TRATAMENTO DA HEPATITE C CRÔNICA Paulo Roberto Lerias de Almeida Doutor em Hepatologia Comitê Estadual de Hepatites Virais SES/RS Coordenação da Política de Assistência Farmacêutica SES/RS HISTÓRIA • NATURAL DA INFECÇÃO VHC exposição VHC 2002 • • • • • • Seeff, Hepatology infecção aguda infecção crônica ocorre em • 50%-85% pacientes cirrose desenvolve em 2%-20% pacientes 20-30 anos após infecção insuficiência hepática/descompensação hepatocelular (2%-5% dos pacientes / ano) ano) carcinoma (1%-4% dos pacientes / PREVALENCIA DA HEPATITE C Estudo de Prevalência de Base Populacional das Infecções pelos vírus das Hepatites A, B e C nas capitais do Brasil 2.1% 0.7% DF 1.3% 0.9% PREVALÊNCIA DA HEPATITE C média nacional 1.3% 1,38% 10 a 69 anos Boletim Epidemiológico Hepatites Virais 2011 Ministério da Saúde www.aids.gov.br 1.2% PREVALÊNCIA DA HEPATITE C Epidemiologia da Hepatite C no Brasil : relatório da SBH GED, 1999 SES/RS PEGIFN 2002-2012 n.o pacientes tratados 12.000 ? < 15% dos indivíduos com Hepatite Crônica C tratados ~ 70% PCR + 89.829 pacientes 1,2 % anti-HCV + 128.327 soropositivos HEPATITE C Rio Grande do Sul Censo Demográfico 2010 10.693.929 habitantes Paulo Roberto Lerias de Almeida Doutor em Hepatologia Ministério da Saúde Secretaria Estadual da Saúde do RS • Comitê Assessor Departamento DST/AIDS/Hepatites Virais • Comitê Estadual de Hepatites Virais • Hospital Nossa Senhora da Conceição • Coordenação da Política de Assistência Farmacêutica HEPATITE C – TRATAMENTO Quem tratar ? Adultos e crianças maiores de 3 anos de idade Biópsia hepática com: - atividade inflamatória ≥ A2 e fibrose ≥F1 ou - fibrose ≥ F2 com qualquer atividade inflamatória Cirrose Biópsia hepática desnecessária Coagulopatias congênitas Manifestações extra-hepáticas Biópsia hepática facultativa Co-infecção HCV/HIV IRC Genótipo 2 e 3 Protocolo MS Portaria 221, de 13/07/2011 Modificada Ofício Circular 97/2011, de 17/08/2011 HEPATITE C – TRATAMENTO Quem não deve ser tratado ? - Menores de 3 anos de idade - UDI e uso abusivo de bebidas alcoólicas que não estejam em programa de tratamento - Transplantados de pulmão, rim ou coração - Portadores de doenças auto-imunes ( IFN pode exacerbar ) - Cirrose descompensada - Co-morbidades importantes e/ou não compensadas - Gestantes - Homens e mulheres sem controle contraceptivo RBV é teratogênica Contracepção indicada até 6 m pós-tto Protocolo MS Portaria 221, de 13/07/2011 Modificada Ofício Circular 97/2011, de 17/08/2011 A resposta ao tratamento da hepatite C com PEG-IFN e RBV é Influenciada por diversos fatores Fatores virais Genótipo Carga viral Fatores do Hospedeiro Idade Gênero IMC Raça Fatores Sociais Adesão Consumo de álcool Resistência a insulina Fibrose Polimorfismo genético