INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DE CRUZEIRO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS MALOCLUSÕES VERIFICADAS E A QUEIXA PRINCIPAL DOS PACIENTES TRATADOS ORTODONTICAMENTE CAROLINA BELCULFINE MAZZA FREIRE Monografia apresentada ao Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro, como parte dos requisitos para obtenção ao título de Especialista em Ortodontia. Cruzeiro 2007 INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DE CRUZEIRO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS MALOCLUSÕES VERIFICADAS E A QUEIXA PRINCIPAL DOS PACIENTES TRATADOS ORTODONTICAMENTE CAROLINA BELCULFINE MAZZA FREIRE Monografia apresentada ao Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Ortodontia. Orientador: Eduardo César Werneck Cruzeiro 2007 FOLHA DE APROVAÇÃO Freire, C. B. M. Análise comparativa entre as maloclusões verificadas e a queixa principal dos pacientes tratados ortodonticamente. Cruzeiro: Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro; 2007. Cruzeiro, ____ / ____/ _____. Banca Examinadora 1) Prof(a). Dr(a).: ................................................................................................... Julgamento: ......................................... Assinatura: ...................................... 2) Prof(a). Dr(a).: ................................................................................................... Julgamento: ......................................... Assinatura: ...................................... 3) Prof(a). Dr(a).: ................................................................................................... Julgamento: ......................................... Assinatura: ...................................... Dedicatória Dedico esta monografia à minha querida família, meus pais, Sheila e Pércio Mazza, que, com muito esforço, sempre demonstraram a mim e aos meus irmãos a importância da dedicação ao estudo. Dedico também com todo o carinho ao meu querido marido Leandro, que sempre esteve ao meu lado e possibilitou que o maior projeto de todos se tornasse possível, nossa filha Mariana, com apenas cinco meses de vida intra-uterina, me apresenta o verdadeiro sentido da vida. Agradecimentos Não poderia deixar de citar meus agradecimentos a toda equipe do I.E.P.C., que ao longo destes últimos anos sempre foram prestativos e eficientes, em especial ao professor Werneck que, além de nos tornar Especialistas, deixa uma marca de carinho e amizade em nossos corações. Freire, C. B. M. Análise comparativa entre maloclusões verificadas e a queixa principal dos pacientes tratados ortodonticamente. Cruzeiro: Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro; 2007. RESUMO Este trabalho irá avaliar os resultados de um questionário específico do I.E.P.C. (Instituto de Estudos e Pesquisas de Cruzeiro), aplicado a 101 pacientes, independentemente do gênero, com média de idade 18,3 anos, com respeito ao grau de satisfação, cooperação e expectativa do paciente em relação ao tratamento ortodôntico. Palavras-chave: Atratividade - cooperação - estética - queixa principal. Freire, C. B. M. Comparative analysis of verified malocclusions and the chief complaint of the patients orthodontically treated. Cruzeiro: Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro; 2007. ABSTRACT The research will evaluate the results of the especific questionnaire of I.E.P.C.(Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro), applied for 101 patients independently of gender, with on average 18,3 years, according to the grade of satisfaction, cooperation and expectation of the patient relationship with orthodontic treatment. Key words: Attractiveness - compliance - dentofacial aesthetics - chief complaint LISTA DE TABELAS p. Tabela 5.1 - O que você conhece a respeito do tratamento ortodôntico? 18 Tabela 5.2 - Quem te incentivou ao tratamento ortodôntico? 19 Tabela 5.3 - Como você avalia seus dentes? 21 Tabela 5.4 - Quanto tempo você calcula que irá demorar o seu tratamento? 22 Você está disposto a utilizar ou a fazer tudo aquilo que o Tabela 5.5 - ortodontista recomendar? 24 Tabela 5.6 - Alguém que você já conhece realizou tratamento ortodôntico? 