Análise interina dos desfechos clínicos dos pacientes submetidos a angioplastia coronariana com implante de stent – Experiência de uma operadora de saúde Introdução: A Intervenção Coronária Percutânea com implante de stent farmacológico e não farmacológico tem provado sua utilidade no tratamento da doença aterosclerótica. O acompanhamento dos pacientes submetidos a essa tecnologia nos permite avaliar diversos fatores como: perfil clínico-epidemiológico e angiográfico da sua população, as causas da falha e do sucesso da intervenção, a qualidade de vida dos pacientes pós procedimento, assim como a qualidade do tratamento de prevenção secundária que estão sendo submetidos e a qualidade técnica dos serviços de hemodinâmica. Objetivo: Analisar os desfechos clínicos, o tratamento medicamentoso e as características angiográficas dos pacientes (p) submetidos a intervenção coronariana percutânea com implante de stents (ICP), visando a elaboração e o acompanhamento de indicadores de performance da rede prestadora e a melhoria da qualidade de vida dos clientes portadores de doenças cardiovasculares. Delineamento: Estudo de Coorte com acompanhamento dos pacientes realizado após o procedimento de ICP, ao longo de 2 anos divididos em 7 períodos do tempo: 30, 60, 90, 180, 365, 545 e 730 dias. População: Amostra de 813p submetidos a ICP no período de setembro de 2006 a maio de 2010. Metodologia: Foram acompanhados 813p após o procedimento de ICP. Atualmente o tempo médio de acompanhamento é de 342 dias. Concluímos o período de 2 anos completo de acompanhamento em 22% (175p) da população. Foram analisadas as seguintes variáveis: sexo, idade, quadro clínico, serviço de hemodinâmica, fatores de riscos: diabetes mellitus (DM), Hipertensão arterial (HAS), dislipidemia, reestenose, artéria coronária abordada, insuficiência renal crônica com diálise (IRC), cirurgia de revascularização prévia (CRM), diâmetro e comprimento do stent solicitado. Resultados: Em análise descritiva clinico-epidemiológica dos pacientes temos: 62% de homens e 38% de mulheres com idade média de 65,4 anos. Fatores de risco: 51% de HAS, 21% DM, 33% de dislipidemia, 9% de CRM, 9% de reestenose e 3,8% IRC. Quadro clínico: angina estável 44%, angina instável 30%, iam c/st 13,4%, iam s/st 14,9%. Artéria coronária abordada temos: 44% na artéria DA, 31% CD e 24% CX. O diâmetro médio dos stents é de 2,76mm e comprimento médio de 22,11mm. Desfechos clínicos 10,33% angina estável, 1,72% angina instável, 8,36% lesão “de novo”, 0,62% trombose aguda ou sub aguda, 4,31% reestenose, 1,72% CRM, 4,06% óbitos.Conclusões: As prevalências de angina estável e lesão “de novo” após ICP demonstra que um subgrupo de pacientes submetidos a ICP falha no tratamento de prevenção secundária. Termos indexadores: Intervenção coronariana percutânea, stent.