MAXIMIZAR A ADESÃO • Porquê ? Gen 1: >80% da dose, >80% do tempo : RVS (63% X 34%; P=0.008) McHutchison et al, Gastroenterology 2002;123(4):1061-9 • Reduções de dose superiores a 20% nas 1as 12 semanas: ↓ RVS Ferenci et al, J Hepatol 2005;43(3):425-33 Estudo IDEAL N = 3070 Taxas de RVS – Adesão 80/80/80 80% 70 74 74% 70% 70% 61 61% 60% 50% Peg2b1,5/ Peg2b 1,5/R R 40% Peg2b 1,0/R Peg2b1,0/ R 30% Peg2a/R Peg2a/ R 20 20% 20% 16% 16 10 10% 10% 0% 80/80/80* 80/80/80 Não 80/80/80 não 80/80/80 McHutchison JG et al, NEJM, 361(1)580-93, 2009 Maximizar a adesão Como ? CONSCIENTIZAÇÃO DO PACIENTE e FAMILIAR CAPACITAÇÃO E PERÍCIA DA EQUIPE • PAPEL DO PÓLO DE APLICAÇÃO • ferramenta de busca de melhor adesão • qualificação do tratamento Maximizar a adesão Seguimento Farmacoterapêutico na Hepatite C Crônca Experiência de um Centro de Referência CAMMI Hospital Nossa Senhora da Conceição • Coorte tratamentos com PEG/RBV 2004-2010 • 745 pacientes • intervenções farmacêuticas : 311 (42%) pacientes • Contato farmacêutico-médico : 264 (35%) pacientes; média 2,4/paciente (1-14) • tratamentos suspensos por RAM: 78 (11%) • abandono de tratamento: 14 (2%) Feltrin A, Costa G, Bynstronsky, Camargo A, Almeida P Congresso da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar, Salvador 2011 HEPATITE C – TRATAMENTO G2 e G3 - Como tratar ? Sem Com fatores preditivos de má resposta fatores preditivos de má resposta Fatores preditivos de má resposta Cirrose clínica ou Escore METAVIR F3/F4 ou CV > 600.000 UI/mm3 - IFN convencional 3 MU 3x/sem + Ribavirina 15 mg/kg/d - PegIFN + Ribavirina 15 mg/kg/d - 24 semanas - 24 a 48 semanas Protocolo MS - Portaria 221, de 13/07/2011 Modificada Ofício Circular 97/2011, de 17/08/2011 Protocolo MS - Portaria 221, de 13/07/2011 Modificada Ofício Circular 97/2011, de 17/08/2011 HEPATITE C – TRATAMENTO Como tratar ? Genótipo 1 ► 48 semanas ► RBV: 15 mg/kg/d ► PEG-IFN α2b 1,5ug/kg/sem PEG-IFN α2a 180 ug/sem Protocolo MS Portaria 221, de 13/07/2011 Modificada Ofício Circular 97/2011, de 17/08/2011 Protocolo MS - Portaria 221, de 13/07/2011 Modificada Ofício Circular 97/2011, de 17/08/2011 Tratamento atual da hepatite C PEGINTERFERON + RIBAVIRINA , 24-48 SEMANAS , MONOINFECTADOS FIBROSE AVANÇADA 100 Manns: F3+F4 29% F4 12% Hadzyiannis: F3+F4 18% SES: F3+F4 74% F4 28% Fried: % RVS 80 Prophesys: 60 40 42 20 0 Almeida PRL et al, Hepatogastroenterol 2009 46 82 76 52 35 G1 G2/3 84 Paulo R L Almeida Hepatogastroenterology, 2009 INÍCIO TRATAMENTO 323 • • 10,2% • EFEITOS ADVERSOS 33 52,3% SEM 12 •• 48 SEM • • 215 PCR Θ 169 SEM RVP 75 PCR 46 66,6% 23,2% 14,3% RVS 35,3% PCR 52 3 perdas PCR 114 SEMANA 72 Mortalidade em pacientes VHC em tratamento PEG + RIBAVIRINA - um estudo de “vida real” - • CAMMI (Centro