O professor e a educação especial e inclusiva, saberes e práticas Márcia Regina Silva Rodrigues1 Durcelina Maria das Flores2 Maria das Dores Santos Silva3 Maria Neide Neves da Silva4 Valdice Ramos da Silva5 Resumo A Educação especial e a inclusão de todos os alunos apresenta muita dificuldade na prática. A inclusão e a diversidade são temas cada vez mais discutidos na educação brasileira. Nos dias atuais as escolas estão oferecendo, criando e reorganizando seus espaços para receber alunos com necessidade especiais ou pelo menos deveriam pensar em realizar estas adaptações. Como incluir alunos com necessidades especiais? A problemática apresentada por esta pesquisa está centrada no tema o professor e a educação especial e inclusiva, saberes e práticas, a situação pesquisada nasceu de uma urgência das alunas de pedagogia em aceitar um aluno especial oferecendo a ele qualidade educacional. Buscou-se contextualizar as experiências das profissionais que analisaram em sua pesquisa a vivência da formação dos professores, contribuindo assim para a análise das perspectivas do profissional da educação frente a nova realidade que batia a porta. Como incluir? Foi a pergunta que este artigo tentou responder. Observou-se a situação na inclusão de uma criança especial matriculada na unidade particular de ensino, Escola Castro Alves, situada na cidade de Livramento-Bahia, no ano de 2009. A metodologia utilizada foi qualitativa baseada em referencial bibliográfico e pesquisa-ação. O objetivo deste estudo visa adquirir conhecimentos teóricos para implantar uma prática diferenciada que atenda todas as individualidades. A resposta encontrada foi aprender a ressignificar a realidade partindo da mudança do conceito do que é especial e escola inclusiva e como fazer inclusão sem excluir. É uma pesquisa de cunho social que serve de modelo para muitas escolas e professores interessados no tema proposto. Palavras-chave: Educação especial, Inclusão, Formação, Diferenças Todos têm direito à educação. Há alguns anos essa perspectiva só seria proferida após uma série de ressalvas, pois a mesma não poderia ser aplicada no 1 Especialista em Psicopedagogia e em Neuropsicologia, Graduada em Pedagogia (UNEB). Psicopedagoga clínica e institucional. Professora do curso de Psicopedagogia PósGrad/Unibahia, Tutora dos cursos de Letras e Pedagogia Sistema Eadcon. Palestrante. 2 Graduanda de pedagogia pela Eadcon/Fael. 3 Graduanda de pedagogia pela Eadcon/Fael. 4 Graduanda de pedagogia pela Eadcon/Fael. 5 Graduanda de pedagogia pela Eadcon/Fael. 2 sentido geral, existindo limitações reais que impediam o acesso dos alunos especiais com suas particularidades na escola. Nos tempos atuais, principalmente no Brasil, é notória a luta a favor da inclusão da sociedade civil, de políticos, ONGs e de educadores em prol da inserção das pessoas especiais nas várias instâncias da vida social, o que recai inclusive sobre o ensino na rede regular de educação. É necessário sempre enfatizar que a inclusão de indivíduos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino, não consiste apenas na permanência, juntamente aos alunos com desenvolvimento normal. Por isso a necessidade de integrar os alunos especiais, visa a busca por possibilidades para trabalhar com o desenvolvimento cognitivo, cultural e social, respeitando suas diferenças e atendendo às suas necessidades. A aprendizagem é variada, e desenvolver as habilidades é essencial para que as pessoas com deficiência não se sintam excluídas e os demais alunos as percebem e respeitem suas limitações. Esta pesquisa tem o objetivo de investigar e observar a problemática da inclusão na Educação Especial, na escola particular “Castro Alves”, no município de Livramento-Bahia, no ano 2009, pois a instituição de ensino encontrou algumas dificuldades para o acesso de alunos com necessidades especiais. Buscou-se refletir sobre a educação especial com base em uma metodologia qualitativa centrada na referência bibliográfica das pesquisas de Bruno (2206), Perrenoud (2001), Souza (1991), Cury (2002), Vygotsky (1989), Skliar (1997), Antunes (2002), Morin (2006), Bordignon (2006), Demo (1997), Sassaki (2002), Meira (2001), a pesquisa de campo voltou-se para pesquisa-ação na escola observada, analisando a situação referente a matrícula de um aluno especial e a falta de base empírica e teórica para realizar um trabalho confiante e de qualidade, esta trabalho acadêmico servirá de subsídios aos educadores, os quais recebem os alunos especiais em sala de aula e tem o compromisso de contribuir com a construção do conhecimento de todos. O presente artigo subdivide-se em três partes, primeiramente tratou-se do tema no contexto da educação na diversidade, em seguida voltou-se a pesquisa para o levantamento teórico para dá base à prática, e o terceiro ponto apresenta a prática na escola “Castro Alves”, após finaliza-se com as recomendações finais. 