Desafios da Nova Proposta de Zoneamento Agrícola, Seguro e Proagro Fórum Agronômico Medianeira/PR SETEMBRO 2012 Alterações no zoneamento de soja - Não houve qualquer alteração na metodologia aplicada aos estudos para definição dos períodos de plantio da cultura da soja dentro do Zoneamento Agrícola de Risco Climático para safra 2012/2013 . - As mudanças limitaram-se aos critérios para enquadramento das cultivares nos grupos de maturação (I, II ou III) por força do disposto na Instrução Normativa nº 1, de 02/02/2012 e Portaria nº 1, de 07/02/2012, que promoveu à divisão das regiões produtoras de soja, tendo como base a regionalização dos Ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU) que contemplam as diversas regiões edafoclimáticas de adaptação da cultura. A partir dessa regionalização, as cultivares de soja foram reenquadradas tendo como base o seu Grupo de Maturidade Relativa (GMR), observada as particularidades de desenvolvimento das plantas em cada uma das regiões edafoclimaticas. Qual a importância dos formulários de cultivares no Zoneamento? – Duração de cada fase fenológica – Identificação do início da fase mais crítica (determinada pelo kc) IDEAL: – Informação diferenciada por região de plantio garante a precisão dos indicativos do zoneamento Diferenciação por Estado e por Região de Adaptação Informações utilizadas nas simulações para avaliar o risco climático NOVO CAMPO UF Macrorregião BAHIA DISTRITO FEDERAL GOIÁS MARANHÃO MATO GROSSO MATO GROSSO DO SUL MINAS GERAIS PARÁ PARANÁ PIAUI RIO GRANDE DO SUL RONDÔNIA SANTA CATARINA SÃO PAULO TOCANTINS RORAIMA 4 3 3 4 5 4 2 3 3 5 1 2 5 1 4 2 1 2 3 4 5 5 TABELA 1. Agrupamento de Cultivares de Soja – Zoneamento Agrícola 1. Grupo I (C. curto) 2 Grupo II (C. médio) Grupo III (C. longo) GMR 3 NDM 4 GMR NDM GMR NDM 1 – Sul 5 ≤ 6.3 ≤ 130 6.4 a 7.4 131 a 145 ≥ 7.5 ≥ 146 2 - Centro-Sul ≤ 6.7 ≤ 125 6.8 a 7.6 126 a 135 ≥ 7.7 ≥ 136 3 - Sudeste ≤ 7.5 ≤ 120 7.6 a 8.2 121 a 130 ≥ 8.3 ≥ 131 4 - Centro-Oeste ≤ 7.8 ≤ 115 7.9 a 8.5 116 a 125 ≥ 8.6 ≥ 126 5 – Nordeste / Norte ≤ 8.6 ≤ 112 8.7 a 9.3 113 a 125 ≥ 9.4 ≥ 126 Macrorregião Sojícola Notas: 1 Elaborada por Cleiton Steckling (CCGL-TEC/Fundacep) e modificada em reunião da Braspov (Brasília, 23/02/2011). 2 Grupo I - ciclo curto; Grupo II - ciclo médio; Grupo III - ciclo longo. 3 GMR - Grupos de Maturidade Relativa, cf. Alliprandini, L.F. Proposta de nova classificação das cultivares de soja segundo grupos de maturação. Embrapa Soja, Documentos, 265. 2005. 4 NDM - Número de dias para a maturação (emergência - maturação de colheita). 5 Região geoeconômica exclusiva ou predominante. Mais Informação Agenda SPA/DEGER •Zoneamento: –Matriz de risco •Seguro: –Conta de alocação dos recursos (contingenciamento/planejamento longo prazo) –Priorização –Forma de disponibilização dos recursos (seguradoras produtos/nichos) –Monitoramento das aplicações/custo Matriz de Risco Agrícola Diagrama do Projeto Matriz de Risco Monitoramento Simulador de Impactos Matriz de Risco Agrícola identificar, quantificar e qualificar riscos de produção Informações Fenológicas Informações Climáticas Níveis de risco, produtividade e tecnologia EMBRAPA AGRITEMPO INMET EMBRAPA MAPA dados históricos, modelagem Matriz de Risco para o percentual de aproveitamento Risco: 20% Ex: Milho em Lima Duarte/MG Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro MG 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Lima Duarte 86 80 71 60 53 49 47 45 44 43 42 40 40 40 40 41 39 40 43 49 58 67 72 76 82 84 87 90 93 88 80 73 71 75 82 85 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 Monitoramento de Risco Agrícola monitorar tendências, ajustar planejamento e apurar resultados Acompanhamento