Ministério da Educação - MEC Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará ELETRICISTA INDUSTRIAL ELETRÔNICA DIGITAL Professor: Alisson Monteiro Carlos CRÉDITOS Presidente Dilma Vana Rousseff Ministro da Educação Aloizio Mercadante Oliva Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Marco Antonio de Oliveira Reitor do IFCE Cláudio Ricardo Gomes de Lima Pró-Reitor de Ensino Gilmar Lopes Ribeiro Coordenador Geral Jose Wally Mendonça Menezes Coordenador do Curso Marcéu Verissimo Elaboração do conteúdo Alisson Monteiro Carlos Equipe Técnica Fábio Timbó Brito QUE É O PRONATEC? Criado no dia 26 de Outubro de 2011 com a sanção da Lei nº 12.513/2011 pela Presidenta Dilma Rousseff, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) tem como objetivo principal expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) para a população brasileira. Para tanto, prevê uma série de subprogramas, projetos e ações de assistência técnica e financeira que juntos oferecerão oito milhões de vagas a brasileiros de diferentes perfis nos próximos quatro anos. Os destaques do Pronatec são: • Criação da Bolsa-Formação; • Criação do FIES Técnico; • Consolidação da Rede e-Tec Brasil; • Fomento às redes estaduais de EPT por intermédio do Brasil Profissionalizado; • Expansão da Rede Federal de Educação Profissional Tecnológica (EPT). A principal novidade do Pronatec é a criação da Bolsa-Formação, que permitirá a oferta de vagas em cursos técnicos e de Formação Inicial e Continuada (FIC), também conhecidos como cursos de qualificação. Oferecidos gratuitamente a trabalhadores, estudantes e pessoas em vulnerabilidade social, esses cursos presenciais serão realizados pela Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, por escolas estaduais de EPT e por unidades de serviços nacionais de aprendizagem como o SENAC e o SENAI. Objetivos • Expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio e de cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores; • Fomentar e apoiar a expansão da rede física de atendimento da Educação Profissional e Tecnológica; • Contribuir para a melhoria da qualidade do Ensino Médio Público, por meio da Educação Profissional; • Ampliar as oportunidades educacionais dos trabalhadores por meio do incremento da formação profissional. Ações • Ampliação de vagas e expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica; • Fomento à ampliação de vagas e à expansão das redes estaduais de Educação Profissional; • Incentivo à ampliação de vagas e à expansão da rede física de atendimento dos Serviços Nacionais de Aprendizagem; • Oferta de Bolsa-Formação, nas modalidades: • Bolsa-Formação Estudante; • Bolsa-Formação Trabalhador; • Atendimento a beneficiários do Seguro-Desemprego. Sumário 1.0 INTRODUÇÃO A ELETRÔNICA DIGITAL .............................................. .......................................................... 5 1.1 SISTEMA BINÁRIODENUMERAÇÃO................................................................................................................................... ............................................................5 1.2 CONVERSÃODOSISTEMABINÁRIOPARAOSISTEMADECIMAL.................................................................................................5 1.2.1 1.2.2 1.2.3 1.2.4 1.2.5 1.2.6 1.2.7 1.3 TABELADAPOTÊNCIADEDOIS....................................................................................................................................................................................6 CONVERSÃODOSISTEMADECIMALPARAOSISTEMABINÁRIO...................................................................................6 SISTEMAOCTALDENUMERAÇÃO................................................................................................................ ...........................................................7 