UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA WAGNER FERREIRA ANTUNES PERFIL DOS PARTICIPANTES DE ASSESSORIAS DE CORRIDA DE FLORIANÓPOLIS Palhoça 2014 WAGNER FERREIRA ANTUNES PERFIL DOS PARTICIPANTES DE ASSESSORIAS DE CORRIDA DE FLORIANÓPOLIS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Educação Física da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física. Orientador: Profa. Elinai dos Santos Freitas Schutz Msc. Palhoça 2014 Dedico este trabalho primeiramente aos meus pais pela educação, valores e caráter que me ensinaram desde a infância e que procuro exercitá-los diariamente. À minha esposa amada, parceira e guerreira que me apoiou e me deu força nos momentos mais difíceis desta caminhada. À Deus, que me guia e renova sua graça a cada dia em minha vida. RESUMO O objetivo geral deste estudo foi descrever o perfil dos participantes de assessorias de corrida Florianópolis. Os resultados deste estudo apontam para os dados a seguir: com relação aos dados demográficos, a maioria dos participantes eram homens (n=52) com pouca diferença com relação às participantes do sexo feminino (n=48), faixa etária predominante foi de 27 a 36 anos, o peso aproximado foi de 57 a 66 quilos para ambos os sexos e IMC dentro da classificação de normalidade da Organização Mundial de Saúde. A grande maioria dos participantes apresentou nível superior completo (81%) e renda mensal familiar de 5 a 10 salários mínimos (R$ 3.621,00 à R$ 7240,00).No que diz respeito aos hábitos de corrida dos participantes de assessorias de corrida, 32% deles relataram praticar corrida entre 1 e 2 anos,tendo como principal objetivo o condicionamento físico (44%) e como o período preferido para treinar, o noturno, com 63% da preferência dos mesmos. A metragem semanal percorrida em treinos foi de 11 a 20 quilômetros (34% dos participantes) e o tempo médio por quilômetro para 27% deles foi entre 5:31 a 6:00 minutos por quilômetro (min./km). A maioria dos treinos realizados é no piso de asfalto e cimento, respectivamente, com duração de até 60 minutos para uma sessão, com 52% das repostas positivas para este item. Provas de menos de 10 km são as preferidas para 38% dos participantes, seguido de provas de 10 km para 32% deles. Dos 100 participantes, 67 praticam outra modalidade esportiva além da corrida, sendo musculação a mais praticada com 61% da preferência. Os participantes tem um tempo médio de pratica dessas modalidades esportivas de 1 a 5 anos (34%), sendo que 32% praticam com frequência de três vezes por semana e 71% deles tem duração da sessão de treino de 31 até 60 minutos, além disso, foi identificado que 33% dos corredores de assessorias de Florianópolis praticam somente a corrida como modalidade esportiva. O principal motivo para a adesão às assessorias de corrida reveladas por 42% dos participantes foi a orientação profissional, além disso, os serviços mais oferecidos pelas assessorias esportivas foram os treinos em grupo (40%),seguido de sessões de alongamento, educativos de corrida e hidratação para os atletas. O investimento mensal em assessoria esportiva ficou entre 51 e 100 reais. Dos corredores, 38% consideram-se com uma experiência intermediária e 31% são novatos. Dos participantes, 61% costumam alongar sempre antes de treinos e competições e 64% costumam alongar após. Porém, com relação ao aquecimento antes de treinos e competições, 69% realizam aquecimentos pré-treino e 42% desaquecem ou “voltam à calma” apenas algumas vezes.Com relação aos tênis, 53% dos corredores os trocam com uma frequência de 6 meses a 1 ano, sendo o desgaste da estrutura o maior motivo de troca para 58% dos corredores. Dos participantes, 79 deles revelou utilizar tênis com algum tipo de característica especial de amortecimento, estabilidade ou controle de movimento, com 86% cientes do seu tipo de pisada, sendo a pisada neutra a predominante entre os participantes (40%). A forma de avaliação de pisada mais utilizada foi a observação e filmagem na esteira (31%), na qual o profissional de Educação Física e/ou treinador de corrida foram responsáveis por 37% das avaliações de pisada realizadas. As lesões musculoesqueléticas relacionadas à corrida afetaram 60% dos participantes no passado, sendo a mais comum a Canelite, porém atualmente, 83% dos participantes afirmam não estar lesionados.Dos participantes entrevistados, 63% frequentam academias e pagam mensalidades que variam de 101 a 200 reais. Desses, a maioria relatou não haver assessoria esportiva relacionada à corrida na academia. A marca de tênis preferida entre os corredores foi a Asics (45%), seguido da Mizuno (18%) da preferência. 58% dos participantes compram até 2 pares de tênis por ano e investem entre 201 e 400 reais nos mesmos. Já a marca preferida de roupa para correr identificada pela pesquisa foi a Nike, com 23% da preferência, porém,24% dos participantes relataram não possuir preferência por marca específica de roupa para correr. O shopping é o lugar onde 34% dos corredores de assessorias costumam comprar suas roupas esportivas, valor similar aos 33% dos que preferem comprar em lojas no exterior. A utilização de suplementos durante a prática esportiva é comum para 60% dos corredores, sendo o BCAA (n=34), Whey Protein (n=23) e gel de carboidrato (n=21) os mais utilizados. Possuem bicicleta 60% dos participantes. Com relação aos eventos de corrida, o meio de comunicação mais utilizado pelos corredores para se informar sobre as provas é a assessoria esportiva (29%), com participação de 3 a 5 corridas por ano em média para 45% dos participantes, sendo a “simples prática do esporte”, o principal motivo que leva os corredores à se inscrever em eventos. As provas preferidas nesses eventos são as de 5km (n=32), seguido das provas de 10km (n=28) e meia maratona (n=19).Dos corredores participantes da pesquisa, 72% afirmaram participar de eventos de corrida fora de suas cidades de origem, realizando um gasto de mais de 400 reais nestas cidades. Já no exterior, esses valores são superiores à 1.000 reais. Palavras-chave: Perfil, Corridas de Rua, Assessorias de Corrida. LISTA DE TABELAS Tabela 1 - gênero e faixa etária................................................................................. 21 Tabela 2 - evolução do número de corredores concluintes de 2012-2013................ 22 Tabela 3 - peso aproximado e estatura......................................................................23 Tabela 5 - treinos realizados em diferentes tipos de piso por semana...................... 28 Tabela 6 - duração média do treino de corrida.......................................................... 29 Tabela 7 - número de concluintes de provas nos eua em 2013................................ 30 Tabela 8 - outras modalidades esportivas praticadas................................................ 31 Tabela 9 - tempo de prática, frequência semanal e tempo de duração da sessão de treino de outras modalidades..................................................................................... 32 Tabela 10 - objetivos pelos quais os praticantes de corrida praticam corrida........... 33 Tabela 11 - benefícios da corrida............................................................................... 34 Tabela 12 - principais motivos que levam os corredores a procurar assessorias de corrida e serviços oferecidos......................................................................................35 Tabela 13 - investimento mensal em assessoria de corrida...................................... 36 Tabela 14 - alongamento antes e após treinos e competições.................................. 38 Tabela 15 - aquecimento / desaquecimento antes e após treinos e competições.....38 Tabela 16 - fatores levados em consideração para a troca do tênis de corrida.........39 Tabela 17 - tênis com característica especial e tipo de pisada predominante........... 40 Tabela 18 - forma de avaliação da pisada................................................................. 42 Tabela 19 - utilização de palmilha.............................................................................. 43 Tabela 20 - lesões musculoesqueléticas relacionadas à corrida ocorridas no passado e atualmente...............................................................................................................43 Tabela 21 - frequência à academia, valor de mensalidade e assessoria esportiva... 45 Tabela 22 - marca de tênis preferida pelos corredores..............................................46 Tabela 23 - utilização de suplementos durante a prática esportiva........................... 50 Tabela 24 - uso de bicicleta e pretensão de compra nos próximos 6 meses............ 50 Tabela 25 - meios de comunicação e eventos de corrida por ano.............................51 Tabela 26 - motivos que levam corredores à eventos de corrida.............................. 52 Tabela 27 - frequência de participação em eventos de corrida em outras cidades e gastos......................................................................................................................... 53 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Evolução das corridas nos EUA de 1990 a 2013 .................................... 22 Gráfico 2 - Nível de escolaridade .............................................................................. 24 Gráfico 3 - Renda mensal familiar ............................................................................. 24 Gráfico 4 - Tempo de prática de corrida .................................................................... 25 Gráfico 5 - Frequência de treinos semanais .............................................................. 26 Gráfico 6 - Período dos treinos de corrida ................................................................. 26 Gráfico 7 - Tipo de prova que corre com maior frequência ....................................... 29 Gráfico 8 - Tendência de prevalência de prática de musculação .............................. 31 Gráfico 9 - Experiência dos corredores ..................................................................... 37 Gráfico 10 - Frequência da troca de tênis ................................................................. 39 Gráfico 11 - Marca de roupa preferida para correr .................................................... 48 Gráfico 12 - Marca de roupa e tênis preferidos pelas mulheres ................................ 48 Gráfico 13 - Local de compra de material esportivo .................................................. 49 Gráfico 14 - Provas preferidas em eventos de corrida .............................................. 53 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA ............................................. 10 1.2 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 12 1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 12 1.4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 12 2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 14 2.1 CORRIDA NA PRÉ-HISTÓRIA, ERA ROMANA E ERA CRISTÃ ........................ 14 2.2 CORRIDA DE RUA ............................................................................................. 15 3 MÉTODO................................................................................................................ 18 3.1 TIPO DE PESQUISA ........................................................................................... 18 3.2 PARTICIPANTES DA PESQUISA ....................................................................... 18 3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA ......................................................................... 19 3.4 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS .................................................... 19 3.5 ANÁLISE DE DADOS.......................................................................................... 20 4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ..................................... 21 4.1 DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS ...................................................................... 21 4.2 HÁBITOS DE CORRIDA ..................................................................................... 25 4.3 ASSESSORIAS ESPORTIVAS ........................................................................... 35 4.4 TÊNIS .................................................................................................................. 39 4.5 LESÕES .............................................................................................................. 43 4.6 HÁBITOS DE CONSUMO ................................................................................... 45 5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES.............................................................................. 55 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 58 ANEXO ..................................................................................................................... 