Lipodistrofia
35ª Reunião da Comissão de Articulação com
Movimentos Sociais em HIV/AIDS e Hepatites Virais - CAMS
Kátia Abreu
Assessora Técnica
Coordenação Cuidado e Qualidade de Vida
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Lipodistrofia ou
Síndrome Lipodistrófica
• Relacionada ao HIV, descrita a partir de 98
(pós HAART), mesmo em PVHA sem TARV;
• Síndrome: conjuntos de sinais e sintomas,
de forma combinada ou isolada;
• Taxas de prevalência variam de 8 a 83%,
em média 50%.
HIV
• Causas prováveis: HIV, TARV, tempo
de
infecção, estilo e hábitos de vida,
LIPODISTROFIA
predisposição genética.
Genéticos
Hábitos
TARV
Impacto psicossocial
 Estigma e preconceito;
 Revelação do diagnóstico;
 Impacto negativo na adesão ao tratamento;
 Recusa ao tratamento ou abandono;
 Depressão, baixa auto estima e isolamento
social;
 Impacto nas relações pessoais e laborais.
Lipodistrofia
Síndrome composta:
 Alterações do metabolismo
 Alterações anatômicas ou corporais
Alterações do metabolismo
• Alterações das gorduras (Dislipidemias): aumento de
triglicérides e colesterol ► doenças do coração
• Aumento da glicose (Hiperglicemia) e resistência à
insulina ► diabetes mellitus tipo 2.
• Alterações ósseas ► osteopenia, osteoporose,
osteonecrose.
Alterações corporais
Diminuição da gordura
Aumento da gordura
Prevenção
Mudanças de Estilo de Vida
• Atividades Físicas e Exercícios
• Alimentação mais saudável
• Boa adesão
• Diminuir risco de doenças do coração
(tabagismo, sedentarismo, alimentação).
Tratamento
• Medicamentos:
Mudanças no TARV
Hipolipemiantes, hipoglicemiantes
(↓ gorduras e açúcar)
• Atenção psicossocial: depressão, auto estima,
adesão, inclusão social
• Intervenções cirúrgicas
Intervenções cirúrgicas
•
•
•
•
Contempladas na PORTARIA CONJUNTA
SAS/SVS nº 01 de 20 de janeiro de 2009:
Preenchimento facial com polimetilmetacrilato
(PMMA);
Lipoaspiração de giba, dorso e abdome;
Redução de mamas e ginecomastia;
Implante de prótese glútea com enxerto e/ou
PMMA.
Portarias Lipodistrofia
• Portaria Conjunta SAS/SVS nº 01 de 20 de
janeiro de 2009 – normas para as cirurgias, RH,
recursos hospitalares e ambulatoriais;
• Portaria SAS nº04 de 20 de janeiro de 2009 –
tabela dos procedimentos no SUS;
• Portaria GM nº 116 de 22 de janeiro de 2009 Estabelece recursos a serem incorporados ao Teto
Financeiro Anual de Média e Alta Complexidade
(MAC) dos Estados e do Distrito Federal.
OBS: os serviços aderem ao credenciamento, não é obrigatório!
Credenciamento
Passo a passo:
• Hospital ou Ambulatório formaliza interesse em
credenciar para cirurgias e/ou PMMA.
• SES envia a proposta para aprovação na CIB Estadual.
• Vistoria da Regulação e Diretoria Clínica – preencher
Anexo IV (A ou B), segundo opção pleiteada.
• Vistoria e liberação da VISA local.
• Envio do Processo para o DDSTAIDS, para conferência.
• Envio da documentação para CGMAC/SAS, publicação
no DOU.
Articulação e definição da Rede – atribuição das
Coordenações Estaduais e Municipais de DST e Aids.
