Laudato Si’ Entre os pobres mais abandonados e maltratados, conta-se a nossa terra oprimida e devastada (LS 2). 1 Questão ecológica - CDSI 451-487 Na origem da questão ambiental está a pretensão do homem de exercer um domínio incondicional sobre as coisas, através de uma exploração inconsiderada dos recursos da criação (CDSI 461). Entre 1.500 e 1.850 foi eliminada uma espécie de vida em cada 10 anos; Entre 1.850 e 1.950 foi destruída uma espécie de vida por ano; Na década de 90, desapareceram 10 espécies de vida por dia. 3 Perda da biodiversidade (LS 32-42) Por nossa causa, milhares de espécies já não darão glória a Deus com a sua existência, nem poderão comunicar-nos a sua própria mensagem. Não temos o direito de o fazer (LS 34). Cria-se um círculo vicioso, onde a intervenção humana, para resolver uma dificuldade, agrava mais a situação. Ex.: agrotóxicos que matam insetos e pássaros. (LS 34). Podemos falar de uma micro-ecologia. • Paulo VI: A crise ecológica como atividade descontrolada do ser humano e a possibilidade de uma catástrofe, exigindo uma mudança radical da humanidade (LS 4). • João Paulo II: Introduz o conceito de “ecologia humana”: respeito à vida e à família. Afirma que são necessárias mudanças profundas nos estilos de vida, nos modelos de produção e de consumo, nas estruturas consolidadas de poder que hoje regem as sociedades (LS 5). • Bento XVI: Corrigir os modelos de crescimento que parecem incapazes de garantir o respeito ao meio ambiente (LS 6). • Patriarca Bartolomeu: Todos somos chamados a reconhecer a nossa contribuição, pequena ou grande, para a desfiguração do ambiente (LS 8). • É preciso reconhecer nossos pecados contra a criação (LS 8). • A necessidade de passar do consumo ao sacrifício, da avidez à generosidade, do desperdício à capacidade de partilha (LS 9). São Francisco: admiração diante da criação! (LS 10-12) O mundo não é um problema a resolver, mas um mistério gozoso que contemplamos na alegria e louvor! (LS 12) A Bíblia não dá lugar a um antropocentrismo despótico (filme “Todo Poderoso”), que se desinteressa das outras criaturas (LS 68). Todo o universo material é uma linguagem do amor de Deus, do seu carinho sem medida por nós (LS 84). • “Se és filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães” (Mt 4,3). Jesus rejeita a tentação da mudança da finalidade da natureza em benefício próprio, de transformar tudo em objeto de consumo (antropocentrismo despótico). • Em seu ministério, Jesus valoriza os elementos da natureza em sua pregação, e se revela como seu Senhor (CDSI 453). • A salvação trazida por Jesus estende-se também à natureza, que “geme em dores de parto” (Rm 8,22). Encarnando-se, santificou o mundo! • Tanto a experiência comum da vida cotidiana como a investigação científica demonstram que os efeitos mais graves de todas as agressões ambientais recaem sobre as pessoas mais pobres(LS 48). 9 • Paz, Justiça e Conservação da criação são três questões absolutamente ligadas, que não se poderão separar, tratando-as individualmente sob pena de cair novamente no reducionismo (LS 92). • Tudo está relacionado e nós peregrinamos unidos a cada uma das criaturas, o irmão sol, a irmã lua, ao irmão rio e à mãe terra (LS 92). 10 Grandes eixos da encíclica (LS 16): 1 – Relação entre os pobres e a fragilidade do Planeta. 2 – Tudo está estreitamente ligado no mundo. 3 – A crítica do novo paradigma e das formas de poder que derivam da tecnologia. 4 – O convite a procurar outras maneiras de entender a economia e o progresso. 5 – O valor próprio de cada criatura. 6 – O sentido humano da ecologia. 7 – A necessidade de debates sinceros e honestos. 8 – A grave responsabilidade da política internacional e local. 9 – A cultura do descarte. 10 – A proposta de um novo estilo de vida. 11 A história das coisas 12 Abandonar a ideia de “intervenção” e falar de políticas pensadas e discutidas com todas as partes interessadas (LS 183). Uma intervenção desordenada na natureza tem sérias, consequências. “Deus perdoa sempre, o ser humano algumas vezes, mas a natureza nunca”. “O mundo tem recursos suficientes para atender as necessidades de todos, mas não a ambição de todos” Mahatma Gandhi ECOLOGIA INTEGRAL (LS 137 ss) • Tudo está interligado e por isso deve se levar em conta a ecologia em sua dimensão ambiental, econômica e social (LS 138). • Nós não estamos fora da natureza, mas dentro dela. Não há duas crises, uma ambiental e outra social, mas uma única crise socioambiental (LS 139). 16 O que fazer: 1 – A importância das Cúpulas Mundiais e de políticas internacionais, nacionais e locais (164ss). 2 – É hora de aceitar um decréscimo do consumo em partes do mundo, para que outras partes possam crescer de maneira sustentável (LS 193) 3 – “Conversão ecológica”: Desenvolver novos hábitos de produção e de consumo (LS 203ss). 17 Paz e Bem! 18