA E FORC;A DURANTE
SEMANAS EM UM PRATICANTE DA TERCEIRA IDADE.
Orientador:
Autor: Diego dos Santos
Professor Mestre Eduardo Mendonr;a Scheeren
Curso: Educar;ao Flsica
Universidade Tuiuti do Parana
Es1.e estudo teve como objetivo
ha um aumento
exercicio
na resistencia
analisar em urn periodo
muscular com abdominais.
pu)(..ada por tras. as resultados
T erceira Idade do sexo feminino
iniciou
atraves
de series
na resistencia,
de 64 anos moradora
realizasse
Quantas abdominais
ela conseguia
repetiu no ultimo dia de treino. No exercicio
fazer
da
da cidade de Curfuba, e
de abdominais
dia de treinamento
se
com 0
com um praticante
mas nunca fez muscu!ar;ao.
de repetiy6es
no primeiro
de 4 semanas
e forr;a muscular
foram coletados
que praticava atividade fisica regulannente,
aumento
4
para
E 0 treino
ver sa tern um
foi pedido
que a aluna
sem interrupy6es,
isso se
puxada por tras foi realizado series de
repetir;6es, no primeiro dia de treino a carga era de 10Kg, e no ultimo dia de treino
ela terminou
com ISKg. A populari.zar;ao
profissionais
de Educar;ao Fisica poderiam
tat~r de extrema importancia
populacional
assunto,
da Terceira
da atividade
na vida das pessoas.
ldade torna-se
de ampiiar sua qualidade
Palavras Chave: Terceira Idade, Resistencia
Fisica, Profissional
e 0 facil acesso
a atenr;ao
especial
a este
Idade tem na pratica de atividade
e expectativa
Muscular,
de vida.
Forr;a Muscular,
Atividade
de Educar;ao Fisica.
Enderer;o do Autor: Avenida Vicente Machado, 2661 - Seminario
Curitiba - Pr
a
fisica um
Levando em conta 0 aumento
necessario
uma vez que, a pessoa da Terceira
fisica a possibilidade
fisica
tomar a pratica de atividade
CEP: 80440-020
6
1 INTRODUCAO
EFEITO OBESERVADO
EM UM TREINAMENTO
FORCA EM UM PRATICANTE
DA TERCEIRA
DE RESISTENCIA
E
IDADE DURANTE
QUATRO SEMANAS
1.1
JUSTIFICATIVA
A Terceira Idade e um tema que vem adquirindo no Brasil um destaque cada vez
maior. Assistimos,
nos ultimos anos, a organizac;:ao de associac;:6es representativas
interesses dos idosos como, por exemplo, as associac;:6es de aposentados,
algumas delas, com poder politico.
Esta importancia
advem do rapido crescimento
desta parcela da populac;:ao, a partir da decada de 60 (FORLENZA
o
e ALMEIDA,
aumento da populac;:ao idosa, que se observa atualmente
traduz-se nao s6 em maior numero de problemas
mas fundamentalmente,
Os idosos,
em necessidades
entao,
socia is , economicos,
por serem
psicol6gicos
atendimento interdisciplinar
e nutricionais,
Esse e 0 papel do profissional
medicos cronicos
frequentes
de problemas
se beneficiam
medicos,
frequentemente
da Educac;:ao Fisica, oferecer
do
a
populac;:ao da
na pratica de atividade fisica que esteja de
fisicas que 0 idoso necessita.
0 presente trabalho esta
relacionado a esse contexto, onde foi realizado um treinamento
para um participante da Terceira Idade.
e degenerativos,
FILHO, 1996).
Terceira Idade um servic;:o de qualidade
acordo com as necessidades
1997).
em todo 0 mundo,
s6cio-economicas.
portadores
(CARVALHO
dos
contando
de resistEmcia e forc;:a
7
1.2
PROBLEMA
Quais os efeitos observados
em um treinamento
de resistencia
e forc;;a em um
praticante da terceira idade durante quatro semanas?
