COOPERATIVA DE ECONOMIA E CRÉDITO MÚTUO DOS COLABORADORES DA UNIÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO E ENSINO & UNIÃO NORTE BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO E CULTURA LTDA. COOMAR NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA O PERÍODO ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 1. CONTEXTO OPERACIONAL A Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Colaboradores da União Brasileira de Educação e Ensino & União Norte Brasileira de Educação e Cultura Ltda. COOMAR, constituída em 04/08/1997 rege-se pelo dispositivo das Leis 4.595/64 e 5.764/71, dos normativos baixados pelo Conselho Monetário Nacional, Banco Central do Brasil e pelo seu Estatuto Social, com sede e administração a Rua Padre Odorico, 128 – Salas 404/405 e 406 – Bairro São Pedro na cidade de Belo Horizonte, MG, tem por objetivo a educação financeira e cooperativista dos seus associados, através da ajuda mútua, da economia sistemática e do uso adequado de crédito. Procurará ainda, e por todos os meios, fomentar a expansão do cooperativismo de economia e crédito mútuo. A cooperativa rege-se pelos princípios de neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e social. Em 31 de dezembro de 2014 estavam associados à COOMAR 2.530 cooperados. 2. Apresentação das Demonstrações Contábeis As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, considerando as Normas Brasileiras de Contabilidade, especificamente aquelas aplicáveis às entidades cooperativas, a Lei do cooperativismo nº 5.764/71, Lei Complementar nº 130/2009, normas e instruções do Banco Central do Brasil - BACEN e apresentadas conforme o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF, tendo sido aprovadas pela administração em 31/12/2014. Na elaboração das demonstrações contábeis é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações contábeis da cooperativa incluem, portanto, estimativas referentes à seleção das vidas-úteis do ativo imobilizado, provisão para perdas nas operações de crédito, provisão para contingências e outras similares. Os resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas. 3. Principais Práticas Contábeis As principais práticas contábeis adotadas na elaboração dessas demonstrações contábeis estão definidas a seguir: 3.1. Disponibilidades, títulos e valores mobiliários e relações interfinanceiras. As disponibilidades, os títulos e valores mobiliários e as relações interfinanceiras são avaliados pelo custo ou valor de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidas. Compreendem dinheiro em caixa, depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo de alta liquidez. 3.2. Operações de crédito As operações de crédito com encargos financeiros pré-fixados estão registradas a valor futuro, retificadas por conta de rendas a apropriar. A provisão para perdas com as operações de crédito é constituída em montante julgado suficiente pela administração para cobrir eventuais perdas na realização dos valores a receber, levando-se em consideração a análise das operações em aberto, as garantias existentes, a capacidade de pagamento e liquidez do tomador do crédito e os riscos específicos apresentados em cada operação, contemplando todos os aspectos determinados na Resolução 2.682 do BACEN, que determina a classificação das operações por nível de risco. Em 03 de janeiro de 2008, entrou em vigor o Decreto 6339, instituindo a cobrança do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro-IOF, no percentual de 0,38% em todas as operações de crédito. 3.3. Imobilizado Móveis e equipamentos de uso, máquinas e equipamentos-hardware e direito de uso-software são demonstrados pelo custo de aquisição. A depreciação é calculada pelo método linear para baixar o custo de cada ativo a seus valores residuais de acordo com as taxas previstas na legislação, que levam em consideração a vida útil econômica dos bens. Ganhos e perdas em alienações são determinados pela comparação dos valores de alienação com o valor contábil. 3.4. Provisão para riscos tributários e trabalhistas As provisões são reconhecidas quando a cooperativa tem uma obrigação presente legal ou implícita, como resultado de eventos passados. 3.5. Demais ativos e passivos circulantes e não circulantes Os demais ativos são apresentados ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidas. Os demais passivos são demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das variações monetárias incorridas. 