PERFIL CLÍNICO DOS PACIENTES INSCRITOS NO PROGRAMA DE HIPERTENSÃO DO MUNICÍPIO DE PENALVA-MA SOARES JUNIOR, Edson Castelo Branco LOPES, Maria Lúcia Holanda Hipertensão arterial é uma entidade multifatorial, sendo conceituada como síndrome caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados, associados a alterações metabólicas, hormonais e a fenômenos tróficos. Este estudo tem como objetivo: Levantar o perfil clínico, identificar os sinais e sintomas prevalentes e investigar a prevalência dos fatores de risco associados à hipertensão. Trata-se de um estudo descritivo, de caráter exploratório, retrospectivo, desenvolvido no Hospital Municipal Jesus de Nazaré, situado naquele município. A amostra foi constituída por 141 hipertensos. A coleta foi realizada através de uma entrevista nos finais de semana, sendo aplicado um formulário préestabelecido, nos meses de julho a dezembro de 2002. Os dados foram analisados, catalogados e processados em planilha dos programas Epiinfo e Excel , apresentados em forma de tabelas e figuras. Os resultados foram distribuídos em duas categorias: Perfil sócioeconômico e perfil clínico dos hipertensos. Como resultado, obtivemos uma população de 72% representando o sexo feminino; 95% com predominância na faixa etária superior a 40 anos; 44% da raça negra; 82,3% apresenta nível de escolaridade elementar; 70,9% com baixa renda familiar sendo 62,4% casado ou em união estável. No perfil clínico 42% relatam história de Hipertensão na família, 34,7% queixa-se da cefaléia; onde 33,3% classificam-se como pressão moderada, sendo que 40% apresentam obesidade como fator de risco, 35% dos hipertensos têm, o índice de massa corpórea < 25kg/m2, 48,9% das mulheres apresentam > 88cm, contra 15,6% de homens com circunferência abdominal < 94 cm e 12,7% refere à tosse como principal reação adversa. PALAVRAS CHAVE: Hipertenso. Perfil clínico. Riscos associados. 12 2 CLINICAL PROFILE OF THE ENROLLED PATIENTS IN THE PROGRAM OF HIPERTENSÏ OF THE PENALVA-MA CITY Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 13 Arterial hipertension is an multifactorial entity, being appraised as syndrome characterized for the presence of high tensional levels, the tróficos associates the metabolic, hormonais alterations and phenomena. This study it has as objective: To raise the clinical profile, to identify to the signals and prevalent symptoms and to investigate the prevalence of the risk factors associates to the Hypertension One is to a descriptive study, exploratory, retrospective character, developed in the Municipal Hospital Jesus de Nazaré situated in that city. The sample was constituted by 141 hipertensos. The collection was carried through an interview in the ends of week, being applied an daily pay-established form, in the July months the December of 2002. The data had been analyzed, catalogued and processed in spread sheet of the programs Epiinfo® and Excel® presented in form of tables and figures. The results had been distributed in two categories: Partner-economic profile and clinical profile of the hipertensos. As result, we got a 72% population representing the feminine sex; 95% with predominance in the superior et al band the 40 years; 44% of the black race; 82,3% present level of elementary education ; 70,9% with familiar low income being married 62.4% or in steady union. In clinical profile 42% they tell history of Hypertension in the family, 34.7% complains of the chronic headache; where 33.3% are classified as moderate pressure, being that 40% present obesity as risk factor, 35% of the hipertensos have, the index of corporal mass < 25kg/m2, 48.9% of the women present > 88cm, against 15,6% of men with abdominal circumference < 94 cm and 12.7% relate to the cough as main adverse reaction. Keywords: Hyper tense. Clinical profile. Associated risks. 1 INTRODUÇÃO A primeira medida experimental da pressão arterial foi feita, em 1733, por Stephen Halles, na Inglaterra. A pressão foi medida em uma égua mobilizada por um grande número de estudantes. Halles colocou uma cânula na artéria crural do animal, conectando-a um tubo de vidro de três metros de altura. A coluna de sangue se elevou a dois metros e meio de altura acima do animal, tendo sido este o primeiro registro de uma pressão arterial. Comprovou, também as variações provocadas pela movimentação do animal e pela saída do sangue (PORTO, 1997). A hipertensão arterial foi clinicamente valorizada com o aparecimento dos primeiros aparelhos de medida, no início do século, inventados pelo italiano Riva-Rocci, em 1896, em Turim. Os aparelhos que vieram para o Brasil provinham da França e eram do tipo Pachon. Em dezembro de 1904, o russo Nicolai S. Korotkoff desenvolveu o método Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 14 auscultatório de medida indireta da pressão arterial, através do esfigmomanômetro (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2003). Pressão arterial é a força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos. Sofre variações contínuas, dependendo da posição do indivíduo, das atividades e das situações em que ele se encontra. É um parâmetro fisiológico indispensável à investigação diagnóstica, e o registro dos níveis pressóricos faz parte obrigatória do exame clínico (PORTO, 1997). Segundo Coelho e Nobre (2004), a pressão arterial é a força que o fluxo sangüíneo exerce nas artérias. Através de sua aferição, dois valores são registrados: o maior, quando o coração se contrai bombeando o sangue, pressão sistólica, e o menor, quando o coração relaxa entre duas batidas cardíacas, pressão diastólica. O CONSENSO (1998) diz que hipertensão arterial é uma entidade multifatorial, sendo conceituada como síndrome caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados, associados a alterações metabólicas, hormonais e a fenômenos tróficos. A prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) na população norteamericana está estimada de 6 a 8 % dependendo da idade, sexo e raça. Enquanto que a brasileira é de aproximadamente 15 a 20% da população (OPARIL, 1997; RIERA, 2000). Segundo dados estatísticos de 1995, a população brasileira adulta apresenta uma prevalência de Hipertensão Arterial estimada em 13 milhões de brasileiros hipertensos com cifras de Pressão Arterial > 160 e/ou 95 mmHg. Se considerarmos as cifras entre 140-159 e/ou 90-94 mmHg estima-se 30 milhões de hipertensos no Brasil em 1995. Provavelmente 50% destes, aproximadamente 15 milhões, desconhecem ser portadores da Hipertensão Arterial (MANO, 2003). Ferreira Filho (2003), relata que no Brasil o custo anual direto dos hipertensos já diagnosticados é aproximadamente 12 milhões de dólares em consultas médicas, internações hospitalares, atendimentos de emergência, auxílio doença, aposentadorias e medicações antihipertensivas. A pressão arterial aumenta com a idade em todos os grupos: negros, brancos, homens e mulheres. A hipertensão diastólica é quase duas vezes mais