1.3
OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
Observar os efeitos de um treinamento
de resistencia e forc;;a em um praticante
da terceira idade durante quatro semanas.
1.3.2 Objetivos Especificos
Elaborar um treinamento de resistencia e forc;;ade quatro seman as;
-
Aplicar 0 treinamento com uma pessoa da terceira idade;
Mensurar resistencia e forc;;a pre e p6s-treinamento;
Verificar se houve alterac;:6es de resistencia
treinamento.
e forc;:a ap6s quatro semanas
de
8
2
2.1
REVISAo
DE LlTERATURA
ENVELHECIMENTO
o envelhecimento
da populac;:ao e conseqCJencia do desenvolvimento
economico
e social, sintoma de riqueza e cultura. Mas, quando acontece, chamamos-lhe
( 0 problema do envelhecimento
problema
).
GERIATRIA.
2.1.1 Alterac;:6es Psicol6gicas
Bromley (1990), afirma que as alterac;:oes psiquicas e sociais que acompanham
processo do envelhecimento
0
tem suas bases nas alterac;:oes que se operam no nivel
biofisico. Assim, parece que qualquer intervenyao que afeta a expectativa de vida, bemestar
em
todos
fundamentalmente,
os
aspectos
e capacidade
funcional
na vida
da melhora das bases fisicas do comportamento,
adulta
depende,
evidenciando
as
implicayoes que tem os aspectos biol6gicos sobre a saude mental das pessoas idosas.
2.1.2 Alterac;:6es sensoriais
2.1.2.1 Pele
Um dos sinais mais evidentes
da passagem
dos anos e a mudanya
que se
produz no aspecto da face. Aparecem as rugas, caem as mac;:as do rosto, acentuam-se
as pregas.
E
tambem freqCJente 0 aparecimento
As alterac;:oes mais marcantes
brancos e da calvicie.
de manchas ou pigmentac;:ao irregular.
afetam 0 cabelo,
com 0 aparecimento
dos cabelos
9
2.1.2.2 Olhos
Os olhos tendem a afundar-se
por diminuicao
da gordura orbitaria. Aparece
0
arco senil de coloracao acinzentada, ocasionada pela acumulacao de lipidios.
A diminuic;:ao do tamanho
da pupila, que adquire forma irregular,
e a diminuic;:ao na
velocidade de resposta a luz sao alterac;:iies que explicam a deficiente
adaptac;:ao aos
locais escuros e as bruscas mudanc;:as de iluminac;:ao.
2.1.2.3 Ouvidos
o timpano
torna-se mais espesso e acumula cerume, com formac;:ao de tampiies.
Com a idade, a ouvido
interno e a nervo auditivo
sofrem
um processo
de
degenerac;:ao, com perda da capacidade auditiva para altas frequencias.
2.1.2.4 Boca
A boca tende a secar em func;:ao da menos produc;:ao de saliva e de alterac;:iies
na sua qualidade.
Tambem
diminui
a paladar,
nauseativo, com aumento das possibilidades
tomando-se
mais
lento
() reflexo
de engasgamento.
As gengivas ficam mais finas, e os dentes tendem a separar-se, sendo frequente a sua
perda progressiva.
2.1.2.5 Nariz
Com frequencia,
aumenta a tamanho do nariz, perde-se a capacidade
os pelos aumentam em numero e em grossura.
olfativa, e
10
2.1.3 Compleic;:ao Corporal
Reduz-se a massa muscular total, enquanto aumenta a gordura corporal, 0 que
provoca alterayoes no peso e no aspecto ate mesmo 50% do peso corporal. Isto explica
a grande facilidade com que os idosos se desidratam,
tanto por perda de agua como
por diminuiyao da sede ou dificuldade de ingerir Hquidos.
2.1.4 Sistema M usculo Esqueletico
Produzem-se
alterayoes
nos musculos,
nos ossos
e nas articulayoes,
que
repercutem tanto na forma como na mobilidade e nas atividades da vida diaria.