25 Tabela 5.7 - Aplicação do teste do qui-quadrado às perguntas 27 LISTA DE GRÁFICOS p. Gráfico 5.1 Conhecimento da Ortodontia 18 Gráfico 5.2 Conhecimento da Ortodontia 19 Gráfico 5.3 Quem o incentivou? 20 Gráfico 5.4 Quem o incentivou? 20 Gráfico 5.5 Como avalia seus dentes? 21 Gráfico 5.6 Como avalia seus dentes? 22 Gráfico 5.7 Tempo esperado de tratamento 23 Gráfico 5.8 Tempo esperado de tratamento 23 Gráfico 5.9 Disposição às recomendações 24 Gráfico 5.10 Disposição às recomendações 25 Gráfico 5.11 Possui amigos que fizeram tratamento? 26 Gráfico 5.12 Possui amigos que fizeram tratamento? 26 SUMÁRIO p. 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 01 2. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................... 04 3. PROPOSIÇÃO ................................................................................................ 13 4. CASUÍSTICA, MATERIAL E MÉTODO. ....................................................... 15 4.1 Casuística .............................................................................................. 15 4.2 Material ................................................................................................... 15 4.3 Método ................................................................................................. 16 5. RESULTADOS ................................................................................................ 18 6. DISCUSSÃO ................................................................................................... 30 7. CONCLUSÕES ............................................................................................... 35 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 37 1 INTRODUÇÃO Introdução 1 2 INTRODUÇÃO A boca é um espelho de emoções, sendo a área principal da comunicação verbal e não verbal, portanto, um foco de constante atenção. Sabe-se que o tratamento ortodôntico aperfeiçoa a estética e, por conseqüência, o bem-estar psicológico e social do indivíduo. Uma intervenção durante a adolescência irá afetar o crescimento pessoal da criança. Por este motivo, os pais têm incentivado cada vez mais seus filhos ao tratamento ortodôntico, acreditando que uma maloclusão associada à desarmonia facial acaba por dificultar uma relação social bem sucedida em qualquer fase da vida, podendo, no futuro, diminuir a chance na obtenção de certos empregos, principalmente ligados à aparência. A percepção de beleza é individual e pode ser influenciada por fatores sociais, culturais e éticos. Para o paciente, os benefícios psicossociais do tratamento prevalecem sobre a melhora da função e saúde dental. O foco do tratamento ortodôntico deve ser a satisfação do paciente frente à sua queixa principal, preferencialmente acompanhada de excelente função dentofacial, com saúde e estabilidade. Para podermos chegar neste ponto, a cooperação do paciente é um reconhecido e valioso item de sucesso. Em geral, os pacientes obedecem melhor quando são muito bem informados e estimulados, sendo que uma boa relação paciente-profissional gera conforto e confiança ao longo do tratamento. Com este intuito será desenvolvido ao longo deste trabalho um mecanismo de avaliação com respeito às necessidades e anseios do paciente, perante aos resultados do tratamento ortodôntico. 2 REVISÃO DE LITERATURA Revisão de literatura 2 4 REVISÃO DE LITERATURA Graber e Lucker (1980) fizeram um estudo com o propósito de avaliar a estética dental e a relação com aparência facial sobre uma amostra de 264 garotas Caucasianas, sendo 217 garotos entre 10 e 13 anos, e seus responsáveis. As perguntas foram elaboradas segundo o Eastman Esthetic Index, não ocorrendo diferenças significativas entre as respostas dos pais e seus filhos. Entretanto, garotas apontaram a sobressaliência como a pior maloclusão, enquanto os garotos desaprovam com mais freqüência o apinhamento dentário. Hershon e Giddon (1980) contaram em sua pesquisa com um dispositivo de simulação de perfil, analisando 42 indivíduos que necessitavam de tratamento ortodôntico, entre 12 e 17 anos, desenvolvendo desta forma um indicador de necessidade psicológica de tratamento ortodôntico. Os autores afirmaram que a intervenção ortodôntica durante a adolescência afetou positivamente o crescimento pessoal, com o sorriso como fator determinante na