Jairo Sponholz Araujo
Presidente da SBPT
Diretor de Divulgação e Defesa Profissional da SBPT - 2004-06
Vice Diretor do Departamento de Defesa Profissional da Associação
Médica do Paraná - desde 2000
Diretor Médico do Hospital de Clínicas da UFPR -1987-1990 / 1990-1994
Responsável pelo Ambulatório Geral da Disciplina de Pneumologia do HC
da UFPR - 2006-12.
Conflito de Interesses
De acordo com a RDC nº 96, de 17 de dezembro de 2008, declaro:
Vínculos de patrocínio para participação de estudos clínicos, conferências
ou atividades de consultoria, com as seguintes indústrias farmacêuticas:
Ache, AstraZeneca, Boehringer Ingelheim, Chiesi, Glaxo Smith Kline, Novartis,
Nycomed-Takeda , MSD e Pfizer
Vínculo com Associações de classe: PRESIDENTE DA SBPT e VICE
DIRETOR DE DEFESA PROFISSIONAL DA Associação Médica do Paraná
OXIGENIOTERAPIA para Viagens Aéreas
 Contra Indicações absolutas ?






TB ativa sem tratamento?
Pneumotórax ?
Cirurgia Torácica recente ?
DOPC Grave?
Asma Grave?
Bronquiectasias colonizadas por Pseudomonas?
OXIGENIOTERAPIA para Viagens Aéreas
 Contra Indicações absolutas





TB ativa sem tratamento
Pneumotórax (60 dias)
Cirurgia Torácica recente (15 dias)
Hemoptise
Uso domiciliar de O₂ acima de 4l/m em casa
Contraindications to
Commercial Air Travel
British Airways
Can be grouped into 5 general categories
 Very ill
(e.g. ITU patients)
 Very unstable
(e.g. unstable asthma)
 Very contagious
(e.g. TB)
 Very irrational
(e.g. acute psychosis)
 Very pregnant
(e.g. >36/40 or 32/40 for ‘twins+ )
OXIGENIOTERAPIA para Viagens Aéreas
Vôos comerciais
Pressurização gera equivalente de altitude de
2.438 m (8.000 pés)
Equivale a Fi02 15.1%
Expansão gasosa 25 a 30%
Ar seco e frio*
Descompressão na Decolagem
Code of Federal Regulations. Title 14 CFR. Washington, DC: US Government Printing Office, 1986.
Mundo Real
Morgan MDL et al. BMJ 2002;325:1186–7
Curva de Dissociação da Hemoglobina/O₂
8.000
15.000
100
Nível do mar
6.000'
90
% Saturação
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0
10
20
30
40
50
60
pO2 (mmHg)
70
80
90
100
Curva de Dissociação da Hemoglobina/O₂
15 000'
100
DPOC na
Altitude 90
8000'
6000'
Nível do mar
% Saturação
80
70
Indivíduo
Sadio na
Altitude
60
50
40
30
20
10
0
0
10
20
30
40
50
60
pO2 (mmHg)
70
80
90
100
OXIGENIOTERAPIA para Viagens Aéreas
Fluxo de Ar na Cabine do Avião
Duto de Distribuição do Ar
Bagagens
Exaustão do Ar
Saída do Ar
Condiconado
Qualidade do ar na cabine do avião
 50% novo - 50% recirculado
 Sistema de filtragem do ar: HEPA (Hight
Efficiency Particulate Air Filters)
 Ar externo frio (-83 a -53 oC) e com baixa umidade
relativa
 Ar interno frio e seco
(depende do no de pessoas)
Aviation, Space and Enviromental, vol 74, 5, 2003
OXIGENIOTERAPIA para Viagens Aéreas
 Comparado a um edifício moderno, uma
cabine de avião tem um sistema de
renovação do ar pelo menos duas vezes
mais eficiente e conta com filtros HEPA na
recirculação do ar, que remove partículas
maiores de 0,3 µm. Estudos mostram que
composição microbiológica do ar da cabine
dos aviões é melhor que a do ar das
grandes cidades.
Lei de Boyle
“ Em temperatura constante, o
volume de um gás é
inversalmente proporcional a
pressão barométrica”
CAIXA COM
VOLUME DE
1L
500ml de ar
10,5 ml de
O₂
18.000 pés
2 vezes
1 L de ar
21 ml de O ₂
Nível mar
Coker et al. BTS Statement Thorax; 57(2):1-26, 2002
BTS Guidelines on respiratory aspects of fitness for diving. Thorax; 58(1), 2003
Pressão Barométrica na Altitude
(Lei de Boyle)
 Expansão de gases:
• intestino
• estômago
• seios da face
• ouvido médio
• bolhas no pulmão
Coker et al. BTS Statement Thorax; 57(2):1-26, 2002
BTS Guidelines on respiratory aspects of fitness for diving. Thorax; 58(1), 2003
OXIGENIOTERAPIA para Viagens Aéreas
 Não relacionados à Hipoxemia:
 Rápida descompressão na decolagem: bolhas e/ou
cistos pulmonares compressão pulmonar
 Alterações na Função Pulmonar (Dist. V/Q, shunts)
 Pneumotórax
 Aumento do Volume Residual (alçaponamento) ?
OXIGENIOTERAPIA para Viagens Aéreas
 Relacionados à Hipoxemia Crônica