Origina-se uma perda geral de massa 6ssea (osteopenia),
sobretudo na mulher a
partir da menopausa.
2.1.5 Aparelho Respiratorio
A reduyao da funyao pulmonar com 0 envelhecimento
altera a capacidade
de
defesa do pulmao, que se torna mais vulneravel.
Na cavidade toracica, a mobilidade vai diminuindo,
inspirat6ria,
devido
a
debilidade
muscular,
ao
com limitayao da expansao
"encurvamento"
progressivo,
as
alterayoes articulares e a calcificayao das cartilagens costais.
o
volume
do fluxo
respirat6rio
diminui
com
idade,
enquanto
a frequi'lncia
respirat6ria aumente e 0 P02 decresce ligeiramente.
2.1.6 Aparelho Digestivo
Com 0 envelhecimento,
produz-se
uma serie
de alterayoes
anatomicas
e
funcionais, tanto no trato gastrintestinal como no figado, nas vias biliares e no pancreas.
11
As altera~6es funcionais podem afetar a fun~ao motora, secretora, de absor~ao,
ou todas simultaneamente.
2.1.7 Aparelho Circulatorio
Produzem-se
numerosas
cardiaca que, associadas
altera~6es
ao envelhecimento,
importantes no funcionamento
anatomicas
nos
tecidos
e na fun~ao
dao lugar, logicamente,
a modifica~oes
e
avaliar,;ao
cardiaco.
2.1.8 Sistema Nervoso
Produzem-se
mudan~as
estruturais
neuroquimicas.
A
das
modifica~6es produzidas pela idade, neste sistema, e muito dificil. 0 fato de envelhecer
nao esta obrigatoriamente
2.2 FISIOLOGIA
associado
a deteriora~ao
intelectual.
DO ENVELHECIMENTO
2.2.1 Alterac;:6es Celulares
As celulas envelhecem
com velocidades diferentes de acordo com 0 6rgao a que
pertencem. Assim, as celulas das vilosidades intestinais tem dura~ao de dias, as celulas
dos 6rgao sexuais secundarios
s6 entram em atividade
mit6tica na puberdade
e os
neuronios do sistema nervoso central nao se dividem.
Segundo
Cowdry, as celulas
humanas
podem ser classificadas
em quatro
grupos,
segundo 0 grau de diferencia~o:
a) celulas
relativamente
indiferenciadas,
destinadas
a produzir
outras
celulas,
como, por exemplo, as celulas basais da epiderme e as celulas primordiais
sangue;
do
12
b) celulas derivadas
do grupo anterior, com diferenciayao
capazes de se dividir ate chegar
c) celulas diferenciadas
a etapa
funcional
progressiva,
final de diferenciayao;
como as do ffgado, rim, tir6ide, que raramente se dividem,
mas tem potencial para tanto em caso de necessidade;
d) celulas que nao se dividem como os neuronios e as fibras miocardicas.
As alterayoes
determinadas
pelo envelhecimento
sao passfveis
de reparayao
nas celulas dos dois primeiros grupos, po rem nas celulas do terceiro e principalmente,
do quarto grupo elas sao definitivas e irreversfveis.
2.2.2 Alterac;:6es Organicas
2.2.2.1 Composic;:ao Corp6rea
A composiyao
corp6rea altera-se com 0 desenvolvimento
agua, principal componente,
corresponde
a 70% do organismo
adulto jovem e a 52% no idoso. A reduyao verificada
e 0 envelhecimento.
A
na crianya, a 60% do
no idoso em relayao ao adulto
jovem refere-se, principal mente, ao conteudo intracelular.
Devido
considerado
a
reduyao
do componente
um "desidratado
cronico"
aquoso
do organismo,
0 idoso
e, frente as perdas moderadas
pode ser
de IIquido, ja
apresenta desidratayao evidente.
Quanto ao componente
sentrfpeta no envelhecimento,
adiposo, tende a aumentar e a apresentas
depositando-se
a gordura principalmente
distribuiyao
no sUbcutaneo
do tronco, nos epfplons e ao redor de vfsceras como rins e corayao.
