Sociedade de Consumo PUCRS Baudrillard (2003) Vive-se o tempo dos objetos. Os homens atuais não se encontram mais rodeados por outros homens, mas sim por objetos. Atualmente vemos os objetos morrerem presumindo as diferentes gerações de objetos. Somos dominados não por leis ecológicas, mas pela lei do valor de troca. O consumo invadiu toda a vida, no qual todas as relações se encadeiam através dele. Adquire-se objetos não por sua utilidade específica, mas sim pelo valor que esse objeto significa para cada indivíduo. J. FERNANDO AZEVEDO 1 Sociedade de Consumo PUCRS Slater (2002) O consumo é cultural e pode assumir várias formas. - Os seres humanos possuem necessidades básicas, mas que assumem formas culturais diferentes em sociedades diferentes. - O consumo é influenciado pela cultura. Ex. os indivíduos em geral agem com o intuito de satisfazer seus próprios desejos, porém, muitas vezes, são pressionados em outras direções por forças culturais. A publicidade baseia-se na sedução e persuasão. Sedução – é o domínio da emoção sobre a razão, ou seja, adormece a capacidade analítica, reflexiva e crítica. Persuasão – ato de convencer, de encantar. J. FERNANDO AZEVEDO 2 Sociedade de Consumo PUCRS Ferrés (1998) Poder fazer o que se deseja porque se deseja o que os outros desejam que se deseje. Depois que as pessoas satisfazem as suas necessidades básicas, o aspecto significativo e cultural dos objetos passa a predominar, ou seja, as pessoas passam a se preocupar com o valor que determinado bem ou serviço pode oferecer. Lipovetsky (2003) Caracteriza a sociedade de consumo por diferentes traços: - Elevação do nível de vida - Abundância das mercadorias e dos serviços - Culto aos objetos e dos lazeres - A moral hedonista e materialista J. FERNANDO AZEVEDO 3 Sociedade de Consumo PUCRS O universo burocrático da estética é que comanda a economia de consumo, no qual, esta reorganizada pela sedução e pelo desuso acelerado dos objetos. Ex. DOVE (campanha pela real beleza), celular, moda. 4 J. FERNANDO AZEVEDO Comportamento do Consumidor PUCRS Solomon (2002) O estudo dos processos envolvidos quando indivíduos ou grupos selecionam, compram, usam ou dispõem de produtos, serviços, idéias ou experiências para satisfazer necessidades e desejos. 5 Sheth (2001) O comportamento do consumidor é definido como as atividades físicas e mentais realizadas por clientes que resultam em ações e decisões, como comprar e utilizar produtos e serviços, como também pagar por eles. J. FERNANDO AZEVEDO Comportamento do Consumidor PUCRS Shiffman e Kanuk (2000) Acreditam na existência de um trio de necessidades básicas, ou seja, as necessidades de poder, de afiliação e de realização. Necessidade de poder Relaciona-se com um desejo do indivíduo de controlar o seu ambiente. Ex. Celular Necessidade de afiliação Sugere-se que o comportamento é altamente influenciado pelo desejo de amizade, de aceitação, de relacionamento. Ex. pessoas que têm forte dependência social dos outros. J. FERNANDO AZEVEDO 6 Comportamento do Consumidor PUCRS Necessidade de realização Indivíduos com fortes necessidades de realização normalmente consideram o sucesso pessoal um fim em si mesmo. É dominante entre os jovens formandos do segundo grau. Os autores sustentam que os indivíduos com necessidades psicológicas específicas tendem a ser receptivos a apelos de propaganda dirigidos a essas necessidades e também a certos tipos de produtos. Gade (1998) O homem tem necessidades e desejos infinitos que se contrapõem às suas possibilidades finitas e limitadas de satisfazêlos. J. FERNANDO AZEVEDO 7 Comportamento do Consumidor PUCRS Somos obrigados a escolher e maximizar o consumo, ou seja, procurar escolher aquilo que esteja dentro das possibilidades próprias e que proporcione maior prazer. Sheth (2001) Existem 5 passos para o processo de compra: 1) 2) 3) 4) 5) Reconhecimento do problema Busca de informação (seleção de marcas) Avaliação de alternativas (pontos fracos e fortes, atributos) Tomada de decisão Experiência pós-compra J. FERNANDO AZEVEDO 8 Comportamento do Consumidor Infantil PUCRS A criança passou a ser um consumidor atuante e influenciador no mercado de consumo, sendo assim, possuem comportamentos de compra específicos. Sheth (2001) e Viturino (2005) 9 Os filhos influenciam os adultos em Decisões como em que lugar jantar, onde passar as férias, em quais produtos eletrônicos e que marca de produtos domésticos devem comprar. Para os autores, a influência dos filhos nas compras da família aumenta com a idade. J. FERNANDO AZEVEDO Comportamento do Consumidor Infantil PUCRS Moschis (2001) Coloca que o grau de influência dos filhos nas decisões da família depende desta ter uma orientação social ou conceitual. Orientação social São aqueles que estão mais preocupados em manter a disciplina das crianças. Orientação conceitual São aqueles que se preocupam com o desenvolvimento do pensamento individual e da individualidade de cada filho. Têm maior envolvimento nas decisões da família e tendem a ter maior conhecimento sobre os produtos e consideram mais a opinião dos