Resumos do 56º Congresso Nacional de Botânica.
Produção de antocianinas em plântulas de Hymenaea courbaril
var. stilbocarpa (Hayne) Lee & Lang: alto CO2 atmosférico
compensa a perda da reserva cotiledonar?
MARINA CAMARA MATTOS MARTINS - INSTITUTO DE BOTÂNICA
FERNANDA LOPES DE MACEDO - UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
MARCOS SILVEIRA BUCKERIDGE - INSTITUTO DE BOTÂNICA
MARCOS PEREIRA MARINHO AIDAR - INSTITUTO DE BOTÂNICA
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O presente trabalho teve como objetivo o estudo da produção de
pigmentos foliares, em especial as antocianinas, em plântulas com e
sem cotilédones de Hymenaea courbaril (jatobá), submetidas a
condições de 360 (atmosfera normal) e 720 (atmosfera enriquecida)
ppm de CO2. Os parâmetros analisados foram: crescimento (altura,
número de folhas e área foliar), massa seca, pigmentos (clorofilas e
antocianinas por espectrofotometria), fotossíntese (IRGA LI-6400),
fluorescência da clorofila a (fluorômetro Optiscience) e açúcares nas
folhas (açúcares solúveis e amido). A concentração de antocianinas
totais foi distinta apenas entre os tratamentos com e sem cotilédones à
360 ppm de CO2, sugerindo que a retirada das reservas cotiledonares
exerce uma ação maior na produção de antocianinas que um incremento
de CO2 na atmosfera. A quantidade de clorofilas totais não sofreu
alteração entre os tratamentos. A taxa de assimilação fotossintética
mostrou-se elevada em plântulas submetidas a 720 ppm de CO2 nos
tratamentos com e sem cotilédones. Estes dados foram corroborados
pelos resultados obtidos na análise de massa seca, em que plântulas
sem cotilédones submetidas a 720 ppm de CO2, iniciaram uma
recuperação da massa após o vigésimo nono dia, quando comparadas às
plântulas com cotilédones. Dessa forma, foi possível concluir que
plântulas deficientes em reservas cotiledonares, presentes em atmosfera
enriquecida de CO2, utilizaram o excedente de carbono fixado como
alternativa para seu desenvolvimento, compensando parcialmente a
perda da reserva.
Apoio: PIBIC, CNPq
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