2.2.2.2 Estatura
A estatura mantem-se ate os 40 anos. A partir dessa idade reduz-se cerca de um
centfmetro
par decada,
acentuando-se
essa reduyao ap6s as 70 anos. Esse fato e
13
consequencia
das altera<;oes da coluna,
discos (intervertebrais
achatamento
achatamento
e sifose dorsal), do arqueamento
do areo plantar, sendo mais acentuado
das vertebras,
dos membros
no sexo feminino.
redu<;ao dos
inferiores e do
Em pacientes
idosos, uma das maneiras de verificar a altura aproximada quando jovens e atraves da
envergadura.
2.2.2.3 Peso
Devido as altera<;oes composi<;ao corpore a no idoso, ha tendencia a redu<;iio do
peso apos os 60 anos de idade.
Quando,
apos essa
idade,
0 peso
mantem-se
inalterado ou eleva-se, deve-se ao acumulo de gordura.
2.2.3 Alterag6es Funcionais
2.2.3.1 Fungao Cardiaca
o
processo
de envelhecimento
determina
diversas
altera<;oes
no sistema
cardiocirculatorio.
No
pericardio
e endocardio
ha aumento
do
colageno.
No
miocardio
ha
degenera<;ao de fibras musculares com atrofia, hipertofia das remanescentes,
aumento
dos sistemas
amiloide,
colageno
e elastico,
deposito
de gordura
e de sUbstancia
acumulo de pigmento lipofuscinico.
2.2.3.2 Fungao Pulmonar
Todas as estruturas
Devido
as modifica<;oes
quimiorreceptores,
relacionadas
a respira<;ao alteram-se
dos mecanismos
reguladores
no envelhecimento.
da respira<;ao
sejam
eles
centros de controle do sistema nervoso central e musculos efetores,
14
verifica-se diminui~ao
da resposta ventilatoria
as varia~6es das press6es
parciais de
oxigenio (P02) e de gas carbonico (PC02) no sangue.
2.2.3.3 Func;:aoRenal
Os rins apresentam
envelhecimento.
numero
diversas
Observam-se
de nefrons,
altera~6es
morfologicas
durante
0 processo
de
redu~ao do tamanho e do peso dos rins, diminui~ao do
espessamento
da membrana
basal,
esclerose
e hialiniza~ao
glomerulares, aumento do tecido conjuntivo intersticial e altera~6es tubulares.
2.3 DOEN<;AS
2.3.1 Osteoartrose
Ha osteoartrose,
resposta complexa
caracterizada
tambem conhecida como doen~a articular degenerativa,
dos tecidos
por degenera~ao
articulares
a idade, fatores
da cartilagem,
geneticos
remodelamento
e uma
e ambientais,
e hipercrescimento
osseo. Quanto a sua etiologia, ela pode ser primaria (idiopatica) ou secunda ria, que sao
indistinguiveis
do ponto de vista clinico.
2.3.2 Artrite Reumat6ide
E
um processo infiamatorio cronico, sistemico, de causa desconhecida,
afetando
as membranas sinoviais (tend6es, ligamentos, fascia, musculos e ossos).
E
caracterizada
demonstrando,
por articula~6es
dolorosas,
quentes,
eritematosas
com freqOencia, period os de remiss6es e exacerba~6es.
e edemaciadas,
15
2.3.30steoporose
o
envelhecimento
e associado com diminuic;:ao da massa ossea, que se faz de
forma lenta nas idades mais avanc;:adas, em ambos os sexos, e de maneira acelerada
nas mulheres apos a menopausa. A osteoporose
idosos, geralmente
assintomatica,
ossos alta mente trabeculados
resultante e uma afecc;:ao comum nos
cujas manifestac;:oes relacionam-se
as fraturas
de
com 0 quadril, 0 punho (fratura de Colles) as vertebras
toraxicas inferior e lombar superior (T11 a L1).