comum entre as pessoas com 50 anos do que entre as pessoas com 30 anos, e a prevalência da hipertensão sistólica aumenta depois dos 45 anos de idade, provavelmente traduzindo reduções da complacência dos grandes vasos relacionados com a idade (FERREIRA FILHO, 2003). É importante ressaltar que aproxidamente aos 50 anos de idade a doença é mais comum nos homens do que nas mulheres; depois dessa idade, é mais prevalente entre as Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 15 mulheres, devido às alterações hormonais e a combinação com o ganho de peso observado nesta fase (OPARIL, 1997). Segundo Mano (2003), a prevalência de Hipertensão Arterial na população idosa é muito alta. No Brasil cerca de 65% dos idosos são hipertensos e entre mulheres maiores de 75 anos a prevalência pode chegar até 80%. Estudos afirmam que a prevalência da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) aumenta progressivamente com a idade em ambos os sexos. Entre os negros a prevalência é sempre maior em qualquer idade. Até os 40 anos de idade a prevalência é próxima a 10%, sendo 20% para a raça negra; até os 50 anos de idade, chega a 20%, com 40% para a raça negra, após 60 anos de idade ultrapassa os 40%, atingindo 60% após 70 anos de idade (MANO 2003). Barros et al. (2003) realizaram um estudo no interior maranhense e encontraram uma prevalência maior de hipertensão entre a raça negra, representando 52% da amostra. A razão para ser maior entre os negros é obscura, mas tem sido atribuída à hereditariedade, maior consumo de sal e maior estresse ambiental (OPARIL, 1997). A doença é mais prevalente em indivíduos com menor escolaridade e menor poder sócio-econômico. Portanto, a hipertensão é inversamente proporcional à escolaridade e renda, isto é, quanto menor o grau de instrução e condição econômica, maior a incidência devido ao menor nível de cuidados com a saúde (BEEVERS; MACGREGOR, 2000; RIEIRA, 2000). A etiologia da hipertensão é desconhecida em até 95% dos casos, sendo denominada de hipertensão essencial ou primária. Quando a causa é conhecida e eventualmente curável, denomina-se de hipertensão secundária, representando 5% dos pacientes (RIERA, 2000). Segundo Pierin (2004) e Silveira et al. (2001), a hipertensão essencial está relacionada à predisposição genética, história familiar de hipertensão e a fatores ambientais, como: obesidade; tabagismo; dieta rica em sódio e pobre em cálcio; maus hábitos de vida; baixo nível educacional; estresse emocional e usos de drogas como corticóides e principalmente pílulas anticoncepcionais. Busato (apud BARROS, 2003) e Fuchs e Gus (2004) relatam que outros fatores podem estar relacionados com o aumento da pressão arterial entre eles: idade; raça; vida sedentária; presença de diabetes mellitus e uso abusivo de bebidas alcoólicas. As Diretrizes (2002) afirmam que o aparecimento da hipertensão é favorecido por excesso de peso, sedentarismo, elevada ingestão de sal e consumo excessivo de álcool. Vale Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 16 ressaltar que o Consenso (1998) diz que os maiores fatores de risco para a hipertensão são tabagismo, dislipidemia, diabetes mellitus, idade acima de 60 anos, sexo e história familiar (Figura 1). DISLIPIDEMIA ESTRESSE ETILISMO HIPERTENSÃO FUMO SAL OBESIDADE Figura 1 - Fatores de risco associados à Hipertensão Arterial . Descrevendo os fatores de risco podemos dizer que hemodinamicamente, o hipertenso obeso é duplamente penalizado, pois sofre a sobrecarga determinada pelo aumento da resistência vascular sistêmica e contração volêmica típica da hipertensão de longa duração, mas experimenta à custa da obesidade, crescimento do débito cardíaco por tendência à expansão volêmica, aumento de volume sistólico e, em menor escala, da freqüência cardíaca. Do balanço entre essas forças, a depender do estado evolutivo, o coração experimenta um processo de hipertrofia excêntrica, diferente, porém não menos deletéria que a hipertrofia concêntrica típica do hipertenso não obeso (KAISER, 1994). Entre as várias influências responsáveis pelas anormalidades hemodinâmicas e pelo risco aumentado de eventos cardíacos no obeso hipertenso, destacam-se o aumento da atividade do sistema nervoso simpático, a hiperfunção humoral mediada pelo próprio tecido adiposo, especialmente o visceral, o crescimento da retenção de sódio não só decorrente de anormalidades humorais, mas também de forças mecânicas, e os estados pró-inflamatório e pró-trombótico (KAISER, 1994). Sabe-se que o nível de sedentarismo é diretamente proporcional a incidência de hipertensão, ou seja, os indivíduos menos ativos têm maiores chances de se tornarem hipertensos. Portanto, um plano de atividades físicas moderadas melhora o quadro hipertensivo. Os benefícios das atividades físicas moderadas praticadas regularmente são: Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 17 diminuição do peso corporal; da pressão arterial; do risco de doenças cardiovasculares; sensação de bem estar; além de melhorar o perfil lipídico (FORJAZ; SANTAELLA; SOUZA, 2004). Em relação ao sódio, Pierin (2004), descreve que este é o principal cátion do líquido extracelular, funcionando como regulador osmolar, do pH e do volume dos líquidos corpóreos. As necessidades diárias de sódio para uma pessoa adulta vão de 1.100 a 3.300mg. O Consenso (1998) diz que o cloreto de sódio (NaCl), há muito tempo tem sido considerado importante fator no desenvolvimento e na intensidade da Hipertensão Arterial. Atualmente, a literatura mundial é praticamente unânime em considerar a forte correlação entre a ingestão excessiva de sal e a elevação da pressão arterial. Ressalta-se que a taxa diária de sal está preconizada em torno de 100 mEq/dia, 6 g de sal = 1 colher de chá. A Hipertensão Arterial é observada primariamente em comunidades com ingestão de sal superior a 100 mEq/dia. Por outro lado, a HAS é rara em populações cuja ingestão de sal é inferior a 50 mEq/dia. O consumo de álcool pode causar arritmias e elevar a pressão arterial. representando um importante fator na falha de controle da pressão arterial, provocando assim, elevação e interferindo no efeito terapêutico medicamentoso eventualmente ou continuamente necessário (BEEVERS; MACGREGOR, 2000; PIERIN, 2004). As IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2002) afirmam que a interrupção do tabagismo diminui a incidência da mortalidade das doenças coronarianas, cerebrovascular e vascular de extremidades. No entanto, essa medida propicia aumento de peso, que pode favorecer o aumento da pressão arterial. O Consenso (1998) relata que no ato de fumar a pressão arterial e a freqüência cardíaca se elevam com o uso prolongado da nicotina, associa-se a maior prevalência de hipertensão e um risco aumentado para a doença coronariana associada ao tabagismo. Indivíduos que fumam mais de uma carteira de cigarros ao dia têm risco cinco vezes maior de morte súbita do que os não-fumantes. Adicionalmente, o tabagismo colabora para o efeito adverso da terapêutica de redução dos lípides séricos e induz resistência ao efeito de drogas anti-hipertensivas. Hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia com HDL-colesterol baixo são importantes fatores de risco cardiovascular. O controle adequado do nível lipídico acabará contribuindo para uma dieta menos calórica, sendo de grande auxílio na manutenção do peso ideal e conseqüentemente colaborando no controle da pressão arterial (DIRETRIZES..., 2002; JARDIM; MONEGO; SOUSA, 2004). Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 18 Soares e Jacob Filho (2004) afirmam que as alterações estruturais e funcionais no sistema vascular periférico são responsáveis pelas alterações da pressão arterial que ocorrem com a idade. A aorta e outras grandes artérias ficam com menor capacidade de acomodar o volume de sangue bombeado pelo coração, resultando em uma diminuição do débito cardíaco e do aumento da resistência periférica. De acordo com Santos (1998), sociedades que apresentam modificações sócioculturais e desenvolvimento econômico exibem uma transição epidemiológica de altas taxas de doenças infecto-parasitarias para altas taxas de doenças crônicas, principalmente doenças cardiovasculares. Os estresses associados às alterações culturais e aos efeitos desses estresses no aumento da pressão arterial foram hipoteticamente considerados como parte importante nesse processo. A hipertensão secundária, em alguns casos, pode ser retratada chegando à cura, dependendo do diagnóstico precoce que evite a cronificação e as lesões hipertensivas Busato (apud BARROS, 2003). Suas principais causas são hipertireoidismo (0,1%), tumores da supra-renal (0,5%), doenças renais (3%), hipertensão renovascular (1%), coarctação de aorta (0,1%) e hiperparatireoidismo (0,1%) (OPARIL, 1997). Para o diagnóstico da Hipertensão Arterial, o exame físico pode não revelar anormalidade alguma, além elevação da pressão arterial, no entanto podem ser observadas alterações na retina, como hemorragias, exsudato, arteríolas estreitas e, nos casos graves, edema de papila (SMELTZER; BARE, 2000). Apesar do quadro clínico da doença apresentar-se assintomático ou oligossintomático, ou seja, depende da gravidade e evolução da doença, estendendo-se desde casos assintomáticos até situações com sintomatologia pronunciada. Pode passar dez a vinte anos sem ser percebida, os sinais e sintomas mais freqüentes relatados pelos hipertensos são: cefaléia na região da nuca; sensação de peso cefálico; zumbido no ouvido; fadiga; escotomas; tontura; palpitações; precordialgia; dispnéia; náuseas; vômitos; parestesias; paresias; sudorese; tremores; sinal de claudicação; nictúria; lombalgia; poliúria; astenia e manifestações de comprometimento do sistema nervoso central (SILVEIRA et al., 2001). O diagnóstico da Hipertensão Arterial é feito pela medida da pressão arterial, considerado um procedimento simples, fácil de ser realizado; porém, está sujeita a fontes de erro que comprometem a acurácia dos resultados. Por isso não se deve diagnosticar hipertensão arterial baseando-se apenas em uma medida isolada da pressão arterial, devendo ser confirmada com leituras posteriores, pois a mesma pode ser afetada por diversos fatores, tais como: exercício; tabagismo; emoções (PIERIN et al., 2004; DIRETRIZES..., 2002). Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 19 A fisiopatologia da HAS está relacionada com a constrição e relaxamento dos vasos sanguíneos, situado no centro vasomotor da medula cerebral. A estimulação deste põe em movimento impulsos motores que percorrem o sistema nervoso simpático até os gânglios simpáticos. Este percurso se dá através de feixes nervosos simpáticos que tem origem no centro vasomotor. Nesse ponto, os neurônios liberam acetilcolina, estimulando as fibras nervosas nos vasos sanguíneos, onde a liberação de noradrenalina resulta em constrição dos vasos. Destaca-se que varias influências como ansiedade e medo podem afetar a resposta dos vasos sanguíneos a esses estímulos vasoconstrictores (SMELTZER; BARE, 2000). A vasoconstricção resulta em menor fluxo sanguíneo para o rim, causando liberação de renina. Esta leva à formação de angiotensina I, a qual se converte a angiotensina II, um potente vasoconstrictor, que, por sua vez, estimula a secreção de aldosterona pelo córtex adrenal. Esse hormônio provoca a retenção de sódio e água pelos túbulos renais, levando a um aumento do volume intravascular (SMELTZER; BARE, 2000). FISIOPATOLOGIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL ESTIMULAÇÃO DO CENTRO VASOMOTOR DA MEDULA Impulsos motores LIBERAÇÃO DE ACETILCOLINA PELOS NEURÔNIOS GÂNGLIOS SIMPÁTICOS Estímulo das fibras nervosas dos vasos 1 ANGIOTENSINA I E NORADRENALINA RENINA Figura 2 - Fisiopatologia da Hipertensão Arterial OC tratamento da Hipertensão Arterial divide-se em duas modalidades, o CONSTRICÇÃO DOS VASOS A tratamento não-farmacológico ou higieno-dietético e o tratamento farmacológico. O primeiro está ANGIOTENSINA indicado para todosIIos pacientes com valores pressóricos de 90 mmHg para diastólica e 140 mmHg para sistólica (RIERA, 2000; DIRETRIZES..., 2002). 2 O controle da Hipertensão Arterial começa, obrigatoriamente, com mudança do AUMENTO DO RETENÇÃO DE VOLUMEde potássio estiloALDOSTERONA de vida através de medidas como: redução de peso; restrição de sal; suplementação NaCl e H2O INTRAVASCULAR e cálcio; restrição de gorduras; eliminação do vício do tabagismo; redução da cafeína; redução – Diminuição do fluxo sanguíneo para o rim, causando liberação de renina. da1 ingesta de álcool; realização de atividades físicas regulares combatendo o sedentarismo, o 2 – Estimula a secreção de aldosterona pelo córtex adrenal. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 20 estresse, a interrupção de determinados medicamentos e reposição hormonal na menopausa. Sendo que a educação é uma parte essencial ao tratamento, constituindo-se um direito e dever do paciente e também um dever dos responsáveis pela promoção da saúde (RIERA, 2000; JARDIM; MONEGO; SOUSA,2004). O tratamento farmacológico é associado ao não-farmacológico, quando este não consegue manter a pressão arterial controlada, de responsabilidade médica (Figura 3). Modificações do estilo de vida: redução de peso; moderação na ingesta de álcool; atividade física regular; redução da ingesta de sódio; abandono do tabagismo. Resposta inadequada Continuar com as modificações do estilo de vida Seleção farmacológica, monoterapia inicial: Resposta inadequada ou efeito adverso Aumentar a dose ou Adicionar a segunda droga Adicionar o segundo ou terceiro agente e/ou Diuréticos, se já não receitado Antagonista dos canais de cálcio; Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina; Antagonista do Receptor da Angiotensina II ou Substituir a monoterapia Resposta inadequada 1 Diuréticos ou Beta-bloqueadores são preferidos por terem demonstrado redução da