62 10 1 INTRODUÇÃO 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA Em decorrência dos hábitos da vida moderna, no último século o homem torna-se cada vez mais ligado à tecnologia, porém sedentário, contrariando os hábitos dos seus ancestrais que percorriam em torno de 20 a 40 quilômetros por dia efetuando a caça, a pesca e a coleta. Na atualidade, estima-se que com as atividades rotineiras urbanas o homem moderno caminha cerca de 2km por dia (WEINECK, 2003). Por outro lado, o número de indivíduos que estão buscando a prática de algum tipo de atividade física vem se tornando cada vez mais expressivo na atualidade, dentre os quais, observa-se o desenvolvimento de atividades físicas ao ar livre, como as caminhadas e as corridas. Como será analisado neste estudo, as corridas, especificamente, às corridas de rua, que praticadas em praças e parques, tem apresentado um rápido crescimento do número de provas e praticantes atualmente. Acredita-se que este fato se deve a peculiaridades como: ser acessível a toda população apta, demandar baixo custo para os organizadores, assim como para o treinamento e a participação, caracterizando-se como uma atividade física popular ou de massa, consideradas atividades também relevantes na perspectiva do lazer, já que uma grande parcela da população pode ter acesso a ela (WEINECK, 2003). Depois de muito tempo em evolução lenta, a corrida de rua no Brasil, que nas décadas de 70 e 80 era focada na prática militarista e em corredores de alto rendimento no atletismo de pista, teve um grande crescimento pela influência do movimento americano jogging boom, promovido pelo Dr. Kenneth Cooper, que difundiu seu famoso “Teste de Cooper”. Ele criou uma tabela que mede o desempenho dos corredores em velocidade constante, com índices que variam de acordo com a idade, sexo e seus desempenho (profissional ou amador). (SILVA, 2009). A partir de então, a prática da modalidade cresceu de maneira sem precedentes na história. Ainda nesta mesma época surgiram provas onde era permitida a participação popular junto aos corredores de elite – cada grupo largando nos respectivos pelotões (SALGADO et al. 2006). 11 Corrida de rua é hoje, no Brasil, um assunto que parece estar na moda. A disponibilidade de tantas informações e materiais em fontes públicas e privadas é um reflexo direto do interesse do mercado pelo tema (LIMA, 2007). A corrida de rua é um dos esportes que mais vêm ganhando espaço no país do futebol, principalmente nos grandes centros urbanos. Apesar da prática de corrida teoricamente necessitar apenas uma camiseta, um calção em um par de tênis , acompanhado do crescimento do número de participantes, houve explosão do número de grupos de corridas, provas,assessorias esportivas, modelos de tênis, artigos do vestuário, etc. Uma das maiores consultorias do país aponta que são aproximadamente três bilhões de reais movimentados pela corrida de rua em um ano (CROWE HORWATH, 2010). Em 2013, a Corpore, uma entidade de utilidade pública e que organiza eventos de corrida em São Paulo, divulgou a evolução dos participantes de corridas organizadas por esta instituição de 1994 a 2013. Em 1994 foram 4,3 mil inscritos no eventos de corrida organizados durante aquele ano, já em 2013 este número saltou para 89 mil participantes nas provas organizadas. O número de eventos também cresceu de 6 no ano de 1994 para 18 em 2013. (CORPORE, 2014). Já nos Estados Unidos, outra instituição, a Running USA, fez um mapa da corrida no país, com um total de 26.370 eventos de corrida organizados em 2012, com a participação de mais de 15 milhões de corredores que finalizaram essas provas. (RUNNING USA, 2014). Ano após ano, os eventos de corrida de rua vêm conquistando os espaços públicos das grandes metrópoles, atraindo novos adeptos. Seja simplesmente pelo desejo de praticar atividade física, seja pela busca de um estilo de vida mais saudável, este é um esporte que encontrou seu espaço na vida contemporânea. O seu grande crescimento também foi potencializado pelo surgimento de assessorias esportivas, empresas formadas por profissionais de Educação Física especializados em corrida, que passaram a organizar os treinamentos em grupo para atletas amadores. As assessorias esportivas popularizaram o acesso ao esporte e facilitaram, principalmente, o ingresso de corredores iniciantes nesse meio. (LIMA, 2007). Além de planejar e orientar o treinamento, muitas assessorias também oferecem acompanhamento de outros profissionais relacionados a este esporte, como nutricionistas, psicólogos, massagistas, ortopedistas, além de parcerias com 12 academias, lojas de materiais esportivos e laboratórios médicos. Essas empresas especializaram-se em treinamentos para grupos de atletas. (LIMA, 2007). Segundo a ATC-SC (Associação de Treinadores de Corrida de Santa Catarina) uma das principais causas desse sucesso é o seu valor social. A corrida faz com que as pessoas se aproximem, por afinidades, estilos de vida, etc. Com isso, o número das Assessorias de Corrida só tem aumentado. No estado de Santa Catarina, temos aproximadamente 40 assessorias. As assessorias vêm ajudando muito no crescimento e no amadurecimento do mercado. Elas oferecem serviços de treinamentos especializados, nutricionistas e até massagistas, disponibilizando maior conforto e muita segurança ao praticante. (ATCSC, 2014). A partir do exposto formulou-se o seguinte problema de pesquisa: qual o perfil dos participantes de Assessorias de Corrida de Florianópolis? 1.2 OBJETIVO GERAL Descrever o perfil dos participantes de Assessorias de Corrida de Florianópolis? 1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Identificar os dados sociodemográficos dos participantes das assessorias de corrida de Florianópolis; • Verificar os hábitos de corrida desses participantes; • Identificar o histórico de lesões desses participantes; • Verificar os hábitos de consumo desses participantes; • Identificar os aspectos relacionados à participação em eventos de corrida. 1.4 JUSTIFICATIVA Pessoas se deslocam, nacional e internacionalmente, treinam por vários meses, adotam hábitos rigorosos de alimentação e de repouso, se privam de outras práticas no seu tempo livre, para correr. A competição existe, reúne milhares de pessoas, ainda que a possibilidade de vitória exista para apenas alguns poucos. 13 Empresas produzem equipamentos, organizam eventos, prestam serviços, patrocinam atletas e provas. Cabe então estudar a corrida de rua como forma de expressão de sociedade nos dias de hoje, marcada por uma multiplicidade de valores e hábitos, por transformações drásticas e rápidas, que se vale do apoio intensivo da tecnologia, sobretudo para a disseminação das informações e para deslocamentos, como fenômeno sociocultural. Compreender as corridas contribui para a compreensão do tempo atual. (DALLARI, 2009) No período de março a abril de 2013, a empresa Iguana Sports, referência no mercado de Running no Brasil, realizou uma pesquisa intitulada “Panorama das Assessorias Esportivas”, com o objetivo de conhecer o mercado das assessorias esportivas de todo o Brasil. Do total das 164 assessorias participantes da pesquisa, 47% eram de São Paulo, 31% Rio de Janeiro e 22% de outros estados como Brasília, Rio Grande de Sul e Minas Gerais. Foram abordadas na pesquisa questões como tempo de existência, locais de treino, perfil dos clientes, gênero dos atletas, período dos treinos, faixa etária, prática de outros esportes, técnica e tecnologia, fidelidade e permanência, serviços oferecidos, infraestrutura, promoções e ações diretas, comunicação, atualização profissional, divulgação e captação de novos clientes, apoio e patrocínio, divulgação de eventos, planejamento, média de inscritos por evento, motivos para participação em eventos de corrida. (IGUANA SPORTS, 2013). Este estudo se justifica pela carência de publicações relacionadas ao perfil de participantes de assessorias de corrida, mais especificamente em Santa Catarina e Florianópolis. Esta pesquisa poderá beneficiar o meio acadêmico, os Profissionais de Educação Física, treinadores de Assessorias de Corrida e a comunidade, através de informações relevantes como dados sociodemográficos, hábitos de corrida, incidência de lesões em corredores, hábitos de consumo e informações referentes à escolha de eventos de corrida. 14 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 CORRIDA NA PRÉ-HISTÓRIA, ERA ROMANA E ERA CRISTÃ As primeiras evidências do ato de correr vem dos tempos mais antigos, mais exatamente na representação de dois corredores em um vaso da civilização Micênica 16 a.C., naquela época a corrida era a diferença entre a vida e a morte (YALOURIS, 2004). O homo sapiens corria para caçar ou fugir de seus predadores. Com o desenvolvimento da cultura e formação de povoados e civilizações o homem passou a utilizar animais como meio de transporte diminuindo o papel da corrida na vida diária. Com a invenção de outras formas de deslocamento o homem passou a correr cada vez menos. (NIADA, 2011.p.18) Na batalha de Maratona, que ocorreu durante a Primeira Guerra Médica em setembro de 490 a.C. em Atenas, Milcíades, comandante das tropas atenienses avisado do desembarque persa, enviou Fidípiades a Esparta para solicitar ajuda, correndo cerca de 200 quilômetros em menos de um dia a pé. Os espartanos prometeram enviar ajuda, mas argumentaram que, por razões religiosas (já que se encontravam no nono dia do mês lunar), não poderiam fazê-lo antes de seis dias. Não podendo esperar tanto, Milcíades atacou os persas com o efetivo que dispunha. Após uma batalha com grande resistência dos persas e muitas baixas dos atenienses, Fidípiades foi mandado por Milcíades a correr os 42 quilômetros (250 estádios) que separavam Maratona de Atenas para anunciar a vitória grega. Diz a lenda que após anunciá-la com a frase “Alegrai-vos, atenienses, nós vencemos!”, caiu morto devido ao esforço. (STAPASSOLI, 2012). Segundo Nogueira (2002), nos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna realizados em 1896 e idealizados pelo Barão de Coubertin, o filólogo Michel Bréal sugeriu a realização de uma prova de Maratona a Atenas em homenagem ao soldado Fidípiades. O vencedor foi Spiridon Louis, com o tempo de 2h58min50sec, fazendo a média de 4min28 por quilômetro. Somente em 1908, nos Jogos Olímpicos de Londres, que o percurso de 42.195 metros foi estabelecido para que a família real britânica pudesse assistir ao início da prova do jardim do Castelo de Windsor, essa distância é a mesma utilizada atualmente como oficial. 15 Na bíblia cristã a corrida é citada em vários versículos, seja no Antigo Testamento com o profeta Isaías, exaltando a Deus pela renovação das forças dos seus “filhos” e dos que Nele creem. Ele fortalece o cansado e dá grande vigor ao que está sem forças. Até os jovens se cansam e ficam exaustos, e os moços tropeçam e caem; mas aqueles que esperam no Senhor renovam suas forças. Voam alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam. Isaías (40:29-31) Seja no Novo Testamento com o Apóstolo Paulo, discípulo de Jesus Cristo. Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus Cristo me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus. Atos dos Apóstolos (20:24) 2.2 CORRIDA DE RUA A IAAF (2013) (Associação Internacional das Federações de Atletismo) define as corridas de rua como “provas de pedestrianismo disputadas em ruas pavimentadas, a ser realizadas numa distância padrão:10km, 15km, 20km, Meia Maratona,25km, 30km, Maratona (42.195m), 100km e Maratona de Revezamento em percurso de rua”. As Corridas de Rua surgiram e se popularizaram na Inglaterra no século XVIII. Posteriormente, a modalidade expandiu-se para o restante da Europa e Estados Unidos. No final do século XIX, após a primeira Maratona Olímpica, as Corridas de Rua difundiram-se ainda mais, particularmente nos Estados Unidos (RUNNERS WORLD,1999 p10) Em 1993, 1.010 corredores participaram da primeira Maratona de Revezamento do Pão de Açúcar (42.195m), a maior corrida de rua do Brasil, realizada em São Paulo nas proximidades do Parque do Ibirapuera. Em 2002, a prova foi transferida para a Cidade Universitária e contou com aproximadamente 22.000 corredores. A edição de 2003 reuniu 25.840 corredores, representando um recorde absoluto de participantes na América Latina. Em 2004, em sua 12ª edição, o evento teve mais de 30.000 inscritos e, em 2005, teve que ser transferido da Cidade Universitária para o parque do Ibirapuera, uma vez que a USP não tinha infraestrutura suficiente para comportar uma prova deste porte. (SALGADO et al. 2006). Sendo também espaço de publicidade para produtos voltados para corrida, as provas de corrida têm aumentado e ganhado ampla diversidade de temas. É 16 importante destacar que há dois tipos de provas. Há as corridas convencionais vinculadas à valores mais tradicionais da corrida, populares com participantes de baixa renda e de nível técnico mais alto, também existem as corridas “fashion”: elitizadas, inscrições de valores mais altos, produção mais elaborada, ocorre maior divulgação de marcas e há convite para a participação de corredores de alto nível. (OLIVEIRA, 2006). Não só as corridas convencionais tem ganhado mais popularidade, mas principalmente as corridas “fashion”. O quadro abaixo mostra o ano de criação de provas repetidas anualmente em diferentes cidades do Brasil. Assim como marcas de isotônicos, outras marcas de material esportivo utilizam esses eventos para se aproximar com o público corredor. Quadro 1 - Exemplos de Grandes Eventos de Corrida (fashion) Evento Patrocinadora Ano de Início Circuito de Corridas da Caixa Econômica Federal 2004 Circuito das Estações Adidas 2006 Circuito Run Series Track & Field 2004 Nike 600k Nike 2009 Caixa Fonte: Niada (2011) Ainda segundo Niada (2011), o aumento do número de provas comprova-se também pela atratividade financeira, pois os valores que giram em cada prova são altos: “Cada prova movimenta entre R$1,44 milhão e R$6 milhões, dependendo do total de participantes. Esse valor corresponde à hospedagem, alimentação, lazer, transporte e as compras”. Diante dessa perspectiva, a própria atividade de correr, na sociedade ocidental, foi transformada num produto de consumo. “O consumo é o momento onde ocorrem trocas simbólicas, que determinam e reproduzem o código social, onde há uma ativa apropriação de signos. Não seria, portanto, um fim, mas um instante, onde muito é criado e produzido. Ao invés da visão econômica, de um ato, privado e pessoal, de destruição do produto pelo consumidor, o consumo é, de fato, um ato de natureza eminentemente social, onde significados simbólicos, códigos sociais, ideologias e relacionamentos são produzidos e reproduzidos.” (ROSSI, HOR-MEYLL,2001,p.6 apud STAPASSOLI, 2012, p.45) Lima (2007,p.31) diz que “outro indicador do crescimento de mercado das corridas de rua é o aumento da quantidade de publicações especializadas no assunto, voltadas para o público que participa de corridas.” Até 2003, havia uma 17 única revista vendida em bancas voltada para corredores: a Contra-Relógio. Atualmente convivem com ela nas bancas de jornal, outros quatro títulos direcionados exclusivamente para este público: WRun, O2porminuto, Finisher e Runner´s World Brasil. 