Laudato si’ Sobre o cuidado da casa comum 24 de maio de 2015 1 2 • Lumen Fidei (29 de junho de 2013) • Evangelii Gaudium (24 de novembro de 2013) • Laudato si’ (24 de maio de 2015) 3 ENCÍCLICA: • [15] “Esta encíclica se insere no magistério social da Igreja” DESTINATÁRIOS: • [3] “Cada pessoa que habita neste planeta” 4 OBJETIVO: • [3] “Entrar em diálogo com todos acerca da nossa casa comum” • [15] “Nos ajude a reconhecer a grandeza, a urgência e a beleza do desafio que temos pela frente”. • [79] “Não só lembrar o dever de cuidar da natureza, mas também e sobretudo proteger o homem da destruição de si mesmo”. • [14] “Lanço um convite urgente a renovar o diálogo sobre a maneira como estamos construindo o futuro do planeta”. • [135] “É preciso assegurar um debate científico e social que seja responsável e amplo, capaz de considerar toda a informação disponível” 5 Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas, especialmente o meu senhor irmão sol, o qual faz o dia e por ele nos alumia. E ele é belo e radiante com grande esplendor: de Ti, Altíssimo, nos dá ele a imagem. Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã lua e pelas estrelas, que no céu formaste claras, preciosas e belas. Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão vento pelo ar, pela nuvem, pelo sereno, e todo o tempo, com o qual, às tuas criaturas, dás o sustento. Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água, que é tão útil e humilde, e preciosa e casta. Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão fogo, pelo qual iluminas a noite: ele é belo e alegre, vigoroso e forte. 6 FONTES: • • • • • • • • • [3-6] Papas que o antecederam [8] Patriarca Bartolomeu Bispos de diversos países [7] Outras religiões [233] Sufismo [105] Teólogos [126] Tradição monástica [125] Charles de Foucald [167] Eventos e encontros ligados ao tema Especialistas 7 ESTRUTURA: • Introdução + 6 capítulos + 2 orações (246 parágrafos) • Introdução: • A base para a compreensão, os destinatários, as fontes e o objetivo • Capítulos: 1) 2) 3) 4) 5) 6) VER: 7 problemas mais agudos JULGAR: A compreensão da natureza como criação de Deus e o olhar de Jesus. ARTICULAÇÃO: a raiz humana da crise ecológica ARTICULAÇÃO: Ecologia integral AGIR: Algumas linhas de orientação e ação AGIR: Educação e espiritualidade ecológicas • Orações pela terra e com a criação 8 O QUE ESTÁ ACONTECENDO? [61] Ponto de partida: deterioração da nossa casa comum. 1. Poluição, resíduos e cultura do descarte 2. Água 3. Perda da biodiversidade 4. Deterioração da qualidade de vida e degradação social: 5. Desigualdade planetária: 6. Fraqueza das reações 7. Diversidade de opiniões 9 ANGÚSTIAS: 1) 1) 2) 3) 4) 5) Pobres Descarte Indiferença Iniciativas pequenas Problemas mais mascarados que enfrentados. Formas imediatistas de entender a economia e a atividade comercial produtiva. 6) O custo dos danos é maior do que o benefício econômico. 7) Desmatamentos e extinção de espécies 10 ÓTICA: • Natureza como criação de Deus • [64] Fé: Motivações e compromissos ecológicos • [65-75] Antigo Testamento sob a ótica da ecologia • [83] Novo Testamento Jesus Cristo 11 CRIAÇÃO: Deus Criador: • Não acaso no início, nem no final, nem no percurso. • [89] Um bem que tem dono tem um sentido. • Criação como gesto de amor de Deus: o sentido é o amor-convívio-respeito-contemplação • Universo como uma rede de relações, inclusive com Deus • Natureza não é divina • Mas isso não dá o direito de dilapidar. • Autonomia 12 CRIAÇÃO: Gênesis 1-3 • Criação boa • Dignidade de toda a criação • Destaque para o ser humano chamado a cuidar de toda a criação • [66] Três (inter)relações: com Deus, com o próximo e com a natureza • [66] Pecado: quebra dessas três relações em si e entre si. • [67] Dominar cultivar, guardar, tomar conta, proteger, cuidar, preservar, velar. • [68] respeitar a natureza em suas leis próprias. 13 JESUS CRISTO: Despojamento Renúncia a toda forma de dominação 14 FÉ E ECOLOGIA: Não há oposição entre o caminho para Deus e o respeito à natureza. • O respeito à natureza é condição para o caminho até Deus. • [88] CNBB, A Igreja e a questão ecológica (1992) • 15 RAIZ HUMANA DA CRISE ECOLÓGICA • [101] Necessidade de se reconhecer a causa mais profunda • [103-105] Valores e limites da tecnociência • [106ss] Paradigma tecnocrático: lógica da apropriação • [123] Cultura do relativismo e do aproveitamento 16 RAIZ HUMANA DA CRISE ECOLÓGICA • [106] “Por isso, o ser humano e as coisas deixaram de se dar amigavelmente a mão, tornando-se contendentes”. • [108] “Hoje o paradigma tecnocrático tornou-se tão dominante que é muito difícil prescindir dos seus recursos”. • [118] “Esquizofrenia permanente” • [110] Fragmentação: dificuldade de se olhar o conjunto 17 PROPOSTAS: • Algumas iniciativas, mas poucas. • [111] CULTURA ECOLÓGICA para superação do paradigma tecnológico • [114] Corajosa REVOLUÇÃO CULTURAL • Duas cautelas: • [114] Nem Idade da Pedra nem paradigma tecnocrático • [118] Nem antropocentrismo desordenado nem biocentrismo 18 ECOLOGIA INTEGRAL: • [139] Relação entre a natureza e a sociedade que a habita • [142] “Se tudo está relacionado, também o estado de saúde das instituições duma sociedade tem consequências no ambiente e na qualidade de vida humana”. 