Aplicação e Monitorização Medicamentos Injetáveis da SES) • Hospital Nossa Senhora da Conceição – Porto Alegre • março 2004 – junho 2013 • 1059 pacientes: 283 (27%) cirrose 776 (73%) não cirrose • Mortalidade global 18 mortes (1.7%) Pôster 2383 , Congresso Brasileiro de Hepatologia, RJ, outubro/2013 Mortalidade em pacientes VHC tratados com PEG+RIBAVIRINA - um estudo de “vida real” mortalidade % 5 4,6 4 3 2 1,7 1 0,6 0 GLOBAL 18/1059 não-cirrose 05/776 cirrose 13/283 HEPATITE CRÔNICA C A EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO ...2011 ...2011 - 2013... ...2014 ? 2015 ?... pegIFN pegIFN ? pegIFN Ribavirina Inibidor HCV Inibidor HCV Inibidor HCV Inibidor HCV Ribavirina ? Ribavirina Boceprevir Telaprevir Tratamento do HCV Genótipo 1 Boceprevir Telaprevir + Peg IFN Ribavirina Tratamento do HCV Genótipo 1 Boceprevir Telaprevir + Peg IFN Ribavirina SPRINT-2 RVRe naive, gen 1, BoceprevirPCR indetectável RVR no RVR P + R BOC/TGR N=368 Sem 24 Teste Sem 8 Teste Lead-in semana 8 e semana 24 B+P+R 24 semanas Follow-up placebo +P+R Follow-up 20 semanas não RVRe BOC/PR48 N=366 P + R 48 P/R N=363 P + R 0 B+P+R PCR Follow-up + semana 8 e PCR Θ semana 24 44 semanas placebo +P+R Follow-up 44 semanas 4 8 12 24 28 36 48 60 72 Poordad et al., N Engl J Med 2011;364:1185-206 RVRe RESPOND-2 PCR indetectável semana 8 e semana 12 Retratamento, Gen 1, Boceprevir Sem 12 Teste P + R BOC/RGT N=162 B+P+R 32 semanas no RVR RVR Sem 8 Teste follow-up pl+P+R Follow-up não RVRe BOC/PR48 N=161 P + R Controle 48 PR N=80 P + R PCR + semana 8 Follow-up e PCR Θ semana 12 B+P+R 44 semanas Follow-up pl+P+R 44 semanas Lead-in 0 4 8 12 24 36 48 60 (Bacon et al., N Engl J Med 2011;364:12072011;364:1207-17) 72 Tratamento do HCV Genótipo 1 Boceprevir Telaprevir + Peg IFN Alfa 2a Ribavirina RVRe ADVANCE PCR indetectável semana 4 e semana 12 Naive, Gen 1, Telaprevir Sem 4 Teste T12/PR N=363 T+P+R T8/PR N=364 pl+ T+P+R P+ R no eRVR eRVR no eRVR eRVR Sem 12 Teste PR N=361 P+R FU FU P+R P+R Follow-up FU P+R FU P+R 0 8 12 24 36 48 60 72 Jacobson IM et al, NEJM 2011; 364(25):2405-16 Jacobson et al., AASLD 2010 REALIZE Retratamento, Gen 1, Telaprevir T+P+R N = 662 pL+ P+R pL+ P+R T+P+R P+R Follow-up P+R Follow-up Lead-in P+R 0 4 12 16 24 Follow-up 36 48 60 Zeuzem et al., EASL 2011 72 Zeuzem S et al, NEJM 2011; 364(25): 2417-28 TELAPREVIR E BOCEPREVIR em pacientes naïves: RVS Estudo ADVANCE TELAPREVIR Estudo SPRINT -2 BOCEPREVIR 80 70 70 60 75 69 60 50 50 40 69 67 44 30 20 T12+PR T8+PR PR 40 53 42 40 30 20 23 10 10 0 0 T12+PR T8+PR PR RGT B+PR 48 B+PR SEM SOC Caucasianos Afrodesc TELAPREVIR E BOCEPREVIR em retratamentos: RVS Estudo REALIZE TELAPREVIR Estudo RESPOND -2 BOCEPREVIR 80 90 80 70 86 70 60 60 T 12+36 SOC 40 30 20 31 15 0 