pais. J. FERNANDO AZEVEDO 10 Marca e Publicidade PUCRS Kotler (2000) Uma marca é essencialmente uma promessa da empresa de fornecer uma série específica de atributos, benefícios e serviços ao comprador. Níveis de significado da marca 1- Atributos – uma marca traz a mente certos atributos 2- Benefícios – os atributos devem ser traduzidos em benefícios funcionais e emocionais 3- Valores – a marca também diz algo sobre os valores da empresa 4- Cultura – a marca pode representar certa cultura 5- Personalidade – a marca pode projetar certa personalidade (caráter semelhante ao que se dá a uma pessoa: amiga, alegre, otimista, idealista) 6- Usuário – a marca sugere o tipo de consumidor que compra ou usa o produto. J. FERNANDO AZEVEDO 11 Marca e Publicidade PUCRS Schultz e Barnes (2001) O valor que o consumidor confere a marca a partir de experiências passadas, conhecimento da marca, tudo se congrega para criar o valor perceptível da marca. Ex. Recepção aos calouros / vídeos testemunhais Lipovetsky (2003) A competição entre as marcas e a estandardização industrial impulsiona uma corrida interminável para o inédito, o efeito, o diferente, tudo para captar a atenção e a memória dos consumidores. É nesse ponto que entra a publicidade. É através da publicidade que os produtos tornam-se estrelas. Ex. iPhone J. FERNANDO AZEVEDO 12 Marca e Publicidade PUCRS Kapferer (2004) É a publicidade que escreve a história da marca. Toda a marca adquire por meio do somatório de suas comunicações uma história, uma cultura, uma personalidade, um reflexo. Veronezzi (2002) Propaganda tem o sentido de propagar princípios, idéias e conhecimento. Publicidade é a arte de exercer uma ação psicológica sobre os indivíduos, com fins comerciais ou políticos, e que em geral, é feita através de anúncios. J. FERNANDO AZEVEDO 13 A relação com o consumidor PUCRS Porque é preciso fazer campanhas publicitárias? Sobrevivemos há 100 anos sem fazer publicidade e agora temos que fazer todos os anos? As pessoas utilizam as marcas que representam a sua identidade pessoal, codificando uma visão de mundo e tornando cada indivíduo autêntico. Para Lipovetsky, o consumidor atual é infiel. O comportamento do consumidor hipomoderno, nascido na década de 70 é caracterizado pelo extremo individualismo. Ex. antes se tinha um telefone para a família. Hoje todos tem o seu. Comprávamos um carro para mostrá-lo, hoje isso não é assim. No consumo dos anos 50, a dimensão da ostentação era muito importante. Estamos no que chamamos de consumo emocional, uma lógica que o mercado explora. J. FERNANDO AZEVEDO 14 A relação com o consumidor PUCRS A publicidade clássica estava centrada no objeto. Sempre existiu e ainda existe, mas hoje há outras, nas quais não se vê o objeto. Ex. Bennetton (Toscani) – Guerra na Bósnia, um padre que beija uma freira. Os supermercados tentam criar uma atmosfera de jogo, experiência para estimular o consumo. 15 O consumidor hipomoderno é extremamente infiel. Ele passa de uma marca para outra, não tem confiança, as critica. Ex. ASSOLAN x BOMBRIL A atual fase não é mais centrada em produzir muito rápido, como no modelo fordista, mas de heterogeneidade, que chama a inovação sistemática e rápida. J. FERNANDO AZEVEDO A relação com o consumidor PUCRS O produtor não pode mais criar sem escutar o mercado. Ex. BOX1824 A potencialidade do mercado está focalizado na enorme segmentação. Ex. Talent 16 J. FERNANDO AZEVEDO Comunicação interna e Marketing PUCRS O que tem a ver publicidade com Comunicação Interna? E com o Marketing? A comunicação interna incentiva a troca de informações e estimula as experiências e o diálogo, bem como a participação de todos os colaboradores, a diretoria, a gerência, os coordenadores e os auxiliares. Inúmeras campanhas podem ser desenvolvidas como instrumentos de divulgação da comunicação interna, por exemplo, as campanhas de prevenção de acidentes, de aperfeiçoamento profissional, de criatividade, de competitividade, entre outras. Marketing é análise, planejamento, implementação e controle de programas cuidadosamente formulados para causar trocas voluntárias de valores com mercados-alvo e alcançar os objetivos institucionais. J. FERNANDO AZEVEDO 17 Comunicação interna e Marketing PUCRS O que é uma orientação de marketing? Pressupõe que a principal tarefa da instituição é determinar as necessidades e os desejos de mercados-alvo e satisfazê-los através do projeto, comunicação, fixação de preço e entrega de programas de serviços apropriados e competitivamente viáveis. E planejamento estratégico de marketing? É o processo de desenvolver e manter um ajuste estratégico entre as metas e capacidades da instituição e suas oportunidades mutantes de marketing. J. FERNANDO AZEVEDO 18 Outras questões: PUCRS Porque não podemos fazer apenas um anúncio em jornal? Porque é preciso trabalhar internamente com os colaboradores o assunto comunicação? Porque os colaboradores precisam acompanhar a campanha externa? Porque numa rede, uma campanha tem a mesma cara? Se cada cidade é uma cidade, cada aluno é um aluno? J. FERNANDO AZEVEDO 19