Climático Acompanhamento do Ciclo de Produção Informações de Seguro e Crédito (identificação de público-alvo) AGRITEMPO INMET CONAB MAPA dados em tempo real (BNDES) Exemplo de relatórios – nível micro ou mesorregional Avaliação das condições das lavouras baseada nas imagens de satélite 95 90 Valor do índice (EVI) 85 80 75 70 Safra atual Média histórica 65 11/jul 28-Aug 15-Oct 2-Dec 17/jan Decêndio 05/mar 22-Apr 09/jun Simulador de Impactos visão de cadeias, prognósticos Acompanhamento Climático Simulador do Ciclo de Produção Informações de Mercado AGRITEMPO INMET EMBRAPA MAPA dados históricos, modelagem PROGRAMA DE SUBVENÇÃO AO PRÊMIO DO SEGURO RURAL – PSR OBJETIVOS PSR •Reduzir o custo do prêmio para o agricultor; •Desenvolver a cultura do uso do seguro rural; •Expandir a área coberta por seguro rural no país; •Induzir o uso de tecnologias. EXPECTATIVAS DO PROGRAMA • Massificação do Seguro Rural; • Distribuição dos Efeitos dos Riscos Rurais; • Redução do Valor do Prêmio; • Maior Estabilidade da Renda dos Produtores Rurais; • Acesso Facilitado ao Crédito; • Novas seguradoras e resseguradores no segmento. HISTÓRICO de recursos orçamentários: PROGRAMA DE SUBVENÇÃO AO PRÊMIO DO SEGURO RURAL - PSR DISPONIBILIZADO (R$ milhões) 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 10 61 100 160 172 238 253 274* (*) R$127 milhões – orçamento aprovado R$ 47 milhões – emenda parlamentar R$100 milhões – realocação de recursos proposta EVOLUÇÃO DO PSR (2005 a 2011) Nº Seguradoras Nº Resseguradoras Nº Culturas amparadas Nº Ufs amparadas Gastos do PSR (R$ milhões) Capital Segurado (R$ milhões) Área Segurada (ha milhões) N° Produtores atendidos Valor Médio Subvenção/produtor (R$ mil) Fonte: DEGER/SPA/MAPA 2005 4 1 4 9 2,3 127 0,7 849 2709,1 2011 7 10 74 22 253,5 7339 5,6 40109 6319,1 Operacional Atual • As seguradoras encaminham a demanda anual por recursos da subvenção, com base na distribuição de riscos e expectativa de comercialização das apólices; • O MAPA, após avaliação da demanda e tendo em vista a disponibilidade orçamentária, apresenta proposta de alocação dos recursos no Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural; • Os recursos e a alocação aprovados são disponibilizados a cada seguradora, proporcionalmente ao valor demandado; • Para serem beneficiários, os produtores devem seguir as recomendações do Zoneamento Agrícola e não podem estar inscritos no CADIN CULTURAS, PERCENTUAIS E LIMITES DE SUBVENÇÃO PERCENTUAIS DE SUBVENÇÃO Modalidades de Seguro Agrícola Grupos de culturas Percentuais de Subvenção % Feijão, milho segunda safra e trigo. 70 Ameixa, aveia, canola, caqui, cevada, centeio, figo, kiwi, linho, maçã, nectarina, pêra, pêssego, sorgo, triticale e uva. 60 Algodão, arroz, milho e soja. 50 Abacate, abacaxi, abóbora, abobrinha, alface, alho, amendoim, atemóia, banana, batata, berinjela, beterraba, cacau, café, cajú, cana-de-açúcar, cebola, cenoura, cherimóia, chuchu, couve-flor, ervilha, escarola (chicória), fava, girassol, goiaba, graviola, jiló, laranja, lichia, lima, limão e demais cítricos, mamão, mamona, mandioca, manga, maracujá, melancia, melão, morango, pepino, pimentão, pinha, quiabo, repolho, sisal, tangerina, tomate, vagem e demais hortaliças e legumes. Limites em R$ 96.000,00 40 Pecuário 30 32.000,00 De Florestas 30 32.000,00 Aquicola 30 32.000,00 VALOR MÁXIMO SUBVENCIONÁVEL Fonte: DEGER/SPA/MAPA 192.000,00 OTIMIZAÇÃO DOS RECURSOS DO PSR: • Dada a escassez de recursos orçamentários da subvenção frente às necessidades dos produtores rurais, o DEGER iniciou estudos com o intuito de otimizar a aplicação dos recursos disponíveis. • Foram considerados os seguintes critérios de priorização para 2013: • Índice de relevância da