Sensibilidade dos Receptores
Resposta de Hiperventilação ineficiente
Aumento do Shunt Pulmonar
Cansaço pela Hiperventilação
OXIGENIOTERAPIA para Viagens Aéreas
 Hipoxemia Aguda (agravada agudamente)
 Alteração de Funções Mentais
 Trombogênica?
Emergências médicas durante vôos

Apenas a British Airways transporta 30 milhões de passageiros/ano

1: 10.000 - 40.000 vôos ocorre pouso não programado

10% das emergências durante os vôos são respiratórias (após
cardíacas e neurológicas)

Custo de U$ 180.000 (em 2004 pela British Airways)

0.31 mortes por 1 milhão passageiros voados
Coker and Partridge. Thorax, 59(11), 2004
Emergências médicas durante vôos
Todas as outras
Obst/Ginec.
Gastro
Respiratórias
70% Acute Dyspnoea
10% Asthma exacerbation
10% COPD exacerbation
10% Other
Neuro
Cardio
OXIGENIOTERAPIA para Viagens Aéreas
 Espirometria
 Saturação de O2 ao Nível do Mar
 Sintomas de Risco ao Paciente
 Predizem com segurança se teremos
problemas ?
OXIGENIOTERAPIA para Viagens Aéreas
 Espirometria
 Saturação de O2 ao Nível do Mar
 Sintomas de Risco ao Paciente
 Não predizem com segurança se teremos
problemas
OXIGENIOTERAPIA para Viagens Aéreas
 Sat. < 92% ao Nível do Mar
 Realizar testes de tolerância
 Suplementação de 02
OXIGENIOTERAPIA para Viagens Aéreas
 Pacientes já em uso de 02 domiciliar.
 Ideal realizar também testes de tolerância
 Aumentar a oferta em 2 litros/minuto,
durante o vôo.
 Quem necessita mais de 4 litros/minuto em
domicílio.
SatO2 em vôos comerciais
✈

Medida oximetria de pulso 84 passageiros (idade 1 - 78 anos)

Queda de 4% da SatO2 após 2 horas cruzeiros em relação a
SatO2 da Terra (SatO2 Terra = 97% e SatO2 Cruzeiro = 93%)

Semelhante para vôos curtos e longos ?

Não está indicada suplementação de oxigênio para SatO2 na
Terra entre 92-95%
Humphreys at al. Anaesthesia; 12: 458-60, 2005
Indicação de Suplementação de
O2 durante Vôo
Avaliação Inicial
Recomendação
(grau de Evidência)
SatO2 > 95%
Sem indicação (B)
SatO2 = 92 – 95% sem fator de
risco*
Sem indicação (C)
SatO2 = 92 – 95% com fator de
risco*
Indicar teste de hipóxia e
gasometria arterial (B)
SatO2 < 92%
O2 durante o vôo, 2 a 4l/min (B)
Paciente que faz uso de O2
Aumentar o fluxo durante o vôo
(B)
* hipercapnia, FEV1 < 50% do predito, exacerbação da doença
Coker et al. BTS Statement Thorax; 57(2):1-26, 2002
Teste de Simulação de
Hipóxia em Altitudes
 Determina PaO2 respirando ar simulando a cabine de
aeronave em cruzeiro (85% N, 15% O2)
Resultado do Teste
Recomendação
(grau de Evidência)
PaO2 > 55mmHg
Sem indicacão de O2 (B)
PaO2 = 50 - 55mmHg
Bordeline; teste da
caminhada pode ser útil (C)
PaO2 < 50mmHg
O2 durante o vôo (2-4l/min)
(B)
Coker et al. BTS Statement Thorax; 57(2):1-26, 2002
Teste de Simulação de
Hipóxia em Altitudes
1- Prepare o lobo auricular com o uso de um creme
vasodilatador
2- Adapte o oxímetro
3- Adape a cânula nasal para fornecimento de 02
4- Coloque uma máscara Venturi 40% na face do
paciente; coloque nitrogênio 100% com fluxo de
10l/m Fi02= 15,1%
5- Monitore Sat. 02 e FC cada 30s por 20m.
6- Sat. em repouso menor que 90%, fazer teste com
02 2l/m.
Teste de Simulação de
Hipóxia em Altitudes
Venturi
40% /
10l/m N
7,5 kPa~
55mmHg
Robson AG et al. Eur Respir J 2000; 16: 214-219
Teste de Simulação de
Hipóxia em Altitudes
OXIGENIOTERAPIA para Viagens Aéreas
NECESSITA ACOMPANHANTE?
(sentado, toalete, translado, medicação)
COMO CHEGA/SAI DO AEROPORTO? (Ambulância, veículo especial)
MEDICAÇÃO PARA VIAGEM E ATRASOS?
RECEITA MÉDICA NA BAGAGEM DE MÃO?
SEGUROS?
(abrange doença pré existente, repatriação)
GERAIS