Nos idosos, uma em cada tres mulheres e um em cada seis homens sofrerao fraturas
de quadril, sendo responsaveis
por 15% dos obitos.
2.3.4 Hipertensao
Hipertensao refere-se a situac;:5es em que a pressao sanguinea
e demasiado
elevada. Esta condic;:ao relativamente comum pode ser subdividida em dois tipos:
*Hipertensao
arterial, alta ten sao no sistema circulatorio*Hipertensao
Pulmonar, alta
tensao no pulmao
2.4 EXERCiclO
FisICO
E VELHICE
2.4.1 Os Efeitos do Exercicio Sobre a Saude
Mais do que aumentar
comprovado
a perspectiva
a sua grande capacidade
vida nao apenas mais comprimento,
de durac;:ao da vida, 0 exercicio
de melhorar a qualidade
tem
da vida: isto e, dar
mas, mais importante do que isto, mais largura.
a
16
o
mais nolavel efeilo do exercicio fisico sabre a ser humano 13aumenlar-Ihe
capacidade de respirayao. Entendendo-se
a
par respirayao a processo atraves do qual 0
individuo 13capaz de levar a cada um de suas celulas a energia solar.
2.4.1.1 Os Efeitos do Exerdcio
o
Sobre a Doenya
maior merilo do exercicio 13aumenlar a qual ida de da vida. Islo 13,melhorar a
saude de quem nao tem doenya
alguma.
No enlanlo,
0 exercicio
tambem
lem se
mostrado ulil na recuperayao da saude.
A mais consagrada
doenyas
do aparelho
das indicayoes
cardiovascular:
do exercicio,
insuficiencia
neste sentido, diz respeito a
coronaria,
hipertensao
arterial,
insuficiencia arterial periferica.
Mais a exercicio
doenyas pulmonares,
encontra
tambem
indicayoes
doenyas musculo esqueleticas,
em face de outras
obesidade,
doenyas:
diabetes, tabagismo,
e doenya mental.
2.4.2 Aspectos do Treinamento
o Treinamento
Fisico
fisico baseia-se em tres principios:
a principia da especificidade,
da sobrecarga e da reversibilidade.
2.4.2.1 Principio Da Especificidade
Um treinamento
corpo
e 0 sistema
qualquer tem um efeito especifico
energetico
predominantemente
determinada alividade. Ha modificayoes
estruluras
inlracelulares
envolvidas
pra desenvolver
utilizado
no
as partes do
desempenho
de
morfolagicas e funcionais dos argaos, celulas e
na realizayao
solicilayao seja acima de um certo limiar.
desla
atividade,
desde
que
a
17
2.4.3 Principio da Sobrecarga
Para ocorrer adaptayao, 0 organismo e seus sistemas devem ser estimulados
niveis maiores do que aqueles naturalmente
segura
e aquele
progressivamente
em
que
encontrados.
as sobrecargas
(resistencia
a
Um treinamento
efetivo e
oposta)
aplicadas
sejam
e que se respeite um tempo para haver a adaptayao em cada nivel
de estimulo.
2.4.4 Principio da Reversibilidade
Os efeitos beneticos do treinamento fisico sao transitorios e reversivos, isto e, as
mudanyas conseguidas
pelo mesmo revertem se 0 individuo deixar de se exercitar. Isto
significa que 0 corpo, assim como se adapta
a sobrecarga,
tambem pode se adaptar
a
inatividade.
2.4.5 Componentes
de um Programa de Exercicios
Os componentes
basicos
de um pragrama
de exercicios
sao frequencia,
durayao, intensidade e tipo de exercicio.
o treinamento
e 0 produto da frequencia, durayao e intensidade do exercicio, isto
e, da soma total de estimulos ou sobrecargas.
o tipo
A
de exercicio esta relacionado com 0 principio da especificidade.
chave
para
um
treinamento
esta
na combinayao
ideal
componentes em dosagens adequadas, para produzir 0 efeito desejado.
destes
quatro
18
2.5 FORCA MUSCULAR
Dinamica: ocorre quando ha encurtamento
uma aproximayao
e afastamento
das fibras musculares,
dos segmentos
(extremidades
provocando
do mUsculo).Nesta
forma observa-se sempre um movimento.