2.3 ASSESSORIAS ESPORTIVAS As assessorias esportivas trouxeram para a corrida uma infraestrutura que atraiu e agradou as pessoas com maior poder aquisitivo: o conforto de ter à disposição dos atletas água, bebidas isotônicas (como Gatorade e Marathon), frutas e barras de cereal, disponibilizar espaço para estacionar o carro com segurança e tranquilidade, organizar a participação dos atletas em corridas selecionadas, escolher lugares bonitos e variados para treinar (USP, Aldeia da Serra, parques da cidade), oferecer uniformes patrocinados por grandes empresas etc. Quando surgiram, em 1994, existiam apenas seis assessorias esportivas em São Paulo: a 4any1(For any one), a M.P.R. (Marcos Paulo Reis), a Miguel Sarkis, a Run & Fun, a Run For Life e a Race. Em 2002, quando já eram 28 empresas, foi fundada a Associação de Treinadores de Corrida de Rua (A.T.C.), responsável pelo cadastramento de todas as assessorias esportivas atuantes na capital paulista. (LIMA,2007) Hoje, o objetivo da associação é progredir com qualidade, organizando o crescimento para que ele não seja passageiro. A ATC paulista estima que 5000 corredores sejam associados às cerca de 100 assessorias cadastradas em São Paulo (LIMA,2007). 18 3 MÉTODO 3.1 TIPO DE PESQUISA Quanto à natureza, este estudo trata-se de uma pesquisa aplicada, segundo Gil (2010), este tipo de estudo destina-se à aquisição de conhecimentos voltados à aplicação numa situação específica. Ainda, segundo Andrade (2001), o objetivo é gerar conhecimentos, buscando transformar em ação concreta os resultados do trabalho. Quanto a abordagem do problema, a pesquisa classifica-se como quantitativa. De acordo com Silva et al. (2011), a pesquisa quantitativa considera tudo que pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Nesse caso específico será feito o levantamento do perfil dos participantes de assessorias de corrida de Florianópolis, utilizando técnicas estatísticas para o tratamento os dados. Quanto aos objetivos, classifica-se como exploratória. Piovesan e Temporini (1995) colocam que este tipo de pesquisa é realizada quando se tem por objetivo familiarizar-se com o fenômeno a ser investigado ou conseguir melhor compreensão, frequentemente para poder formular um problema de pesquisa mais preciso ou criar novas hipóteses. Quanto aos procedimentos técnicos, esse é um estudo empírico, do tipo exploratório e transversal, pois os dados coletados num determinado momento representam o estado de uma determinada população nesse momento (GIL,2010) . 3.2 PARTICIPANTES DA PESQUISA Participaram da pesquisa 100 corredores das 23 Assessorias de Corrida de Florianópolis afiliadas à ATC-SC (Associação de Treinadores de Corrida de Santa Catarina), sendo 52 do sexo masculino e 48 do sexo feminino, na faixa etária dos 17 aos 56 anos. A escolha dos participantes foi feita de forma não aleatória, intencional e com participação voluntária. Sendo os critérios de inclusão na pesquisa: a) concordar em participar do estudo de forma voluntária; b) Assinar o Termo de Consentimento Livre e 19 Esclarecido; c) Ser participante de Assessoria de Corrida filiada a ATC-SC (Associação de Treinadores de Corrida de Santa Catarina). Os critérios de exclusão são: a) não participar de Assessoria de Corrida filiada a ATC; b) Não estar treinando corrida atualmente. 3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA Foi utilizado um questionário elaborado e validado para este estudo, composto por 58 questões abertas, fechadas e mistas. Este questionário passou por um teste de validade e fidedignidade para verificar se ele mede o que pretende medir. No quesito validade do conteúdo, foram convidados a participar 3 Profissionais de Educação Física especialistas em treinamento de corrida e no quesito clareza, 3 corredores de rua, com características semelhantes à amostra. Para a validação cada indivíduo participante respondeu se a questão estava INVÁLIDA, POUCO VÁLIDA OU VÁLIDA (validade do conteúdo); e CONFUSA, POUCO CONFUSA ou CLARA (clareza). Após o teste as questões que estivam inválidas ou confusas foram retiradas, as questões pouco válidas ou pouco claras reformuladas e as questões válidas e claras foram mantidas. 3.4 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS Inicialmente foi feito contato com as Assessorias de Corrida através da ATCSC e os treinadores. Posteriormente, assinado o Termo de Concordância entre as Instituições Envolvidas, nesse caso entre a UNISUL e a ATC-SC (Associação de Treinadores de Corrida de Santa Catarina). O trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Unisul sob nº CAAE: 25914814.0.0000.5369. Após a aprovação do CEP, foram agendados os dias e horários para a aplicação do questionário. Além disso, foi disponibilizado aos participantes o questionário através da ferramenta online “Google drive”, onde as respostas foram armazenadas em um banco de dados. No dia, local e horário de treinamento das Assessorias, foram apresentados os objetivos da pesquisa, TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido) e o questionário. 20 3.5 ANÁLISE DE DADOS Para a análise de dados foi utilizada a estatística descritiva, permitindo a partir dos dados, retirar as conclusões e também exprimir o grau de confiança que devese ter nessas conclusões. De acordo com as variáveis obtidas, foram utilizados os seguintes parâmetros: frequências simples e relativa, médias e desvio padrão (dp) apresentados através de gráficos e tabelas. Ao término da análise a tabulação de dados, os mesmos serão armazenados por um período de 5 anos, sendo deletado e incinerado após esse período. Após a conclusão dos dados, será marcada uma reunião com os treinadores filiados à ATC, para a exposição dos resultados da pesquisa. 21 4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 4.1 DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS Neste tópico são apresentados os dados sociodemográficos dos corredores participantes de assessorias de corrida de Florianópolis. Tabela 1 - Gênero e Faixa Etária Classificação Frequência GÊNERO n=100 % de participantes Masculino 52 52% Feminino 48 48% 27 a 36 anos 42 42% 37 a 46 anos 33 33% 17 a 26 anos 13 13% 47 a 56 anos 11 11% Mais de 56 anos 1 1% FAIXA ETÁRIA Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Conforme apresentado na tabela 1, a amostra caracteriza-se pela predominância de participantes do sexo masculino (52%), com uma diferença pouco significante com relação ao número de mulheres corredoras (48%). Ainda na tabela 1, foi verificado que a faixa etária predominante é de adultos entre 27 e 36 anos, mostrando um potencial de crescimento de mercado para as faixas etárias abaixo dos 17 anos e acima dos 56 anos. De maneira geral, a corrida proporciona a integração entre diferentes gêneros e faixas etárias. Segundo uma pesquisa realizada em 2009, 81% dos participantes de eventos de corrida de rua eram homens e 19% eram mulheres (CROWE HORWATH, 2010). Já em 2014, uma pesquisa realizada pela maior empresa se eventos de corrida no Brasil, revelou que as mulheres já são a maioria dos participantes em corridas de rua nos Estados Unidos com 60% de participação em provas e no Brasil esse número chega a 45% e tende a aumentar. (IGUANA SPORTS, 2014). A faixa etária predominante das mulheres corredoras no Brasil é de 35 a 45 anos (49%), seguido de mulheres com idades entre 25 e 35 anos (37%), além de um 22 grande crescimento do número de jovens corredoras com menos de 25 anos, mostrando que hoje a corrida é dominada por um público que tem autonomia e alto poder de consumo. IGUANA SPORTS (2014). Em 2014, a organização Running USA divulgou um relatório das corridas nos Estados Unidos no ano de 2013, como mostrado na tabela abaixo. Tabela 2 - Evolução do número de corredores concluintes de 2012-2013 Corredores Concluintes Aumento de Concluintes Percentual de Aumento 2012 2013 15.534.000 milhões 19.025.000 milhões Homens Mulheres 1.345.800 milhões 2.145.000 milhões 19,68% 24,66% Fonte: Running USA, 2014 O número de 19.025.000 milhões é o numero de concluintes, porém não quer dizer que seja o número de corredores nos estados Unidos, já que alguns podem ter concluído mais de uma prova no ano. Outra curiosidade, é que desde 1990 as mulheres são maioria em provas de cinco quilômetros a meia maratona. Elas são 58% dos concluintes nos cinco quilômetros, 57% nos dez e 61% nas provas de meia maratona. Somente nas maratonas elas não são maioria, com 43% das concluintes. O gráfico abaixo mostra essa evolução de 1990 até 2013 (RUNNING USA,2013). Gráfico 1 - Evolução das corridas nos EUA de 1990 a 2013 Fonte: Running USA, 2014 O que pode ser mostrado nessa e em outras pesquisas é o grande crescimento do número de mulheres nos eventos de corrida e, consequentemente, nas assessorias de corrida. Fato esse confirmado com o crescente interesse das 23 empresas na participação feminina e criação de provas voltadas exclusivamente para esse público, como as corridas Outubro Rosa, Circuito Floripa Run e Challenge Woman, realizadas em Florianópolis. Tabela 3 - Peso aproximado e estatura Classificação Frequência PESO APROXIMADO (kg) n=100 % de participantes De 57 a 66 quilos 30 30% De 67 a 76 quilos 29 29% De 47 a 56 quilos 18 18% De 77 a 86 quilos 14 14% De 87 a 96 quilos 8 8% Mais de 96 quilos 1 1% Entre 164 e 173 38 38% Entre 174 e 183 27 27% Entre 154 e 163 24 24% Entre 184 e 193 8 8% Mais de 193 3 3% ESTATURA (cm) Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Na tabela 3 encontram-se as classificações de peso aproximado e estatura dos participantes da pesquisa. Observa-se que o peso aproximado predominante entre homens e mulheres foi entre 57 e 66 quilos (30%) e a estatura foi entre 164 e 173 centímetros para ambos os sexos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (2012), a obesidade é um dos fatores de risco mais comuns na sociedade contemporânea, onde a oferta de alimentos e o sedentarismo são cada vez maiores. Embora fatores genéticos possam estar implicados, os fatores ambientais representados por modificações no estilo de vida têm sido as melhores justificativas para o aumento progressivo do excesso de peso. A obesidade é a causa de morte de 2,8 milhões de pessoas por ano e hoje 12% da população mundial é obesa. Na amostra, foram verificados diversos níveis de escolaridade e renda mensal familiar, tornando relevante a análise desses dados e a relação entre eles. Os gráficos 2 e 3 apresentam esses dados. 24 Gráfico 2 - Nível de escolaridade 3% 2% 1% Superior Completo 13% Superior Incompleto Médio Incompleto 81% Médio Completo Fundamental Completo Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Gráfico 3 - Renda mensal familiar De 5 à 10 salários mínimos (R$ 3.621,00 à R$ 7.240,00) 14% 5% 40% De 10 à 20 salários mínimos (R$ 7.241,00 à R$ 14.480,00) Mais de 20 salários mínimos (mais de R$ 14.480,00) 18% 23% De 3 à 5 salários mínimos (R$ 2.173,00 à R$ 3.620,00) Até 3 salários mínimos (até R$ 2.172,00). Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Verifica-se se nos gráficos 2 e 3 acima que a grande maioria dos participantes da pesquisa possui um alto nível de escolaridade, possuindo nível superior completo (81%). Esses dados são coerentes com a pesquisa realizada pela Crowe Horwath (2010) e Niada (2011), na qual 75% e 75,6% dos corredores de rua, respectivamente, possuem nível superior. Ainda sobre e escolaridade, escolarida os estudos de Hespanhol Junior et al. (2012) revelaram que dos 200 corredores da cidade de São Paulo (SP) pesquisados, 42,5% possuíam nível superior e 43% pós-graduação. pós Além disso, grande parte da amostra classifica-se se nas faixas de renda familiar B2 e B1 (40%) e classe A (23%) conforme Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB), adotado atualmente pela ABEP (Associação Brasileira de Empresas de pesquisa). (ABEP, 2014) 25 A mesma pesquisa realizada em 2010 por Crowe Horwath revelou que 60% dos corredores redores de rua possuem salários acima de 5 mil reais por mês. (NIADA, 2011). Com relação às mulheres corredoras, pesquisa recente mostra que 45% das participantes da pesquisa possuem renda familiar entre R$ 1.734 e R$ 7.475 e 27% possuem renda mensal acima de R$ 9.745, sendo que 83% delas possui nível superior e 40% pós-graduação graduação (IGUANA SPORTS, 2014). 4.2 HÁBITOS DE CORRIDA erão abordados dados referentes aos hábitos de corrida dos participantes de Serão assessorias de corrida de Florianópolis. O gráfico 4 apresenta o tempo de prática de corrida dos participantes de assessorias de corrida. cor Gráfico 4 - Tempo de prática de corrida 9% Entre 1 e 2 anos 7% 3% 10% 14% 32% Entre 3 e 4 anos Entre 5 e 6 anos 25% Mais de 10 anos Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Os sujeitos da pesquisa na sua maioria praticam corrida entre 1 e 4 anos (57% dos participantes). Mais uma vez os resultados condizem com os resultados encontrados por Niada (2011), na qual 52,6% dos corredores de rua de Curitiba tinham o mesmo tempo de prática, sendo considerados corredores experientes pela autora. Ainda segundo Tristão et al. (2011), 18% dos corredores entrevistados na cidade de Anápolis (GO) praticavam a modalidade entre 2 e 5 anos. Em São Paulo, de 200 corredores participantes de uma pesquisa, 127 (63,5%) tinham experiência de corrida de até 5 anos de prática. Em um estudo recente realizado com mulheres, foi verificado que 34% delas tem entre 1 e 3 anos de experiência e 27% praticam corrida há até 1 ano, mostrando o aumento de novas corredoras. (IGUANA SPORTS, 2014). 