atratividade, em especial, a feminina. Notou-se também, durante a pesquisa, que o sujeito que possuía um perfil discrepante dos padrões normais estava freqüentemente associado a um quadro de baixa auto-estima e que a família exerce um papel primordial na motivação pelo tratamento, percebendo, precocemente, desarmonias dentárias. Slackter et al (1980) desenvolveram uma escala, Orthodontic Patient Cooperation Scale(OPSC), para relatar a consciência de colaboração de um paciente com 2 e 6 meses de tratamento. Foram analisados 44 pacientes com a cooperação ao tratamento ortodôntico caindo drasticamente após 6 meses de tratamento, comprometendo o resultado e a estabilidade ao término do mesmo. Shaw (1981) estudou alguns fatores que influenciam o desejo pelo tratamento ortodôntico e concluiu que a aceitação da aparência dentária é individual, com certas Revisão de literatura 5 crianças ou adultos tolerando algumas irregularidades que outras não suportariam. Afirmou ainda, que esta aceitação ou não, tem ligação com a classe social e o nível de inteligência e percepção. Os autores afirmam que a decisão pelo tratamento pode e deve ser guiada pelo Cirurgião Dentista, uma vez que a maloclusão é identificada. Gosney et al (1986) pesquisaram a relação entre aparência física e percepção da estética dividindo em: o impacto na auto-estima e imagem do corpo; e a atitude da sociedade e da comunidade, chegando à conclusão que a maloclusão menos aceita pelos pacientes é o overjet, ou sobressaliência. Todescan, Todescan e Gurgel (1989) ao estudarem a expressão “compliance” sugeriram sua utilização em português como cooperação consciente. Uma definição aceitável seria o alcance para o qual o comportamento de uma pessoa coincida com as opiniões do profissional de saúde. Isso denota uma relação de cuidado de saúde, no qual o paciente é um responsivo às demandas terapêuticas. Em geral, tem-se verificado que os pacientes obedecem melhor quando são informados e positivamente reforçados. Os pacientes falham ao obedecer por diversas razões, incluindo o comportamento de auto-destruição, medo, fatores econômicos, crença na saúde e indiferença ao dentista. Espeland e Stenvick (1991) avaliaram 80 pacientes (46 mulheres e 34 homens) após o término do tratamento, com média de idade 18,1 anos de idade. Estes consideravam como maloclusões menos aceitáveis os apinhamentos dentários e as severas sobressaliências. Os autores concluíram que 98% dos pacientes tratados apresentavam oclusões próximas do ideal e expressavam satisfação, porém uma pequena porcentagem de pacientes insatisfeitos “percebiam” suas anomalias dentárias com referência a algum tipo de maloclusão. A percepção de maloclusão é individual e influenciada por fatores psicológicos e pessoais. Revisão de literatura 6 Arheart et al (1991) criaram um dispositivo denominado MAPI (Millon Adolescent Personality Inventory), sendo um questionário apropriado para relacionar resultados com cooperação ortodôntica. Este foi aplicado em 104 pacientes entre 13 e 18 anos de idade, após 2 anos de tratamento. Surpreendentemente foi encontrado 76% de colaboração excelente, em particular do gênero feminino. Resultados negativos foram encontrados no uso do aparelho extra oral. Nanda e Kierl (1992) afirmaram que o paciente cooperador diminui a chance de frustração e insucesso ao final da terapia ortodôntica, tendo este como características: regularidades nas consultas; colaboração com o uso de aparelhos removíveis e extra-bucais; a não remoção de bráquetes e arcos durante o tratamento; manutenção da boa higiene oral. Bons resultados podem ser obtidos a partir de um bom relacionamento entre pais e filhos, estes com seus ortodontistas, relacionando sempre o tratamento da maloclusão com os desejos e expectativas de seus pacientes. Tayer e Burnes (1993) estabeleceram uma lista de regras de comunicação para todo o período do tratamento: tratar respeitosamente crianças e adultos; responder a todas as dúvidas; usar um espelho para a discussão do progresso; manter-se positivo em relação a evolução do caso; ouvir atentamente as preocupações dos pais; mostrar que a disciplina e compreensão são aliadas de bons resultados. Birkeland, Boe e Wisth (1996) indagaram 359 crianças, com média de