A forya dina mica e realizada de duas maneiras:
1)Forya Concentrica: quando ela e maior do que a sobrecarga do movimento
2) Forya Excentrica
: Quando ela e menor que a resistencia
pequeno momenta ha um alongamento
se por quase todos os movimentos de volta
Tanto a concentrica
oferecida,
entao em um
do musculo quando ele se contrai. Caracteriza-
a posiyao
como excentrica
inicial, quando se faz resistindo.
sao capazes de exercer grande grau de
tensao em um movimento.
Estatica: Nao existe encurtamento
nao havendo, assim, movimento.
das fibras musculares
(contrayao
isometrical
Eo quando no meio do exercicio paramos e mantemos
a posiyao. A musculatura esta em trabalho estatico.
2.5.1 Resistemcia Muscular
Quando um movimento exigir, para a sua realizayao, a participayao de menos de
1/6 a 117 do total da musculatura
primeiramente
durante
do metabolismo
um tempo
prolongado,
esqueletica
, ele e localizado,
local. Se 0 movimento
ele solicita
for realizado
a capacidade
motora
pois,
depende
varias vezes ou
conhecida
como
resistencia muscular localizada.
Esse tipo de resistencia
pode se manifestar
, utilizando
ambas as fontes
energia, aer6bica e anaer6bica e ainda pode ser dinamica e estatica para ambas.
de
19
3
3.1
METODOLOGIA
TIPO DE PESQUISA
Esse trabalho se caracteriza
como sendo de pesquisa descritiva do tipo estudo
de caso. Segundo Thomas e Nelson (2002), estudo de caso se refere a informayoes
detalhadas sobre um individuo ou instituiyao ou comunidade
e determina caracteristicas
unicas sobre 0 sujeito ou condiyoes.
3.2
POPULA~Ao
Foi selecionada
atividade fisica
E AMOSTRA
uma pessoa do sexo feminino com 64 anos de idade que pratica
regularmente,
mas nao freqOentava
musculayao.
A participante
nao
relatou restriyao para a pratica da musculayao. A amostra desse estudo foi selecionada
de maneira intencional
na academia
Judithe Passos de Curitiba onde a participante
praticava aula de ginastica para a terceira idade.
3.3
INSTRUMENTO
Para
0
treinamento de resistElncia foi utilizado um colchonete;
Para 0 treinamento
de forya foi utilizado um aparelho
Vittalit com roldana alta conforme figura 1;
Os exercicios realizados foram:
para resistencia exercicio abdominal;
para forya puxada por tras.
de musculayao
da marca
20
FIGURA 1 - FOTO DE UM EQUIPAMENTO
DE MUSCULACAO
DE PUXADA
POR
TRAs
3.4
COLETA DE DADOS
Os dados foram todos coletados na academia Judithe Passos.
o
exercicio abdominal foi realizado com a participante
com os joelhos
flexionados
e os brac;:os cruzados
na posic;:ao decubito dorsal
sobre
0 tronco.
Foram
dados
comandos para que a participante nao realizasse so mente a flexao da regiao cervical e
sim a flexao de toda a coluna.
o exercicio
puxada por tras foi realizada com a participante sentada com os brac;:os
elevados e as maos na empunhadura
da barra em peg ada pronada. Foi pedido para a
participante realizar 0 movimento com a mesma forc;:a nas duas maos para que a barra
se mantivesse na posic;:ao horizontal.
3.5
CONTROLE
Foi solicitado
DAS VARIAvEIS
para a participante
estabelecido do treino.
nao
realizar
os exercicios
fora
do horario
21
3.6
LlMITA<;:OES DA PESQUISA
As principais
limitayoes
numero reduzido da amostra,
escolha
da amostra,
na execuyao
da pesquisa
foram
ou seja, um sujeito, e em segundo
que foi de forma intencional,
quando
aleatoria. Em terceiro lugar 0 numero limitado de exercfcios
pode-se concluir que os achados sao verdadeiros
analisados,
populayao.
em primeiro
nao podendo ser generalizado
lugar 0
lugar a forma de
0 ideal
seria de forma
realizados.
