CURSO PREPARATÓRIO DE REDAÇÃO PARA PROCESSO SELETIVO (Aula 07) Professor Geraldo José Rodrigues Liska - Licenciado em Línguas Portuguesa e Inglesa e respectivas literaturas A CARTA Quando queremos solicitar algo para alguém ou responder uma solicitação, fazer uma declaração de amor, despedirmonos, argumentar algo que foi dito, escrever diretamente a um leitor de revista ou jornal, contar novidades para o amigo que mora distante, fazer uma comunicação de um fato...ali está a carta! Essa forma de produção textual existe desde que o homem necessita de comunicação à distância, ou mais precisamente, desde as inscrições rupestres, as quais eram cartas em forma de símbolos. Aqui no Brasil, temos a carta-registro de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal Dom Manuel I, relatando o descobrimento das novas terras. As cartas ditas “sociais” eram mais comuns antes do advento da tecnologia. No entanto, com a evolução da informática hoje temos o e-mail , veículo de informação que transporta vários tipos de cartas todos os momentos. Atualmente, é muito difícil encontrar pessoas que trocam correspondências escritas a mão, ao contrário, falamos de correio eletrônico que não precisa nem mesmo de selo, ou seja, de ser paga. Escrevemos uma carta pessoal quando queremos nos comunicar com alguém próximo de nós, como amigos ou familiares. As características desse tipo de gênero textual são simples, ou seja, não possuem muitas regras e estrutura para serem seguidas. Vejamos: • O assunto é livre, geralmente de ordem íntima, sentimental. • O tamanho varia entre médio e grande. Quando é pequeno, é considerado bilhete e não carta. • O tipo de linguagem acompanhará o grau de intimidade entre remetente e destinatário. Portanto, cabe ao escritor saber se pode usar termos coloquiais ou mesmo gírias. • Quanto à estrutura, a carta pessoal deve seguir a sequência: 1. local e data escritos à esquerda, 2. vocativo, 3. corpo do texto e 4. despedida e assinatura. Como o grau de intimidade é variável, o vocativo, por consequência, também: Minha querida, Amado meu, Querido Amigo Fulano, Fulaninho, Caro Senhor, Estimado cliente, etc. A pontuação após o vocativo pode ser vírgula ou dois-pontos. Assim também é em relação à despedida, a qual pode variar entre Atenciosamente, Cordialmente, etc. até Adeus, Saudades, Até em breve, etc. Quanto à assinatura, pode ser desde só o primeiro nome até o apelido, dependendo da situação. Caso se esqueça de dizer algo importante e já tenha finalizado a carta é só acrescentar a abreviação latina P.S (post scriptum) ou Obs. (observação). A carta pessoal geralmente é entregue em mãos ou enviada pelo correio, pois é manuscrita! Curiosidade sobre P.S: essa sigla é originada do verbo latino “post scribere” que significa “escrever depois”! Por Sabrina Vilarinho Graduada em Letras Equipe Brasil Escola http://www.brasilescola.com/redacao/carta-pessoal.htm Proposta de Redação II – Unicamp 2001 "A Nike autorizou a destruição dos tênis falsificados com o objetivo principal de proteger os consumidores de riscos à saúde. (...) Os tênis falsificados podem vir a causar lesões nas áreas como tornozelo e tendão-de-aquiles, por exemplo, porque na maioria das vezes sua fôrma não é apropriada e as matérias-primas são de baixa qualidade." "Em nome dos milhares de miseráveis que não têm o que calçar e não se preocupam com a qualidade do que lhes é doado, mas querem apenas proteger seus pés descalços com qualquer coisa melhor que a sola dos pés, venho agradecer publicamente à Nike por estar destruindo 45 mil pares de tênis que poderiam ter melhor que a lata de lixo." A partir da leitura e da reflexão sobre os implícitos, e imaginando que você discorda da atitude da Nike, escreva uma carta ao presidente desta empresa, na forma de um texto argumentativo, na qual você exponha as razões de sua discordância. * Ao assinar a carta, use iniciais apenas, de forma a não se identificar. http://www.geraisnet.com.br/paula/proposta.htm