idade de 10,6 anos, sobre suas opiniões em questionários separados visando analisar a auto-estima das crianças e a opinião de seus pais quanto aos resultados do tratamento. A auto-estima é elevada quando ocorre a preocupação ortodôntica; com 90,8% dos pais “percebendo” a estética dentária igualmente importante para Revisão de literatura 7 meninos e meninas; e 93% dos pais, julgando bons os resultados do tratamento ortodôntico. Isto resulta em uma associação significativa entre preocupação ortodôntica e necessidade de tratamento ortodôntico, avaliadas pelo IOTN (Índice de Necessidade de Tratamento Ortodôntico). Sinha, Nanda e McNeil (1996) avaliaram a compreensão do paciente quanto ao relacionamento paciente-ortodontista, a satisfação do paciente e a avaliação do ortodontista em relação à cooperação no tratamento ortodôntico sobre uma amostra de 199 pacientes (94 meninos e 105 meninas). Concluíram que um bom relacionamento foi estabelecido quando o ortodontista trata seu paciente como uma pessoa com anseios e desejos e não como um “maloclusão”. A comunicação verbal é um poderoso trunfo para o bom relacionamento, satisfação e cooperação do paciente, nas mãos de ortodontistas tecnicamente competentes. Bergström, Halling e Wilde (1998) avaliaram as percepções de jovens com 27 anos de idade em relação à sua distribuição dentária, sendo 121 paciente com prévio tratamento ortodôntico e 76 sem tratamento, escolhidos aleatoriamente. Os pacientes tratados ortodonticamente estavam, na sua maioria, satisfeitos com sua decisão anterior. A maior influência sobre esta decisão foi dos profissionais da área, demonstrando que o desejo pelo tratamento ortodôntico pode ser guiado pelo Cirurgião Dentista. Os pacientes tratados por especialistas mostraram-se mais satisfeitos. Os pacientes com maloclusões e necessidade de tratamento, mas que recusaram o tratamento quando proposto, mostraram-se insatisfeitos com a disposição dentária e mais da metade estavam arrependidos de sua decisão. Pratelli, Gelbier e Gibbons (1998) realizaram uma pesquisa com 437 pais de crianças de 9 anos na Inglaterra. Foram detectadas associações significantes entre o desejo dos próprios pais quanto ao tratamento ortodôntico e a percepção da Revisão de literatura 8 necessidade em seu filho. Outro dado importante é que pais que desejam tratamento ortodôntico para si mesmos percebem a necessidade em seus filhos numa taxa três vezes maior. Tung e Kiyak (1998) numa tentativa de se discutir a época ideal para o início do tratamento ortodôntico, se em fases mais precoces, na adolescência ou numa época tardia, em 75 jovens com média de idade de 10,8 anos os resultados encontrados do tratamento foram compatíveis aos relatórios de seus pais, sendo 56% em decorrência do apinhamento dentário e 17,3% à sobremordida. Tanto os jovens como seus pais tinham a expectativa de uma melhora na auto-estima e função bucal, sendo maior a expectativa dos pais em relação à auto-estima. A melhor fase para o tratamento ortodôntico é a infância, de forma que uma melhora estética nesta fase pronuncia uma melhora sobre vários aspectos. Fernandes, Esplend e Stenvik (1999) aplicaram um questionário para 79 crianças e seus pais, com e sem tratamento ortodôntico anterior, para avaliar a expectativa versus a necessidade de tratamento ortodôntico. Os pacientes e seus pais foram analisados e de acordo com suas respostas foram formados dois grupos: com 11 anos com e sem tratamento ortodôntico, sendo neste observado que 25% dos pais e filhos consideram indiferente a necessidade de tratamento nesta fase; com 16 anos, com e sem tratamento, sendo que 90% destes consideram importante a necessidade de tratamento. Arnett e Worley (1999) desenvolveram um questionário (TMS), com o intuito de verificar se aquilo que os pacientes esperam do tratamento ortodôntico corresponde à realidade dos resultados da intervenção ortodôntica. A maioria dos pacientes busca uma melhora facial, sendo esta algumas vezes alcançada somente através de cirurgia ortognática, com restrito número de pacientes com Revisão de literatura 9 disponibilidade financeira. A possibilidade de melhora com o tratamento ortodôntico, deve ser estabelecida no início do tratamento, a fim de se evitar a frustração