26 O gráfico 5 e 6 respectivamente, apresentam os resultados da pesquisa no que diz respeito à frequência semanal de treinos e o período que costuma correr. Gráfico 5 - Frequência de treinos semanais 8% 2% 1% 3 vezes por semana 4 vezes por semana 10% 49% 5 vezes por semana 2 vezes por semana 30% 6 vezes por semana 7 vezes por semana Fonte: Elaboração dos autores, 2014 Gráfico 6 - Período dos treinos de corrida 70 60 50 40 30 20 10 0 63 Noite Manhã 23 Tarde 8 Noite Tarde 5 Manhã, Noite 1 Manhã, Tarde Manhã, Tarde Fonte: Elaboração dos autores, 2014 No gráfico 5, a frequência semanal de treinos predominante entre a maioria dos participantes foi de 3 a 4 vezes por semana. Esses dados são similares aos encontrados por Iguana Sports (2013), ), onde a maioria dos participantes pratica a corrida de 3 a 4 vezes por semana, totalizando 72% dos participantes da pesquisa. Já os estudos de Niada (2011) mostraram que 41,5% dos corredores da pesquisa em questão corriam 3 vezes por semana em média. média. Já outro estudo de Rosa et al. (2003) feito com maratonistas brasileiros para verificar a dependência de exercícios físicos revelou que a maioria treinava de 5 a 6 vezes por semana, sendo 45,2% homens e 41,2% mulheres. Atualmente, um estudo feito com mulheres mul mostrou que 62% delas corre entre 3 e 4 vezes por semana. (IGUANA IGUANA SPORTS, SPORTS 2014). 27 Conforme mostrado no gráfico 6, a grande maioria dos participantes da pesquisa treinam com maior frequência no período da noite, com uma diferença significativa para os sujeitos que treinam do período da manhã. Somando-se os corredores que correm de manhã e a noite, temos 86% deles treinando nesses dois períodos. Em um estudo onde foi pesquisado o panorama de assessorias esportivas do Rio de Janeiro e São Paulo, verificou-se que os períodos em que mais acontecem os treinos são nos turnos da manhã e noite, com 55% da predominância para ambos os turnos. (IGUANA SPORTS, 2013). O volume de treino semanal e o tempo médio por quilometro (min/km) são variáveis importantes na prescrição de treinos. Esses valores estão representados na tabela 4 abaixo. Tabela 4 - Quilometragem semanal percorrida em treinos e tempo médio por quilômetro (min/km) METRAGEM SEMANAL (km) % (n=100) De 11 a 20 34% De 21 a 30 25% De 41 a 50 14% De 31 a 40 13% De 51 a 60 6% De 5 a 10 4% Mais de 60 4% RITMO POR KM (min/km) % (n=100) Entre 5:31 e 6:00 27% Entre 5:01 e 5:30 23% Entre 4:31 e 5:00 19% Entre 4:01 e 4:30 13% Entre 6:01 e 6:30 5% Acima de 7:00 5% Entre 6:31 e 7:00 4% Entre 3:50 e 4:00 4% Fonte: Elaboração dos autores, 2014. A distância semanal percorrida verificada na tabela 4, entre os participantes da pesquisa nos treinos semanais é de 11 a 30 quilômetros, com 59% dos mesmos correndo dentro dessa faixa de distância. Niada (2011), observou que corredores que costumam correr 3 vezes por semana percorrem em média 25 quilômetros. Ainda Crowe Horwath (2012), verificou 28 que 44% das mulheres correm a distância média de 7 a 10 km por treino. Já os homens percorrem 10 a 15 km,somando 34% dos participantes da pesquisa. Ainda, em um estudo transversal, com participação de 200 corredores, verificou-se que a quilometragem média semanal percorrida por eles era de 35 km. HESPANHOL JUNIOR et al. (2012). Alguns estudos foram realizados com o objetivo de se identificar possíveis fatores de risco para lesões musculoesqueléticas em corredores, e os principais fatores encontrados nesses estudos foram a distância percorrida semanal e a presença de lesões prévias. Porém boa parte desses estudos foi feito em maratonistas, sendo importante realizar estudos com corredores com um menor volume de treino semanal, ou seja, praticantes de corrida recreativos e amadores. HESPANHOL JUNIOR et al. (2012). Na tabela 4 acima pode-se observar ainda que o ritmo médio por quilômetro entre os participantes da pesquisa é entre 5:01 e 6:00 min/km, totalizando 50% dos participantes da pesquisa. Já Hespanhol Junior et al. (2012), verificaram que 37% tinham o ritmo de corrida por minuto entre 5 e 6 min/km. São apresentadas na tabela 5 a seguir, quantas vezes por semana em média os participantes costumam treinar em cada piso. Tabela 4 - Treinos realizados em diferentes tipos de piso por semana TIPO DE PISO PARTICIPANTES FREQUENCIA MÉDIA DE TREINAM PELO SEMANAL TOTAL TREINOS MENOS 1X SEMANA SEMANAIS POR NO PISO PARTICIPANTE Asfalto 75 202 2,69 Cimento 56 130 2,32 Terra 33 38 1,51 Grama 17 19 1,11 Esteira 19 21 1,10 Cascalho/pedrisco 10 12 1,02 Areia/praia 0 0 0 Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Os sujeitos da pesquisa apresentaram em sua maioria uma frequência semanal de treinos realizada nos terrenos de asfalto e cimento, fato que pode estar relacionado à maioria dos treinos de assessorias esportivas serem realizados em locais com essas características. 29 Segundo pesquisa de Hespanhol spanhol Junior et al. (2012), 94% dos corredores corriam em piso rígido de 2 a 3 vezes por semana, seguido 54,5%que treinavam na esteira pelo menos 1 vez por semana. Na tabela 6 a seguir, serão apresentados os dados descritivos da duração média de um treino de corrida em minutos. Tabela 5 - Duração média do treino de corrida Tempo (min.) % (n=100) Entre 31 e 60 52% Entre 61 e 90 29% Entre 10 e 30 14% Entre 91 e 120 3% Mais de 120 2% Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Como observado na tabela 6,, houve uma predominância dos sujeitos que treinam com um volume abaixo de 60 minutos ou igual. Diferentemente de um estudo feito com maratonistas brasileiros sobre a dependência de exercícios físicos, onde cerca de 81% dos entrevistados dedicavamdedicavam se de uma a duas horas por dia às suas rotinas de treinos para a corrida. (TEDESCO, 2006). Ainda segundo o Dallari (2009), a duração de cada sessão de corridas depende da disponibilidade, disposição, ritmo e objetivos do corredor. No princípio, para que o corpo adapte-se se ao exercício, são necessárias sessões de cerca de uma hora, o que inclui um tempo de preparação preparação além da prática propriamente dita. Na medida em que um corredor evolui, a necessidade de tempo aumenta. Foram verificados os tipos de provas que os participantes de assessorias de corrida participam com maior frequência. O gráfico 7 apresenta quais são as mais concorridas. Gráfico 7 - Tipo de prova que corre com maior frequência Provas com menos de 10km 5% 5% 1% 10km 38% 19% Meia Maratona (21.097m) Maratona (42.195m) 32% Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Provas com mais de 10km,porém inferiores à Meia Maratona Ultramaratona (superior à 42.195m) 30 Como verificou-se no gráfico 7, os participantes da pesquisa correm com mais frequência provas de corrida com distâncias menores que 10 km , provas de 10 km e meia maratona, respectivamente. Neste mesmo estudo verifica-se que o tempo de prática de corrida de 32% dos participantes é de 1 a 2 anos, sendo condizente com a preferência dos mesmos por provas mais curtas, por serem atletas iniciantes no esporte. Em um estudo de Niada (2011) realizado com corredores de Curitiba, verificou-se um cenário um pouco diferente de Florianópolis, na qual as provas com maior frequência de participação entre os corredores daquele local era de 10 km, 21km e 5km respectivamente. Já um estudo de Iguana Sports (2012), revela que provas de 10 km são as preferidas dos homens com 40% de preferência, já as mulheres preferiam neste estudo as provas de 5 km. Fato comprovado com um estudo com mulheres realizado em 2014, onde se verificou que 38% das corredoras com tempo de prática da modalidade entre 1 e 4 anos, referem provas de 5km, totalizando 42% das participantes, seguido de provas de 10km preparando para novos desafios com 34% de preferência das participantes da pesquisa e provas de 21km na sequencia, sendo a distância que mais deve aumentar a preferência entre as corredoras nos próximos anos segundo a pesquisa. (IGUANA SPORTS, 2014). Nos Estados unidos, a preferência por provas de 5 km também é dominante, diferente apenas com a preferência por provas de meia maratona em segundo lugar, seguido das provas de 10 km. Esse cenário é mostrado na tabela 7 abaixo, onde se verifica o número de concluintes das provas em 2013 em todas as distâncias. Tabela 6 - Número de concluintes de provas nos EUA em 2013. DISTÂNCIA CONCLUINTES EM 2013 % DO TOTAL CRESCIMENTO 2012-2013 5km 8.300.000 43.6% 34% Meia Maratona 1.960.000 10.3% 6% 10km 1.480.000 7.9% 1% 541.000 2.8% 11% Outras provas 6.744.000 35.4% 22% TOTAL 19.025.000 Maratona Fonte: Running USA, 2014. 22% 31 Ainda nos Estados Unidos, as mulheres dominam as participações em provas de 5k (58% dos concluintes), 10k (56% dos concluintes) e meia maratona (61% dos concluintes), perdendo para os homens apenas na preferência por maratonas. Várias são as modalidades esportivas praticadas em paralelo à corrida pelos participantes de assessorias de corrida. A tabela 8 apresenta essas modalidades. Tabela 7 - Outras modalidades esportivas praticadas PRATICA OUTRA MODALIDADE % (n=100) ESPORTIVA Sim 67% Não 33% MODALIDADES PRATICADAS % (n=100) Musculação 41% Ciclismo 16% Triatlon 9% Pilates 9% Natação 8% Outras modalidades 8% Artes Marciais 5% Treinamento Funcional 4% Fonte: Elaboração dos autores, 2014. A musculação é a modalidade mais praticada pelos participantes da pesquisa, com o ciclismo como segunda modalidade praticada. Em uma pesquisa realizada pela Vigitel em 2013, o percentual de entrevistados que disseram praticar musculação cresceu 50% entre 2006 e 2013, na qual foi 45,8% de aumento das adeptas do sexo feminino e 35,5% do sexo masculino, segundo gráfico 8 abaixo. Gráfico 8 - Tendência de prevalência de prática de musculação Fonte: Vigitel, 2013. 32 No maior estudo feito com assessorias esportivas no Brasil, foi verificado que 90% dos participantes praticavam outras modalidades esportivas além da corrida. Destes, 84% praticam musculação, 32% natação e 29% ciclismo. Já uma pesquisa feita com mulheres corredoras, revelou que 26% de delas praticam musculação, 14% ciclismo e 13% natação. (IGUANA SPORTS, 2014). Na tabela 9 observamos dados relativos ao tempo de prática de outras modalidades esportivas, bem como a frequência semanal e a duração da sessão de treino. Tabela 8 - Tempo de prática, frequência semanal e tempo de duração da sessão de treino de outras modalidades. TEMPO DE PRÁTICA % (n=100) De 1 a 5 anos 34% Não praticam 33% De 6 a 10 anos 16% De 11 a 15 anos 6% De 16 a 20 anos 6% Mais de 20 anos 3% Até 6 meses 2% FREQUENCIA SEMANAL % (n=100) 3x por semana 32% 2x por semana 25% 4x por semana 14% 5x por semana 11% 1x por semana 9% 7x por semana 5% 6x por semana 4% DURAÇÃO DA SESSÃO DE TREINO % (n=100) De 31 a 60 minutos 71% De 61 a 90 minutos 9% De 91 a 120 minutos 9% Mais de 120 minutos 6% Até 30 minutos 5% Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Os participantes da pesquisa apresentaram em sua maioria um tempo de prática de outras modalidades esportivas entre 1 e 5 anos. Além disso, treinam entre 33 2 a 3 vezes por semana com sessões de treino que variam de 31 a 60 minutos. Lembrando que neste mesmo estudo, verificou-se que 52% dos participantes tinham sessões de treino de corrida entre 31 e 60 minutos. Interessante notar na tabela 9 acima, que apenas 5% dos participantes praticam atividades concomitantes à corrida por até 30 minutos. Uma revisão feita por Mccarthy et al (2002), mostrou que os treinos com frequências semanais ou volumes mais elevados mostraram uma pior interação entre a musculação e as demais atividades, como a corrida por exemplo. A realização de treinos concomitantes deve adequar-se ao volume e intensidade totais, tendo em mente que ambas atuam sobre o mesmo sistema fisiológico e que haverá interação entre as adaptações de cada uma. (OSTROWSKI, 1997). Com relação ainda ao volume de treino, dados da composição corporal em atletas de alto nível mostram que maratonistas e corredores de fundo não apresentaram menores percentuais de gordura que velocistas, sendo que em mulheres, as velocistas normalmente possuem percentuais de gordura menores que as fundistas. (GENTIL, 2010). Os objetivos pelos quais os participantes de assessorias correm são os mais variados possíveis. Na tabela 10 são mostrados os principais deles. Tabela 9 - Objetivos pelos quais os praticantes de corrida praticam corrida OBJETIVOS % (n=100) Condicionamento físico 44% Busca de melhor desempenho 15% Emagrecimento 10% Lazer 10% É atleta de performance 9% Recomendação médica /saúde 4% Estética 2% Prazer 2% É atleta de outro esporte 1% Acompanhar familiares /amigos 1% Superação 1% Vício 1% Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Como verificado na tabela 10, a maioria dos participantes tem como objetivo principal para praticar a corrida o condicionamento físico e busca de melhor desempenho. 34 Condicionamento físico é a interação de várias valências físicas, visando o melhor funcionamento musculoesquelético e metabólico do indivíduo. As principais valências físicas relacionadas são: força muscular, potência, resistência cardiovascular, resistência muscular localizada e flexibilidade (POWERS,2009). Os achados deste estudo vão de encontro á outros relacionados aos motivos que levam os participantes a correr. Em 2012, verificou-se que 52% dos homens e 43% das mulheres corriam em busca de um melhor condicionamento físico, seguido de lazer (25%) para os homens e emagrecimento (28%) para as mulheres (IGUANA SPORTS, 2012). Mais recentemente, uma pesquisa feita exclusivamente com mulheres revelou que elas correm primeiramente para melhorar a qualidade de vida e ter um corpo mais bonito. (IGUANA SPORTS, 2014). Além das melhoras na saúde física, ao praticar a corrida há melhoras na saúde emocional e social, conforme colocadas na tabela 11 abaixo. Tabela 10 - Benefícios da corrida Melhoria da saúde física Melhoria da saúde Melhoria da saúde social emocional e cognitiva Controle da pressão Redução do estressa, da Sentimento de arterial; melhor capacidade depressão; melhoria da pertencimento ao grupo; de respiração; melhor ansiedade, do humor; criação de laços de amizade; capacidade de ejeção do liberação da endorfina; incentivo de valores como coração; controla nível do estímulo de novos humildade e educação. colesterol bom (HDL); e neurônios; melhora diminui o ruim (LDL); oxigenação do cérebro. controle do peso corporal; controle da osteoporose; fortalecimento da musculatura. Fonte: adaptado de Silva (2009). Mesmo sendo um esporte individual, não há impeditivos para que seja praticado em grupo. Duas formas que facilitam a prática coletiva são os grupos de corrida e as competições. Além do prazer da companhia de outras pessoas, esses encontros servem também para aprimorar a identificação do corredor com o esporte (LIMA, 2007). 