3 1- EDUCAÇÃO ESPECIAL: A Educação na Diversidade. A origem da educação é tão antiga como o surgimento do homem e vai além da criação de instituições para este fim, como a escola. O seu termo, em sentido amplo, compreende os processos, ações, relações, tempos e espaços de interação humana. Somente se fala em educação no contexto das relações sociais e culturais. O conceito de Educação não foi o mesmo ao longo do tempo, alterando-se a depender dos interesses e das necessidades da sociedade que intencionava educar seus membros. A história da deficiência sempre foi marcada por rejeição, preconceito e discriminação. Fazendo um giro pela literatura, conta-se que na Roma Antiga as crianças que nasciam com deficiência eram afogadas, até o início da era cristã, por serem consideradas anormais e débeis. Platão relata que, na Roma Antiga, estas crianças eram sacrificadas ou escondidas pelo poder público. Desde a Idade Média, as pessoas com deficiência passaram a ser identificadas, mas não podiam ser atendidas devido aos seus limites físicos e as crenças espirituais da sociedade da época. Os cegos e surdos eram vistos com dons e poderes sobrenaturais. Ocorreram várias contradições entre sentimentos e atitudes frente a deficiência, em alguns momentos, estas pessoas eram tratadas ora com rejeição, superproteção, piedade e até compaixão, dando surgimento as ações sociais, religiosas e filantrópico como hospitais, prisões e abrigos. Segundo Bruno A Idade Média conviveu com grandes contradições e ambivalência em relação às atitudes e sentimentos frente à deficiência. Os deficientes mentais, os loucos e criminosos eram considerados, muitas vezes, possuídos pelo demônio, por isso eram excluídos da sociedade. Aos cegos e surdos eram atribuídos dons e poderes sobrenaturais. No pensamento dos filósofos cristãos, a crença também oscilava entre culpa e expiação de pecados e, finalmente, com Santo Tomás de Aquino, a deficiência passa a ser considerada como um fenômeno natural da espécie humana. (2006, p. 09) Por muito tempo a escola restringiu o acesso das pessoas consideradas “anormais” na vida escolar e no convívio social, pois estas eram tidas como inaptas para o desempenho de papéis na sociedade. 4 A educação das pessoas deficientes nasceu com caráter assistencial e terapêutico devido a preocupação de religiosos e filantrópicos. Surgiram, por exemplo, tentativas, para ensinar o mudo a falar. O olhar para a educação dos deficientes mentais partiu de um médico que baseou sua metodologia na experiência do menino selvagem de Ayeron (sul da França). E assim, foram dados os primeiros passos para o surgimento da educação especial. Entretanto, mudanças vêm ocorrendo no cenário educacional e social, estas transformações vem contribuindo para que pouco a pouco a educação venha ser trabalhada em prol de alcançar a todos, respeitando a individualidade e a diversidade, anteriormente renegada. No tocante a este aspecto Bruno relata A Declaração dos Direitos Humanos (1948) vem assegurar o direito de todos à educação pública, gratuita. Essas idéias, reforçadas pelo movimento mundial de integração de pessoas com deficiência, defendiam oportunidades educacionais e sociais iguais para todos, contribuindo fortemente para a criação dos serviços de educação especial e classes especiais em escolas públicas no Brasil. Surge, dessa forma, uma a política nacional de educação, ancorada na Lei Nº 4.024/61 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB), com a recomendação de integrar, no sistema geral de ensino, a educação de excepcionais, como eram chamadas na época as pessoas com deficiências. (2006, p. 10). A educação na diversidade é um tema extremamente atual, pois se refere à diversidade étnica, cultural e sexual, deve-se manter respeito às diferenças cujo sinônimo não corresponde à superioridade de uns sobre a inferioridade de outros. Tem-se diferenças em todos os momento em sala de aula, exemplo disto é a aprendizagem. Segundo Perrenoud (2001, p.105), “como os estudantes são diferentes, convém propor-lhes