CONVERSÃODOSISTEMAOCTALPARADECIMAL..........................................................................................................................7 CONVERSÃODOSISTEMAOCTALPARABINÁRIO..............................................................................................................................7 CONVERSÃODOSISTEMABINÁRIOPARAOOCTAL.................................................................................................................8 CONVERSÃODOSISTEMADECIMALPARAOOCTAL...............................................................................................................8 SISTEMAHEXADECIMALDENUMERAÇÃO............................................................................................. .................................................................8 1.3.1 CONVERSÃODOSISTEMAHEXADECIMALPARABINÁRIO......................................................................................................9 1.3.2 CONVERSÃODOSISTEMABINÁRIOPARAHEXADECIMAL.....................................................................................................9 1.3.3 CONVERSÃODOSISTEMADECIMALPARAHEXADECIMAL..................................................................................................9 2.0 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 PORTASLÓGICASEFUNÇÕESLÓGICAS.............................................................................................................................................................................................10 ÁLGEBRADEBOOLE...................................................................................................................................................................................... .................................................................10 VARIÁVEISLÓGICAS.................................................................................................................................................................................... .................................................................10 LÓGICAPOSITIVAELÓGICANEGATIVA.......................................................................................................................... ..................................................................10 PORTAE(AND).................................................................................................................................................................................................................. .........................................................11 PORTAOU(OR)................................................................................................................................................................................................................ .........................................................12 INVERSOR (NOT)..................................................................................................................................................................................................................................................................12 PORTANÃOE(NANDouNE........................................................................................................................................................................................................................................13 PORTANÃOOU(NOUouNOR)..............................................................................................................................................................................................................................14 3.0 EXPRESSÕES, TABELAS VERDADES E INTERLIGAÇÕES ENTRE CIRCUITOS.............14 3.1 EXPRESSÕES BOOLEANAS GERADAS POR CIRCUITOS LÓGICOS ......................................14 3.2 CIRCUITOS OBTIDOS DE EXPRESSÕES BOOLEANAS ....................................................................................16 4.0 SIMPLIFICAÇÃO DE CIRCUITOS LÓGICOS E ÁLGEBRA BOOLEANA.......................................................17 4.1 POSTULADOS .......................................................................................................................................................................................................................................17 4.1.1 POSTULADOSDACOMPLEMENTAÇÃO.........................................................................................................................................17 4.1.2 POSTULADOSDAADIÇÃO.................................................................................................................................................................................17 4.1.3 POSTULADOSDAMULTIPLICAÇÃO....................................................................................................................................................18 4.2 PROPRIEDADES...............................................................................................................................................................................................................18 4.2.1 PROPRIEDADECOMUTATIVANAADIÇÃO..................................................................................................................................18 4.2.2 PROPRIEDADECOMUTATIVANAMULTIPLIÇÃO................................................................................................................18 4.2.3 PROPRIEDADEASSOCIATIVANAADIÇÃO.....................................................................................................................................18 4.2.4 PROPRIEDADEASSOCIATIVANAMULTIPLIÇÃO..................................................................................................................18 4.2.5 PROPRIEDADEDISTRIBUTIVA........................................................................................................................................................................18 4.3 TEOREMAS DE "DE MORGAN"......................................................................................................................................................................................................19 4.3.1 4.3.2 4.4 4.5 PRIMEIROTEOREMADE"DEMORGAN"...............................................................................................................................................19 SEGUNDOTEOREMADE"DEMORGAN".............................................................................................................................................19 IDENTIDADESAUXILIARES.....................................................................................................................................................................................19 SIMPLIFICAÇÃODEEXPRESSÕESBOOLEANA..............................................................................................................................20 5.0 SIMPLIFICAÇÃO DE EXPRESSÕES PELO DIAGRAMA DE VEITCH-KARNAUGH ..........................21 5.1 5.2 DIAGRAMADEKARNAUGHPARADUASVARIÁVEIS...............................................................................................................21 DIAGRAMADEKARNAUGHPARATRÊSVARIÁVEIS................................................................................................................22 1.0 INTRODUÇÃO A ELETRÔNICA DIGITAL O homem através dos tempos sentiu a necessidade da utilização de sistemas de numeração, dentre os quais se destacam: o decimal, o binário, o octal e o hexadecimal. O sistema decimal é utilizado no dia a dia e é sem dúvida, o mais importante dos sistemas numéricos. Os sistemas o binário, o octal e o hexadecimal são muito importantes na área de técnicas digitais, que ao decorrer desta apostila vamos perceber a ligação existente entre eles. 1.1 SISTEMA BINÁRIO DE NUMERAÇÃO O sistema binário de numeração é um sistema no qual existem apenas os algarismos 0(zero) e 1 (um). Para representarmos uma quantidade no sistema binário, devemos utilizar o mesmo princípio de formação usado no sistema decimal. DECIMAL 0 1 2 3 4 5 ... 