Diante disto
apenas para a amostra e exercfcios
para toda a sala de musculayao
e para a
22
4
Quando
procedimentos
a
RESULTADOS E DISCUssAo
participante
chegava
na
academia
eram
realizados
alguns
padrao em todos os dias (ap€lndice 1) de treinamento.
Chegou, aqueceu, alongou, volta
a calma. Ja vinha
de uma caminhada
previa de
15 minutos. Entao era convidada a iniciar mais um dia de treinamento.
o
criterio
participante
colocado
para
0
incremento
sobre a dificuldade
de carga
foi
baseado
da realiza<;:ao do exercicio.
uma carga de 15 Kg para praticante,
nas
informa<;:6es da
No primeiro momento
onde a mesma
reclamou
foi
de estar
pesado, em seguida a carga colocada foi de 10 Kg e a praticante achou ideal para 0
come<;:odo treinamento.
Os resultados da resistencia e forya podem ser observados nas tabelas 1 e 2.
TABELA 1 - TABELA GERAL PARA 0 EXERC[CIO
DE RESISTENCIA
ABDOMINAL
REALIZADO DURANTE TODOS OS DIAS DO TREINAMENTO
Dias
Series
Repeti~oes
Pre-treino
Total
20
1
5
5
25
2
5
10
50
3
5
15
75
4
5
15
75
5
5
20
100
6
5
25
125
7
5
25
125
8
5
30
150
9 (Pos-treino)
70
23
A tabela
1 mostra
que
a praticante
realizou
varias
series
abdominais,
e com 0 passar dos dias as repetic;:6es aumentavam.
treinamento
foi realizado
seguidas,
um pre-teste
e no ultimo dia de treinamento
onde
a praticante
foi realizado
de repetic;:6es
Antes do inicio dos
realizou
0 pas-teste,
20 abdominais
chegando
a 70
abdomina is seguidas, como mostra a figura 2.
TABELA 2 - TABELA GERAL PARA 0 EXERCICIO DE FOR~A - PUXADA POR TRAs
REALIZADO
Dias
DURANTE TODOS OS DIAS DO TREINAMENTO
Series
Repetil(oes
Carga (Kg)
Total de
Repetil(oes
In dice
1 (Pre-treino)
3
10
10
30
300
2
3
10
10
30
300
3
3
10
10
30
300
4
3
10
10
30
300
5
3
10
15
30
450
6
3
10
15
30
450
7
3
12
15
36
540
8
3
12
15
36
540
3
12
15
36
540
9 (P6s-treino)
I
I
A tabela 2 mostra que 0 numero de repetic;:6es vezes a series tem 0 valor total do
numero de repetic;6es, e a carga vezes 0 numero de repetic;6es e vezes 0 numero de
series se obtem 0 indice.
Do primeiro ao quarto dia os indices foram os mesmos 300, no quinto e sexto
dia, com 0 aumento da carga tambem alterou 0 fndice 450, ja do setimo ao ultimo dia
houve aumento da carga e de repetic;6es, elevando 0 indice a 540.
24
'" 70
.~
'E
60
:g
50
o
'" 40
Q)
~
~
g
30
20
10
g-
0
Q)
ex:
FIGURA
2 -
GRAFICO
Pre-lreino
COM
ABDOMINAL
OS
P6s-lreino
VALORES
PRE-TREINO
DO
TESTE
E POS-TREINO
DE
RESISTENCIA
PARA A PARTICIPANTE
DO ESTUDO.
FIGURA
3 -
GRAFICO
COM
REALIZADOS
OS
VALORES
DE
TODOS
NOS DIAS DE TREINAMENTO
OS
ABDOMINAIS
2S
'"
'l'!