atividade agrícola (importância econômica) • Índice de relevância da cultura (área plantada) • Vulnerabilidade Climática (janela de plantio) • Nível e freqüência de perdas no PROAGRO • Ademais, foram priorizados os produtores enquadrados no PRONAMP e aqueles que cultivam produtos orgânicos, segmentos prioritários da política agrícola do Governo Federal. • Outros parâmetros poderão compor a matriz de priorização, a partir de 2014 (porte do produtor, regiões com menor índice de desenvolvimento, população jovem na zona rural, etc...) EXEMPLO Avaliação da Aplicação de Recursos do PSR para a Cultura do Milho Relevância Econômica da Cultura do Milho PIB, área plantada Vulnerabilidade Climática para a Cultura de Milho Zoneamento, Proagro Áreas Prioritárias para o PSR do Milho Vulnerabilidade Climática, Relevância Econômica Relação Área Segurada e Área Plantada do Milho 2011 Área Segurada de 2011, Média da Área Plantada - IBGE Áreas Prioritárias para o PSR e Área Segurada do Milho Área Segurada 2011 x PSR do Milho 2011 Prioridade de Subvenção para Arroz (2012/13) Prioridade de Subvenção para Arroz (2012/13) . Aumento de 50% para 60% para as microrregiões de média prioridade . Aumento de 50% para 60% para os produtores do PRONAMP das outras microrregiões Prioridade de Subvenção para Feijão (2012/13) Prioridade de Subvenção para Feijão (2012/13) . Aumento de 70% para 80% para as microrregiões de alta prioridade . Aumento de 70% para 80% para os produtores do PRONAMP das outras microrregiões Prioridade de Subvenção para Milho (2012/13) Prioridade de Subvenção para Milho (2012/13) . Aumento de 50% para 60% para as microrregiões de alta prioridade . Aumento de 50% para 60% para os produtores do PRONAMP das outras microrregiões Prioridade de Subvenção para Soja (2012/13) Prioridade de Subvenção para Soja (2012/13) . Aumento de 50% para 60% para as microrregiões de alta prioridade . Aumento de 50% para 60% para os produtores do PRONAMP das outras microrregiões Prioridade de Subvenção - Orgânicos Aumento de 20% no percentual de subvenção para os produtos orgânicos, independente da atividade e da região produtora OBS: Os percentuais para priorização não são cumulativos Regionalização da Política Agrícola Matriz para Regionalização das Políticas Agrícolas 1. Qualificação e agregação das estatísticas relevantes para cada macrorregião de interesse agropecuário 2. Cruzamento das Informações 3. Auxílio para a proposição de novas políticas, levando em consideração as características de cada região Regional Norte Regional Serra Gaúcha Regional Metade Sul Política de Regionalização Crédito Rural Seguro Rural Análise dos gargalos de forma regional Políticas de Comercialização Políticas de Crédito Risco Climático Indicadores Socio-Econômicos Proposição de ações Preços e Comercialização Políticas de Minimização de Riscos Índice de Desenvolvimento Rural (IDR) Econômico Ambiental Social Demográfico Fonte: CNA/FGV Representatividade do valor da produção municipal da lavoura de MILHO no total da produção estadual (%) Maior Representatividade Fonte: IBGE, 2006-2010. Risco Climático e Perdas nas Lavouras de MILHO Municípios com Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública decretados em função de SECA (2005-2012) Risco Climático Nível de Perdas no PROAGRO (2002-2011) Maior Nível de Perda Fonte: BACEN. Menor Risco Climático Maior Quantidade de Notificações Fonte: MAPA. Fonte: Secretaria Nacional de Defesa Civil. Áreas Prioritárias para o Programa de Seguro Rural do MAPA para o MILHO Maior Prioridade Maior Prioridade OBRIGADO Gustavo Bracale Coordenação Geral de Zoneamento Agropecuário Departamento de Gestão de Risco Rural Secretaria de Política Agrícola [email protected]