Recid R. parcial 5 R. nulo 52 RGT B+PR 40 48 sem B+PR 40 30 20 24 10 75 50 57 50 69 SOC 29 10 7 0 Recid R. parcial Boceprevir e Telaprevir: Eficácia conforme diferentes grupos 100 75-83[1,2] RVS (%) 80 68-75[3,4] 42-62[3,4] 53-62[3,4] 60 40-59[1,2] 29-40[1,5] 40 20 0 14[6]* Recidivantes Naive Naive Caucasianos Cirróticos Naive Negros Resp Parciais Resp Nulos Cirróticos Resp Nulos 1. Zeuzem S, et al. N Engl J Med. 2011;364:2417-2428. 2. Bacon BR, et al. N Engl J Med. 2011;364:1207-1217. 3. Jacobson IM, et al. N Engl J Med. 2011;364:2405-2416. 4. Poordad F, et al. N Engl J Med. 2011;364:1195-1206. Bronowicki J, et al. EASL 2012. Abstract 11. 6. Zeuzem S, et al. EASL 2011. Abstract 5. *estudo REALIZE 5. Tratamento com Boceprevir & Telaprevir Aumento significativo taxas RVS Aumento complexidade Aumento paraefeitos Aumento dos riscos Aumento dos custos Baixa RVS em subgrupos AVALIAR PREDITORES DE RVS QUANDO PODEMOS ENCURTAR ? Otimização da terapia tripla TERAPIA TRIPLA OU DUPLA ? QUANDO DEVEMOS INTERROMPER ? ...o valor das “ Regras de Parada ” Otimização da terapia tripla QUANDO DEVEMOS INTERROMPER ? REGRAS DE PARADA ( STOPPING RULES) Regras que buscam identificar pacientes que não irão responder à TT e que podem ser precocemente identificados através dos níveis de HCVRNA em determinados momentos do tratamento. Previne desenvolvimento de resistência, minimiza efeitos adversos e racionaliza custos, frente a um paciente com mínimas ou nulas chances de obter RVS TELAPREVIR Hepatology 2012;56:567-575 (NAÏVES E EXPERIMENTADOS) >1.000 (mil) UI semana 4 ou 12 Qualquer VIREMIA semana 24 BOCEPREVIR Liver International 2013;33:IS s1:23-29 (NAÏVES E EXPERIMENTADOS) >100 (cem) UI semana 12 Qualquer VIREMIA semana 24 Protocolo Brasileiro Janeiro 2013 F3 e F4 - naives e retrat F2 - retratamentos “ REGRA DE PARADA ” “ REGRA DE PARADA ” Experiência do CAMMI HNSC – PoA Judiciais e acesso expandido (2011-2013) n = 24 24 pacientes em terapia tripla (12 B + 12 T) 01 por EAS (4,1%) 04 por não resposta (16.6%) 13 (54%) F4 19 (79,1%) finalizaram o tratamento 02 (8,3%) recidivantes 14 (58,3%) com CV indetectável 05 (20,8%) com CV detectável 11 (45,8%) com RVS 01 (4,1%) aguarda CV da semana 24 pós tto Almeida PRL,Tovo CV. Submetido, 2014 Experiência do CAMMI HNSC – PoA De acordo com o protocolo do MS (a partir de agosto/2013) N = 97 Boceprevir Telaprevir 29 iniciados 68 iniciados 16 (55%) cirróticos 34 (50%) cirróticos 13 (45%) ñ cirróticos 34 (50%) ñ cirróticos Experiência do CAMMI HNSC – PoA De acordo com o protocolo do MS (a partir de agosto/2013) N = 97 Boceprevir Telaprevir 29 iniciados 68 iniciados 05 (17%) interromperam 09 (13%) interromperam • 04 por não resposta (14%) • 04 por não resposta (6%) • 01 por EAS (3%) • 