≡ Análise Social - Revista do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa V. 40, n.º 175 (Ver.2005) Índice págs Portugal e o alargamento da União Europeia: alguns impactos sócioeconómicos José Caetano, Aurora-Galego, Sofia Costa 255 Neste artigo tratamos de eventuais consequências para Portugal decorrentes do alargamento da União Europeia. Assumindo que o reforço da integração e a maior concorrência provocarão profundos ajustamentos sócio-económicos, afectando a localização das actividades e os fluxos comerciais, financeiros e tecnológicos, admitimos que os impactos sectoriais e regionais serão distintos. Assim, tratamos especificamente de questões relacionadas com o mercado laboral, com a pobreza e a desigualdade, assim como das políticas sociais. Da análise das características do mercado do trabalho e das políticas sociais em Portugal resulta a convicção de que a dimensão social poderá ser vulnerável, não tanto pelos efeitos directos do alargamento, mas devido às debilidades estruturais em que aquele mercado funciona, às dinâmicas das situações de pobreza e de exclusão e às restrições impostas ao uso da política fiscal e orçamental enquanto mecanismos de ajustamento. Turismo e cultura: avaliação das teorias e práticas culturais do sector do turismo (1990-2000) Carlos Costa 279 O artigo discute a forma como o sector do turismo tem vindo a perspectivar e a incorporar a cultura no seu processo de desenvolvimento. Partindo de uma discussão inicial centrada na tese de que a cultura é um elemento fulcral e um dos mais importantes pilares de todo o sistema do turismo e, como tal, a cultura não pode ser dissociada do fenómeno e do sector do turismo, o artigo introduz evidência empírica sobre o grande hiato existente entre esta «relação umbilical» e a prática da política e das estratégias postas em prática no sector do turismo Produtores hortícolas portugueses na região metropolitana de Buenos Aires Ada Svetlitza de Nemirovsky Rosana González 297 Neste texto é analisada a integração sócio-económica dos portugueses na estrutura produtiva hortícola de La Matanza, um dos distritos metropolitanos da Argentina. Este fluxo migratório, originário do Norte de Portugal, chegou à Argentina entre as décadas de 40 e 60 do século XX, num período de intensas transformações no distrito. Tendo como contexto a comunidade portuguesa no seu conjunto, são aqui abordadas as estratégias de reconstrução http://www.bprmadeira.org/digital ≡ Análise Social - Revista do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa V. 40, n.º 175 (Ver.2005) identitária no seio da comunidade, oferecendo simultaneamente uma caracterização das chamadas «quintas portuguesas», consideradas um formato de produção híbrido que apresenta elementos tradicionais e modernos. É também destacado o papel dos imigrantes portugueses no desenvolvimento e expansão da produção hortícola local. A inovação que não necessita de I&D: sugestões para uma política de inovação tecnológica centrada na difusão e na procura Manuel Laranja 319 O argumento central neste artigo é que nas actuais políticas de inovação se dá grande importância ao investimento tangível (modernização de máquinas e equipamentos) nas empresas ou aos projectos de I&D e às estruturas de apoios públicos às actividades científicas, mas não têm sido considerados apoios à inovação nas PMEs. Propomos, portanto, um conjunto de instrumentos, programas e configurações institucionais que, a nosso ver, são necessários para promover políticas de tecnologia e inovação centradas nas empresas e na difusão. 345 Igualdade, desigualdade e diferença: em torno de três noções José D’ Assunção Barros Este artigo procura esclarecer e discutir três conceitos fundamentais das ciências humanas — igualdade, desigualdade e diferença —, de modo a considerar as suas relações recíprocas e a historicidade de cada uma destas expressões. O ponto de partida é a análise semiótica das três noções. O artigo remete para a obra recentemente publicada pelo autor deste texto. 367 O modelo integrado para o estudo da aprendizagem organizacional Silvina Santana A aprendizagem organizacional é uma área polémica. Em parte como resultado das múltiplas origens e dos diversos centros de interesse dos estudiosos do tema, surgiram inúmeros modelos para o fenómeno, mas até agora nenhum parece ter sido particularmente aclamado e aceite. Este trabalho apresenta um modelo para o estudo da aprendizagem organizacional desenvolvido para preencher as lacunas encontradas na literatura. Livros René Pélissier, Além-mar: paixões, ambições, ilusões António de Vasconcelos Madeirenses Errantes Nogueira, Ferreira 395 Fernandes, 406 http://www.bprmadeira.org/digital ≡ Análise Social - Revista do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa V. 40, n.º 175 (Ver.2005) Fernando Tavares Júnior, Picard, Jacky (org.), Le Brésil de Lula: les défis dun socialisme démocratique à la périphérie du capitalisme 409 Maria Luís Rocha Pinto, Maria João Valente Rosa, Cláudia Vieira, A População Portuguesa no Século XX 422 Maria de Lurdes Rodrigues, Sofia Alexandra Cruz, Entre a Casa e a Caixa. Retrato de Trabalhadoras da Grande Distribuição 425 José Luís Cardoso, Francisco António Lourenço Vaz, Instrução e Economia. As Ideias Económicas no Discurso da Ilustração Portuguesa (1746-1820) 428 Diego Palácios Cerezales, Miguel Dias Santos, Os Monárquicos e a República Nova 430 Catarina Fróis, Edison Gastaldo (org.), Erving Goffinan: Desbravador do Cotidiano 435 Ruy Llera Blanes, Donizete Rodrigues (org.), Em Nome de Deus. A Religião na Sociedade Contemporânea 438 Susana Nascimento, Hermínio Martins, José Luís Garcia (coords.), Dilemas da Civilização Tecnológica 441 Resumés/Abstracts 447 http://www.bprmadeira.org/digital