Medir os gases de efeito de estufa As concentrações de gases na atmosfera podem ser expressas em partes por milhão (ppm) ou por bilião (1 bilião = mil milhões) (ppb). Relativamente a ppm, esta concentração pode ser visualizada como 1 centímetro cúbico (cm3) de gás por metro cúbico de ar. 1ppm pode significar também que existe 1 molécula do gás em questão por cada 1.000.000 de moléculas de todos os gases presentes. No entanto, alguns gases de efeito de estufa são mais eficazes a absorver radiação do que outros, uma vez que absorvem a radiação em diferentes comprimentos de onda, sendo que alguns se sobrepõem. A fim de avaliar as diferenças na absorção, foi criado o conceito de potencial de aquecimento global, mediante o qual todos os gases são comparados com o CO2, que apresenta um potencial de aquecimento global igual a 1. Por exemplo, num período de 100 anos, o potencial de aquecimento global do metano é 23 vezes superior ao do CO2. O óxido nitroso é 296 vezes mais eficaz na absorção do que o CO2, e o potencial de aquecimento global do SF6 é mais de 22.000 vezes superior ao do CO2. É importante que o potencial de aquecimento global seja definido em relação a um período de tempo, uma vez que o tempo de vida dos gases de efeito de estufa na atmosfera varia consideravelmente. O CO2 pode permanecer na atmosfera durante 50 a 200 anos, dependendo da forma como é reciclado de volta para a terra ou para os oceanos. O metano apresenta um tempo de vida na atmosfera de 10 a 15 anos, ao passo que alguns dos gases fluoretados de efeito de estufa apresentam tempos de vida de vários milhares de anos. Desde a Revolução Industrial, a concentração de gases de efeito de estufa na atmosfera aumentou mais de 50%. Só a concentração de CO2 aumentou de 280 para 360ppm. Se adicionarmos o aumento das concentrações de outros gases de efeito de estufa, expressas em equivalentes de CO2, obtemos um nível actual de 425 partes por milhão de equivalentes a CO2.