05 por EAS (7%) 1 óbito = 1.03 % Boceprevir e Telaprevir Limitações e Desafios • EVENTOS ADVERSOS MAIS FREQUENTES • Anemia e neutropenia • Disgeusia • Rash • Sintomas anoretais • DESAFIOS À ADESÃO • múltiplos comprimidos e dose TID • ingestão obrigatória com lanche/refeição Rash cutâneo Rash Grau 3 4% - 6% Boceprevir e Telaprevir Limitações e Desafios • TOLERABILIDADE MENOR EM CIRRÓTICOS (estudo CUPIC) • eventos adversos sérios: 29% - 51% • anemia < 10 g/d: 37% - 46% • transfusão: 6% - 18% • INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS • com drogas de uso frequente na prática clínica TRATAMENTO DA HEPATITE C NOVAS DROGAS - NOVAS ESTRATÉGIAS 2013 O TRATAMENTO Quando o vírus necessita substitução de ≥3 aa para desenvolver resistência IDEAL Potência elevada Posologia fácil tudo via oral, uma tomada diária, poucos comprimidos Regimes simples Curta duração, s/ regras de parada Alta barreira genética à resistência viral Pan-Genotípica Segurança Tolerabilidade poucos EA fáceis de manejar DROGAS Ciclo do VHC e Alvos dos DAA Receptor binding and endocytosis Transport and release Fusion and uncoating ER lumen (+) RNA LD LD Virion assembly Agentes anti-alvos do hospedeiro Translation and NS3/4 protease polyprotein inhibitors processing LD Membranous • Inibidores webcyclophilina ER lumen NS5A* inhibitors *Role in HCV life cycle not well defined Adapted from Manns MP, et al. Nat Rev Drug Discov. 2007;6:991-1000. NS5BRNA polymerase inhibitors replication Nucleoside/nucleotide Nonnucleoside (Simeprevir) (Faldaprevir) Aprovada Em aprovação Em aprovação (Sofosbuvir) Aprovada Em aprovação (Ledipasvir) Pawlotsky JM, F1000 Biology Reports 2012, 4:5, pg 1-7 TRATAMENTO DA HEPATITE C NOVAS DROGAS - NOVAS ESTRATÉGIAS 2014 Inibidores Protease 1.a Inibidores Protease 2.a Inibidores NS5A 1.a Inibidores NS5A 2.a Inibidores Polimerase N Nucleosíd Inibidores Polimerase Nucleosíd Potência Barreira Genética Atividade Pangenotípica Efeitos Adversos Interação com drogas Perfil bom Perfil médio Perfil desfavorável Fried, EASL 2014 NOVAS DROGAS DAA APROVADAS Análogo Nucleotídeo Sofosbuvir 400 mg qd Todos Genótipos Alta barreira Inibidor De Protease Simeprevir 150 mg qd Genótipos 1 e 4 Baixa barreira ESTRATÉGIAS REGIMES COM PEGIFN FASE III NOVOS REGIMES TRIPLOS / QUÁDRUPLOS • Faldaprevir PR + Boceprevir ou Telaprevir PR + Simeprevir(IP) Genótipo 1 • MK5172 (IP) • MK7009 (IP) • Daclatasvir (NS5A) PR + Sofosbuvir(NUC) Genótipo 1 • Asunaprevir (IP) Genótipos 1,4,5,6 • GS8558 (NS5A) • Daclatasvir + Asunaprevir • GS5885 + G59451 2013 2014 REGIMES SEM PEGIFN FASE III 2015 2016 2017 NOVOS REGIMES TRIPLOS / QUÁDRUPLOS •ABT450/R(IP/r) + ABT267(NS5A) + ABT333(NNuc) + RBV • Faldaprevir (IP) + BI207127 (NNuc) + RBV RBV + Sofosbuvir(NUC) Genótipo 2 e 3 • Daclatasvir (NS5A) + Sofosbuvir(Nuc) + RBV • GS5885(NS5A) + Sofosbuvir(Nuc) + RBV • GS9669 (NNuc) + Sofosbuvir(Nuc) + RBV • Asunaprevir (IP) + Daclatasvir (NS5A) + BMS791325 Thomas Berg, EASL 2013 NOVAS DROGAS : SOFOSBUVIR & SIMEPREVIR NOVAS DROGAS : SOFOSBUVIR & SIMEPREVIR gen 1,2,3,4,5,6 NOVAS DROGAS : SOFOSBUVIR & SIMEPREVIR genótipo 1 Sofosbuvir + Simeprevir c/s RBV Estudo COSMOS em HCV G1 Fase II RVS % 100 90 96 93 26/27 13/14 80 93 79 93 93 93 25/27 13/14 28/30 100 16/16 14/15 19/24 70 60 50 40 30 12 sem 24 sem 12 sem 24 sem 20 10 SS+R SS SS+R SS SS+R SS SS+R SS 0 F0-F2 null (n=80) F3-F4 null/naïve (n=87) Jacobson et al, AASLD 2013; Lawitz et al, EASL 2014 Sofosbuvir + Daclatasvir c/s RBV em HCV G1 100 100100 100 95 100 95 90 80 70 60 50 SOF+DCV SOF+DCV+RBV 40 30 20 10 0 Naives 24 sem Naives 12 sem NR aos IP 24 sem Sulkowski et al, NEJM 2014 FASE III Tripla - 2ª ger. IP •Faldaprevir REGIMES •Simeprevir Tripla - NUC •Sofosbuvir Genótipos 1,4,5,6 2013 2014 FASE III NUC+ RBV •Sofosbuvir REGIMES SEM PEGIFN •Asunaprevir (IP) •MK5172 (IP) •MK7009 (IP) •Daclatasvir (NS5A) COM PEGIFN NOVOS REGIMES TRIPLOS / QUÁDRUPLOS Genótipo 2 e 3 •Ledipasvir (NS5A) •Daclatasvir + Asunaprevir •GS5885 + G59451 2015 2016 2017 NOVOS REGIMES TRIPLOS / QUÁDRUPLOS •ABT450/R(IP/r) + ABT267(NS5A) + ABT333(NNuc) + RBV •Faldaprevir (IP) + BI207127 (NNuc) + RBV •Daclatasvir (NS5A) + Sofosbuvir(Nuc) + RBV •Ledipasvir(NS5A) + Sofosbuvir(Nuc) +/- RBV • GS9669 (NNuc) + Sofosbuvir(Nuc) + RBV •Asunaprevir (IP) + Daclatasvir (NS5A) + BMS791325 • Simeprevir + Sofosbuvir c/s RBV Thomas Berg, EASL 2013 FASE II/III REGIMES SEM PegIFN sem/com RBV Gen 1 Naives Regime DAA Fried M, EASL 2014 N Duração Tratamento RVS 419 12 W 99-100% 166 12 w 92% Asunaprevir (IP) Daclatasvir C/S RBV Asunaprevir (IP) PEARL-3 Daclatasvir (NS5A) BMS791325 (NNuc/75 ou 150 mg) ABT-450/r (IP;100/200 mg) ABT-267 (NS5A) SAPHIRE-1 473 12 w 96% ABT-333 (NNuc) TURQUOISE-2 208 12 W 92% ION-1 431 12-24 w 97-99% ION-3 647 RBV Ledispavir (NS5A) Sofosbuvir (Nuc) C/S RBV (CIRRÓTICOS) MK-5172 (IP) MK-8742 (NS5A) C/S RBV C/Rib 52 C-WORTHY S/Rib 13(G1b) 8-12 W 12 w 93-95% 89-96% 100% REGIMES SEM PegIFN sem/com RBV FASE II/III Gen 1 Retratamento Regime DAA N Duração Tratamento RVS ABT-450/r (IP;100/200 mg) ABT-267 (NS5A) SAPHIRE-2 208 12 w 96% ABT-333 (NNuc) TURQUOISE-2 (CIRRÓTICOS) 172 24 W 96% 220 12 w 94-96% 220 24 W 99% 222 24 w 81-88% RBV Ledispavir (NS5A) Sofosbuvir (Nuc) C/S RBV ION-2 Asunaprevir (IP) Daclatasvir (NNuc) 1.Everson et al; p 1423 EASL 2013; 2.Kewdley KV et al.J Hepatol 2013(Suppl)S2 #3 EASL 2013; 3.Gane E et al. J Hepatol2013 (Suppl) S7#14 EASL2013 DIRETRIZES INTERNACIONAIS DIRETRIZES ADAPTADAS ÀS DIVERSIDADES REGIONAIS www.who.int