35 4.3 ASSESSORIAS ESPORTIVAS Assessorias esportivas são empresas formadas por Profissionais de Educação Física, especializados em corrida, que oferecem serviços especializados aos seus clientes. Na tabela 12, verificou-se os principais motivos dos participantes da pesquisa a aderir à uma assessoria esportiva,além dos serviços oferecidos por essas empresas. Tabela 11 - Principais motivos que levam os corredores a procurar assessorias de corrida e serviços oferecidos OBJETIVOS % (n=100) Orientação profissional 42% Socialização/integração/amizade 18% Melhora na performance / rendimento 14% Outros motivos 6% Evitar lesões 4% Planilha individualizada /personalizada 4% Melhora da técnica de corrida 4% Segurança na prescrição de treinos 4% Periodização dos treinamentos 3% Indicação de amigo/ corredor 1% SERVIÇOS OFERECIDOS PARTICIPANTES Treinos em grupo 40 Sessões de alongamento 37 Sessões de educativos de corrida 36 Hidratação 36 Convênio com outros profissionais (médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, profissionais de educação física) 33 Planilha semanal 31 Planilha mensal 24 Treinamento Funcional 17 Viagem 17 Convênio com lojas esportivas 17 Transporte Fonte: Elaboração dos autores, 2014. 4 36 Verificou-se acima que 42% dos corredores de assessorias, citaram como o principal motivo para a escolha desse serviço a orientação profissional, seguido da socialização e melhoria na performance, respectivamente. Cabe ressaltar nesses resultados, a importância do profissional de educação física na prescrição e orientação dos treinamentos. Além disso, em estudos similares verificou-se que 48,5% dos participantes da pesquisa não possuíam acompanhamento de um profissional especializado em corrida, contra 41% que possuíam orientação. HESPANHOL JUNIOR et al. (2012). Dentre os serviços oferecidos pelas assessorias esportivas, os mais recorrentes são treinos em grupo, sessões de alongamento, educativos de corrida, hidratação e planilha semanal, respectivamente. Já em um estudo para verificar o panorama das assessorias de corrida, foi verificado que os principais serviços oferecidos aos participantes da pesquisa eram planilhas personalizadas, hidratação e nutricionista, nessa ordem. No estudo de Iguana Sports (2013), foi verificado que os serviços mais oferecidos pelas assessorias esportivas participantes foi planilhas de treino personalizadas, com 93% das respostas positivas para esse item. Na tabela 13 a seguir, são apresentados os valores médios de investimento dos participantes em assessorias esportivas em Florianópolis. Tabela 12 - Investimento mensal em assessoria de corrida INVESTIMENTO % (n=100) R$ 51 a R$ 100 44% R$ 101 a R$ 150 20% R$ 20 a R$ 50 16% R$ 0 (zero) / convênio 14% Patrocínio/apoio 3% R$ 151 a R$ 200 2% Mais de R$ 200 1% Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Conforme apresentado na tabela 13 acima, a maioria dos participantes de assessorias de corrida investe entre R$ 51 e R$ 150,00 neste serviço, totalizando 64% dos participantes. Em São Paulo, fazer parte de uma assessoria esportiva custa algo em torno de R$ 80 a R$ 200 reais. Além de planejar e orientar o treinamento, muitas 37 assessorias também oferecem o acompanhamento de outros profissionais relacionados a este esporte, como nutricionistas, psicólogos, massagistas, além de parcerias com academias, lojas de materiais esportivos e laboratórios laboratóri médicos (LIMA,2007). No gráfico 9,, verifica-se verifica a experiência dos corredores, classificados de novatos à experientes. Gráfico 9 - Experiência dos corredores Corredor Intermediário 5% Corredor Novato 38% 26% Corredor Experiente 31% Corredor com experiência que está voltando a correr Fonte: Elaboração dos autores, 2014. No gráfico 9,, observou-se observ que a maioria dos participantes são corredores com intermediária experiência, logo em seguida composta por corredores novatos e experientes com uma diferença de 5% entre os resultados. Neste mesmo estudo foi verificado o tempo de prática de corrida dos participantes, participantes, verificando que 32% deles tem de 1 a 2 anos, 25% entre 3 e 4 anos 3 e 14% entre 5 e 6 anos de prática de corrida. Em uma pesquisa realizada com 888 corredores em 2012, verificou-se verificou que 59% classificavam-se se como corredores intermediários, 27% iniciantes i e 14% avançados, mostrando uma realidade semelhante, mas não igual aos participantes de Florianópolis (RUNNERS WORLD, 2013). 201 Identificamos o hábito de alongar antes e após treinos e competições entre os participantes da desaquecimento pesquisa, (volta a bem calma) como antes a e realização realização após de treinos aquecimento e e competições, respectivamente. Nas tabelas tabela 14 e 15 seguem os resultados referentes a esses fatores. 38 Tabela 13 - Alongamento antes e após treinos e competições ALONGA ANTES % (n=100) Sempre 61% Algumas vezes 26% Nunca 13% ALONGA DEPOIS Sempre 64% Algumas vezes 27% Nunca 8% Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Tabela 14 - Aquecimento / desaquecimento antes e após treinos e competições AQUECIMENTO ANTES % (n=100) Sempre 69% Algumas vezes 24% Nunca 7% DESAQUECIMENTO DEPOIS Algumas vezes 42% Sempre 39% Nunca 19% Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Na tabela 14, podemos observar que a grande maioria dos participantes costuma alongar sempre antes e após seus treinos e/ou competições, como mostrado em outros estudos. Esses dados vão de encontro aos achados de um estudo realizado com 200 corredores, cujo objetivo era verificar possíveis associações entre os hábitos e as características de treinamento com lesões musculoesqueléticas prévias relacionadas à corrida. Neste estudo mais de 90% dos participantes alongavam antes do treino, 94% antes da corrida e 73,5% após a corrida (HESPANHOL JUNIOR et al, 2012). O fato de uma alta porcentagem dos corredores realizar exercícios de flexibilidade antes ou após a atividade de corrida pode estar relacionado ao fato de os atletas e treinadores acreditarem que a prática de tal exercício pode prevenir lesões, apesar de falta de evidência científica que apoie tal crença até esse momento. (ESPANHOL JUNIOR et al,2012). 39 Já na tabela 15, verificou-se verificou que os participantes de assessorias esportivas de Florianópolis costumam, em sua maioria, aquecer sempre antes treinos e competições. Porém verificou-se verificou se que após treinos e competições, ocasionalmente realizam o desaquecimento ou volta a calma. 4.4 TÊNIS Um dos itens indispensáveis para a prática da corrida é o tênis, dos mais simples aos mais tecnológicos. No gráfico 10 e tabela 16, 16 respectivamente, visualiza-se a frequência de troca dos tênis e os motivos levados em consideração para a compra do novo tênis. tê Gráfico 10 - Frequência da troca de tênis Frequencia de troca Participantes 60 Entre 6 meses e 1 ano 53 50 Entre 1 ano e 1 ano e meio. 40 Não sei informar 30 Entre 1 ano e meio e 2 anos 21 20 10 10 9 0 Menos de 6 meses 6 1 Mais de 2 anos Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Tabela 15 - Fatores levados em consideração para a troca do tênis de corrida MOTIVOS DA TROCA % (n=100) Desgaste da estrutura do tênis 58% Quilometragem percorrida 19% Valor 10% Design, beleza 8% Lançamentos disponíveis 5% Fonte: Elaboração dos autores, 2014. De acordo com o gráfico 10 acima, mais da metade dos participantes troca de tênis com uma frequência entre 6 meses e 1 ano de uso. 40 Os achados mostram-se semelhantes com os do estudo que mostrou que 44% trocam seus tênis a cada seis meses e 37% a cada ano. Já uma pesquisa mais abrangente, foi verificada que 69%dos participantes trocavam seus pares de tênis a cada seis meses. Verificou-se na tabela 16 que o desgaste do tênis é o fator mais levado em consideração no momento da decisão pela troca do tênis, como verificado na tabela 18. Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Aarhus na Dinamarca, com 930 corredores durante 12 meses, o tempo de uso do tênis teria mais influência sobre as lesões que o tipo de tênis inadequado para o tipo de pisada, além de outros fatores como excesso de peso, volume de treinamento e lesões antigas (NIELSEN, 2013). Para Barrios (2009), é importante prestar atenção em fatos como dores nas pernas, desgastes visíveis ou inclinação do tênis quando colocado no chão. Na tabela 17 verificamos a utilização de tênis com alguma característica especial de amortecimento ou estabilidade, a ciência por parte dos corredores do seu tipo de pisada e tipo de pisada predominante no grupo. Tabela 16 - Tênis com característica especial e tipo de pisada predominante CARACTERÍSTICA ESPECIAL % (n=100) Sim 79% Não 21% SABE O TIPO DE PISADA % (n=100) Sim 86% Não 14% TIPO DE PISADA Neutra 40% Supinada 27% Pronada 20% Não soube informar 13% Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Na tabela 17, dos 100 participantes da pesquisa, a grande maioria diz usar tênis com algum tipo de característica especial. 41 Neitz (2010) comenta que a tarefa de selecionar um tênis apropriado não é simples. No mercado Há diversas opções de modelos e marcas, alguns oferecendo estabilidade, amortecimento, outros para treinos de velocidade. Os tênis classificados como de amortecimento tem sola mais macia e menor suporte, indicados para atletas com pisada neutra ou supinada, já o tênis classificado como de estabilidade e controle de movimento tem solado que proporciona uma boa combinação de amortecimento e suporte, sendo indicado para atletas com pisada pronada ou com leve pronação que precisam de um tênis com algum suporte e boa durabilidade (NIADA,2011). A tabela 17 mostrou que 86% dos participantes de assessorias de corrida sabem o seu tipo de pisada, sendo a mais comum as pisadas neutra e supinada respectivamente. O quadro abaixo mostra diferenças entre os 3 tipos de pisadas e suas características. QUADRO 2 - Tipos de pisada e características Fonte: Oliveira, (2009) Os achados das tabelas 17 foram similares aos de outro estudo feito com 200 atletas, na qual 83% usavam tênis com alguma característica especial e 83,5% sabiam o seu tipo de pisada. Destes, 56,2% tinham pisadas neutras, 26% pronada e 17,2% supinada. Atualmente, diversos profissionais da área da saúde que trabalham com a corrida sugerem a prática de exercícios de flexibilidade e/ou à prescrição de 42 caríssimos tênis especiais para a corrida coma finalidade de se prevenir lesões musculoesqueléticas, apesar da inexistência de estudos que demonstrem a eficácia dessas medidas até o presente momento (HESPANHOL JUNIOR et al, 2012). Há diversas formas de se avaliar o tipo de pisada, desde uma simples observação do desgaste do tênis até testes feitos em laboratórios de biomecânica. Veremos na tabela 18 quais são as formas de avaliação mais utilizadas e quais profissionais realizaram essas avaliações. Tabela 17 - Forma de avaliação da pisada FORMA DE AVALIAÇÃO % (n=100) Observação e filmagem na esteira 31% Pedígrafo/Baropodometria/ Plataforma de força 25% Avaliação Física e Postural 16% Desgaste do calçado 12% Teste em lojas especializadas 10% Teste do pé molhado 2% Ultrassom 2% Sites 2% AVALIADOR % (n=100) Treinador de Corrida/Prof.Educação Física 37% Um profissional de loja especializada 26% Fisioterapeuta 25% O próprio participante da pesquisa 9% Médico 3% Fonte: Elaboração dos autores, 2014 Na tabela 18, verificamos que a forma de avaliação mais utilizada pelos corredores foi observação e filmagem na esteira, com uma pequena diferença para testes realizados com plataformas de força e infravermelho. Na mesma tabela observamos que o principal responsável pela avaliação do tipo de pisada foi o profissional de Educação Física e treinador de corrida. Profissionais de lojas especializadas e fisioterapeutas também são responsáveis por grande parte das avaliações dos tipos de pisada dos participantes. Esses dados são bem diferentes dos achados de Hespanhol Junior et al. (2012), onde foi verificado que 70% dos sujeitos da pesquisa realizaram o teste da pisada em lojas de esportes, 7,2% em 43 fisioterapeutas, 6% em médicos e somente 5,4% foram realizadas por treinadores/profissionais de Educação Física. Na tabela 19, é apresentado o uso de palmilhas pelos participantes da pesquisa. Tabela 18 - Utilização de palmilha USO DE PALMILHA % (n=100) Sim 11% Não 89% Fonte: Elaboração dos autores, 2014 Como verificado na tabela 19 acima, quase 90% dos sujeitos da pesquisa não usam palmilha com fim de correção postural ou tipo de pisada. Valor quase idêntico ao achado com 200 corredores, na qual 179 relatavam não usar palmilha especial, totalizando 89,5% dos corredores. 