morbimortalidade. Figura 3 -- Tratamento não-farmacológico e farmacológico da Hipertensão Arterial. A atuação do enfermeiro é fundamental nas orientações sobre indicações, contraindicações, efeitos colaterais, regularidade na tomada, conservação dos medicamentos, indagações sobre queixas e esclarecimentos de dúvidas, contribuindo assim para uma melhor adesão ao tratamento (COELHO; NOBRE, 2004). Estão disponíveis seis classes de anti-hipertensivos que são os inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA), antagonista do receptor da angiotensina II, antagonista dos canais de cálcio, diuréticos, os inibidores adrenérgicos e os vasodilatadores diretos. O Consenso, (1998) relata que a droga de primeira escolha deve ser a Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 21 hidroclorotiazida, diurético, e/ou propanolol, β-bloqueador, seguido do captopril, inibidor da ECA, especialmente para diabéticos, α-metildopa para as gestantes e o minoxidil, vasodilatados de ação direta, para os casos graves (RIERA, 2000). Os objetivos do tratamento da Hipertensão Arterial são de reduzir os valores pressóricos a níveis inferiores a 160 mmHg da pressão sistólica, e inferiores a 95 mmHg da pressão diastólica, reduzindo a mortalidade ou probabilidade de óbitos por doenças cardiovasculares e associados (COELHO; NOBRE, 2004). A motivação para a realização deste estudo ocorreu pelo fato de haver hipertensos em minha família, por estar há dois anos participando de um estágio extracurricular no Programa de Hipertensão no Município de Penalva-MA, terra natal dos meus pais e de ter observado a grande prevalência dessa doença crônico-degenerativa, com suas inúmeras conseqüências sobre os indivíduos acima de 40 anos, onde a Organização Mundial de SaúdeOMS afirma que nas próximas duas décadas, serão as doenças crônicas que dentre as afecções não comunicáveis, ocuparão a liderança das causas de incapacidade. Ressaltando a importância do enfermeiro na equipe multiprofissional que acompanha os portadores de hipertensão, e tendo consciência de que para desenvolver seu trabalho de forma competente este profissional deve conhecer a doença, seu tratamento, fatores de risco, instrução sobre aspectos de higiene, hábitos alimentares, desenvolvendo estratégias educativas que possibilitem ao hipertenso a adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso. Este estudo tem também o propósito de contribuir para a assistência prestada aos pacientes cadastrados no programa de hipertensão, haja vista a abordagem holística do paciente na conduta contribuindo para a diminuição da incidência de infarto agudo do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais na maior parte das nações desenvolvidas. OBJETIVOS Levantar o perfil clínico dos pacientes inscritos no Programa de Hipertensão do Município de Penalva - MA; Identificar os sinais e sintomas prevalentes nos pacientes inscritos no Programa de Hipertensão do Município de Penalva - MA; Investigar a prevalência dos fatores de riscos associados à hipertensão nos paciente inscritos no Programa de Hipertensão do Município de Penalva - MA. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 22 3 MATERIAL E MÉTODO 3.1 Tipo de pesquisa Trata-se de pesquisa descritiva, de caráter exploratório, retrospectiva, que permitiu ao pesquisador investigar, registrar e analisar o problema, interpretando os acontecimentos do passado descobrindo generalizações que possam ser úteis às pesquisas presentes e predições futuras (SANTOS; CLOS, 1998). 3.2 População A população-alvo foi constituída por 141 pacientes portadores de Hipertensão Arterial inscritos no Programa de Hipertensão do Município de Penalva - MA. 3.3 Local de estudo Foi realizado no Hospital Municipal Jesus de Nazaré, localizado na Rua Saturno Bello, s/n, Centro, Penalva - MA, onde funciona o Programa de Hipertensão. O município de Penalva encontra-se situado à margem do rio Cajari. Como a quase totalidade dos municípios da Baixada, é de configuração por demais desigual, irregular, o que em nada lhe compromete o aspecto agradável. De simples povoado, sem grande importância econômica, o antigo núcleo de São José de Penalva experimentou um relativo progresso, que lhe ensejou, pela lei nº 955, de 2106-1871, ser elevado à categoria de vila, como elemento integrante do município de Viana. Reconhecida a sua autonomia administrativa pelo então governador, Dr Herculano de Nina Parga, mercê do desenvolvimento que se opera em todas as suas atividades, foi a outrora vila promovida a município no dia 10.08.1915, tendo como prefeito o Sr. Cavour Rochandrade Maciel. Encontra-se o município situado na Zona Fisiográfica da Baixada, com coordenadas geográficas, na sede municipal de 3o 15’ 30’’ de latitude sul e 44o 56’ 30’’ de longitude W. Gr. Limita-se com os municípios de Pinheiro, Viana, Cajari e Monção. Dista de São Luís 109 quilômetros, em linha reta, no rumo sul-sudoeste, com altitude de 70 metros na sede do município, apresentando um clima fresco e ameno, notadamente no verão. Com uma Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 23 área corresponde a 847,50 quilômetros quadrados, sendo naquela época o 76º município maranhense em grandeza territorial. (IBGE, 1959). De acordo com os dados obtidos pelo Recenseamento Geral de 1950, a população era de 12.878 habitantes, sendo 6370 homens e 6508 mulheres; brancos 2845; pretos 3.684, e pardos 6.287. Das pessoas de 15 anos e mais era de 7.769. São brasileiros natos 99,9% da população, ou seja 12.876 habitantes aparecendo apenas dois brasileiros naturalizados. Hoje, a população total é de 30.299 habitantes, sendo 15.312 homens e 14.987 mulheres. Dos habitantes com 10 anos ou mais de idade é de 21.963, onde 12.624 vivem na zona urbana e 17.675, na zona rural, sua população alfabetizada é de 15.960 habitantes correspondendo a um taxa de 72,7% do seu universo (IBGE, 2000). 3.4 Técnica e instrumento de pesquisa A coleta de dados foi realizada através de uma entrevista nos finais de semana. Sendo aplicado um formulário pré-estabelecido (APÊNDICE A), construído por alunos de enfermagem e medicina, sob a supervisão do professor e cardiologista Dr. José Bonifácio Barbosa, com o objetivo de servir de instrumento para elaborações de trabalhos científicos que abordassem a hipertensão no município de Penalva, composto por 30 perguntas objetivas e diretas, a fim de evitar “desvios” dos entrevistados, instrumento este, de abrangência sócioeconômico, perfil clínico, fatores de risco associado e mensuração corpórea. Ressalta-se que para esta pesquisa foi utilizado somente os quesitos necessários para levantar os objetivos propostos. Lembra-se que estes foram aplicados pelos investigadores com recursos próprios, que ao abordarem o entrevistado, foram feitas explicações sobre o objeto da pesquisa, em uma sala reservada após consulta cardiológica. A coleta de dados foi realizada nos meses de julho a dezembro de 2002. 