Hospitais credenciados
Estado
Cidade
Instituição
SP
São José do Rio Preto
Faculdade de Medicina SJRP
SP
Sorocaba
Conjunto Hospitalar de Sorocaba
SP
Ribeirão Preto
Hospital de Clínicas
SP
São Paulo
Hospital Heliópolis
SP
São Paulo
Inst. Infectologia Emilio Ribas
DF
Brasília
Hospital Regional da Asa Norte HRAN
PR
Cascavel
Hospital Universitário do Oeste do Paraná
PR
Curitiba
Hospital Evangélico do Paraná
RS
Porto Alegre
Hospital Nossa Sra. da Conceição
RS
Caxias do Sul
Hospital Geral
CE
Fortaleza
HU Walter Cantídio
PE
Recife
Inst. de Medicina Integral (IMIP)
Ambulatórios credenciados
Estado
Cidade
Instituição
SP
Botucatu
HC da Faculdade de Medicina – UNESP
SP
São Vicente
SAE de São Vicente
SP
Assis
Hospital Regional de Assis
SP
Taboão da Serra
SAE do Jardim Helena
SP
Guarujá
SAE do Guarujá
PB
João Pessoa
Complexo Hospitalar Dr. Clementino Fraga
ES
Vitória
Santa Casa de Misericórdia
CE
Fortaleza
Hospital São José
TO
Araguaína
Hospital de Doenças Tropicais
BA
Salvador
CEDAPS
RJ
Rio de janeiro
Hospital Geral de Bonsucesso
PE
Recife
HU Oswaldo Cruz
PI
Teresina
Hospital Getúlio Vargas
Repasse de Recursos
• Realizado desde janeiro 2009, no Teto MAC.
• De fevereiro de 2009 a dezembro de 2011 foram
repassados R$13.225.422,24.
• Levantamento da CGMAC no DATASUS, em 2010 e
2011: pagos 998 preenchimentos faciais com
PMMA e 120 cirurgias reparadoras, ao custo de
R$ 594.768,00.
• Gasto no período: 4,5% dos recursos.
• Alguns serviços não registraram produtividade
no sistema, como o HRAN em Brasília e o Hospital
Heliópolis em SP.
Dificuldades no Credenciamento
• Poucos serviços e equipes de Cirurgia Plástica
no SUS. Vários Estados não tem nenhum.
• Serviços estrangulados e especializados
(trauma/bariátrica).
• Dificuldade de contratação de especialistas.
• Falta de equipamentos, como lipoaspiradores.
• Processo demorado nas etapas estaduais.
• Processos recebidos com documentação
incompleta no MS.
Dificuldades no Credenciamento
• Desconhecimento e preconceito dos
profissionais.
• Entraves políticos entre gestão municipal e
estadual.
• Desconhecimento das Portarias e dos
recursos repassados.
• Mesmo após credenciados, hospitais não
cumprem o compromisso assumido na
habilitação.
• Recurso em Teto MAC – alguns serviços não
aceitam.
Atribuições e ações do MS
• Portarias reguladoras (Portaria Conjunta SAS/SVS
nº 01 e Portaria SAS nº04 de 20/01/2009);
• Repasse regular de recursos (Portaria GM nº 116
de 22/01/2009);
• Articulação e assessoria técnica junto as CE e CM
de DST e Aids nos Estados e Municípios;
• Reuniões com CE e CM de DST e Aids –
recomendações para a rede de tratamento da
lipodistrofia e demais etapas do processo de
credenciamento;
Atribuições e ações do MS
• Informes regulares junto à COGE, CAMS e CNAIDS;
• Elaboração de materiais informativos sobre
Lipoditrofia para profissionais de saúde e PVHA
(folder, cartaz e cartilha);
• Estratégias de prevenção (Manual e piloto de
Atividades Físicas e Nutrição para PVHA);
• Projeto de Capacitação para PMMA (2005 a 2010)
– 223 médicos capacitados no país;
• Publicação do Manual de Preenchimento Facial
com PMMA, 2009.
Contribuições da SC
• Pautar o tema nos Conselhos Estaduais e
Municipais de Saúde;
• Cobrar dos gestores locais (Coordenadores e
Gerentes) a implantação imediata de serviços;
• Pautar o tema e articular ações junto as Redes
de PVHA;
• Participar das reuniões de articulação local.
OBRIGADA!
Kátia Abreu
[email protected]
www.aids.gov.br
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