4.5 LESÕES Na tabela 20 são apresentados a incidência e tipos de lesões relacionadas a corrida, no passado e atualmente Tabela 19 - Lesões musculoesqueléticas relacionadas à corrida ocorridas no passado e atualmente. LESÃO NO PASSADO % (n=100) Sim 60% Não 40% TIPO DE LESÃO (n=30) Canelite 9 Síndrome da Banda Iliotibial 5 Tendinopatias joelho e/ou calcanhar 5 Lesão Labral 5 Fasceite plantar 2 Outras lesões 4 44 LESÃO ATUALMENTE % (n=100) Sim 17% Não 83% TIPO DE LESÃO (n=22) Canelite 2 Tendinopatias joelho e/ou calcanhar 4 Lesão Labral 4 Lesão ligamentar 4 Lesão meniscal 4 Outras lesões 4 Fonte: Elaboração dos autores, 2014 De acordo com a tabela 20, mais da metade dos participantes apresentaram algum tipo de lesão relacionada á corrida no passado (60%), sendo a canelite a lesão com maior incidência. Síndrome da banda iliotibial, tendinopatias e lesão labral tiveram o mesmo número de ocorrência entre os corredores. Atualmente, 83% dos participantes não apresentam lesões. Em um estudo realizado com 115 participantes da Maratona de Blumenau e Desafio Praias e Trilhas em 2006, foi relatado a prevalência de lesões em 37% deles no período de um ano (PAZIN et al, 2008). Já as lesões mais apresentadas em um grupo de 110 corredores no período de 12 meses foram as tendinopatias e as lesões musculares, sendo o joelho a articulação que foi mais acometida, a prevalência de lesões musculoesqueléticas relacionadas à corrida deste estudo foi 55%. (ESPANHOL JUNIOR et al, 2012) Já em 1970, em estudo longitudinal feito com corredores nos Estados Unidos, verificou que de 1970 a 1986, o local com maior incidência de lesões por prática de exercícios foi o joelho, com 23,2% de lesões em homens e 22,3% em mulheres, sendo a Síndrome Patelo Femoral a com maior incidência, com 32,2% dos casos (TEDESCO,2006). Uma pesquisa feita em 2012 com 888 corredores revelou que 62% não tinham tido uma lesão no ano anterior, porém dos 38% que reponderam sim à questão 26% lesionaram o joelho (RUNNERS WORLD, 2013). 45 4.6 HÁBITOS DE CONSUMO Na tabela 21, mostramos os resultados da frequência dos participantes da pesquisa à academias, valor médio das mensalidades e se possuem assessorias esportivas especializadas em corrida. Tabela 20 - Frequência à academia, valor de mensalidade e assessoria esportiva FREQUENTA ACADEMIA % (n=100) Sim 63% Não 37% VALOR DA MENSALIDADE (n=63) Entre R$ 101 e R$ 200 39 Até R$ 100 17 Entre R$ 201 e R$ 400 7 POSSUI ASSESSORIA DE CORRIDA (n=63) Não 35 Sim 28 Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Verificou-se na tabela acima que os participantes da pesquisa, além de participarem de uma assessoria esportiva, frequentam academias com mensalidades entre R$ 101 e R$ 200 reais. Sendo que uma pequena parcela dessas academias possuem assessorias de corrida. Lembra-se ainda, que a modalidade mais praticada nas academias frequentadas, segundo este estudo, é a musculação com 41% da preferência. Em uma pesquisa de 2012, denominada “DNA do Corredor”, foi verificado que 72% dos participantes frequentavam academia, com 29% pagando mensalidades entre R$ 100 e R$ 200 reais (IGUANA SPORTS, 2012). Já um estudo mais recente, com 5.267 mulheres corredoras, revelou que 75% delas frequentam academia, sendo que 32% delas usam as esteiras para complementar seus treinos de corrida e 37% treinam exclusivamente em esteiras. (IGUANA SPORTS,2014). Já segundo dados da Vigitel (2013), 18,97% dos adultos optam pela academia na busca da prática de atividades físicas 46 Outro estudo de 2014 verificou que 84% dos participantes de assessorias esportivas praticam musculação, mostrando que as academias são um complemento comprovado no mercado running (IGUANA SPORTS, 2014). Um dos hábitos de consumo verificados por este estudo foi a preferência por marcas específicas de tênis por seus consumidores. Na tabela 25 são mostradas as marcas preferidas pelos participantes da pesquisa, além do número de pares comprados ao ano e o valor investido nos mesmos. Tabela 21 - Marca de tênis preferida pelos corredores MARCA % (n=100) Asics 45% Mizuno 18% Saucony 9% Nike 6% Sem preferência 6% Adidas 3% New Balance 3% North Face 3% Brooks 2% Skechers 2% Salomon 1% Under Armour 1% Não informou 1% PARES DE TÊNIS % (n=100) Até 2 pares 58 De 3 a 4 pares 40 5 ou mais pares 2 INVESTIMENTO % (n=100) Entre R$ 201 e R$ 400 64% Entre R$ 401 e R$ 600 22% Até R$ 200 8% Acima de R$ 600 6% Fonte: Elaboração dos autores, 2014 Asics foi a marca de tênis preferida pelos participantes, como mostrado acima. Na sequencia vem Mizuno e Saucony. Interessante notar que grandes 47 marcas como Nike e Adidas ficaram apenas nas quartas e quintas colocações de preferência respectivamente. Entre os corredores de um estudo realizado em 2012, as marcas de tênis preferidas pelos participantes foram as mesmas encontradas neste estudo, Asics e Mizuno, tidas como referências no mercado e mais consumidas. Nike e Adidas aparecem nas terceiras e quartas posições, sendo reconhecidas como grandes marcas mundiais, mas não sendo reconhecidas como especialistas no mercado running, segundo os participantes da pesquisa. Entre as mulheres a marca de tênis preferida é a Mizuno (IGUANA SPORTS, 2012). Lima (2007), identificou que as marcas Asics e Mizuno são as preferidas entre os corredores de rua. No segmento de corrida essas marcas são identificadas como proporcionando um resultado diferente das outras. Estes tênis são utilizados quase que exclusivamente em treinos e provas. Ainda segundo a autora acima, um dos motivos para a “economia” desses tênis, seria o preço desses equipamentos. Verifica-se ainda na tabela acima que a grande maioria dos participantes de assessorias de corrida compra de até 2 pares de tênis por ano. E o investimento médio nesses pares varia entre 200 e 400 reais. Esses valores são semelhantes à outras pesquisas, onde 69% dos corredores compravam até 2 pares de tênis por ano e o investimento médio era o mesmo dos valores citados acima (IGUANA SPORTS, 2012). Com base no exposto, é possível perceber a importância que uma marca pode representar para o corredor de rua quando ela é capaz de proporcionar os benefícios esperados e gerar confiança evitando riscos na compra do tênis. É possível também perceber a imensa influência que a recomendação dos treinadores exerce sobre o comportamento de compra dos atletas. Eles são vistos como “especialistas” no esporte e, por isso, passam a ter autoridade e propriedade para opinar sobre os equipamentos utilizados pelos atletas. (LIMA,2007). Com relação às marcas de roupas preferidas pelos corredores, as preferências foram diferentes no que diz respeito aos tênis. Observamos no gráfico 11 essas diferenças. 48 Gráfico 11 - Marca de roupa preferida para correr 8% 8% 12% 7% 3% 24% 15% 23% Sem preferência Nike Adidas Não informou Outras marcas Mizuno Asics Track&Field Fonte: Elaboração dos autores, 2014. No gráfico 11 observa-se observa que dentre as marcas citadas pelos participantes participant da pesquisa, 23% escolheram Nike, seguida de Adidas na segunda colocação. colocação Interessante notar que 24% dos participantes não tem preferência por alguma marca específica de roupa para correr. Em uma pesquisa de 2012, as marcas marcas de roupas preferidas pelos corredores em geral foi, pela ordem: Asics, Adidas, Mizuno e Nike. (IGUANA SPORTS, 2012) No gráfico 12 abaixo é mostrado as marcas de tênis e roupas esportivas preferidas pelas mulheres corredoras. Gráfico 12 - Marca de roupa e tênis preferidos pelas mulheres Fonte: Adaptado de (IGUANA SPORTS, 2014). Observa-se nos gráficos acima que as preferências de marcas de tênis e roupas esportivas diferem. Para as mulheres participantes da pesquisa, os tênis preferidos pela maioria são das marcas Asics e Mizuno, já com as roupas preferidas por elas são das marcas Adidas, Nike e Asics respectivamente. Já no gráfico 13,, observa-se observa se onde são comprados esses materiais esportivos. 49 Gráfico 13 - Local de compra de material esportivo Compra de material esportivo Participantes 40 Fora do Brasil (exterior) Internet 34 33 30 20 Lojas de rua 20 10 Shopping 4 4 0 3 2 Não informou Outros lugares Fonte: Elaboração dos autores, 2014. No gráfico 13, verifica-se verific que os participantes costumam comprar seus materiais esportivos em shoppings ou em lojas no exterior. Esse fato se deve provavelmente ao alto poder aquisitivo para compras nesses locais, além da menor carga tributária utilizada no exterior, reduzindo consideravelmente consideravelmente o valor dos materiais esportivos. Este resultado difere dos encontrados em uma pesquisa abaixo, onde 39% dos homens preferiam comprar pela internet e 37% em shoppings (IGUANA SPORTS, 2012). Já as mulheres tem um perfil de compras que difere do perfil masculino, o shopping é o lugar preferido delas para realizar suas compras de materiais esportivos, com 29% da preferência, seguido de lojas virtuais (19%), lojas esportivas exclusivas de uma marca, loja de departamentos (14%) e no exterior (12%). (12%) A utilização de suplementos tem aumentado muito por praticantes de corrida nos últimos anos. Na tabela 23 verifica-se a incidência de utilização e quais os suplementos mais utilizados. 50 Tabela 22 - Utilização de suplementos durante a prática esportiva SUPLEMENTO % (n=100) Sim 60% Não 35% Não informou SUPLEMENTO UTILIZADO 5% % (n=108) BCAA 34% Whey Protein 23% Gel de Carboidrato 21% Outros suplementos 8% Maltodextrina 6% Glutamina 5% Repositor eletrolílico 3% Fonte: Elaboração dos autores, 2014 Dos corredores participantes da pesquisa, 60% relataram utilizar algum tipo de suplemento durante a prática esportiva. Destes, a maioria utiliza BCAA, whey protein e gel de carboidrato. Dados muito parecidos com a pesquisa de IGUANA SPORTS (2012), na qual 61% dos participantes utilizavam algum tipo de suplemento alimentar durante a prática esportiva. Foi verificado o uso de bicicleta como meio de transporte, lazer e/ou treinamento pelos participantes da pesquisa, como apresentado na tabela 24 a seguir. Tabela 23 - Uso de bicicleta e pretensão de compra nos próximos 6 meses POSSUI BICICLETA % (n=100) Sim 60% Não 40% PRETENDE COMPRAR BICICLETA (n=40) Não 30 Sim 10 Fonte: Elaboração dos autores, 2014 Observa-se na tabela 24 que a maioria dos participantes possui bicicleta. E dos 40 que não possuem, apenas 10 pretendem compra-la nos próximos 6 meses. Neste mesmo estudo, 16% dos participantes revelaram praticar a modalidade de 51 ciclismo e triatlon além da corrida, indicando que uma parte dos participantes utiliza a bicicleta apenas como lazer ou meio de transporte. O percentual de participantes desta pesquisa que possuem bicicleta (60%) está semelhante com os encontrados em uma pesquisa onde 55% dos participantes possuíam as mesmas. Além disso, 72% dos participantes dessa mesma pesquisa, não pretendiam comprar uma bicicleta nos próximos 6 meses. (IGUANA SPORTS, 2012). Foram verificados quais os meios de comunicação mais utilizados pelos participantes para se informar sobre eventos de corrida. Os resultados são apresentados na tabela 25. Tabela 24 - Meios de comunicação e eventos de corrida por ano MEIO DE COMUNICAÇÃO % (n=100) Assessoria Esportiva 29% E-mail marketing 20% Amigos / "Boca-a-Boca" 18% Facebook 15% Sites e Blogs 15% Panfletagem 2% Jornal 1% TV 0% EVENTOS CORRIDA / ANO % (n=100) De 3 a 5 corridas 45% De 6 a 8 corridas 24% De 9 a 11 corridas 14% De 12 a 14 corridas 6% Até 2 corridas 6% Mais de 14 corridas 5% Fonte: Elaboração dos autores, 2014 Na tabela 25 observa-se que o meio de comunicação mais utilizado pelos participantes da pesquisa para buscar informações sobre eventos de corrida é através das assessorias esportivas e e-mail marketing, mostrando ainda que meios de comunicação como panfletos, jornais e TV já não são eficientes para informar esse público. 52 Os consumidores de eventos running em geral utilizam como principal canal de comunicação o e-mail marketing (58%) e boca-a-boca (20%). (IGUANA SPORTS, 2012). Já outra pesquisa revela que 49% dos participantes de assessorias de corrida ficam sabendo dos eventos running por sites e 39% por e-mail marketing. (IGUANA SPORTS, 2014). Os motivos que levam os corredores à participar de eventos de corrida são os mais variados, vão desde a simples prática pelo esporte até se tornar um atleta profissional. Na tabela 26, detalham-se os principais motivos. Tabela 25 - Motivos que levam corredores à eventos de corrida MOTIVOS % (n=100) Pela simples prática do esporte 28% Performance / Busca de resultados 20% Socialização 20% Lazer 17% Acompanhar amigos 14% Desejo me tornar um atleta profissional 1% Fonte: Elaboração dos autores, 2014 A simples prática da corrida é o principal motivo que leva os corredores de assessorias a se inscrever em eventos de corrida. Em segundo lugar, vem a busca de resultados e a socialização que as corridas proporcionam entre os corredores e amigos. Mais uma vez os resultados foram similares à outros estudos relacionados à corrida, como um recente realizado em 2012, onde 59% dos participantes corriam pela simples prática do esporte, com performance (18%) e lazer (14%) como os outros dois principais motivos à inscrição em eventos de corrida. Fatores como profissionalismo e desempenho são secundários neste estudo (IGUANA SPORTS, 2012). Foram verificadas diversas provas preferidas pelos participantes em eventos de corrida. No gráfico 14 observam-se esses resultados. 