1.2 BINÁRIO 000 001 010 011 100 101 ... CONVERSÃO DO SISTEMA BINÁRIO PARA O SISTEMA DECIMAL Utilizamos um número decimal como exemplo : 479 4 X 100 + 7 X 10 + 9 X 1 = 479 centena dezena unidade 4 X 102 + 7 X 101 + 9 X 100 = 479 Vemos que cada algarismo possui um valor absoluto e outro relativo, que decorre de sua posição. Cada posição corresponde a uma potência de 10, que é o sistema decimal comumente usado. A base do sistema é o número 2 (dois). Tomemos como exemplo o número binário 101, e utilizando o conceito de formação de números: 22 1 21 0 20 1 1 x 22 + 0 X 21 + 1 X 20 = 1 X 4 + 0 X 2 + 1 X 1 = 5 Logo o número 101 na base 2 é igual ao número 5 na base 10. Então 510 = 1012 5 1.2.1 TABELA DA POTÊNCIA DE DOIS 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 210 211 212 213 214 1 2 4 8 16 32 64 128 256 512 1024 2048 4096 8192 16384 1.2.2 CONVERSÃO DO SISTEMA DECIMAL PARA O SISTEMA BINÁRIO Tomemos o exemplo o número 3710 : 3710 = 1001012 6 1.2.3 SISTEMA OCTAL DE NUMERAÇÃO O sistema octal de numeração é um sistema no qual existem 8 (oito) algarismos, que são: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 . DECIMAL 0 OCTAL 0 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 10 9 11 1.2.4 CONVERSÃO DO SISTEMA OCTAL PARA DECIMAL Como exemplo vamos converter o número 100 8 para decimal. 82 1 81 0 80 0 1 x 82 + 0 x 81 + 0 x 80 = 64 10 1.2.5 CONVERSÃO DO SISTEMA OCTAL PARA BINÁRIO Usemos como exemplo o número 348, vamos separa-lo a partir da direita indicando abaixo destes os seus valores em binário. 3 011 4 100 7 1.2.6 CONVERSÃO DO SISTEMA BINÁRIO PARA O OCTAL Utilizaremos como exemplo o número 1100102 . Para transformarmos esse número em octal, vamos separa-lo em grupo de três algarismos a partir da direita: 110 6 010 2 Esta conversão irá resultar no número 62 8 . 1.2.7 CONVERSÃO DO SISTEMA DECIMAL PARA O OCTAL Existem 2 métodos para efetuarmos esta conversão. Primeiro: Segundo: 92 8 4 11 8 3 1 92 10 = 134 1.3 92 0 2 46 0 2 23 1 92 10 = 1011100 8 2 11 2 1 5 1 2= 134 2 2 0 2 1 8 SISTEMA HEXADECIMAL DE NUMERAÇÃO É o sistema que possui 16 algarismos. DECIMAL HEXADECIMAL 0 0 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 9 9 10 A 11 12 13 14 15 ... B C D E F ... 8 1.3.1 CONVERSÃO DO SISTEMA HEXADECIMAL PARA BINÁRIO Tomemos como exemplo o número C1316 C 1100 1 0001 C13 16 = 110000010011 2 3 0011 1.3.2 CONVERSÃO DO SISTEMA BINÁRIO PARA HEXADECIMAL Neste caso agrupamos o número binário de quatro em quatro algarismo, e usaremos como exemplo o número 1100011 2 . 0110 6 1100011 2 = 63 16 0011 3 1.3.3 CONVERSÃO DO SISTEMA DECIMAL PARA HEXADECIMAL Existem dois métodos para fazer esta conversão: Primeiro: 1000 16 8 62 14 Como 1410 = E 16 3 1000 10 = 3E8 16 Segundo: 1000 2 0 500 2 0 250 2 0 125 1 0011 3 2 62 0 1110 1000 E 8 2 31 1 2 15 1 2 7 1 2 3 1 2 1 100010 = 3E816 9 2.0 2.1 PORTAS LÓGICAS E FUNÇÕES LÓGICAS ÁLGEBRA DE BOOLE Em eletrônica trabalhamos com grandezas que assumem apenas dois valore, isto é, grandezas binárias. A ferramenta matemática utilizada no tratamento deste tipo de grandeza, é a Álgebra Booleana, desenvolvida pelo matemático George Boole. 2.2 VARIÁVEIS LÓGICAS Variáveis lógicas são aquelas que somente assumem dois estados distintos: 0 (zero) ou 1(um). Devemos enfatizar que o 0 e 1 usados aqui, não são números, mas estados lógicos. 2.3 LÓGICA POSITIVA E LÓGICA NEGATIVA No circuito da figura 1, verificamos que a tensão pode ser igual a 5V ou a 0V, conforme a posição da chave. Podemos escolher qual dos valores de tensão chamaremos de "1" ou de "0" , o que definira se a lógica é positiva ou negativa. 