em relação à expectativa. Neste trabalho há uma citação de Proffit (1991) que salienta a importância da busca pela queixa principal em relação ao tratamento, na entrevista inicial, ou anamnese. Parker (1999) fez uma adaptação do HDL, índice sugerido por Harry L. Draker, para HDL (calmod), com objetivo de avaliar 1000 casos entre 9 e 21 anos, sendo 55% do gênero feminino. Com referência à política de distribuição de recursos no serviço público, foi dado preferência para pacientes que apresentavam sobressaliências superiores a 9mm, e sobremordida em que os incisivos superiores estivessem destruindo o tecido palatal. Danyluk, Lavelle e Hassard (1999) utilizaram o Dental Aesthetic Index (DAI) para o estabelecimento de uma escala de prioridade de tratamento ortodôntico no serviço público. Isto acaba se tornando uma ferramenta isolada, quando comparado à quantidade insuficiente de recursos públicos destinados ao tratamento ortodôntico, com muitos locais, inclusive, excluindo este serviço. Apenas as maloclusões consideradas severas são tratadas neste tipo de serviço, daí a necessidade de se utilizar um índice de necessidade de tratamento ortodôntico. Brightman et al (1999) desenvolveram um teste para verificar as habilidades de 171 estudantes de Odontologia em diagnosticar diferentes tipos de maloclusões. No primeiro ano de curso, 30% dos estudantes responderam corretamente as perguntas do questionário, enquanto apenas 59% se mostraram aptos para diagnosticar maloclusões ao término do quarto ano. Este resultado indica que deve ser acrescentado ao currículo destes estudantes um treinamento prático-clínico para reconhecer problemas de oclusão e sua época de tratamento. Revisão de literatura 10 Poulton (2000) formulou uma seqüência de itens a serem observados para um resultado positivo no tratamento ortodôntico: satisfação do paciente mediante sua queixa principal; dentes bem alinhados; melhora da função oclusal; melhora estética facial e dental; melhora das condições de desenvolvimento dento-faciais; desejável modificação de dimensão, forma e posição da mandíbula; estabilidade dos resultados obtidos; melhora dental e saúde periodontal. Bos, Hoogstraten e Prahl-Andersen (2003) concluíram que o sucesso do tratamento ortodôntico está fundamentado em corresponder à expectativa de melhora na aparência dento-facial, sempre aguardada por pacientes e seus pais, independente da idade e do sexo. Encontraram diferenças nas expectativas entre os gêneros, sendo que as mulheres buscariam o tratamento ortodôntico como promoção da melhora da imagem e função oral, enquanto os homens o bem-estar social. Mugonziwa, Kujipers-Jagtman e Van`t Hof (2003) avaliaram sobre uma amostra de 286 jovens entre 9 e 18 anos de idade, e seus respectivos pais, a opinião sobre atratividade dental. A percepção de beleza é individual e influenciada por grupos, classe social, sexo, cultura e etnia. Na cultura africana, a existência de diastema mediano é um sinal de beleza muito desejável entre a população, sendo este o principal atrativo do sorriso tanto por pais como por filhos. Bos et al (2004) correlacionaram se o paciente colaborador (compliance), seria um fator determinante para a satisfação ao término do tratamento ortodôntico. Não tendo encontrado relação entre colaboração e satisfação, ao contrário do que se esperava. Já em relação ao gênero, as mulheres são mais colaboradoras, criando maiores expectativas freqüentemente, em relação à melhora da aparência Revisão de literatura 11 com o tratamento, quando comparado aos homens. Os autores ressaltam que o maior ganho do tratamento ortodôntico é a satisfação do paciente. Bernabé et al (2005) avaliaram 630 estudantes pelo V.A.S. (Visual Analogue Scale) sendo destes 332 homens e 298 mulheres, com idade média de 17.43 anos, com 199 (31,6%) submetidos a prévio tratamento ortodôntico. Foi encontrado como resultado um índice de satisfação com a aparência dentária até 10% maior nos estudantes que já haviam tratado. Não foram encontradas diferenças estatísticas significantes entre os gêneros. Kiekens et al (2005) chegaram a conclusão, com 32 homens e 32 mulheres, que a relação sagital desarmoniosa seria a que causa maior desconforto dos pacientes, em especial, as relações de sobressaliência. 