53 Gráfico 14 - Provas preferidas em eventos de corrida Provas Preferidas Ultramaratona 4 Corrida de Revezamento 4 42km (Maratona) 4 9 Corrida de Montanha 19 21km (Meia Maratona) 28 10km 32 5km 0 10 20 30 40 Fonte: Elaboração dos autores, 2014 No gráfico 14 acima, mostra-se mostra que a prova preferida entre os participantes de assessorias de corrida de Florianópolis são as de 5km, seguidas das provas de 10km e meia maratona. As informações acima confirmam os resultados da grande maioria das pesquisas realizadas no Brasil e exterior. exterior Já em estudos como os de Niada (2011) e Iguana Sports (2012), verificou-se uma preferência maior pelas provas de 10km. Já outro estudo realizado em 2014 com público feminino de corridas, mostra-se mostra se um quadro um pouco diferente, na qual 42% das participantes preferem a distância de 5km em eventos de corrida, com 10km na segunda colocação de preferência entre elas com 34%. È cada vez maior o calendário de eventos de corrida no Brasil e no exterior. Na tabela abaixo nota-se se a participação de de eventos em outras cidades e os gastos médios em viagens para esses eventos. Tabela 26 - Frequência de participação em eventos de corrida em outras cidades e gastos CORRIDAS OUTRAS CIDADES % (n=100) Sim 72% Não 28% FREQUENCIA (n=72) Às vezes 65 Sempre 7 54 GASTO MÉDIO BRASIL (n=72) Mais de R$ 400 38 R$ 201 a R$ 400 17 R$ 101 a R$ 200 10 R$ 50 a R$100 GASTO MÉDIO EXTERIOR 7 (n=31) Mais de R$ 1.000 24 R$ 200 a R$ 400 3 R$ 401 a R$ 800 3 R$ 801 a R$ 1.000 1 Fonte: Elaboração dos autores, 2014. Na tabela 27, verifica-se o número cada vez maior de corredores participantes de eventos de corrida fora de sua cidade, estados e até mesmo no exterior. Um estudo similar de 2012 mostrou que 83% dos corredores participam de 1 a 10 provas por ano e que 85% dos participantes dessa pesquisa gostariam de participar de algum prova no exterior. Além disso, destaca-se o elevado poder aquisitivo dos corredores de assessorias de corrida. (RUNNERS WORLD, 2013). 55 5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES Ao término deste estudo, que teve como objetivo descrever o perfil dos participantes de assessorias de corrida de Florianópolis, pode-se realizar algumas considerações dentro das questões específicas investigadas. Em relação ao primeiro objetivo específico deste estudo, identificar os dados sociodemográficos dos participantes da pesquisa, percebeu-se a quase igualdade no número de participantes homens e mulheres nas assessorias de corrida, com faixa etária predominante de 27 a 36 anos para ambos os sexos, peso aproximado de 57 a 66 quilos e estatura média entre 1,64 e 1,73 metros. O nível superior completo destaca-se entre os níveis de escolaridade dos corredores, bem como a renda mensal familiar predominante de 5 a 20 salários mínimos. Interessante notar nesses dados o grande crescimento das mulheres no mercado running, além do poder socioeconômico e cultural dos participantes. Verifica-se como segundo objetivo específico os hábitos de corrida, na qual o tempo de prática da modalidade é de 1 a 4 anos, com uma frequência semanal de treinos de três vezes por semana, com duração média de até 60 minutos por treino e tendo como o período noturno o preferido para correr. Os participantes relataram um volume semanal de treino de 11 a 20 quilômetros e um ritmo médio ou “pace” de 5:31 a 6:00 min/km. As provas mais frequentes realizadas pelos participantes são com distâncias menores que 10 quilômetros. A grande maioria dos participantes de assessorias de corrida de Florianópolis praticam modalidades paralelas à corrida, como musculação e ciclismo, com uma frequência semanal de 3 vezes por semana e com sessões de treino dessas modalidades esportivas variando entre 31 e 60 minutos. Além disso, esses praticantes têm de 1 a 5 anos de experiência nessas modalidades. O condicionamento físico é o principal objetivo pelo qual os participantes da pesquisa correm, seguido da busca de um melhor desempenho em eventos de corrida. A orientação profissional é de longe o principal motivo que leva os participantes da pesquisa a escolher uma assessoria de corrida para o acompanhamento dos seus treinos , destacando-se a importância do Profissional de Educação Física nesse processo. A socialização entre os corredores durante os treinos e eventos de corrida mostrou-se como tendo um papel importantíssimo na adesão de clientes às assessorias. Os treinos em grupo, sessões de alongamento e 56 educativos de corrida e o fornecimento de hidratação aos corredores estão entre os principais serviços prestados aos clientes. Nas assessorias, a grande maioria é de corredores novatos e intermediários com experiência de 1 a 4 anos na modalidade. Com relação ao quarto objetivo específico, identificação do histórico de lesões, conclui-se que a maioria dos participantes sempre realiza alongamento pré e pós-treinos e competições e aquecimento antes de treinos e competições. A realização da troca de tênis ocorre com até um ano de uso, tendo como o fator principal da troca o desgaste da estrutura do tênis. Ainda com relação ao tênis, notase que a grande maioria usa calçados com características de amortecimento e/ou controle de movimento, têm ciência do seu tipo de pisada e apresentam com predominância a pisada neutra. A forma de avaliação da pisada mais utilizada pelos corredores foi a observação e filmagem em esteiras, sendo realizada principalmente pelo profissional treinador de corrida. As lesões musculoesqueléticas relacionadas à este esporte ocorridas no passado em 60% dos corredores foram: Canelite, Tendinopatia de joelho e tornozelo, Síndrome da Banda Iliotibial e Lesão Labral,respectivamente. Já atualmente, apenas 17% relataram estar lesionados, tendo como as lesões mais comuns as tendinopatias e lesões labral, meniscal e ligamentar, respectivamente. Na análise dos dados relacionados aos hábitos de consumo dos participantes de assessorias de corrida de Florianópolis, conclui-se que a maioria é frequentadora de academias com valores de mensalidades que variam de R$ 101 a R$ 200 reais, sendo que estas na sua maioria não possuem assessoria relacionada à corrida. Este estudo mostrou que as marcas de tênis preferidas entre os participantes são Asics e Mizuno e as de roupa esportivas destacam-se como as preferidas Nike e Adidas, porém 24% dos participantes revelaram não possuir preferência por nenhuma marca de roupa específica. O valor médio investido em um par de tênis é de até R$ 400 reais e os participantes compram até 2 pares de tênis para corrida por ano. A compra de materiais esportivos é realizada normalmente em lojas localizadas em shopping e no exterior pela grande maioria dos corredores. O uso de suplementos verifica-se em 60% dos participantes da pesquisa, sendo os mais comuns o BCAA (aminoácidos de cadeia ramificada), Whey Protein e géis de carboidrato ou a combinação entre esses e outros suplementos relatados neste estudo. Com relação aos aspectos relacionados à participação em eventos de corrida, conclui-se que a assessoria esportiva é a maneira mais utilizada pelos corredores 57 para obter informações sobre estes eventos além de e-mail marketing e o “boca-aboca”. Os corredores participam de 3 a 5 corridas por ano em média e a simples prática do esporte é o principal motivo que os leva à eventos de corrida, além da busca por resultados e a socialização com os amigos. Nesses eventos, as provas preferidas pelos corredores são as de 5km ,10km e 21km respectivamente, observando-se o crescimento de corridas de montanha e revezamento na lista da provas preferidas. Complementando, nota-se a busca cada vez maior por eventos realizados em outras cidades do Brasil e exterior, movimentando a economia e o turismo nesses lugares. A partir deste estudo, mostrou-se com mais clareza o perfil dos participantes de assessorias de corrida de Florianópolis, mais especificamente os dados sociodemográficos, os hábitos de corrida e suas peculiaridades, incidência de lesões mais comuns, seus hábitos de consumo e as informações relacionadas à participação em eventos de corrida. Como sugestões para novos estudos, sugere-se investigar corredores da Grande Florianópolis não participantes de assessorias de corrida, afim buscar informações sobre esse público, a fim de conscientizar a prática da corrida orientada por Profissionais de Educação Física. Além disso, sugere-se um estudo mais detalhado sobre as mulheres corredoras ,suas especificidades e necessidades, pois nota-se o grande crescimento da participação do público feminino em assessorias e eventos de corrida no Brasil e no mundo. 58 REFERÊNCIAS ABEP. Critério de classificação econômica Brasil 2014. Janeiro, 2014. Disponível em: http://www.abep.org/codigosCondutas.aspx>. Acesso em: 10 set. 2014. ANDRADE, MM. Introdução à metodologia do trabalho científico. 5. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2001. ATCSC. O Crescimento das Corridas de Rua no Brasil. Disponível em: <http://wp.clicrbs.com.br/ivanahenn/2013/07/03/o-crescimento-das-corridas-de-ruano-brasil/?topo=67,2,18,,,67> Acesso em: 03 jul. 2014. ATOS DOS APÓSTOLOS. Português. In: Bíblia de Estudo Genebra. Tradução Almeida Revista de Atualizada. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. p. 1302. BARRIOS, DS. Guia de prevenção e tratamento de dores e lesões: como identificar os sintomas, acelerar a recuperação e correr sem dor. São Paulo: Editora Gente, 2009. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO. Seção VIII, regra 240, item 1: corridas de rua. Regras oficiais de competição. Manaus, 2013. CORPORE. Estatísticas. Disponível em: < http://www.corpore.org.br/cor_corpore_estatisticas.asp>. Acesso em: 10 set. 2014. CROWE HORWATH RCS. Running e a Indústria do Esporte no Brasil. Março, 2010. Disponível em: <http://www.rcsauditores.com.br/port/analises/esporte/running_marc2010.pdf>. Acesso em: 14 ago. 2013. DALLARI, MM. Corrida de rua – um fenômeno sociocultural contemporâneo. 2009. 130 f. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. GENTIL, P. Emagrecimento: quebrando mitos e mudando paradigmas. Rio de Janeiro : Editora Sprint, 2010. GIL, AC. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Editora Atlas, 2010. HESPANHOL Jr, LC. Perfil das características do treinamento e associação com lesões musculoesqueléticas prévias em corredores recreacionais: Um estudo transversal. Rev Bras Fisioter, São Carlos, v. 16, n. 1, p. 46-53, jan./fev. 2012. IAAF. Associação Internacional das Federações de Atletismo. Disponível em: <http://www.iaaf.org>. Acesso em: 13 ago. 2013. IGUANA SPORTS. Dna de corredor – um raio-x na subcultura running do Brasil. Disponível em: <http://www.iguanasports.com.br/2013/news/pdf/DNACorredor.pdf>. Acesso em 14 ago. 2013. 59 IGUANA SPORTS. Dna de corredora –. Disponível em: <http://www.iguanasports.com.br/2014/news/pdf/DNACorredora.pdf>. Acesso em 10 set. 2014. IGUANA SPORTS. Panorama das Assessorias. Disponível em: < http://www.suacorrida.com.br/dnadecorredora/apres/dna_de_corredora_2014.pdf>. Acesso em 10 set. 2014. ISAÍAS. Português. In: Bíblia de Estudo Genebra. Tradução de Almeida Revista e Atualizada. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. p. 832. LIMA, RP. A fantasia de atleta no imaginário de corredores amadores – análise do papel das marcas esportivas na construção da imagem de participantes de grupos de corrida. 2007. 114 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais/ Antropologia) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2007. McCARTHY JP, MA POZNIAK, JC AGRE. Neuromuscular adaptations to concurrent strength and endurance training. Med Sci. Sports Exerc., Vol. 34, No. 3, pp. 511– 519, 2002. NIADA, ACM. Hierarquia de metas do consumidor de tênis de corrida para diferentes níveis de autoconexão com a marca. 2011. 183f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2011. NEITZ, KM. Guia Runner´s World de corrida de rua: como treinar para provas de 5 km, 10 km, meia-maratona e maratona. Sao Paulo: Editora Gente, 2010. NIELSEN RO, BUIST I, PARNER ET, NOHR EA, SORENSEN H, LIND M, RASMUSSEN S. Predictors of Running-Related Injuries Among 930 Novice Runners: A 1-Year Prospective Follow-up Study. Orthopaedic Journal of Sports Medicine. 2013. OLIVEIRA, SN. Lazer sério e envelhecimento – loucos por corrida. 2010. 102 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006. OMS. Estatísticas mundiais de saúde. 2012. Relatório. Disponível em: < http://www.abeso.org.br/lenoticia/876/oms:+obesidade+mata+28+milhoes+por+ano.s html>. Acesso em: 15 fev. 2014. OSTROWSKI KJ, WILSON GJ, WEATHERBY R, MURPHY PW, LYTTLE AD. 1997. The effect of weight training volume on hormonal output and muscular size and function. Journal of Strength & Conditioning Research, 11, 148-154. PAZIN J, DUARTE MFS, POETA LS, GOMES MA. Corredores de rua: características demográficas, treinamento e prevalência de lesões. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2008;10(3):277-82. 60 PIOVESAN, A; TEMPORINI, ER. Pesquisa exploratória: procedimento metodológico para o estudo de fatores humanos no campo da saúde pública. Revista de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.29, n.4, p. 318-325, 1995. POWERS, SK. Fisiologia do Exercício - Teoria e Aplicação ao Condicionamento e ao Desempenho. 2009. 6ª edição. São Paulo. Editora: Manole. RUNNER’S WORLD. Corredor de Rua. <http://www.corredores.com.br >. Acesso em: 14 ago. 2013. Disponível em: RUNNER’S WORLD. O Brasil que corre. Disponível em: < http://runnersworld.abril.com.br/materias/brasilqcorre/index.shtml >. Acesso em: 14 ago. 2013. RUNNING USA. 2014 State of the Sport - Part III: U.S. Race Trends. Disponível em < http://www.runningusa.org/2014-state-of-the-sport-part-III-us-racetrends?returnTo=main>. Acesso em: 24 out. 2014. SALGADO JVV, Chacon-Mikahil MPT. Corrida de Rua: Análise do crescimento do número de provas e de praticantes. Conexões: revista da Faculdade de Educação Física da Unicamp, Campinas, v.4, n.1, p. 91-92, 2006. SANTOS, SG. Métodos e técnicas de pesquisa quantitativa aplicada à educação física. Florianópolis, SC: Editora Tribo da Ilha, 2011. SILVA, SG. Caracterização da pesquisa, p.67-73, capitulo 3. In: SANTOS, S.G. (Org.). Métodos e técnicas de Pesquisa Quantitativa Aplicada à Educação Física- Florianópolis, SC: Editora Tribo da Ilha, 2011. SILVA, MSA. Corra: Guia completo de corrida, treino e qualidade de vida. São Paulo: Editora Academia de Inteligência, 2009. STAPASSOLI, MB. “A corrida mudou minha vida!” – emoções, motivações e hábitos de consumo de corredores amadores. 2012. 128 f. Monografia (Graduação em Administração) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012. TEDESCO, J. Avaliação da qualidade de vida em participantes da prova de São Silvestre. 