3.5 Analise de dados Os dados obtidos foram catalogados e processados em planilha do programa EpiInfo e Excel apresentados sob forma de tabelas e figuras. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 24 4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Os resultados são apresentados em forma de figuras e tabelas, distribuídos em duas categorias com dados relativos ao perfil sócio-econômico e perfil clínico dos pacientes inscritos no Programa de Hipertensão do Município de Penalva - MA. Na primeira categoria, contemplam-se as informações retratando os seguintes elementos: sexo, idade, cor, grau de instrução, ocupação, remuneração e estado civil. Na segunda categoria, o perfil clínico, caracteriza-se pela história familiar, queixa principal, classificação da pressão arterial, fatores de risco associados, índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal e reações adversas. 95% 4% 1% 5 a 19 anos 30 a 39 anos > 40 anos Figura 4 - Idade dos pacientes atendidos no Programa de Hipertensão no Município de Penalva-MA, 2002. Observa-se que a idade predominante é superior a 40 anos, correspondendo a 95%. A prevalência de Hipertensão Arterial aumenta com a idade, atingido seu pico entre 60 e 70 anos com maior contingente, sendo um problema de saúde no idoso afetando, 65% das pessoas, sendo a mortalidade cardiovascular maior nesta faixa etária comparando com idosos normotensos (SANTOS, 1998). Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 25 28% 72% Masculino Feminino Figura 5 - Sexo dos pacientes atendidos no Programa de Hipertensão no Município de Penalva-Ma, 2002. De acordo com a figura 5 constatamos a predominância do sexo feminino, 72% da amostra. Isto pode ser explicado pela maior conscientização e procura ao ambulatório, que segundo Riera (2000), na mulher, a prevalência da Hipertensão Arterial é menor do que nos homens, mas após a menopausa, apresenta-se com incidência equivalente, sendo mais tardia em relação aos homens e após os 60 anos a incidência é praticamente igual em ambos os sexos. Santos (1998) relata que no sexo feminino, com idade superior a 40 anos, corresponde ao início e ao término do climatério. O fim da fase reprodutiva ocorre à redução gradativa da produção do hormônio estrogênio, o que leva a um aumento da privação da prevalência da Hipertensão Arterial. 38% 44% 18% Negro Branco Pardo Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 26 Figura 6 - Raça dos pacientes atendidos no Programa de Hipertensão no Município de Penalva-MA, 2002. Na figura 6 observa-se que 44% dos hipertensos corresponde à raça negra, sendo 38%, pardos e 18%, brancos. Para as IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2002) a prevalência da hipertensão é maior nos negros, o que pode estar relacionado a fatores étnicos e/ou sócio-econômicos. O comprometimento da hipertensão é maior na raça negra pelo acometimento de órgãos-alvo e maior sensibilidade a ingesta de sódio e que por determinação genética retém até 30% a mais de nicotina no sangue que os brancos (RIERA, 2000). Pesquisas relacionadas à etiologia da hipertensão dão pistas da influência racial. Nos Estados Unidos e no Reino Unido, estudos mostraram uma elevação da pressão arterial em negros em relação às pessoas brancas. Populações africanas que habitam regiões urbanas apresentam um alto índice de hipertensão, enquanto que negros que moram em áreas rurais da África têm pressões arteriais baixas e não apresentam elevação. Em relação a outros grupos étnicos minoritários nos países ocidentais, existem poucos estudos confiáveis a respeito da hipertensão (BEEVERS; MACGREGOR, 2000). Tabela 1 - Grau de instrução, ocupação, remuneração, e estado civil dos pacientes atendidos no Programa de Hipertensão no Município de Penalva-MA, 2002. CARACTERÍSTICAS SÓCIO- f % Analfabeto 49 34,8 Ensino fundamental incompleto 67 47,5 Ensino fundamental completo 13 9,2 Ensino médio completo 7 5,0 Ensino médio incompleto 4 2,8 Ensino superior 1 0,7 141 100,0 Aposentado 48 34 Lavrador 40 28,4 Do lar 27 19,2 ECONÔMICAS GRAU DE INSTRUÇÂO Total OCUPAÇÃO Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 27 Funcionário público 13 9,3 Comerciante 6 4,2 Desempregado 2 1,4 Outros 5 3,5 141 100,0 Sem renda 20 14,2 ≤ 1 Salário mínimo 100 70,9 > Salário mínimo 10 7,1 >2 Salários mínimos 11 7,8 Total 141 100,0 Casado ou união consensual 88 62,4 Viúvo 27 19,2 Solteiro 23 16,3 Outros 3 2,1 141 100,0 Total REMUNERAÇÃO ESTADO CIVIL Total Os dados acima mostram que 82,3% dos hipertensos são analfabetos ou com ensino fundamental incompleto, representando um tempo de escolaridade menor que cinco anos, convergindo com outros dados epidemiológicos brasileiros. Dados do IBGE evidenciam que no nordeste o percentual de analfabetos é 21%, enquanto que a média nacional é 11% (CARNEIRO, 2003). Mostra ainda que 34% são aposentados, 70,9% ganham até um salário mínimo e 88 são casados ou em união estável, considerando um fator positivo. Segundo a literatura estudada, quanto menor o nível de escolaridade e renda familiar maior a prevalência da Hipertensão Arterial e de outras doenças. E que fatores de risco cardiovascular ocorrem com maior freqüência em pessoas com baixa escolaridade (BRASIL, 1993). A Hipertensão é inversamente proporcional à escolaridade e renda, isto é, quanto menor o grau de instrução e capacidade econômica, maior a incidência devido a não Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 28 realização de controles com a saúde, não estando necessariamente associada a funções estressantes (BEEVERS, MACGREGOR, 2000; RIEIRA, 2000). 23% 42% 13% 6% 14% Hipertensão Arterial Doença Cardiovascular Diabetes 2% Doença Renal Morte Súbita Desconhece Figura 7 - Antecedentes patológicos na família dos pacientes atendidos no Programa de Hipertensão do Município de Penalva-MA, 2002. De acordo com a figura 7 constata-se que 42% têm como antecedentes a Hipertensão Arterial Sistêmica, seguidos de 23% que desconhecem alguma história familiar, 14% têm a doença cardiovascular entre seus familiares, 13% possuem entre seus entes a diabetes,6% tiveram casos de morte súbita e 2% são portadores da doença renal crônica. A história familiar positiva é um fator de risco importante, pois orienta o diagnóstico etiológico da pressão arterial, onde possui de fato características hereditárias (OIGMAN 2004). A hereditariedade predispõe indivíduos à Hipertensão, quando primária é uma doença poligênica, ou seja, dois ou mais parentes de primeiro grau com Hipertensão antes dos 55 anos de idade, apresenta maior risco para desenvolver a Hipertensão arterial sistêmica (SILVEIRA, 2001). Para Riera (2000), sempre haverá um componente genético hereditário, se um dos pais é hipertenso, um de cada três filhos descendentes será hipertenso, e se ambos os genitores o são, dois de cada três filhos serão portadores da Hipertensão Arterial. Tabela 2 - Queixa principal dos pacientes atendidos no Programa de Hipertensão no Município de Penalva-MA, 2002. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 29 QUEIXA PRINCIPAL* f % Cefaléia 49 34,7 Dispnéia 46 32,6 Tontura 46 32,6 Palpitações 45 31,9 Dor precordial 36 25,5 Astenia 17 12 Edema 11 7,8 Parestesia 10 7 Nervosismo acentuado 8 5,6 Insônia 7 4,9 Sudorese 7 4,9 Tremores 7 4,9 Plenitude Gástrica 4 2,8 Zumbido no ouvido 3 2,1 Sensação de peso na cabeça 2 1,4 Síncope 1 0,7 Vermelhidão no rosto 1 0,7 Assintomático 18 12,7 TOTAL 141 * Cada paciente apresentou mais de uma variável. No que tange a queixa principal dos hipertensos, observa-se que 123, 87,2%, são sintomáticos e 18, 12,7% assintomáticos. Dos sintomáticos, encontramos várias queixas dentre elas as mais comuns são: cefaléia com 49 relatos, 34,7%; seguido de palpitação com 45, 31,9% e dor precordial com 36 correspondendo a 25,5%. Silveira et al. (2001) afirmam que a Hipertensão é freqüentemente assintomática, até que atinja estado muito avançado, conseqüentemente, a lesão cardiovascular que se instala progressivamente pode passar despercebida por um período de 10 a 20 anos. Ressalta-se que os sinais e sintomas são inespecíficos e surgem a partir do comprometimento dos órgãos alvos. No entanto, estes não são específicos da Hipertensão, já que sinais e sintomas idênticos podem desenvolver-se em normotensos (SILVEIRA et al., 2001). Para Williams (1998), a cefaléia, popularmente considerada um sintoma de pressão arterial elevada, é característica apenas da Hipertensão grave, sendo esta mais Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 30 freqüente na região occipital. Destaca-se que outras queixas podem estar relacionadas com a Hipertensão elevada, como: vertigem; palpitações; fadiga fácil; escótomas e impotência. Tabela 3 - Classificação da Pressão arterial dos pacientes atendidos no Programa de Hipertensão do Município de Penalva-MA, 2002. Classificação da Pressão Arterial dos pacientes atendidos no Programa de Hipertensão do Município de Penalva – MA Classificação Pressão sistólica Pressão diastólica Estágio 1 Leve Estágio 2 Moderada Estágio 3 Grave Sistólica Isolada TOTAL F % MmHg mmHg 140 – 159 90 – 99 45 32 160 – 179 100 – 109 47 33,3 180 110 44 31,2 140 < 90 5 3,5 141 100 De acordo com a classificação, observa-se que 47 (33,3%), estão classificadas no estágio 2 como Hipertensão moderada, 45 (32%) enquadrada no estágio 1 com classificação leve, 44 (31,2%) no estágio grave e 5 (3,5%) apresentam pressão arterial como sistólica isolada. Segundo as IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2002), qualquer classificação é insuficiente, entretanto, deve-se considerar no diagnóstico da Hipertensão, além dos níveis tensionais os fatores de risco, como a lesão de órgãos-alvo e as comorbidades associadas. Considerando ainda que a pressão limítrofe é entre 130-139 mmHg de pressão sistólica e entre 85-89 mmHg de pressão diastólica, sendo considerado quadros hipertensivos, os valores mais altos de sistólica e/ou diastólica comparada com a pressão limítrofe. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 31 14% 15% 10% 21% 40% Fumo Dislipidemias Etilismo Nenhuma Obesidade Figura 8 - Fatores de risco associados dos pacientes atendidos no Programa de Hipertensão do Município de Penalva-MA, 2002. Observa-se que dos 141 pacientes hipertensos, 119 equivalente a 84,3% apresentaram algum fator de risco associado e 22, 15,6%, não possuem nenhum fator de risco associado. Dos 119 hipertensos, 40% são obesos, 21% tem dislipidemias, 15% são fumantes e 10% são etilistas. Segundo as Diretrizes (2002), o excesso de peso aumenta de duas a seis vezes o risco de Hipertensão. Já Jardim; Monego e Sousa, (2004) consideram a alimentação e seus desequilíbrios, especialmente o sal, o sobrepeso e a obesidade, fatores de risco importantes para a Hipertensão Arterial, sendo fundamental o controle da dieta como prevenção e tratamento. Vale ressaltar, que os carboidratos, com sua função energética podem ser estocados sob a forma de glicogênio ou ainda como gordura, fornecendo substrato para a formação de triglicerídeos, que por sua vez são precursores das lipoproteínas VLDL. Em relação à dieta, o consumo abusivo de cloreto de sódio na alimentação é, provavelmente, um dos desencadeantes ambientais mais importantes para a hipertensão arterial. Se os alimentos não fosse conservados em sais de sódio e se não se adicionasse cloreto de sódio no preparo dos alimentos, a pressão arterial provavelmente não se elevaria durante a vida, como demonstrado em inúmeras populações não-aculturadas (FUHS, 2004). Este autor reconhece a importância de dietas hipocalóricas e hipossódicas na eficácia antihipertensiva e preventiva de hipertensão arterial, mas adverte quanto à dificuldade de seguimento da restrição do sal na dieta, já que a maior parte desse ingrediente contido nos alimentos é adicionado na fase industrial. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 32 Ressalta-se que a dislipidemia, associação de colesterol elevado no sangue, na Hipertensão está bem estabelecido e aceita. Enquanto, que o metabolismo das gorduras é altamente complexa e difícil de se compreender, vários componentes-chaves são importantes na compreensão do desenvolvimento da Hipertensão. O LDL exerce um efeito nocivo sobre a parede da artéria acelerando o processo, em contraste o HDL ajuda na utilização do colesterol total transportando o LDL para o fígado, onde é biodegradado e excretado. Sabe-se que o nível sérico de colesterol pode ser controlado pela dieta e pelo exercício para conversão do colesterol (SMELTZER; BARE, 2000). Olmos e Benseñor (2001) fazem referência a estudos que mostram a possibilidade de dieta vegetarianas reduzirem a pressão arterial em normotensos e em hipertensos, sugerindo que a elevada quantidade de fibras e minerais como o potássio e o magnésio, e a diminuição de gorduras na alimentação sejam os responsáveis por tais reduções de pressões. Segundo BEEVERS; MACGREGOR (2000), vários estudos têm demonstrado que a prevalência do tabagismo é alta entre as pessoas com Hipertensão Arterial maligna, em comparação com hipertensos portadores da Hipertensão não maligna e a população em geral. Já Pierin (2004) corrobora as evidências de que o uso do tabaco diminui os benefícios da terapêutica anti-hipertensiva. Sabe-se que a inalação da fumaça aumenta o nível de monóxido de carbono (CO) no sangue, este se combina mais facilmente com a hemoglobina do que com o oxigênio (O2), com isso, o ácido nicotínico do tabaco provoca a liberação de catecolaminas, levando a constrição arterial e o aumento da aderência plaquetária. O estudo do Medical Research Council (MRC) trial, mostrou maior incidência de AVC e eventos coronarianos entre os fumantes. O consumo de álcool é causa ou fator de risco para várias doenças entre elas a hipertensão arterial, chamando a atenção o fato de a causa mais comum de morte entre os alcoolistas ser a de origem cardiovascular. A associação entre consumo de álcool e hipertensão foi confirmada em diferentes regiões do mundo e, no Brasil. Destaca-se que o consumo de bebidas alcoólicas não deve ultrapassar 30g de etanol por dia, o que é contido em 60ml de bebidas destiladas, como uísque, ou em aproximadamente 250ml de vinho ou 700ml de cerveja (ALMEIDA, 1996; DIRETRIZES, 2002). A redução do consumo de bebidas alcoólicas para menos de 30g de álcool por dia ou a abstenção devem fazer parte do tratamento não farmacológico da Hipertensão Arterial. O excesso de álcool pode causar arritmias e elevação da pressão arterial. Já o consumo de bebidas alcoólicas representa um importante fator dificultador no controle da pressão arterial, provocando sua elevação e interferindo no efeito terapêutico medicamentoso Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 33 eventualmente ou continuamente necessário (BEEVERS; MACGREGOR, 2000; PIERIN, 2004). 