ATRASOS E CANCELAMENTOS(CONEXÕES).
TAMANHO DOS AEROPORTOS.
FONTES DE ENERGIA E DE OXIGÊNIO.
RESTRIÇÕES LEGAIS QUANTO A
MEDICAMENTOS E EQUIPAMENTOS.
 DESTINO – ALTITUDE, POLUIÇÃO E
FORNECIMENTO DE O₂ NO DESTINO.
 ADAPTADORES DE TOMADAS.
GERAIS - MEDIF
 SITE DA EMPRESA AÉREA.
 PRAZO DE VALIDADE.
 VERIFICAR SE O MESMO SERVE PARA
OUTRA EMPRESA AÉREA.
 PREENCHIMENTO ANTECIPADO DO
MEDIF.
GERAIS
GERAIS
THORAX September 2011 Volume 66 Supplement 1
LINFANGIOLEIMIOMATOSE –
OUTRAS DOENÇAS CÍSTICAS
 HIPOXEMIA.
 PNEUMOTÓRAX.
ASMA






ASMÁTICOS HIPOXÊMICOS.
MESMOS CRITÉRIOS DE DPOC.
CRISE.
PÓS EXACERBAÇÃO, INSTABILIDADE.
CORTICÓIDE ORAL.
MEDICAÇÃO E RECEITA.
DOENÇAS NEUROMUSCULARES –
CIFOESCOLIOSE – DOENÇA
RESTRITIVA
 HIPOXEMIA.
 PNEUMOTÓRAX.
 INFECÇÕES PÓS VIAGEM –
ANTIBIÓTICOS E CORTICOSTERÓIDES.
PNEUMOTÓRAX – CIRURGIA
TORÁCICA PRÉVIA
 CIRURGIA TORÁCICA - 15 DIAS.
 PNEUMOTÓRAX – 60 DIAS.
 AR RESIDUAL (ATÉ UM ANO- AUMENTO
DE ATÉ 40% NO VOLUME DA CAVIDADE)
SAOS
 DOCUMENTAÇÃO SOBRE USO DO CPAP-BIPAP.
 CHECAR BATERIAS.
 ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA NO AVIÃO E NOS
AEROPORTOS (VOLTAGEM E ADAPTADORES)
 CHECAR FUNCIONAMENTO EM AMBIENTE COM
MENOR PRESSÃO ATMOSFÉRICA (CABINE DO
AVIÃO).
 EVITAR ÁLCOOL E SEDATIVOS.
PAVM – CÂNCER – ICC OBESIDADE
 HIPOXEMIA.
 TEP.
 METÁSTASES CEREBRAIS –
CONVULSÕES.
 RESTRIÇÕES LEGAIS QUANTO AOS
MEDICAMENTOS.
FIBROSE CÍSTICA
 COM FEV1 <50% - TESTE DE
SIMULAÇÃO DE HIPOXEMIA EM
ALTITUDES.
 CONTAMINADOS COM GERMES
MULTIRRESISTENTES.
 ANTIBIÓTICOS, CORTICOSTERÓIDES.
INFECÇÕES BRONQUIECTASIAS
 INFECÇÃO AGUDA.
 DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
(LEGISLAÇÃO).
 TRANSPORTE DE MEDICAMENTOS.
DOENÇA DOS SEIOS
PARANASAIS
 DESCONGESTIONANTES ORAIS.
 VASOCONSTRITORES .
 CORTICÓIDES TÓPICOS.
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