Responsabilidade ecológica 19/5/2010 Sumário – A responsabilidade ecológica segundo Hans Jonas. Ecologia Profunda. Hans Jonas, filósofo alemão (1903-1993) Princípio de Responsabilidade - A acção das gerações humanas actuais deve ter um sentido fundamental: assegurar a possibilidade de uma existência digna às gerações futuras mediante a salvaguarda da qualidade de vida. Qual é o nosso dever no momento actual para que essa finalidade se cumpra? Antecipar as consequências eventualmente nefastas do nosso poder científicotecnológico e impor-lhes limites. Hans Jonas, filósofo alemão (1903-1993) Três exigências fundamentais são colocadas a quem age e decide: Formar uma ideia dos efeitos longínquos da actividade tecnológica. Mobilizar as populações para o sentimento de perigo – A vida humana com um mínimo de qualidade está a médio prazo ameaçada. Os políticos e os homens de ética devem insistir, nas suas posições públicas, nos efeitos negativos futuros do nosso comportamento actualmente irresponsável, em vez de adoptarem um optimismo pateta ou suicida. O diagnóstico negativo deve prevalecer sobre o diagnóstico positivo. Hans Jonas, filósofo alemão (1903-1993) Três ideias importantes no sistema ecológico de Hans Jonas: A ideia de responsabilidade ecológica não corresponde a um contrato entre iguais (a natureza depende de nós – podemos destruí-la ou preservá-la). A responsabilidade não é acerca destes ou daqueles indivíduos, mas da ideia de ser humano na natureza. Trata-se de uma responsabilidade colectiva que vale para as gerações actuais, mas também para as futuras. Esses seres humanos futuros também terão, por sua vez, de assumir a responsabilidade de deixar aos vindouros uma Terra habitável. Ecologia profunda Três princípios fundamentais: O bem-estar e o desenvolvimento da vida na Terra, humana e não humana, têm valor em si, ou seja, valor intrínseco ou inerente. Estes valores são independentes da utilidade do mundo não humano para finalidades humanas. A riqueza e a diversidade de formas de vida contribuem para a realização desses valores e também são valores em si. Os seres humanos não têm o direito de reduzir esta riqueza e diversidade excepto para satisfazer necessidades vitais. Ecologia profunda Os direitos da natureza são absolutos: temos de a respeitar unicamente por ela própria e não por nossa causa também (valor intrínseco da natureza). Posição extremista de Thomas Berry “A humanidade é uma aflição para o mundo... a sua existência representa uma violação dos aspectos mais sagrados da Mãe Terra.”