5% 26% 35% 15% 19% < 25kg/m2 25 - 26,9kg/m2 30 - 34,9kg/m2 35-40kg/m2 27 -29,9kg/m2 Figura 9- Índice de massa corpórea dos pacientes atendidos no Programa de Hipertensão do Município de Penalva-MA, 2002. De acordo com a figura 9 pode-se constatar que a maioria, 35%, dos hipertensos têm o índice de massa corpóreo < 25 kg/m2 apresentando o peso saudável. Segundo Jardim, Monego e Sousa (2004) mais de 26% dos hipertensos apresenta IMC entre 30 a 34,9kg/m2, classificando-se como obesidade grau I. Quadro 1. Quadro- 1 Magnitude de risco para doenças cardiovasculares, a partir dos valores do índice de massa corporal Magnitude do risco Índice de massa corporal (kg/m2) Peso saudável 18 a 24,9 Risco moderado 25 a 29,9 Risco alto 30 a 34,9 Risco muito alto 35 a 39,9 Risco extremo ≥ 40 Classificação Pré-obesidade Obesidade grau I Obesidade grau II Obesidade grau III Fonte: WHO, 1997 (apud JARDIM; MONEGO; SOUSA, 2004) O índice de massa corpórea, esta intimamente relacionada com a prevalência da Hipertensão arterial, particularmente no homem caucasiano e na mulher negra (RIERA, 2000). Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 34 Tabela 4 - Circunferência abdominal dos pacientes atendidos no Programa de Hipertensão do Município de Penalva-MA, 2002. SEXO f % < 80 cm 7 5 80 – 88 cm 21 14,9 > 88 cm 69 48,9 < 94 cm 22 15,6 64 – 102 cm 10 7,1 > 102 cm 12 8,5 Total 141 100 Feminino Masculino A tabela 4 nos mostra que 69 (48,9%) das mulheres apresentam circunferência abdominal > 88 cm, seguidos de 21 (14,9%) com cintura variando de 80-88 cm e que 22 (15,6%) os homens têm cintura menor que 88 cm, e que 12 (8,5%), apresentam circunferência abdominal maior de 102 cm. A prevenção do excesso de peso, com ingestão de dietas saudáveis e da pratica de atividades físicas regulares é recomendada por se considerar que a obesidade é caracterizada como síndrome plurimetabólica, caracterizada por resistência a insulina e hiperinsulinemia (FERREIRA; ZANELLA, 2000; DIRETRIZES, 2002). A redução do peso é vista, conseqüentemente, como um elemento importante para o controle da pressão arterial, e considerada por muitos como um dos mais difíceis. O seu início deve ser gradual e acompanhada por orientações sobre a redução da ingesta de alimentos com alto teor calórico como os glicídios e lipídios, presentes nos alimentos com quantidades exageradas de açúcar, frituras, massas e refrigerantes. A ingestão de alimentos obedecerá a dois fatores principais: a quantidade e a qualidade. Em relação à quantidade, a mesma não deve ultrapassar ao seu gasto metabólico habitual e, quanto a qualidade deve ser de baixo teor calórico, isso no caso de obesidade (FERREIRA; ZANELLA, 2000). Quadro - 2 Risco de complicações metabólicas associadas à obesidade em função da medida da cintura, por sexo. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 35 Risco Aumentado Risco Muito aumentado Homens 94cm 102cm Mulheres 80cm 88cm Fonte: WHO, 1997 (apud JARDIM; MONEGO; SOUSA, 2004). Para Jardim, Monego e Sousa (2004), o risco de complicações metabólicas associadas à obesidade em função da medida da cintura, por sexo se classifica em risco aumentado para homens, variando até 94 cm e risco muito aumentado quando apresenta circunferência igual ou maior que 102 cm. Para mulheres, o risco aumentado varia até 80 cm de circunferência e risco muito aumentado chegando a igualdade ou ultrapassando a marca dos 88 cm. Quadro 2. Tabela 5 - Reações adversas dos pacientes atendidos no Programa de Hipertensão no Município de Penalva-MA, 2002. REAÇÕES ADVERSAS* f % Tosse 18 12,7 Cefaléia 12 5,5 Sonolência 6 4,2 Dor abdominal 6 4,2 Prurido 5 3,5 Insônia 4 2,8 Tontura 3 2,1 Astenia 3 2,1 Taquicardia 3 2,1 Sensação de calor no rosto 3 2,1 Hipotensão postural 1 0,7 Espasmo muscular 1 0,7 Edema 1 0,7 Perda do paladar 1 0,7 Impotência 1 0,7 Nenhuma 84 59,5 *Cada paciente apresentou mais de uma variável. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 36 De acordo com a tabela 5, observa-se que uma grande parcela da amostra não possui nenhuma reação adversa, correspondendo a 84 (59,5%), mas 18 (12,7%), têm como reações adversas tosse; 12 (5,5%) cefaléia e 6 (4,2%) dor abdominal como reação desfavorável. A tosse seca é de predomínio noturno, sendo o efeito adverso mais importante e mais freqüente em mulheres, idosos e na raça negra, 40%, em relação aos brancos, persistindo até três semanas após a suspensão da droga. (RIERA, 2000) Diversos efeitos colaterais podem ocorrer em decorrência da utilização combinada de alguns hipotensores, tais efeitos são em geral leves e tendem a desaparecer espontaneamente com a continuidade do tratamento, como tonturas, palpitações, astenia, sonolência, cefaléia, nervosismo, tremores, rubor, náusea, boca seca, dispepsia, diarréia, diminuição da libido, “rash” cutâneo, fototoxicidade, dores musculares e reações anafiláticas (BARRETO, 2003). Segundo Giorgi et al. (2003), pacientes em uso de diuréticos podem experimentar hipotensão arterial e até choque, se a eles forem adicionados inibidores da ECA. Esse efeito, no entanto, pode ser considerado transitório e tende a ocorrer mais comumente em pacientes hipovolêmicos ou hiponatrêmicos. A combinação com inibidores da ECA tende a minimizar os efeitos metabólicos adversos dos diuréticos sobre a homeostase do potássio e do magnésio. Convém ressaltar que estas medicações são distribuídas gratuitamente, pela farmácia básica do município de Penalva - MA que adota o programa de Hipertensão. Sabe-se que estas medicações são preconizadas e protocoladas pelo Ministério da Saúde (MS). Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 37 5 CONCLUSÃO Ao concluir este estudo, sobre o perfil clínico dos pacientes inscritos no programa de Hipertensão Arterial no município de Penalva – MA, reportam-se inúmeras considerações de relevante significação tanto para o autor como para a clientela pesquisada, obtendo respostas que nos levasse a descrever o perfil clínico do pacientes hipertensos. Podemos concluir que: dos pacientes inscritos no programa de Hipertensão arterial do município de Penalva-MA a maioria é do sexo feminino 72% onde a predominância da faixa etária é superior a 40 anos 95%. Em relação à etnia 38% são pardos seguidos de negros 44%. Sobre a escolaridade 82,3% são analfabetos ou com ensino fundamental incompleto. No que diz respeito à ocupação a maioria 34% são aposentados. Quanto à renda familiar há um predomínio do ganho de até um salário mínimo com o percentual de 70,9%. No que se refere ao estado civil a grande maioria dos pacientes encontra-se casado ou em união estável 62,4%. Quanto ao perfil clínico 42% têm como antecedentes patológicos a Hipertensão Arterial Sistêmica, seguido de 23% que desconhecem alguma história. No que tange a queixa principal dos hipertensos, observa-se que 87,2% são sintomáticos e 12,2% assintomáticos, dos sintomáticos, encontramos várias queixas dentre elas as mais comuns são cefaléia com 49 relatos, 34,7%; seguido de palpitação com 46, 32,6% e dor precordial com 36 correspondendo a 25,5%. De acordo com a classificação 33,3% estão classificados no estágio 2, hipertensão moderada, seguida de 31,2% grave e 13,5% apresentam Hipertensão Arterial Sistêmica. Em relação aos fatores de risco associado 40% são obesos e 14% não possui nenhum. De acordo com o índice de massa corpórea, podemos ver que a maioria 35%, têm índice menor que 25Kg/m2, apresentando um peso saudável, e 26%, apresentam 30 a 34,9 kg/m2, classificando-se como obeso grau I. Quanto a circunferência abdominal 48,9% têm cintura maior de 88 cm e 8,5% apresentam uma medida de 102 cm. Sobre as reações adversas 59,5% não apresenta queixa adversas, mas 12,7% tem a tosse como um incomodo efeito colateral. Em virtude do que observamos, podemos concluir que os dados colhidos coincidem com os encontrados na literatura, sugerimos então a criação de programas de educação nas comunidades visando primeiramente a questão da importância da prevenção em saúde, dando ênfase à dieta hipossódica e hipolipídica, atividade física, e adesão ao tratamento, principalmente dos homens. Verificou-se que a maioria dos pacientes é do sexo feminino mostrando assim o desconhecimento e desinteresse pela adesão ao tratamento. Faz-se necessário à capacitação e o envolvimento dos profissionais com o paciente. É também interessante propor a implantação da consulta de enfermagem, para uma Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 38 melhor orientação sobre indicações, efeitos colaterais, tratamento não farmacoterápico e farmacoterápico, conservação dos medicamentos, adesão e esclarecimento de dúvidas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Fernando Antônio de. Hipertensão arterial essencial. In: RIELLA, Miguel Carlos. Princípios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos. Rio de Janeiro: Guanabara, 1996. p. 503-522. BARRETO, Antonio Carlos Pereira. Prevenção de complicações cardiovasculares. São Paulo: Lemos, 2003. BARROS, Antonio et al. 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In: GAUTHIER, Jacques Henri Maurice. Pesquisa em enfermagem novas metodologias aplicadas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 41 SANTOS, Zélia Maria de Sousa Araújo. Estilo de vida da mulher hipertensa e a relação com o autocuidado. 1998 86 f. Dissertação (Mestrado). Programa de PósGraduação em Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Forataleza, 1998. SILVEIRA, Carlos Antonio da Mota, et. al. Hipertensão arterial sistêmica, In FILGUEIRA, Norma arteiro. Condutas em clínica médica. 2. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2001. p. 314-332. SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. v.1. SOARES, Alberto de; JACOB FIILHO, Wilson. Hipertensão arterial no idoso. In: PIERIN, Ângela M. G. Hipertensão arterial: uma proposta para o cuidar. São Paulo: Manole, 2004. p. 221-244. 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Ocupação: (1) comerciante (2) lavrador (3) dona do lar (4) costureira (5) empregada doméstica (6) funcionário público (7) desempregado (8) estudante (9) aposentado 7. Remuneração real (média do salário mínimo) (1)≤ 1 SM (2) >1 SM (3) > 2 SM (4) sem renda 8. Cor: (1) negro (2) branco (3) pardo 9. Situação conjugal: (1) casado ou união estável (2) solteiro (3) viúvo (4) outros 10. Queixa principal: (1) dispnéia (2) tontura (3) dor precordial (4) cefaléia (5) palpitações (6) edema (7) astenia (8) insônia (13) plenitude gástrica (9) síncope (10) sudorese (11) tremores (14) vermelhidão no rosto (12) parestesia (15) zumbido no ouvido (16) nervosismo acentuado (17) sensação de peso na cabeça (18) sem queixas. 11. Tempo de duração da doença: (1) 0-29 dias (2) 1-11 meses (3) 1-5 anos (4) 6-10 anos (5) 11-15 anos 12. Tratamentos prévios: (1) sim (6) > 15 anos (2) não 13. Reações adversas: (1) tosse (2) hipotensão postural (3) sonolência (4) câimbras (5) dor abdominal (6) tontura (7) espasmo muscular (8) astenia (9) púrpura (10) edema (11) perda de paladar (12) insônia (13) cefaléia (14) taquicardia (15) prurido (16) bradicardia (17) impotência (18) sensação de calor no rosto 14. Uso medicamentos que podem causar hipertensão (1) contraceptivos (2) simpaticomiméticos (3) corticóides (4) anti – inflamatórios Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 43 15. Fatores de risco associado (1) fumo (2) diabetes (3) dislipidemia (4) obesidade (5) etilismo 16 História familiar (1) HAS (2) doença renal (3) DCV (4) morte súbita (5) diabetes 17 Sinais e sintomas relacionados com causa secundária (1) fraqueza muscular (2) tremor (3) manchas café com leite (4) taquicardia (5) taquicardia 18. Sintomas relacionados com lesão de órgãos alvos (1) cefaléia (2) perda de acuidade visual (3) tremor (4) manchas café com leite (5) taquicardia (6) xantomas/xantelasmas (7) arco córneo 19. Lesão de órgão alvo (1) HVE (2) insuf. Cardíaca (3) angina ou IAM prévio (4) revascularização do miocárdio (5) AIT (6) AVC (7) proteinúria (8) IRC terminal (9) crea. > 1,5 (10) gota (11) retinopatia (12) DV periférica 20. Etiologia da hipertensão: (1) primária (2) secundária 21. Estágio da hipertensão (1) A (2) B (3) C 22. Pressão arterial: (1) 140-159 X 90-99 mmHg (2) 160-179 X 100-109 mmHg (3) ≥ 180 X 110 mmHg (4) PS ≥ 140 e PD < 90 mmHg OBS: quando as OS e PD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação do estágio. Peso: Altura: 23. IMC: Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 44 (1) <25 (2) 25 – 27 (3) 27 –29 (4) 30 – 34 (5) 35 – 40 (6) > 40 24. Circunferência Abdominal: Mulher: (1) < 80 (2) 80 – 88 (3) > 88 Homem: (1) < 94 (2) 94 – 102 (3) > 102 25. Mucosas: (1) normocorada (2) hipocorada 26. Tireóide palpável: (1) sim (2) não 27. Bulhas: (1) hipo-B1 (2) hipo-B2 (3) hiper-B1 (4) hiper-B2 (5) A2 metálica 28. Sopros: (1) sim (2) não 29. Ritmo cardíaco: (1) regular (2) irregular por FA (3) Irregular por ES 30. Presença de estertores pulmonar: (1) sim (2) não Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version 45 Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version