situações de aprendizagem diferentes, não só às vezes, mas sempre que isso for pertinente.” Nos dias atuais muitos trabalhos científicos, divulgam que o ideal do trabalho pedagógico é focar aquilo que cria obstáculos à progressão, isto é, buscar diferenciar em função da experiência, deixando de programar várias semanas de antecedência os assuntos que irão contribuir com o desenvolvimento do ensino-aprendizagem. No contexto da diversidade é imprescindível que a escola e a sociedade lance um novo olhar para as pessoas com deficiências, propondo repensar ideais 5 preconceituosos cristalizados socialmente e que dificultam a inclusão desses sujeitos. Segundo H. Souza (1991), uma das condições mais fundamentais da democracia é o respeito às diferenças, pois a democracia engloba diferentes formas de relação entre os homens, que se estabelecem a partir da consideração das diferenças e do diálogo, e não se limita a ser um espaço institucional da política. 2- O que dizem os pesquisadores sobre a educação inclusiva A pesquisa levantada para subsidiar o trabalho pedagógico inclusivo na escola “Castro Alves” partiu da premissa que “todos somos diferentes”, ninguém pensa igual. O fator determinante destaca-se no fato de que o mais importante para uma pessoa, seja ela especial ou não, é saber que alguém se preocupa com o ela e respeita suas individalidades. As palavras de Cury (2002) trazem a reflexão de como os professores devem atuar em educação inclusiva, todos são iguais, não existe o “normal” e o “diferente”, todos fazem parte da mesma raça, a raça humana. O exemplo de Jesus Cristo, citado pelo autor ensina uma atitude inclusiva. Se você compreender algo sobre a complexidade dos fenômenos que se encenam no palco de nossa mente e que constroem as ideias, descobrirá que não existem árabes ou judeus, americanos ou alemães, negros ou brancos, somos todos uma única e apaixonante espécie. O mestre da vida, Jesus Cristo, era profundamente apaixonado pela espécie humana. Ele dava uma atenção especial a cada ser humano. Os miseráveis eram tratados como príncipes e os príncipes, como reis. (p. 17) Para Vygotsky (1989), o desenvolvimento humano é visto como uma prática social em que as crianças participam de atividades culturais baseadas nas atitudes dos colegas ou adultas os quais apresentam mais experiência. Desta maneira, entende-se que a aprendizagem é o resultado da influência de outras pessoas que representam significativamente os diversos momentos da vida, contradizendo a ideia de sujeito biológico sem incluir o social. Assim, o professor é levado a buscar informações no ambiente do aluno, o qual apresenta as condições necessárias ao aprendizado. 6 É muito fácil ser simplista, buscar somente uma causa para um determinado problema. Normalmente existe um conjunto de causas. Não se trata de aceitar a primeira causa, percebida como a única e verdadeira. Para Skliar (1997, p. 38) Montessori propôs, em 1898, uma abordagem para o trabalho com a pessoa com deficiência intelectual, ultrapassando as técnicas usadas na medicina. A médica abordava o alcance do educando, sua autoestima, autoconfiança, seus níveis de aspiração e sua autoconsciência. Há uma necessidade incessante do ser humano em sentir-se compreendido, existem numerosos estudos sobre técnicas de comunicação. Entender o outro, ou expressar-se é uma das múltiplas inteligências, segundo Antunes (2002) a Inteligência é um potencial biopsicológico, uma capacidade para resolver problemas e criar ideias. O autor relata também que capacidade é o poder humano de receber, aceitar e apossar das demandas externas e internas. A teoria de Morin apresentada por Coelho em suas pesquisas diz que A complexidade de um novo mundo em processo e pois a nova perspectiva, por meio da qual o novo conhecimento deve ser procurado. É essa grande bandeira que Morin vem levantando em sua cruzada pelo mundo, instigando as pesquisas de um novo saber e apontando o pensamento complexo e o método transdisciplinar como possíveis caminhos de busca. Não há duvida de que esse é o grande problema do ensino e da pesquisa, em nossos dias: o do conhecimento a ser descoberto, não mais isolado como algo em si, mas em suas complexas relações com o contexto a que pertence. (2006) A família tem um papel decisivo na formação da criança, e consequentemente na sua trajetória escolar e bem como na forma como este sujeito irá interagir nos espaços sociais. As primeiras experiências vividas e mais significativas partem do contexto familiar. Segundo Bordignon (2006, p. 37). “O sucesso ou insucesso dos outros inumeráveis papéis que vamos exercer ao longo de nossa história (aluno, profissional, por exemplo), dependerão, em grande parte, do sucesso ou do insucesso de nossas relações dentro do sistema familiar”. 