19 ECOLOGIA SOCIAL: [142] “necessariamente institucional e progressivamente alcança as diferentes dimensões, que vão desde o grupo social primário, a família, até à vida internacional, passando pela comunidade local e a nação” 20 ECOLOGIA CULTURAL • [143ss] “Além do patrimônio natural, encontra-se igualmente ameaçado um patrimônio histórico, artístico e cultural”. • [143] “Por isso, a ecologia envolve também o cuidado das riquezas culturais da humanidade, no seu sentido mais amplo. Mais diretamente, pede que se preste atenção às culturas locais, quando se analisam questões relacionadas com o meio ambiente, fazendo dialogar a linguagem técnico-científica com a linguagem popular”. 21 JUSTIÇA INTERGENERACIONAL [160] “Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, às crianças que estão a crescer?” • O que vamos deixar para as gerações futuras? • Esquecemo-nos de que recebemos das gerações anteriores! • 22 PROPOSTAS (cap. 5 e 6) • [163] “Grandes percursos de diálogo que nos ajudem a sair da espiral de autodestruição onde estamos nos afundando”. • [172] Erradicação da miséria e no desenvolvimento social • [164ss] Diálogo sobre o meio ambiente na política internacional • [168] Valorização dos passos dados e das experiências positivas • [170-171] Ambiguidade ou limitação de algumas propostas • [169] Preocupam os baixos resultados 23 URGÊNCIAS: • [189] “A política não deve submeter-se à economia, e esta não deve submeter-se aos ditames e ao paradigma eficientista da tecnocracia”. • [173] Acordos internacionais com aplicação eficaz. Equilíbrio entre a soberania de cada país e a questão global. • [175] Estados enfraquecidos diante do poder econômico global. • [174] Sistema de governança dos oceanos • [176] Atenção às políticas nacionais e locais • .[182] Processos políticos transparentes e sujeitos a diálogo • [183] Estudos prévios sobre impacto ambiental 24 Ecologia X Desenvolvimento • [191] “Temos de nos convencer que, reduzir um determinado ritmo de produção e consumo, pode dar lugar a outra modalidade de progresso e desenvolvimento”. 25 ECOLOGIA, RELIGIÕES E CIÊNCIAS • Tema universal com abordagem cristã, à luz da fé. Por quê se nem todos creem em Deus, nem todos aceitam um Criador? • [63] Situações complexas exigem soluções vindas de diversas instâncias. • [199-200] As religiões possuem grande contribuição a dar: sentido, ética. • [62] Necessidade de diálogo entre a(s) ciência(s) e a fé. • [63] Se quisermos soluções efetivas, “nenhum ramo das ciências e nenhuma forma de sabedoria deve ser descurada”. • Não autonomia de qualquer campo do conhecimento, mas articulação, integração. 26 EDUCAÇÃO E ESPIRITUALIDADE ECOLÓGICAS • [203] Religiões: apontar para outro estilo de vida, diferente do consumismo. • Autorreferenciais e consumistas Reconhecimento de Deus: os demais e a natureza • Implicações educativas, políticas e religiosas 27 EDUCATIVO: [209] “A consciência da gravidade da crise cultural e ecológica precisa de traduzir-se em novos hábitos”. 28 POLÍTICA: [206] “Uma mudança nos estilos de vida poderia chegar a exercer uma pressão salutar sobre quantos detêm o poder político, económico e social”. 29 RELIGIOSAS: CONVERSÃO ECOLÓGICA • [217] A crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior. • [217] Também os cristãos burlam as preocupações pelo meio-ambiente • [219] Redes comunitárias: união de forças e unidade de contribuições. • [216] Algumas linhas de espiritualidade ecológica para alimentar uma paixão pelo cuidado do mundo. 30 ATITUDES: • Gratidão, gratuidade, dom • Consciência de comunhão com todas as criaturas. • Envolvimento nos dramas e busca criativa e entusiasmada das soluções. • [223] Sobriedade: estilo profético de vida • Valorização da vida em comum, convívio e corresponsabilidade. • Pequenos gestos de cuidado mútuo • [233ss] Contemplação valorização do domingo como tempo para si, para os outros e para Deus 31 32 [53] “Os gemidos da irmã terra se unem aos gemidos dos abandonados do mundo, com um lamento que reclama de nós outro rumo”. 33 18 de junho de 2015 34