5 Volts – estado lógico "1" } Lógica positiva 0 Volts - estado lógico "0" } 5 Volts - estado lógico "0" } Lógica negativa 0 Volts - estado lógico "1" } 10 2.4 PORTA E (AND) A porta E é um circuito que executa a função E. A função E é aquela que a multiplicação de duas ou mais variáveis binárias. S = A.B onde se lê S = A e B Tabela Verdade da função E: A B S 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 Podemos estender este conceito para qualquer número de entradas. Neste caso uma porta E de N entradas e somente uma saída. A 0 0 0 0 1 1 1 1 B 0 0 1 1 0 0 1 1 C 0 1 0 1 0 1 0 1 S 0 0 0 0 0 0 0 1 11 2.5 PORTA OU (OR) A porta OU é um circuito que executa a função OU. A função Ou é aquela que assume valor "1", quando uma ou mais variáveis da entrada forem iguais a "1", e assume valor "0", somente se todas as variáveis de entrada forem iguais a "0". S = A + B onde se lê S = A ou B . Tabela Verdade da função OU: A B S 0 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 Dá mesma forma que na porta E podemos estender este conceito para qualquer número de entradas. Neste caso uma porta OU de N entradas e somente uma saída. A 0 0 0 0 1 1 1 1 2.6 B 0 0 1 1 0 0 1 1 C 0 1 0 1 0 1 0 1 S 0 1 1 1 1 1 1 1 INVERSOR (NOT) È o bloco lógico que executa a função NÃO. A função NÃO ou função COMPLEMENTO é aquela que inverte o estado lógico da variável, se estiver em "0" vai a "1" e se estiver em "1" vai a "0". S = A ou S = A' onde se lê : A barra ou NÃO A 12 Tabela da verdade da função COMPLEMENTO A 0 1 2.7 S 1 0 PORTA NÃO E (NAND ou NE) Essa porta é a composição da porta E com o inversor, ou seja teremos a função E invertida. S = A.B , este traço indica que teremos a inversão do produto A.B Tabela Verdade da função NE ou NAND: A B S 0 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 Podemos estender este conceito para qualquer número de entradas. Neste caso uma porta NAND de N entradas e somente uma saída. A 0 0 0 0 1 1 1 1 B 0 0 1 1 0 0 1 1 C 0 1 0 1 0 1 0 1 S 1 1 1 1 1 1 1 0 13 2.8 PORTA NÃO OU (NOU ou NOR) Essa porta é a composição da porta OU com o inversor, ou seja teremos a função OU invertida. S = A B , este traço indica que teremos a inversão do produto A + B Tabela Verdade da função NOR ou NOU: A B S 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1 0 Podemos estender este conceito para qualquer número de entradas. Neste caso uma porta NOR de N entradas e somente uma saída. A 0 0 0 0 1 1 1 1 B 0 0 1 1 0 0 1 1 C 0 1 0 1 0 1 0 1 S 1 0 0 0 0 0 0 0 3.0 EXPRESSÕES, CIRCUITOS TABELAS VERDADES E INTERLIGAÇÕES 3.1 EXPRESSÕES BOOLEANAS GERADAS POR CIRCUITOS LÓGICOS ENTRE Podemos escrever a expressão Booleana que é executada por qualquer circuito lógico. 14 • Exemplo 1: • Exemplo 2: • Exemplo 3: 15 3.2 CIRCUITOS OBTIDOS DE EXPRESSÕES BOOLEANAS Podemos desenhar um circuito lógico que execute uma expressão qualquer. Exemplo 1: S = (A + B) . C . (B + D) Iniciamos pelos parênteses, fazendo primeiro as somas dentro destes para depois fazermos as multiplicações. O circuito completo será: 16 4.0 SIMPLIFICAÇÃO DE CIRCUITOS LÓGICOS E ÁLGEBRA BOOLEANA As variáveis Booleanas, que são representadas através de letras, só podem assumir dois valores 0 e 1. Expressão Booleana é uma expressão matemática cujas variáveis são Booleanas. Seu resultado assumirá apenas dois valores: 0 e 1. 