3 PROPOSIÇÃO Proposição 3 13 PROPOSIÇÃO 1. Avaliar o conhecimento do paciente com respeito a necessidade e ao tratamento ortodôntico; 2. Qual a expectativa da família e do próprio paciente com respeito ao tratamento ortodôntico; 3. Qual o nível de cooperação por parte do paciente em relação ao tratamento ortodôntico. 4 CASUÍSTICA, MATERIAL E MÉTODO Casuística, material e método 4 CASUÍSTICA, MATERIAL E MÉTODO 4.1 Casuística 15 Foram avaliados 101 pacientes do I.E.P.C. (Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro) mediante um questionário próprio elaborado no período de 05 de outubro de 2005 a 05 de maio de 2006, independentemente do gênero. Todos os pacientes apresentavam as seguintes características: .Estavam iniciando o tratamento ortodôntico, sem contato anterior com a terapia; .Possuíam idade entre 6,7 e 33 anos, sendo a média de idade 18,3 anos. 4.2 Material O material deste estudo consiste em 101 pacientes com idade entre 6,7 e 33 anos, com média de idade de 18,3 anos. Casuística, material e método 4.3 16 Método O método empregado neste estudo foi um questionário elaborado no I.E.P.C. (Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro), contendo 7 perguntas: 1-O que você conhece a respeito de tratamento ortodôntico? 2-Quem te incentivou ao tratamento ortodôntico? 3-Como você avalia seus dentes? 4-O que você espera do tratamento ortodôntico? 5-Quanto tempo você calcula que irá demorar seu tratamento? 6-Você está disposto a utilizar ou fazer tudo aquilo que o Ortodontista recomendar? 7-Alguém que você já conhece realizou o tratamento ortodôntico? 5 RESULTADOS Resultados 5 RESULTADOS Pergunta 01: O que você conhece a respeito do tratamento ortodôntico? Respostas: (A) melhora a posição dos dentes. (B) nada - desconhece. (C) outras respostas Tabelamento: Resposta Freqüência A 39 B 48 C 10 Porcentagem 40% 49% 10% Total 1 97 39 48 10 Tabela 5.1 Gráfico 5.1 18 Resultados Gráfico 5.2 Pergunta 02: Quem te incentivou ao tratamento ortodôntico? Respostas: (A) Família. (B) O próprio paciente. (C) O cirurgião dentista. (D) A fonoaudióloga (E) Outros 48 25 18 4 4 Tabelamento: Resposta Freqüência Porcentagem A 48 48% B 25 25% C 18 18% D 4 4% E 4 4% Total 99 1 Tabela 5.2 19 Resultados Gráfico 5.3 Gráfico 5.4 20 Resultados Pergunta 03: Como você avalia seus dentes? Respostas: (A) Ruim (tortos, feios). (B) Regular. (C) Não sei avaliar. 84 13 3 Tabelamento: Resposta Freqüência Porcentagem A 84 84% B 13 13% C 3 3% Total 100 100% Tabela 5.3 Gráfico 5.5 21 Resultados Gráfico 5.6 4-O que você espera do tratamento ortodôntico? Resposta: Melhora da posição dos dentes - “SATISFAÇÂO” 101 pacientes – 100%. 5-Quanto tempo você calcula que irá demorar o seu tratamento? Respostas: (A) Até um ano. (B) Até dois anos. (C) Até três anos. (D) Até quatro anos. (E) Até cinco anos. 24 29 16 9 8 Tabelamento: Resposta Freqüência Porcentagem A 24 28% B 29 34% C 16 19% D 9 10% E 8 9% Total 86 100% Tabela 5.4 22 Resultados Gráfico 5.7 Gráfico 5.8 23 Resultados 24 Pergunta 06: Você está disposto a utilizar ou a fazer tudo aquilo que o ortodontista recomendar? Respostas: (A) Sim. (B) Não 87 14 Tabelamento: Resposta Freqüência Porcentagem A 87 86% B 14 14% Total 101 100% Tabela 5.5 Gráfico 5.9 Resultados 25 Gráfico 5.10 Observação:Pacientes que responderam “não” relatam que não irão colaborar caso tenham que utilizar acessórios que interfiram na estética facial. Pergunta 07: Alguém que você já conhece realizou tratamento ortodôntico? Respostas: (A) Sim. (B) Não. 87 14 Tabelamento: Resposta Freqüência Porcentagem A 87 86% B 14 14% Total 101 100% Tabela 5.6 Resultados Gráfico 5.11 Gráfico 5.12 26 Resultados Vamos aplicar o teste do qui-quadrado às perguntas 2(dois) e 5(cinco) para verificar se as variáveis analisadas são independentes ou não. Temos duas variáveis: X = Quem o incentivou ao tratamento ortodôntico? Y = Quanto tempo você calcula que irá demorar o seu tratamento? A variável X possui 5 valores possíveis x1 = Família. x2 = Ele próprio. x3 = Cirurgião dentista. x4 = Fonoaudióloga. x5 = Outros. A variável Y possui 6 valores possíveis y1 = Até um ano. y2 = Até dois anos. y3 = Até três anos. y4 = Até quatro anos. y5 = Cinco anos ou mais. y6 = Não sabe. Hipóteses: Hipótese nula: As