2006. Tese (Doutorado) – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo,2006. TRISTÃO, RB. Avaliação do perfil dos atletas participantes de um circuito de corrida de rua: uma atividade de ensino, pesquisa e extensão. I Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão da UniEVANGÉLICA. Anais do V Seminário de Extensão. Volume 1 .2011 . Anápolis-GO. VIGITEL. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. 2014. Disponível em: < http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/30/Lancamento-Vigitel-28-04ok.pdf> Acesso em: 14 set 2014. 61 WEINECK, J. Treinamento Ideal. São Paulo: Editora Manole, 2003. YALOURIS, N. Os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga. Olímpia antiga e os jogos olímpicos (Superv.). Tradução Luiz Alberto Machado Cabral. 1ª edição. São Paulo: Odysseus Editora, 2004. 334p. 62 ANEXO A – MODELO TCLE UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA - CEP UNISUL [email protected], (48) 3279.1036 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) Você está sendo convidado a participar, como voluntário de uma pesquisa intitulada: “Perfil dos Participantes de Assessorias de Corrida de Florianópolis”. O objetivo é descrever o perfil dos participantes de Assessorias de corrida de Florianópolis. Atualmente a corrida de rua vem ganhando grande espaço nos grandes centros urbanos. Com o crescimento do esporte e a maior necessidade de orientação aos seus praticantes, surgiram as assessorias de corrida, com o intuito de dar todo o aporte de conhecimento, treinamento e logística necessários aos treinamentos e competições. Partindo desse pressuposto, surge a importância de um estudo que possa identificar o perfil dos corredores de assessorias de corrida em Florianópolis. A participação consiste em responder um questionário com 58 questões fechadas, abertas e mistas. Sua estrutura se divide em cinco partes: a primeira parte voltada aos dados pessoais; a segunda parte relacionada aos hábitos de corrida e treinamento, a terceira parte contempla os aspectos relacionados ao histórico de lesões dos corredores, a quarta parte verifica os hábitos de consumo e a quinta e última parte visa identificar fatores levados em consideração na escolha de eventos de corrida dos participantes da pesquisa Você necessitará de aproximadamente 10 minutos para o preenchimento do questionário. 63 Não é obrigatório responder todas as perguntas e poderá desistir de participar da pesquisa a qualquer momento (antes, durante, ou depois de já ter aceitado participar dela ou de já ter preenchido o questionário), sem ser prejudicado por isso. A partir dessa pesquisa, participantes de Assessorias de corrida e Profissionais de Educação Física serão beneficiados com um maior conhecimento sobre as assessorias de corrida em Florianópolis e os motivos relacionados a adesão dos participantes à serviço. Você poderá quando quiser pedir informações sobre a pesquisa aos pesquisadores. Este pedido pode ser feito pessoalmente, antes ou durante o preenchimento do questionário, ou depois, por telefone, a partir dos contatos do pesquisador que constam no final deste documento. Todos os dados de identificação serão mantidos em sigilo e a identidade dos participantes não será revelada em momento algum. Serão adotados números ou códigos de identificação. Dessa forma, os dados de cada participante serão mantidos em sigilo e, quando utilizados em eventos ou artigos científicos, a sua identidade será sempre preservada. Ao finalizar o trabalho será marcada uma palestra com os treinadores das Assessorias de corrida afiliados a ATC-SC (Associação de Treinadores de Corrida de Santa Catarina), para exposição dos resultados. Por fim solicitamos sua autorização para a utilização dos dados desta pesquisa para produção e publicação de artigos científicos e lembramos que a participação é voluntaria, o que significa que o participante não poderá ser pago, de nenhuma maneira. Agradecemos a participação e colaboração! Cordialmente, ____________________________________ Professora Elinai Schutz - (48) 8422-3895 Wagner Ferreira Antunes – (48) 8423-1204 Eu, _______________________________, abaixo assinado, concordo que participei desse estudo como sujeito. Fui informado(a) e esclarecido(a) pelos pesquisadores Elinai Freitas Schütz e Wagner Ferreira Antunes sobre o tema e o objetivo da pesquisa, assim como a maneira como ela será feita. Recebi a garantia de que o 64 participante pode retirar-se a qualquer momento da pesquisa, sem que isto me traga qualquer prejuízo. Nome do participante: RG: Local e Data: Assinatura: Pesquisador responsável: Professora Elinai Schutz - (48) 8422-3895 Aluno orientado: Wagner Ferreira Antunes – (48) 8423-1204 65 ANEXO B – INSTRUMENTO DE PESQUISA PERFIL DOS PARTICIPANTES DE ASSESSORIAS DE CORRIDA DE FLORIANÓPOLIS Parte I - Dados Pessoais 1. Qual a sua idade? _____anos. 2. Sexo: ( ) Masculino. ( ) Feminino. 3. Qual o seu peso aproximado? ___,__kg. 4. Qual a sua estatura? __,___ m. 5. Há quanto tempo você pratica corrida? _____ ano(s). 6. Qual o seu nível de escolaridade (concluído)? ( ) Fundamental Incompleto ( ) Fundamental Completo ( ) Médio Incompleto ( ) Médio Completo ( ) Superior Incompleto ( ) Superior Completo Parte II - Histórico de Corrida 1. Há quanto tempo você pratica corrida? _____ ano(s). 2. Com qual frequência você corre/treina? _____ vezes/semana. 3. Em qual período você costuma correr/treinar? ( ) Manhã. ( ) Tarde. ( ) Noite. 4. Qual é a metragem (km) semanal média? _____ km/semana. 5. Qual é o seu tempo médio por km (ritmo) ? _____minutos/km. 6. Quanto ao tipo de piso em que você treina, responda quantas vezes por semana você costuma treinar em cada piso? Asfalto _____ vez(es). Esteira _____vez(es). Terra _____vez(es). Grama _____vez(es). Cascalho/Pedrisco _____vez(es). Cimento _____vez(es). Outro __________- _____vez(es). 7. Quanto tempo dura _____hora(s)_____minuto(s). em média uma sessão de treinamento? 66 8. Qual é o tipo de prova que você corre com maior frequência? ( ) Provas com menos de 10 km. ( ) 10 km. ( ) Provas com + 10 km, porém inferiores a ½ maratona. ( ) ½ Maratona. ( ) Maratona. ( ) Ultramaratona 9. Também pratica outras modalidades esportivas regularmente? ( ) Sim. ( ) Não. 9A. Qual(is) é(são) a(s) modalidade(s) esportiva(s) praticada(s)? ______________________________. 9B. Há quanto tempo você pratica a(s) modalidade(s) citada(s) acima ? _____anos. 9C. Com qual frequência você pratica essa(s) modalidade(s)? _____vezes/semana. 9D. Quanto tempo dura em média os treinos dessa(s) modalidade(s)? _____horas. 10. Qual é o seu principal objetivo para praticar corrida? Assinale por ordem de prioridade,de 1 a 9, de maior para menor prioridade. ( ) Condicionamento Físico. ( ) Emagrecimento. ( ) Lazer. ( ) Recomendação médica ( ) É atleta de corrida. ( ) É atleta de outro esporte. ( ) Busca de melhor desempenho. ( ) Socialização ( ) Acompanhar familiares ( ) Outro(s) motivo(s), qual(is)?___________________________________. 11. Quais os principais motivos que te levaram a treinar com uma Assessoria Esportiva?___________________________________________________________ ___________________________________________________________. 11.A. Quais os serviços oferecidos pela Assessoria Esportiva? Assinale uma ou mais opções. ( ) Planilhas Personalizada Semanal. ( ) Planilhas Personalizadas Mensal Sessões de Alongamento. ( ) Treinamento Funcional. ( ) 67 ( ) Hidratação. ( ) Viagem. ( ) Transporte. ( ) Convênio com lojas esportivas. ( ) Convênio com outros profissionais (médicos, fisioterapeutas, nutricionistas). Outros, quais?_____________________________________________________. 11.B. Qual o valor pago pela Assessoria Esportiva? _____________________. 12. Como você se classificaria? ( ) Corredor Novato. ( ) Corredor Intemediário. ( ) Corredor Experiente. ( ) Corredor com experiência prévia que está voltando a correr. ( ) Corredor que sempre teve envolvimento com a corrida. 13. Você faz alongamento ANTES do treino/corrida (prova)? ( ) Sempre. ( ) Algumas vezes. ( ) Nunca. 13.A. Você faz alongamento DEPOIS do treino/corrida (prova)? ( ) Sempre. ( ) Algumas vezes. ( ) Nunca. 13.B. Você faz aquecimento ANTES do treino/corrida (prova)? ( ) Sempre. ( ) Algumas vezes. ( ) Nunca. 13.C. Você faz “Desaquecimento/volta a calma” DEPOIS do treino/corrida (prova)? ( ) Sempre. ( ) Algumas vezes. ( ) Nunca. Com relação ao seu tênis, responda: 14. Quantos pares de tênis você tem disponibilizado para a prática de corrida? _____________________________________________. 14.A. Com que frequência você troca o tênis? ( ) menos de 6 meses. ( ) Entre 1 ano e 1,5 ano. ( ) Entre 1,5 ano e 2 anos. ( ) Não sei informar. 14.B. O que você leva em conta no momento de trocar o seu tênis? ( ) Desgaste da estrutura do tênis. ( ) Quilometragem percorrida. ( ) Lançamentos disponíveis. ( ) Design, beleza. ( ) Valor. Outros, quais? ______________________________________________________________. 14.C. Você utiliza tênis com alguma característica especial de amortecimento, estabilidade ou controle de movimento? ( ) Sim. ( ) Não. 68 15. Você sabe o seu tipo de pisada? ( ) Sim. ( ) Não. 15.A. Qual é o seu tipo de pisada? ( ) Pronadora. ( ) Neutra. ( ) Supinadora. 15.B. Qual foi a forma de avaliação utilizada para avaliar sua pisada? _______________________. 15.C. Quem realizou a avaliação da sua pisada? ( ) Um profissional ligado a uma loja de tênis. ( ) Um treinador de corrida/Profissional de Educação Física. ( ) Um fisioterapeuta. ( ) Um médico. ( ) Outra forma de avaliação _________________________. 15.D. Você utiliza algum tipo de palmilha ou calcanheira dentro do tênis? ( ) Sim. ( ) Não. Parte III – Histórico de Lesões 1. Apresentou (NO PASSADO) alguma(s) lesão(ões) musculoesquelética(s) relacionada(s) à prática da corrida, localizada no membro inferior e/ou na coluna? * Caso tenha tido mais de três lesões, favor descrever as três lesões mais graves (incapacitantes) ( ) Sim, apenas uma lesão. Descrição ____________________. Região do corpo ____________. ( ) Sim, duas lesões. 1) Descrição ___________________. Região do corpo ____________. 2) Descrição ___________________. Região do corpo ____________. ( ) Sim, três lesões. 1) Descrição ___________________. Região do corpo ____________. 2) Descrição ___________________. Região do corpo ____________. 3) Descrição ___________________. Região do corpo ____________. ( ) Não. 1.A. Apresenta (ATUALMENTE) alguma(s) lesão(ões) musculoesquelética(s) relacionada(s) à prática da corrida, localizada no membro inferior e/ou na coluna? * Caso tenha mais de três lesões, favor descrever as três lesões mais graves (incapacitantes). ( ) Sim, apenas uma lesão. Descrição ____________________. Região do corpo ____________. 69 ( ) Sim, duas lesões. 1) Descrição ___________________. Região do corpo ____________. 2) Descrição ___________________. Região do corpo ____________. ( ) Sim, três lesões. 1) Descrição ___________________. Região do corpo ____________. 2) Descrição ___________________. Região do corpo ____________. 3) Descrição ___________________. Região do corpo ____________. ( ) Não. Parte IV – Hábitos de Consumo 1. Além da Assessoria de corrida, você frequenta academia? ( ) Sim. ( ) Não. 1.A. Se frequenta, a academia oferece a seus alunos o serviço de assessoria ou grupo de corrida? ( ) Sim. ( ) Não. 1.B. Qual o valor da mensalidade da academia? ( ) Até R$ 100. ( ) Entre R$ 100 e R$ 200. ( ) Entre R$ 200 e R$ 400. ( ) Acima de R$ 400. 2.Qual sua marca de tênis preferida?_____________________. 2.A. Quantos pares de tênis compra por ano? ( ) Até 2 pares. ( ) De 3 a 4 pares. ( ) 5 ou mais pares. 2.B. Qual a média de gasto com estes pares? ( ) Até R$ 200 ( ) Entre R$ 200 e R$ 400. ( ) Entre R$ 400 e R$ 600. ( ) Acima de R$ 600. 3. Qual sua marca de roupa preferida para correr? _____________________. 4. Onde você costuma comprar seu material esportivo? ( ) Shopping. ( ) Internet. ( ) Lojas de Rua. ( ) Fora do Brasil. ( ) Outlets. Outros______________________. 5. Utiliza algum suplemento alimentar durante a prática esportiva? ( ) Sim. ( ) Não. Se sim, especifique:___________________________________________. 6. Você possui bicicleta? ( ) Sim. ( ) Não. 6.A. Se não possui, planeja comprar uma bicicleta nos próximos 6 meses? Sim. ( ) Não. Parte V – Eventos de Corrida () 70 1. Através de que meio de comunicação você fica sabendo dos eventos de corrida? ( ) E-mail Marketing. ( ) Facebook. ( )Sites/Blogs. ( ) TV. ( ) Amigos/Boca-aboca. ( ) Jornal. ( ) Panfletagem. ( ) Assessoria Esportiva. Outros_____________________. 2. Quanto eventos de corrida você participa em média por ano? _______________ eventos. 3. Porque você vai a eventos de corrida? ( ) Pela simples prática do esporte. ( ) Performance ( ) Lazer. ( ) Acompanhar amigos. ( ) Desejo me tornar um atleta profissional. Outros__________________________________. 4. Que tipo de prova é a sua preferida em eventos de corrida? ( ) 5km. ( ) 10km. ( ) 21km. ( ) 42km. ( ) Corrida de Aventura/Montanha. ( ) Corrida de Revezamento. Outras, quais?____________________________________________. 5. Você participa de corridas em outras cidades do Brasil, que não a de costume? ( ) Sim. ( ) Não. Com que frequência? ( ) Sempre. ( ) Ás vezes. 6. Você participa de corridas fora do Brasil/exterior? ( ) Sim. ( ) Não. Com que frequência? ( ) Sempre. ( ) Ás vezes. 7. Qual a faixa média de gastos realizados em eventos de corrida fora da sua cidade no Brasil? ( ) R$ 50 a R$ 100; ( ) R$ 100 a R$ 200; ( ) R$ 200 a R$ 400; ( ) Mais de R$ 400? Quanto?__________________________________. 8. Qual a faixa média de gastos realizados em eventos de corrida fora do Brasil/exterior? ( ) R$ 50 a R$ 100; ( ) R$ 100 a R$ 200; ( ) R$ 200 a R$ 400; ( ) Mais de R$ 400? Quanto?__________________________________. 71 ANEXO C – Parecer CEP 72 73 74 ANEXO D – Ficha Frequência Sessões Orientação