7 Compreende-se que não existe um único encaminhamento pedagógico para a aprendizagem dos educandos. O tipo “tamanho único” não funciona nessa perspectiva de trabalho inclusiva. “O termo necessidades educacionais especiais refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades se originam em função de deficiências ou dificuldades de aprendizagem. As escolas têm de encontrar maneira de educar com êxito todas as crianças, inclusive as que têm deficiências graves.” (BRASIL, 1994, pp. l7-l8). Ao professor cabe o esforço de ajuntar todas as teorias modernas de aprendizagem. “Um professor competente jamais aceitaria ser enquadrado numa teoria qualquer, porque imagina ser capaz de fazer a própria” (DEMO, 1997). 3- A prática: medos e expectativas X desafio e pesquisa A educação de um modo geral, precisa ser melhor conduzida, quanto mais a educação especial. Neste caso, é urgente uma reorganização de ensino para oferecer condições adequadas de aprendizagem a todos os alunos, independentemente de suas especificidades. Como afirma Sassaki [...] é imprescindível dominarmos bem os conceitos exclusivistas para que possamos ser participativos ativos na construção de uma sociedade que seja realmente para todas as pessoas, independentemente de sua cor, idade, gênero, tipo de necessidade especial e qualquer outro atributo social. (2002, p. 27) Na escola “Castro Alves”, instituição escolar, na qual, as alunas do curso de Pedagogia atuam, observou-se uma dificuldade dos professores em incluir. Ao receber um aluno especial pela primeira vez, a equipe pedagógica deparou-se com um desafio, como incluir? Este fato inquietou as pesquisadoras a buscar fontes para subsidiar a realidade que a escola teria que enfrentar. Considerando o que diz o ministério da educação sobre a educação inclusiva Capacidade das escolas de atender a todas as crianças, sem qualquer tipo de exclusão. Ou seja, inclusão significa criar escolas 8 que acolham todos os alunos, independentemente de suas condições pessoais, sociais ou culturais. Escolas que valorizem as diferenças dos alunos como oportunidades para o desenvolvimento dos estudantes assim como dos professores, em lugar de considerá-las um problema a resolver. (BRASIL, 2005, p. 35) Na reflexão acerca da formação e constituição do professor numa perspectiva inclusiva, entende-se que há uma necessidade de que sociedade e escola busquem reestruturar o currículo repensando sobre as concepções da educação e por meio deste processo partam para a organização de práticas pedagógicas diferenciadas para atender ao novo público. A primeira atitude tomada pela equipe foi levantar informações teóricas sobre a inclusão e a educação especial. Este momento foi cercado com muito medo, os professores não sabiam como agir e nem que atitude tomar frente ao aluno especial. Os profissionais sabiam que as chances de sucesso da inclusão estavam pautadas na avaliação e análise das possibilidades que a criança especial apresentava para acompanhar o processo ensino-aprendizagem. Descobriram que deveriam traçar o plano de ação, e que o professor e a escola deveriam constituir um trabalho conjunto e interdisciplinar, no qual as particularidades do aluno seria base. “[...] A escola inclusiva não deve ser a escola que ‘oferece tudo para todos’. Este é um lugar impossível” (MEIRA, 2001, p.48). A escola deve lutar para ser inclusiva em todos os momentos, pois todos os alunos possuem particularidades “[...] a homogeneidade é ilusória, [...] estas crianças deverão ser demandadas a partir do estágio em que se encontram, sem que se funde o mito de que ‘são todas iguais’” (MEIRA, 2001, p.50) e com este conceito rompe-se com a estrutura de especial somente porque apresenta uma deficiência em alguma área. A instituição educacional deve buscar tomar uma iniciativa baseada em mudanças significativas que requerem empenho e organização de todos os envolvidos na educação, seja equipe pedagógica, técnica, alunos, família e governo. Após envolvimento de todos, parte-se para a possibilidade em propor atividades que trabalhem com a produção de saber em relação ao que a criança é capaz de sustentar, respeitando as diferentes posições. As atividades supervisionadas foram realizadas visando melhor aproximar os professores a conhecer e reconhecer os fundamentos da educação especial, bem 9 como a sua dimensão na prática. Observa-se que a mesma é uma instância da educação que precisa ser melhor explorada, melhor entendida e, principalmente melhor aplicada na prática. 