3.6. Apuração do Resultado Os ingressos e dispêndios são registrados de acordo com o regime de competência. As operações de crédito com taxas pré-fixadas são registradas pelo valor de resgate, e os ingressos e dispêndios correspondentes ao período futuro são apresentados em conta redutora dos respectivos ativos e passivos. Os ingressos e dispêndios de natureza financeira são contabilizados pelo critério "pro - rata temporis" e calculados com base no método exponencial, exceto aqueles relativos a títulos descontados, que são calculadas com base no método linear. O resultado é apurado pelo regime de competência e inclui os rendimentos e despesas de natureza financeira, incidentes sobre os ativos e passivos. No exercício de 2014 a Coomar obteve um resultado de R$ 7.982,88 (Sete mil, novecentos e oitenta e dois reais e oitenta e oito centavos). Após a destinação obrigatória de 10% para Reserva Legal R$ 798,29 (Setecentos e noventa e oito reais e vinte e nove centavos) e 5% para o FATES R$ 399,14 (Trezentos e noventa e nove reais e quatorze centavos), obtivemos o resultado liquido de R$ 6.785,45 (Seis mil, setecentos e oitenta e cinco reais e quarenta e cinco centavos). Os vinte maiores devedores representavam em 31/12/2014, o percentual de 12,28% da carteira, tendo como montante de R$ 598.866,93. 4. Operações de Crédito a) As operações de crédito são realizadas com cooperados e de acordo com as normas do CMN e estão atualizados conforme os correspondentes contratos, cujos encargos são reconhecidos em função do prazo decorrido, encontrando-se nossa carteira com uma inadimplência próxima de zero, conforme classificação a seguir: Nível Provisão (%) Valor das Operações com Associados 31/12/2014 31/12/2014 Valor da Provisão Valor Líquido AA 0% 0,00 0,00 0,00 A B 0,5‰ 1‰ 3.488.058,87 902.082,83 17.440,29 9.020,83 17.440,29 9.020,83 C D 3‰ 10‰ 238.924,14 112.640,10 7.167,72 11.264,01 7.167,72 11.264,01 E 30‰ 29.046,89 8.714,07 8.714,07 F G 50‰ 70‰ 40.208,96 10.121,12 20.104,48 7.084,78 20.104,48 7.084,78 H 100‰ Total 54.984,49 4.876.067,40 54.984,49 135.780,67 54.984,49 135.780,67 b) Concentração dos Principais Devedores: Descrição Maior Devedor 10 Maiores Devedores 50 Maiores Devedores % Carteira % Carteira 2013 Total Total 101.830,64 2,09 38.632,34 0,90 393.067,20 8,06 275.601,40 6,44 1.018.922,91 20,90 845.245,11 19,76 2014 c) Créditos Baixados Como Prejuízo, baixadas e recuperados: Descrição Saldo Inicial Valor das operações Baixadas no período Valor das operações recuperadas no período Saldo Final 2014 103.875,27 36.899,75 (10.676,24) 130.098,78 2013 89.075,42 21.126,70 (6.326,85) 103.875,27 5. Outros créditos Valores referentes as importâncias devidas à Cooperativa por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas no País, inclusive as resultantes do exercício corrente, conforme demonstrado: Descrição Adiantamentos e Antecipações Salariais Fundo Fixo Devedores Diversos UBEE FUNDAÇÃO L’HERMITAGE UNBEC Conciliação Bancária Total 2014 0,00 219,92 4.311,32 32.864,38 0,00 10.431,01 6.363,36 54.189,99 2013 434,64 110,71 3.717,15 26.566,47 0,00 13.828,71 13.464,13 58.121,81 6. Imobilizado de uso Demonstrado pelo custo de aquisição, menos depreciação acumulada. As depreciações são calculadas pelo método linear, com base em taxas determinadas pelo prazo de vida útil estimado conforme abaixo: IMOBILIZADO • Edificações • Móveis e Equipamentos em Uso • Máquinas e Equipamentos (Hardware) • Direito Uso (Software) • (-) Depreciação Acumulada • Total Imobilizado líquido depreciação Taxas 04% 10% 10% 20% Dezembro 2014 302.190,00 15.872,99 25.891,97 23.964,51 (93.873,01) 274.046,46 Dezembro 2013 302.190,00 15.583,99 23.333,31 22.474,51 (76.104,32) 287.477,49 7. Outras Obrigações Descrição (a) FATES - Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (b) Remuneração do Capital a Pagar Cotas de Capital a Pagar Obrigações Sociais (PIS FOLHA/INSS/FGTS/SINDICAL/IRRF FOLHA) Provisão p/Despesas c/ Pessoal Tributos (IOF, IRPJ, CSLL., PIS, COFINS, ISS e IRRF) Provisão p/Desp. Administrativas Credores Diversos Total 2014 266.117,40 259.000,00 257.615,37 10.136,07 21.586,86 13.969,29 38.289,16 5.100,35 871.814,50 2013 329.822,76 230.000,00 216.361,74 5.678,00 18.963,24 9.889,60 31.692,57 733,50 843.141,41 (a) o FATES é destinado a atividades educacionais, à prestação de assistência aos cooperados, seus familiares e empregados da cooperativa, e é constituído por 5% das sobras líquidas do exercício, conforme determinação estatutária. A classificação desses valores em conta de passivo segue determinação do plano de contas do COSIF; (b) refere-se à provisão de Juros Sobre Capital Próprio constituída pela COOMAR durante o exercício de 2014. A remuneração do capital social será proporcional ao saldo médio do exercício de 2014. Foi provisionado o valor der R$ 259.000,00 (duzentos e cinquenta e nove mil reais) em 2014, o que representa 44,85% da taxa Selic. 8. Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social – FATES A movimentação do FATES durante o período é a seguinte: Demonstração da Constituição e Aplicação do FATES no ano de 2014 SALDOS • Saldo Inicial em 31.12.2013 329.822,76 Recursos do Semestre • Transferido de Sobras • Transferido Ato não Cooperado 0,00 36.107,33 • Total do Recursos 36.107,33 Aplicações no Semestre • Aux Remédio Controlado/Educação/Funeral (72.435,50) • Total das Aplicações (72.435,50) • Saldo em 30.06.2014 293.494,59 Recursos do Semestre • Transferido de Sobras • Transferido Ato não Cooperado 399,14 46.066,05 • Total do Recursos 46.465,19 Aplicações no Semestre • Aux Remédio Controlado/Educação/Funeral • Total das Aplicações • Saldo em 31.12.2014 (73.842,38) (131.209,57) 266.117,40 9. Patrimônio Líquido a) O capital social integralizado, pertencente integralmente aos cooperados sendo representado, em 31/12/2014 por 5.553.124 cotas de valor nominal R$ 1,00 cada uma; b) Antes das destinações dos fundos obrigatórios a Cooperativa transfere para o FATES o resultado com atos não cooperativos; c) Reserva Legal - refere-se à constituição do Fundo de Reservas das Cooperativas, determinado pela Lei 5.764/71 e destina-se a cobrir prejuízos eventuais e imprevistos. É calculado na forma do estatuto, à razão de 10%, no mínimo, da sobra líquida de cada exercício. d) Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social - FATES - calculado a razão de 5%, no mínimo, do superávit do período. e) Destinação do Resultado - as sobras líquidas de cada exercício, após a constituição do Fundo de Reserva e do Fates, ficam submetidos à deliberação da Assembléia Geral Ordinária: Descrição Sobras líquidas, base de cálculo das destinações Destinações estatutárias Reserva legal - 10% Fundo de assistência técnica, educacional e social - 5% Sobras à disposição da Assembléia Geral 2014 7.982,88 2013 7.340,13 798,29 399,14 6.785,45 734,01 367,01 6.239,11 10. Partes Relacionadas As partes relacionadas existentes são as pessoas físicas que têm autoridade e responsabilidade de planejar, dirigir e controlar as atividades da cooperativa, aqui considerada a diretoria executiva e membros próximos da família de tais pessoas. As operações são realizadas no contexto das atividades operacionais da Cooperativa e de suas atribuições estabelecidas em regulamentação específica. Nos termos do art. 31, §2º da Resolução 3.442/2007, do Conselho Monetário Nacional, a concessão de créditos e a prestação de garantias a membros de órgãos estatutários devem observar critérios idênticos aos utilizados para os demais associados. As operações com tais partes relacionadas não são relevantes no contexto global das operações da cooperativa, e caracterizam-se basicamente por transações financeiras em regime normal de operações, com observância irrestrita das limitações impostas pelas normas do Banco Central, tais como movimentação de contas correntes, aplicações e resgates de RDC e operações de crédito. Operações ativas e passivas – saldo em 31/12/2014: OPERAÇÕES ATIVAS – SALDO 31/12/2014 NATUREZA OPERAÇÃO CRÉDITO Empréstimo DA VALOR DE OPERAÇÃO CRÉDITO R$ 44.454,76 PCLD DA (PROVISÃO DE PARA CRÉDITO DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA) R$ 577,58 OPERAÇÕES PASSIVAS – SALDO EM 31/12/2014 Aplicações Financeiras % em relação à carteira total Não Há % DA OPERAÇÃO DE CRÉDITO EM RELAÇÃO À CARTEIRA TOTAL 0,91% Taxa Média - % Foram realizadas transações com partes relacionadas, na forma de empréstimos, à taxa/remuneração relacionada no quadro abaixo, por modalidade: NATUREZA DAS OPERAÇÕES Taxas aplicadas em Taxa aprovada pelo ATIVAS E PASSIVAS relação às partes Conselho de relacionadas Administração/Diretoria Executiva Empréstimos: Taxa média: 1,61% De 0,80% a 1,90 (+TR) R$ 44.454,76 No exercício corrente os benefícios monetários destinados às partes relacionadas foram representados por honorários, apresentando-se da seguinte forma: BENEFÍCIOS MONETÁRIOS – EXERCÍCIO DE 2014 Honorários R$ 18.824,00 11. Composição da Diretoria e Conselhos A Diretoria Executiva,e o Conselho Fiscal tem a seguinte composição. DIRETORIA EXECUTIVA Ivanilda Oliveira Gusmão Campos Hélio Antônio da Silva Jair de Oliveira Souza Diretora - Presidente Diretor Financeiro Diretor - Administrativo Efetivos CONSELHO FISCAL Presidente Archanjo José da Silva Secretário Clarissa Jane de Assis Silva Secretário Marilene Santos de Souza Melgaço Ione Alves de Oliveira Suplentes Solange Furtada da Silva Pains CONTABILIDADE Ruas e Martins Contadores Associados S/C Ltda. CNPJ 04.460.117/000-09 CRC/MG 006.778/00 -7. Contador Responsável: Sérgio Ruas Martins - CRC/MG 68533/0-8