 Doença
Mental existe. São quadros
clínicos específicos; com sintomas, sinais e
diagnóstico médico (CID/DSM) e que
devem ser tratados adequadamente.
 Problemas sociais podem decorrer da
Doença Mental.
 Problemas sociais podem melhorar ou
agravar o quadro clínico, os sintomas e/ou
os sinais apresentados pelos pacientes.
Diferença de atitudes entre pacientes
Clínicos e Psiquiátricos:
Pacientes Clínicos: Logo que se sentem doentes procuram os serviços
de atendimento em saúde;
Pacientes Psiquiátricos (psicóticos em geral): Logo aos sinais de piora,
recaída, fogem dos serviços de atendimento e abandonam o uso de
medicamentos.
Não se acham doentes ou que necessitem de ajuda.
Pacientes Psiquiátricos precisam de espaço adequado.
Mantê-los em pequenas enfermarias é provocar ainda mais a
irritabilidade, a agitação e a agressividade dos mesmos.
Rede de Atenção Integral em Saúde Mental
Atenção Primária
Atenção Secundária
Atenção Terciária
Médicos Treinados para
Ambulatórios
Especializados, CAPS,
Hospital Dia, etc.
Internações de Pacientes
Identificar e Encaminhar
aos Serviços Especializados
os Portadores de
Transtornos Mentais
Pronto Socorro
Agudos (Leitos
Psiquiátricos em
Hospitais Gerais e
Hospitais Psiquiátricos).
Crônicos (Leitos
Psiquiátricos em
Hospitais Psiquiátricos).
Unidade de Atendimento
Emergencial para Crises. Local
de “Passagem”, Curtíssima
Permanência.
Obs.: Residências Terapêuticas:
Devem existir mas ligadas à Rede
de Amparo Social e não à Saúde.
Dias até a remissão
130.0
140
120
100
76.5
80
60
47.0
40
20
0
1ª. recaída
2ª. recaída
3ª. recaída
Tempo médio até a remissão após recaídas consecutivas (N=10)
Lieberman J et al. J Clin Psychiatry 1996
Razões para discontinuação de acordo com o psiquiatra
100%
80%
60%
44%
40%
22%
20%
22%
27%
13%
0%
Falta de
Efetividade
Haro JM (1) et al. ICOSR 2005
Efeitos adversos
Adesão
Solicit. paciente
desconhecida
◦ 3% da população geral sofre com transtornos mentais
severos e persistentes;
◦ 6% da população apresente transtornos psiquiátricos graves
decorrentes do uso de álcool e outras drogas;
◦ 12% da população necessita de algum atendimento em
saúde mental, seja ele contínuo ou eventual;
◦ Somando-se
estes
percentuais
chegamos
à
21%
da
população que necessita ou vai necessitar de atendimento
em Saúde Mental.
O professor Gabriel Figueiredo, grande defensor da Refoma ao Modelo Assistencial em
Sáude Mental sempre afirmou que o número ideal de leitos psiquiátricos em relação às
necessidades populacionais seria de 0,4 a 0,5 leitos por mil habitantes.
A portaria nº: 32 de 22/01/1974 preconizava 01 leito para cada mil habitantes na zona
urbana e 0,5 por mil habitantes na zona rural.
A portaria nº: 1.101 de 12/06/2002 do Ministério da Saúde, de , fala em número de 0,45
leitos psiquiátricos por cada mil habitantes.
Nos anos 70 mais de 100 mil leitos psiquiátricos; em 1996: 72.514 leitos; em 2000: 60.868
leitos; em 2004: 44.653 leitos vinculados ao SUS e 7.660 leitos particulares; em 2005:
41.153 leitos psiquiátricos (aproximadamente).
Para uma população de aproximadamente 180 milhões de brasileiros chegaremos à media
de 0,23 leitos psiquiátricos para cada mil brasileiros.
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
Anos 70 - mais de 100.000
1996 - 72.514
2000 - 60.868
2004 - 44.653
2005 - 41.153
Considerando que houve uma diminuição do número de
leitos psiquiátricos de mais de 100 mil para pouco mais
que 41 mil, com uma redução de aproximadamente 60%,
poderíamos dizer:
Se a verba usada em Saúde Mental manteve-se
relativamente a mesma, hoje deveríamos estar com uma
proporção de gastos de 60% em tratamentos extrahospitalares e 40% em serviços hospitalares. O modelo já
não seria “hospitalocêntrico”.
Se o acima descrito não corresponde à realidade atual
significa que 60%, ou grande parte da verba
anteriormente destinada à Saúde Mental, simplesmente
“desapareceu”.
As emergências lotadas com pacientes
agudos que não conseguem atendimento
e de pacientes crônicos que não têm
condições de tratamento extra-hospitalar
mas não conseguem internação devido à
falta de leitos em Hospitais Psiquiátricos.
Leitos Psiquiátricos em Hospitais Gerais não
conseguem atender a demanda de
pacientes agudos pois acabam sendo
lotadas por pacientes crônicos que
deveriam ter sido internados em Hospitais
Psiquiátricos.
Pacientes agudos que necessitariam de
internação em Hospitais Psiquiátricos não
conseguem vagas pela falta de leitos.
Como Chegam os Pacientes às Unidades de
Emergências Psiquiátricas
SOZINHO
30%
TRANSFERIDO
18%
TRANSFERIDO
FAMÍLIA
SOZINHO
FAMÍLIA
52%
M
INTERNAÇÕES
ENTRE 52 E 57%
ALTAS
ENTRE 48 E 43%
INTERNAÇÕES
ALTAS



A retaguarda para casos de Urgência
Psiquiátrica está prejudicada em grande parte
devido ao fechamento de leitos em Hospitais
Psiquiátricos, comprometendo o atendimento
e o fluxo de pacientes nos Serviços de
Emergência.
Serviços de Urgência e Emergência Psiquiátrica
já existem em número relativamente suficiente.
As unidades de atendimento primário e
secundário são insuficientes para a demanda,
pressionando os Serviços de Urgência e
Emergência.
R
A
SP SI
A LN
A H 0,2
U A
3
S
-0
T
U R ,
IN RU IA 44
G G -0
LA U , 5
A TE AI - 2
R
G RR 0,5
E
A NT A - 4
LE I 0
M N A , 58
B AN - 0
U H ,6
LG A
8
AR - 0
IS IA ,76
R AE 0,
L 82
U IR SA 0,8
LA - 8
FR ND 0,9
A A- 5
N
Ç 1,1
D S A- 4
IN U
AM ÍÇ 1,2
A 0
AR C C 1,3
AN A 2
A -1
D ,
JA A 51
PÃ - 1
O ,90
-2
,8
4
E
B
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
CANADA 11%
INGLATERRA
- 10%
IRLANDA 7,7%
USA - 6%
ISRAEL 5,8%
FRANÇA 5%
BRASIL 2,3%
12
10
8
6
4
2
0
Descapitalização da Saúde Mental no
Brasil, perdas de correntes dos reajustes
abaixo dos índices inflacionários:
Pelo IGP-M:
01/07/1994 uma diária hospitalar em psiquiatria valia: R$
18,46
01/01/2004 deveria valer R$ 59,43 (correção IGP-M)
Valia R$ 25,45 (em média) - Perda de 43 %
Em UFIRS:
10/09/1993: 39,99 UFIRS
01/02/2002: 22,85 UFIRS - Perda de 57 %.
Só há uma diferença entre um
louco e eu. O louco pensa que é
sadio. Eu sei que sou louco.
Salvador Dali
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Leitos psiquiatricos