4- Considerações finais e recomendações. Pelo que foi visto até então, a questão da educação direcionada as pessoas com necessidades especiais é um assunto extremamente polêmico, e que precisa ser avaliado com mais cautela, pois os aspectos positivos que as abordagens teóricas mais inovadoras como a inclusiva propõem, infelizmente, em muitos aspectos não são aplicados na prática. Hoje, de modo geral, as escolas têm tentado se adequar para receber alunos com necessidades educacionais especiais, seja adquirindo materiais didáticopedagógicos para o ensino, pela contratação de profissionais especializados, como capacitação de professores para trabalhar com crianças especiais. Há também, uma preocupação em adaptar o espaço físico das escolas para recebê-las. Na escola “Castro Alves” buscou-se o conhecimento baseado nos teóricos da área e com base nas pesquisas solicitou de todos, os envolvidos, apoio e paciência com a construção entre erros e acertos na nova metodologia que a instituição iria investir. Chegou-se a conclusão que atuar em educação inclusiva não é fácil, mas também não é um bicho de sete cabeças como se pensava. É gratificante saber que pode-se ajudar a contribuir para o crescimento de uma pessoa. Por fim, vale dizer que os professores aprenderam com a experiência adquirida por meio da prática aliada a teoria, levantaram a bandeira da formação em educação especial para a inclusão como um compromisso tendo como meta a formação inicial e continuada, assumindo responsabilidade em transmitir os conteúdos visando construir o conhecimento por meio do exercício da docência bem como conhecimentos específicos da área em evidência. A escola “Castro Alves” continua na luta pela inclusão, fato este comprovado por meio deste artigo que foi construído em cima de incertezas, com ajustes e desajustes, aprendendo e desaprendendo, mais o que ficou como solução ao problema levantado, “como incluir?”, foi a resposta encontrada a problemática, somente inclui quem se inclui, quem busca conhecer, quem abre os olhos para 10 novas possibilidades e perspectivas de mudança e inovação da prática educacional, quem assume responsabilidades e agarra qualquer ponte de ajuda. Foi isto que a equipe pedagógica fez, buscou conhecer e discutir o tema, que até então não havia adentrado em suas realidades, via de regra, era questão voltada para as grandes escolas particulares, para as escolas públicas, enfim, mas em certo momento passou a ser problema exclusivo da escola “Castro Alves”, que transformou em discussão acadêmica, o qual contribuiu com a formação destas profissionais de educação, ajudando em suas práticas educacionais dentro e fora de uma sala de aula. O objetivo proposto foi alcançado, as graduandas do curso de pedagogia puderam embasar a proposta inclusiva na escola e orientar o corpo docente, discente e os pais para ajudarem na nova realidade educacional. Espera-se que este trabalho científico e acadêmico gere oportunidades para outros interessados no tema continuar a pesquisa e a luta pela educação especial e inclusiva como direito de todos e para todos. Aos professores, pedagogos e demais interessados fica a oportunidade de discutir sobre os teóricos da área para respaldar as suas práticas. Referências ASSMANN, Hugo; SUNG, Jung Mo. Competência e Sensibilidade Solidária: educar para a esperança. São Paulo: Editora Vozes, 2000. BARBOSA, L.M.S. Temas transversais. O que são? Como utilizá-los na prática educativa? Curitiba, 2006 BRASIL, Ministério da educação e Cultura. Centro Nacional de Educação Especial. Atividades e recursos pedagógicos para deficientes da audição. Rio de Janeiro, MEC/FENAME, 1983. _______, Educar na Diversidade. Módulo 2: o enfoque da educação inclusiva. Brasília: 2005. _______. Declaração de salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: CORDE, 1994. BORDIGNON, Dolores Maria B. As conexões da não-aprendizagem com a família. In: PORTELLA, F. O.; FRANCESCHINI, I. S. (orgs). Família e aprendizagem - uma relação necessária. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2006. Bruno, Marilda Moraes Garcia. 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