WHO hepatitis C treatment guidelines EASL, Londres abril/2014 Topics for WHO hepatitis C screening, care and treatment guidelines Screening Care Treatment Who should be tested ? When to start treatment ? When to confirm(PCR) ? What medicines to use ? Awareness Diagnosis Referral Disease-stage assessment Treatment Monitoring How to assess degree of fibrosis ? How monitor response ? What intervention to slow progression ? and drug reactions ? Teste anti-HCV guidelines para pessoas: WHO hepatitis C treatment populações alta prevalência EASL, Londres abril/2014 exposição a riscos: Topics for WHO hepatitis C screening, care and treatment guidelines Screening Who should be tested ? When to confirm(PCR) ? Awareness Diagnosis • Transfusão antes 1992 • UDIV/N, tatuagem, piercing Treatment Care • HIV + • Nascidos entre 1945-1965 • Filhos mães hcvWhen to start treatment ? • Presidiários/ex-pres What medicines to use ? Referral Captação Disease-stage RR 2.9 Treatment Detecção assessment RR 1.7 Monitoring PCR imediato nos anti-HCV+ How to assess degree of fibrosis ? How monitor response ? What intervention to slow progression ? and drug reactions ? Nos EUA, existem 2.7- 3.9 milhões de portadores do VHC Estima-se que 45% - 85% não foram sequer diagnosticados 75% dos infectados são nascidos no período 1945-1965 Center for Disease Control and Prevention Morbity and Mortality Weekly Report/ Vol 61/ No. 4/ August 2012 APRI WHO hepatitis C treatment AST/lsn X 100/n guidelines plaquetas o EASL, Londres abril/2014 FIB-4 APRI Avaliação fibrose: Cut off 0.5 = 82% sens excl F2-4 idadede x AST /care plaq and x √ALT Topics for WHO hepatitisdoCgrau screening, treatment guidelines • BH em larga escala = impraticável Screening Care = caros • Elastografia ou Fibroteste • cenários carentes = APRI ou FIB4 Cut off 1.0 = 76%sens conf F4 Cut off 2.0 Treatment = 94% espec conf F4 ELASTOGRAFIA Cut off 7kPA = 79% sens exc F2-4 When to start treatment ? progressão: Cutt off 14 kPA = 91%espec com F4 • avaliação ingesta álcool What medicines to use ? When to confirm(PCR) ? • tratamento redução da ingesta Who should be tested ? Lentificar Awareness Diagnosis Referral Disease-stage assessment Treatment Monitoring How to assess degree of fibrosis ? How monitor response ? What intervention to slow progression ? and drug reactions ? WHO hepatitis C treatment guidelines EASL, Londres abril/2014 Topics for WHO hepatitis C screening, care and treatment guidelines Screening Care Quem tratar? Quando? Who should be tested ? TODOS adultos e crianças, Whenetoexperimentados, confirm(PCR) ? mono ou naives coinfectados, incl UDIV ativo PRIORIDADE para F3 e F4 Awareness Diagnosis Referral Como tratar ? PegIFN e não IFN convencional Treatment When