4.1 POSTULADOS 4.1.1 POSTULADOS DA COMPLEMENTAÇÃO Chamaremos de A. o complemento de A. Se A = 0 A. A= 1 Se A = 1 A. A= 0 Podemos ainda usar outra notação : A. = A' E através do postulado da complementação poderemos estabelecer a seguinte identidade: A.A=A 4.1.2 POSTULADOS DA ADIÇÃO Esse postulado nos mostra as regras da adição na álgebra de Boole. a) b) c) d) 0+0=0 0+1=1 1+0=1 1+1=1 17 Através desse postulado poderemos estabelecer as seguintes identidades: a) b) c) d) 4.1.3 A+0=A A+1=1 A+A=A A + A. = 1 POSTULADOS DA MULTIPLICAÇÃO Esse postulado nos mostra as regras da multiplicação na álgebra de Boole. a) b) c) d) 0.0=0 0.1=0 1.0=0 1.1=1 Através desse postulado poderemos estabelecer as seguintes identidades: a) b) c) d) A.0=0 A.1=A A.A=A A . A. = 0 4.2 PROPRIEDADES 4.2.1 PROPRIEDADE COMUTATIVA NA ADIÇÃO A+B=B+A 4.2.2 PROPRIEDADE COMUTATIVA NA MULTIPLIÇÃO A.B=B.A 4.2.3 PROPRIEDADE ASSOCIATIVA NA ADIÇÃO A + (B + C) = (A + B) + C = A + B + C 4.2.4 PROPRIEDADE ASSOCIATIVA NA MULTIPLIÇÃO A . (B . C) = (A . B) . C = A . B . C 4.2.5 PROPRIEDADE DISTRIBUTIVA A + (B + C) = A.B +A.C 18 4.3 TEOREMAS DE "DE MORGAN" 4.3.1 PRIMEIRO TEOREMA DE "DE MORGAN" O complemento do produto é igual à soma dos complementos. A.B = A + B Esse teorema pode ser estendido para mais de duas variáveis: 4.3.2 SEGUNDO TEOREMA DE "DE MORGAN" O complemento da soma é igual ao produto dos complementos. A .B = A . B Esse teorema pode ser estendido para mais de duas variáveis: 4.4 IDENTIDADES AUXILIARES Exemplo 1: A + A.B = A A + A.B = A colocando A em evidência temos A(1 + B) =A Usando o postulado da soma: 1 + B = 1 A.1=A 19 Exemplo 2: A + A .B = A + B A + A .B = A + B A+ A B = A A.B onde A = A [A .(A.B )] aplicamos o 2º teorema de DE MORGAN [A .( A B )] aplicamos o 1º teorema de DE MORGAN [A .A (A.B )] pela propriedade distributiva A. A =0 A.B = A B aplicamos o 2º teorema de DE MORGAN A B = A + B 4.5 SIMPLIFICAÇÃO DE EXPRESSÕES BOOLEANA Exemplo 1: S =A. B. C + A . C + A . B S =A. B. C + A. C + A . B = A.[B. C + ( C + B ) ]= A.[B. C + B. C ] Aplicando o teorema de DE MORGAN Fazendo B.C = Y e B. C = Y S = A [ Y + Y ] como Y + Y = 1 logo S = A . 1 = A Exemplo 2: S = A . B . C + A .B. C + A . B .C S = A . B . C + A .B. C + A . B .C Evidenciando A .C teremos: S = A .C .( B + B) + A . B .C como ( B + B) = 1 S = A .C .(1) + A . B .C S = A .C + A . B .C Exemplo 3: S = A . B + A .B S = A . B + A .B S = A. (B + B ) S = A. 1 = A 20 Exemplo 4: S = (A + B + C ) . ( A + B + C ) S = (A + B + C ).( A + B + C ) S = A. A + A. B + A. C + B. A + B. B + B.C + C. A + C. B + C.C S = A. C + B.C + A .C + B .C + C + A. B + A .B S = C (A + B + A + B + 1 ) + A. B + A .B S = A. B + A .B + C 5.0 SIMPLIFICAÇÃO DE EXPRESSÕES E CIRCUITOS PELO DIAGRAMA DE VEITCH-KARNAUGH 5.1 DAIGRAMA DE KARNAUGH PARA DUAS VARIÁVEIS B B B A A B A A REGIÃO B =1 REGIÃO A =1 B B A A REGIÃO B =1 As possibilidades neste diagrama estarão distribuídas na forma abaixo : B B • A CASO 0 CASO 1 AB 00 AB 01 A CASO 2 CASO 3 AB 10 AB 11 Exemplo: A tabela verdade abaixo mostra o estudo, da qual resulta a expressão dada. A 0 0 1 1 B 0 1 0 1 S 0 1 1 1 S = A .B + A . B + A. B 21 Ao diagrama de KARNAUGH, aplicamos a expressão: B B A 0 1 A 1 1 P A R 2 PAR 1 Tentaremos agrupar as regiões onde S é igual ao menor número possível de pares. Identificamos o PAR 1 como região A e o PAR 2 como região B, uma vez que nenhum par ficou de fora, somamos e obtemos a expressão simplificada, S = A + B. Fazemos então um comparativo entre o circuito obtido da tabela verdade e o simplificado pelo diagrama de KARNAUGH. 5.2 DIAGRAMA DE KARNAUGH PARA TRÊS VARIÁVEIS B B B B A A A A C C REGIÃO A = 1 C B B A A C C C REGIÃO C = 1 C C C REGIÃO B = 1 22 As possibilidades neste diagrama estarão distribuídas na forma abaixo : B A A CASO 0 CASO 1 CASO 3 CASO 2 000 ABC 001 AB C 011 A BC 010 A BC CASO 4 CASO 5 CASO 7 CASO 6 100 ABC 101 ABC 111 ABC 110 AB C C C • B C Exemplo: A tabela verdade abaixo mostra o estudo de uma função, da qual resulta a expressão dada. A 0 0 0 0 1 1 1 1 B 0 0 1 1 0 0 1 1 C 0 1 0 1 0 1 0 1 S 1 0 1 1 1 0 1 0 S= A B C + A BC + A B C + A B C + A B C Agrupando as regiões onde S é igual ao menor número possível de quadras e pares teremos: B B A A 1 1 C 1 C 1 1 Após a simplificação a expressão será: S= A B + C C 23