I-
8.
"'"'"><
a.
"
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"8
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FIGURA
4
-
550
450
350
250
150
50
-50
,,<>
'"
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«,'6
GRAFICO
COM
MUL TIPLlCA<;Ao
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OS
DA
SERIES DO EXERC[CIO
o PERfoDO
b<
VALORES
CARGA,
~-.;,,<>
•..
.r.;'tto:.
«"
OBTIDOS
NUMERO
DE
POR
MEIO
DA
REPETI<;6ES
DE TREINAMENTO.
Na figura 4 e observado
que a adaptayao
ocorreu em tres estagios.
Um que
durou 4 sessoes, outro na sessao 5 e 6 e da sessao 7 ate 0 ultimo dia de treinamento
mais um aumento do indice.
E
DE PUXADA POR TRAs DURANTE TODO
26
5
CONCLUsAo
A partir dos objetivos especificos propostos no trabalho:
Elaborar um treinamento
de resistencia e fon;:a de quatro semanas.
Foi possivel
realizar a elabora<;ao levando em considera<;ao as valencias fisicas resistencia e
for<;a.
•
Aplicar 0 treinamento
com uma pessoa da terceira
idade. 0 treinamento
foi
aplicado com exito com a praticante da Terceira Idade.
•
Mensurar
resistencia
e forva pre e p6s-treinamento.
Foi possivel
resistencia por meio do teste de repeti<;6es de abdominais.
mensurar
a
Ja a mensura<;ao da
for<;a se deu por meio da carga, numero de repeti<;6es e series do exercicio
puxada por tras.
•
Verificar se houve altera<;6es de resistencia
treinamento.
Houve aumento
treinamento.
0
aumento
da resistencia
observado
e for<;a ap6s quatro semanas
de 350% durante
na for<;a foi
considera<;ao 0 indice inicial e final do treinamento.
de
55,5%
de
0 periodo
de
levando
em
27
REFERENCIAS
Atividades Fisicas para a Terceira Idade: SESI, CNI,
Carvalho
Filho. Gerontologia.
A Velhice
e 0 Envelhecimento
em Visao Globalizada.
Papaleo Netto M , editores. Rio de Janeiro: Editora Atheneu 1996.
Tamai S. Epidemiologia
OV, Almeida
OP,
editores. Oepressao e dememcia no idoso: tratamento psicol6gico e farmacol6gico.
do envelhecimento
no Brasil. In: Forlenza
Sao
Paulo: Lemos Editorial; 1997.
Temas de Geriatria e Gerontologia:
Hutz, Arhon. Editora BYK 1986
Forya Muscular e Resistencia Muscular: www.cdof.com.br.
Hipertensao Arterial: www.google.com.br
,29-05-2006
28-05-2006.
28
APENDICE
1
Dias em que foram realizados os treinamentos.
o
1
Segunda-feira
24/abril
14:30h as 15:10h
2
Quarta-feira
26/abril
14:30h as 15: 1Oh
3
Segunda-feira
01/maio
14:30h as 15:10h
4
Quarta-feira
03/maio
14:30h as 15: 1Oh
5
Segunda-feira
08/maio
14:30h as 15: 1Oh
6
Quarta-feira
10/maio
14:30h as 15:10h
7
Segunda-feira
15/maio
14:30h as 15:10h
8
Quarta-feira
22/maio
14:30h as 15:10h
9
Segunda-feira
24/maio
14:30h as 15:10h
treinamento
era realizado
duas vezes por semana
com uma praticante
da
Terceira Idade, com durayao de 40 minutos.
o
percurso que a aluna fazia de sua casa ate a academia tinha uma durac;ao de
aproximadamente
20 minutos, essa caminhada servia com aquecimento,
academia fazfamos
umas series de alongamento,
ao chegar na
em seguida famos para abdominal,
onde eram estipulados series de repetic;6es, ao concluir, famos para 0 aparelho puxada
p6 tras, onde ela tambem realizava as series de repetic;6es.
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Diego dos Santos