to start treatment ? What medicines to use ? Disease-stage assessment PR + TELA/BOCE gen 1 e não PR How to assess degree of fibrosis ? SOF + RBV c/s PEG gen 1,2,3 e 4 What intervention to slow progression ? SIME + PR gen 1b e 1a s/Q80K Treatment Monitoring How monitor response ? and drug reactions ? TODOS os pacientes naives ou experimentados devem ser considerados para tratamento Tratamento deve ser PRIORIZADO para os pacientes com fibrose avançada (F3 e F4) Tratamento é JUSTIFICADO em pacientes com fibrose moderada (F2) Em pacientes com fibrose leve ou ausente (F0 e F1) a indicação e o momento de tratamento É DISCUTÍVEL Em contextos onde nenhuma das novas opções estiver disponível, a terapia tríplice com PR + Boceprevir/Telaprevir permanece aceitável (genótipo 1) Em contextos onde nenhuma das novas opções estiver disponível, a combinação de PegIFN + Ribavirina permanece aceitável (genótipo 2-6) NOVAS DROGAS DAA APROVADAS Análogo Nucleotídeo Sofosbuvir 400 mg qd Todos Genótipos Alta barreira Inibidor De Protease Simeprevir 150 mg qd Genótipos 1 e 4 Baixa barreira Inibidor NS5A 60 mg qd Daclatasvir Todos Genótipos Baixa barreira Guideline europeu - EASL 2014 G2 G1 PEG+RBV+SOF 12s PEG+RBV+SMV 24-48s (G1b e G1a s/Q80K) PEG+RBV+DCV 24s SOF+RBV G3 12s SOF+RBV+PEG 12s PEG+RBV+SOF 12s SOF+RBV 24s SOF+DCV(~c/RBV) 12-24s (apenas G1b) SOF+RBV 24s SOF+SMV (~c/RBV) 12s SOF+DCV (~c/RBV) 12-24s EASL 2014 No Brasil onde estamos? Do que dispomos? REGIMES COM PEGIFN FASE III NOVOS REGIMES TRIPLOS / QUÁDRUPLOS • Faldaprevir PR + Boceprevir ou Telaprevir PR + Simeprevir(IP) Genótipo 1 • MK5172 (IP) • MK7009 (IP) • Daclatasvir (NS5A) PR + Sofosbuvir(NUC) Genótipo 1 • Asunaprevir (IP) Genótipos 1,4,5,6 • GS8558 (NS5A) • Daclatasvir + Asunaprevir • GS5885 + G59451 2013 2014 REGIMES SEM PEGIFN FASE III 2015 2016 2017 NOVOS REGIMES TRIPLOS / QUÁDRUPLOS •ABT450/R(IP/r) + ABT267(NS5A) + ABT333(NNuc) + RBV • Faldaprevir (IP) + BI207127 (NNuc) + RBV RBV + Sofosbuvir(NUC) Genótipo 2 e 3 • Daclatasvir (NS5A) + Sofosbuvir(Nuc) + RBV • GS5885(NS5A) + Sofosbuvir(Nuc) + RBV • GS9669 (NNuc) + Sofosbuvir(Nuc) + RBV • Asunaprevir (IP) + Daclatasvir (NS5A) + BMS791325 Thomas Berg, EASL 2013 HEPATITE CRÔNICA C NOVAS DROGAS - NOVAS ESTRATÉGIAS 2014 CONCLUSÕES Vários novos regimes terapêuticos estarão disponíveis nos próximos meses (?) ou anos (quantos ?) Taxas de RVS muito elevadas (90% - 100%) serão obtidas Melhor tolerados e de mais simples administração, alguns todo via oral A duração dos tratamentos será menor (12 a 24 semanas) Grande parte dos indivíduos portadores vivem em áreas onde o trinômio screening / acesso / financiamento ainda não está disponível de forma adequada Jean-Michel Pawlotsky, F1000 Biology Reports 2012,4:5