EMATER - MG 1 de 5 http://www.emater.mg.gov.br/site_emater/Serv_Prod/Livraria/Agroind... Agroindústria Processamento artesanal da cana de açúcar: Açúcar Mascavo Processamento artesanal da cana de açúcar : fabricação de açúcar mascavo Produto Informação Tecnológica Março - 1999 Data Preço Agroindústria Linha Informações resumidas Resenha sobre sobre a fabricação do açúcar mascavo Carmelinda Maria de Souza – Econ. Doméstica Autor(es) Maria da Graça L. Bragança - Econ. Domestica Nome Agroindústria Processamento artesanal da cana de açúcar Fabricação do Açúcar Mascavo Menu Introdução Tecnologia de fabricação do açúcar mascavo Fluxo de processamento Descrição do fluxo de processamento 1.Introdução A fabricação do açúcar mascavo é uma atividade desenvolvida em Minas Gerais desde o período colonial e hoje está sendo incrementada pelo alto valor nutricional e econômico que o produto representa. O consumo do açúcar mascavo tem crescido devido à valorização de produtos naturais, especialmente sem aditivos químicos. Pela sua composição, que o torna um alimento altamente nutritivo, pode substituir, com vantagens, o açúcar cristal e refinado na alimentação diária da família como também na merenda escolar. COMPARAÇÀO DO VALOR NUTRITIVO DO MELADO COM AÇÚCAR CRISTAL E REFINADO(em 100 g de alimentos) (Em 100 g de alimento) Pot Vit Vit Tiam Niac Sód mg A C Rib mcg mg mg mg mcg mb mg mcg mg Prot Gli Lip Ca Fosf Fe g g Alimento Cal g 10/16/aaaa 10:41 EMATER - MG 2 de 5 http://www.emater.mg.gov.br/site_emater/Serv_Prod/Livraria/Agroind... Açúcar 398 - 99,50 0 Refinado Açúcar 356 0,40 90,6 0,50 51 44 4,2 0 Mascavo Açúcar 398 - 99,50 0 Cristal 0 0 0 0 15,6 6,2 20 110 0,30 2 30 344 0 30 344 0 0 0 Fonte: Franco, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 1996 2. Tecnologia de fabricação do açúcar mascavo Para a fabricação de açúcar mascavo de qualidade, o produtor precisa observar os procedimentos básicos recomendados ao processamento de alimentos: utilização de medidas rigorosas de higiene dos trabalhadores na atividade; limpeza diária do engenho, das moendas, dos reservatórios e dos tachos; matéria-prima de boa qualidade; tecnologia de processamentos apropriada, embalagem e armazenamento adequados. A qualidade do açúcar mascavo é também determinada pelo seu grau de umidade; quanto mais seco, melhor sua qualidade e maior será seu tempo de armazenamento. . 3. Fluxo de Processamento . 4. Descrição do Fluxo de Processamento 10/16/aaaa 10:41 EMATER - MG 3 de 5 http://www.emater.mg.gov.br/site_emater/Serv_Prod/Livraria/Agroind... Corte da cana A cana para fabricação do açúcar mascavo deve apresentar a maturação ideal, que é atingida num período de 12 a 18 meses após o plantio, dependendo da variedade. Neste ponto, o caldo atinge um Brix mínimo de 18%. Deve ser cultivada em solos devidamente corrigidos quanto aos teores de nitrogênio, fósforo e potássio. Cana verde, passada ou queimada não produzem a cristalização necessária à fabricação de açúcar mascavo ou resultam em produto escuro e com menor rendimento. O corte da cana deve acontecer no mesmo dia em que vai ser processada, observando-se a capacidade de produção diária da unidade de processamento. O corte deve ser feito em bisel, para facilitar a entrada na moenda. Recepção e Limpeza da Cana Ao chegar à unidade de processamento, a cana deve ser limpa, retirando-se o máximo de folhas. Através de jatos de água, retirar a cera e outras sujidades. Moagem da cana A moagem da cana deve acontecer logo após o corte ou no tempo máximo de 36 horas, após o corte. As moendas devem ser lavadas antes e depois da moagem da cana. Abaixo das moendas, antes do tanque de decantação, deve ser colocado um ralo ou uma tela grossa para separar os bagacilhos. Decantação e Filtragem do caldo Após a separação dos bagacilhos o caldo deve ser conduzido a um decantador com chicanas, para retirada das impurezas sólidas como terra, areia e outras. Para uma boa limpeza do caldo, usar telas intermediárias (média, fina e finíssima) entre o decantador e a tacha. Quanto mais limpo o caldo, mais fácil será a etapa de purificação, e melhor será a qualidade do produto fabricado. Purificação e limpeza do caldo 10/16/aaaa 10:41 EMATER - MG 4 de 5 http://www.emater.mg.gov.br/site_emater/Serv_Prod/Livraria/Agroind... A limpeza do caldo é a retirada das impurezas na forma de espuma e é feita com o caldo quente, porém antes do início da concentração. Nesta etapa é necessária a utilização de fogo forte. A espuma deve ser retirada com escumadeira, e essa operação deve ser repetida até a limpeza total do caldo, para garantir um produto mais puro e mais claro. Concluída essa etapa, o caldo é transferido para a tacha menor, para concentração Concentração do caldo A concentração do caldo consiste na evaporação da água, quando o volume do líquido for diminuindo gradativamente e ficando cada vez mais denso até atingir o "ponto" do açúcar mascavo. Ao aproximar do ponto, é necessário diminuir o fogo para evitar o escurecimento do produto. Determinação do "ponto" O "ponto" do açúcar mascavo é um ponto mais forte do que o da rapadura, com o xarope atingindo a consistência de bala dura. Quando se coloca uma porção do xarope em forma de fios, numa vasilha com água fria, a massa se torna vítrea e quebradiça ( 90o B ). Resfriamento/mexedura/cristalização Ao atingir o "ponto", o xarope é transferido para a masseira / gamelão, onde é batido até acontecer a sua total cristalização. ' Através da agitação rápida e constante, a massa vai resfriando, esfarelando até secar totalmente. Esfarelamento/Peneiragem do açúcar mascavo Após a cristalização total, através do resfriamento e agitação, a massa esfarela e seca, quando deverá ser peneirada para separar os torrões. Empacotamento/Pesagem Após a peneiragem, o açúcar é embalado em sacos de polipropileno e pesado para ser comercializado 10/16/aaaa 10:41 EMATER - MG 5 de 5 http://www.emater.mg.gov.br/site_emater/Serv_Prod/Livraria/Agroind... Armazenagem O açúcar mascavo deve ser armazenado em local seco e ventilado. Deve ser colocado sobre estrados ou grades e empilhado com espaço entre as embalagens. 10/16/aaaa 10:41