variáveis são independentes. Hipótese alternativa: As variáveis são dependentes. Nível de significância: 95% Tabulação Valores observados. X¯ Y® y1 13 2 7 1 1 24 x1 x2 x3 x4 x5 Total y2 17 8 3 1 0 29 y3 7 7 3 0 1 18 y4 1 3 3 2 0 9 y5 4 2 1 0 0 7 y6 Total 6 48 3 25 1 18 0 4 3 5 13 100 Valores esperados. X ¯ Y® x1 x2 x3 x4 x5 y1 11,52 6,00 4,32 0,96 1,20 y2 y3 13,92 7,25 5,22 1,16 1,45 y4 8,64 4,50 3,24 0,72 0,90 y5 4,32 2,25 1,62 0,36 0,45 y6 3,36 1,75 1,26 0,28 0,35 6,24 3,25 2,34 0,52 0,65 Total 48 25 18 4 5 27 Resultados Total 24 29 18 9 7 13 0,31 1,39 0,02 0,72 0,01 2,55 0,25 1,18 7,47 0,45 0,12 0,04 0,05 0,28 0,35 0,01 0,02 0,77 0,52 8,50 28 100 X¯ Y® Tabela com os números (o-e)^2/e. 0,19 2,67 1,66 0,00 0,03 0,68 0,08 0,94 0,02 1,45 Qui-quadrado da distribuição conjunta = 32,73 Probabilidade de duas variáveis aleatórias independentes apresentarem um qui-quadrado maior do que trinta, sendo que, neste caso, o número de graus de liberdade g= ( L – 1) ( C – 1) é igual a 20 Probabilidade = 0,069854 Assim, aceita-se a hipótese de independência entre as variáveis X e Y a um nível de significância de 95%. Tabela 5.7 6 DISCUSSÃO Discussão 30 Para a avaliação dos tratamentos foi elaborado um questionário próprio tal como já realizado por Graber e Lucker (1980), pois a maioria (49 % da amostra) desconhece os resultados do tratamento ortodôntico, muito embora 40 % avalia que o mesmo pode melhorar o posicionamento dos dentes. Com respeito à expectativa pelo tratamento ortodôntico, algumas análises foram realizadas com este fim, (Eastman Esthetic Index), que buscava também avaliar não somente a necessidade, mas também a expectativa pelo tratamento como Hershon e Giddon (1980), sendo que outras hipóteses foram utilizadas, como a escala Orthodontic Patient Cooperation Scale (OPSC) Slackter et al (1980), o denominado MAPI (Millon Adolescent Personality Inventory) Karin et al (1991), ou ainda, através de questionários Birkeland, Boe e Wisth (1996), Fernandes, Esplend e Stenvik (1999), Arnett e Worley (1999), o Dental Aesthetic Index (DAI) Danyluk, Lavelle e Hassard.(1999). Contudo, é sabido que 100 % dos pacientes que buscam esta terapia esperam satisfação plenamente atendida em relação à queixa principal. Normalmente, 84 % avaliam o posicionamento dentário antes do início do tratamento como “ruim”, com as questões mais referenciadas em acordo com a literatura existente sendo: sobressaliência Graber e Lucker (1980), Gosney et al (1986), Parker (1999), Kiekens et al (2005), apinhamento dentário Graber e Lucker (1980), Shaw (1981), Bergström, Halling e Wilde (1998), sobremordida Parker (1999), o sorriso como fator determinante Hershon e Giddon (1980), com uma pequena porcentagem de pacientes insatisfeitos, “percebendo” suas anomalias dentárias Espeland e Stenvick (1991). A necessidade de tratamento se faz porque o paciente que possui um perfil discrepante dos padrões normais está freqüentemente associado a um quadro de baixa auto-estima Hershon e Giddon (1980), pois haverá um impacto da sociedade e 31 da comunidade sobre a auto-estima Gosney et al (1986), com a percepção de maloclusão sendo individual e influenciada por fatores psicológicos e pessoais Espeland e Stenvick (1991), Mugonziwa, Kujipers-Jagtman e Hof (2003). A percepção do tratamento em geral tem-se verificado que os pacientes obedecem melhor quando são informados e positivamente reforçados Todescan, Todescan, Gurgel (1989), Bose et al (2004) mostrando que a disciplina e compreensão são aliadas de bons resultados Tayer e Burnes (1993), quando o ortodontista trata seu paciente como uma pessoa com anseios e desejos, e não como uma “maloclusão” Sinha, Nanda e McNeil (1996), assim, as possibilidades de melhora com o tratamento ortodôntico deve ser estabelecidas no início do tratamento, a fim de se evitar a frustração em relação à expectativa Arnett e Worley (1999), Bos, Hoogstraten e Prahl-Andersen (2003). Com relação à expectativa, 100% da amostra espera melhora estética com o tratamento, inexistindo diferenças de resultados com respeito ao gênero de acordo com o que encontraram Hershon e Giddon(1980), Slackter et al (1980), Southard et al (1991), Bergström et al (1998), Pratelli et al(1998), Tung e Kiyak (1998), Brightman et al (1999) e Danyluk et al (1999), diferentemente do que afirmam Graber e Lucker (1980), Mugonziwa, Kujipers-Jagtman e Hof (2003), Bose et al (2004), Bernabé et al (2005), Karin (1991), Bos, Hoogstraten e Prahl-Andersen (2003). Poderiam haver também diferenças com respeito à faixa etária, embora não tivesse sido o foco da pesquisa, com certas crianças ou adultos tolerando algumas irregularidades que outras não suportariam, Shaw (1981), contudo cabe ressaltar que a melhor fase para o tratamento ortodôntico é a infância, de forma que uma melhora estética nesta fase pronuncia uma melhora sobre vários aspecto Tung e Kiyak (1998). Discussão 32 O incentivo em busca do tratamento, ocorre em maior parte por conta da família (48%) com os pais ao desejarem tratamento ortodôntico para si mesmos, percebendo a necessidade em seus filhos, numa taxa três vezes maior de acordo com Pratelli, Stanley Gelbier e Gibbons (1998), discordando de Graber e Lucker (1980), Tung e Kiyak (1998), Mugonziwa, Kujipers-Jagtman e Hof (2003) que afirmaram não haver diferenças significativas entre as respostas dos pais; sendo que 86 % dos pacientes já conhecem alguém que realizou este tratamento, pois bons resultados influenciam positivamente possíveis pacientes Esplend e Stenvick (1991), Bergström et al (1998), Bernabé et al (2005). Em idades precoces 25% dos pais e filhos consideram indiferente a necessidade de tratamento nesta fase, alterando-se estes valores substancialmente na adolescência com 90% destes considerando importante a necessidade de tratamento Fernandes, Esplend e Stenvik (1999), e 93% dos pais julgando bons os resultados do tratamento ortodôntico Birkeland, Boe e Wisth (1996). A intervenção ortodôntica durante a adolescência afeta positivamente o crescimento pessoal Hershon e Giddon (1980), sendo a melhor fase para o tratamento ortodôntico a infância Tung e Kiyak (1998). Em nossa pesquisa, 86% estavam dispostos a cooperar com o tratamento ortodôntico, mesmo que tenhamos afirmações sobre a mesma caindo drasticamente após 6 meses de tratamento Slackter et al (1980), isto é relevante porque encontramos que 62% da amostra espera que o tratamento esteja concluído num tempo máxima de dois anos. O acessório ortodôntico mais negativamente citado é o aparelho extra-bucal, com 14% da amostra em concordância com os resultados de Karin et al (1991). Discussão 33 Embora os pacientes que recusaram o tratamento quando proposto mostraram-se insatisfeitos com a disposição dentária e mais da metade estavam arrependidos de sua decisão Bergström, Halling e Wilde (1998). Assim será extremamente relevante que deva ser acrescentado ao currículo destes estudantes de Odontologia um treinamento prático-clínico para reconhecer problemas de oclusão e sua época de tratamento, tornando-os aptos para identificar malocluões Brightman et al (1999), porque segundo nossa amostra apenas 18% dos pacientes foram indicados ao tratamento por estes profissionais. 7 CONCLUSÕES Conclusões 35 7 CONCLUSÕES 7.1 Uma alta porcentagem de nossos pacientes nada conhece a respeito do tratamento ortodôntico (48%); enquanto 39% dos pacientes procuram o tratamento ortodôntico como solução para a melhora da posição dos dentes. E de forma geral, a busca pelo tratamento ortodôntico se dá pela necessidade de um sorriso mais atraente, promovendo benefícios, principalmente social e pessoal. 7.2 A expectativa da família e do próprio paciente gira em torno da melhora da estética facial (100%), sendo de extrema importância na primeira consulta a busca através da anamnese da queixa principal e demais anseios dos pacientes. 7.3 Os pacientes se dizem dispostos à cooperação, apenas no princípio do tratamento (87%) e desde que os acessórios a serem usados não interfiram na estética facial. REFERÊNCIAS Referências 37 REFERÊNCIAS1 Arnett, G.W.; Worley, M.J. The treatment motivation survey: Defining patient motivation for the treatment. AM. J. ORTHOD, 115, (3): 233-238, 1999. Bergtröm, K.; Halling, A.; Wilde, B. Orthodontic care from the patients perspective: perceptions of 27 year-old. European Journal of Orthodontics, 20, (3): 319-329, 1998. Bernabé, E.; Kresevic, V.D.; Cabrejos, S.C.; Flores-Mir, F.; Flores-Mir, C. 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