Hegemonia Britânica
Retrato de Thomas Gainsborough, em 1748, um casal de
landlords, orgulhosos dos seus campos e dos seus rebanhos.
Esta imagem tornou-se a imagens dos grandes proprietários
do Leste da Inglaterra.
Fisiocratismo
Fisiocratismo (nova doutrina
económica que considerava a
agricultura a base económica da
nação
A hegemonia económica
britânica
No século XVIII, na região de Norfolk
(Inglaterra), iniciou-se a chamada
“revolução agrícola”, ou seja, um
conjunto de alterações rápidas no tempo e
marcantes na forma de cultivar os campos.
Graças ao apoio do Parlamento, os grandes
proprietários de terras (landlords)
puderam introduzir na agricultura uma
série de inovações importantes:
As enclosures ou
vedações dos campos
representam um avanço
na rentabilização das
terras (sobretudo das
grandes propriedades)
que, protegidas de
animais bravios e dos
caminhantes, se
tornaram propícias a
diversas inovações e
experiências como a
selecção de sementes, a
selecção de animais ou a
rotação de culturas
rotação quadrienal
fazia o aproveitamento
pleno da terra
(eliminação do
pousio), introduzindo
novas culturas como
as leguminosas e as
forrageiras ,algumas
das quais fertilizam
directamente o solo
(nabo) e outras
indirectamente ao
permitirem a criação
de gado
Articulação entre a agricultura
e a criação de gado: o cultivo de
plantas forrageiras (que alimentavam
os animais, por exemplo, o trevo)
possibilitava, por um lado, assegurar
o necessário estrume e, por outro
lado, incentivar o melhoramento das
raças animais
inovações técnicas: a introdução
de máquinas nos campos, por
exemplo a primeira semeadora
mecânica, a charrua triangular
e a primeira máquina
debulhadora
retirava um maior rendimento da
terra.
As inovações agrícolas
resultaram num aumento
da produtividade
estimulou o
crescimento
demografico
canalizou a mão-deobra excedentária para
as cidades
Conceito “mercado nacional”
A Inglaterra foi o pais que mais
cedo se transformou num espaço
económico unificado, onde o
consumo interno podia expandirse. Para a criação desde mercado
nacional, contribuiram os
seguintes fatores:
crescimento
demográfico (da
população) e urbano
(das cidades, em
especial, Londres)
tornaram-se motores
do desenvolvimento
económico, ao
proporcionarem um
maior consumo
interno
desenvolvimento dos
transportes e vias de
comunicação
(construção de um
sistema de
canais, ampliação da
rede de estradas)
permitia resolver os
problemas de
abastecimento
união da Inglaterra
com a Escócia (1707)
e com a Irlanda
(1808) criava um
contexto
politico propício à
circulação de
produtos
inexistência de
alfândegas internas
retirava os entraves
ao comércio
Avaliar o impacto do alargamento dos
mercados na economia inglesa
Ao nível do mercado externo
abriram brechas no rigoroso
protecionismo dos estados
europeus e, ainda,
comercializaram com os
continentes americano e asiático
• comercio triangular partia dos
portos ingleses: comprava-se, em
Africa, os escravos negros por baixo
preço, os quais eram transportados
para as plantações e minas na
América, onde eram vendidos a um
preço elevado (tráfico negreiro).
• Da América os ingleses traziam os
metais preciosos e os produtos
tropicais (por exemplo, o algodão, o
tabaco e o açúcar);
• Oriente, a vitória inglesa na Guerra dos
Sete Anos expulsou os franceses da
India, assegurando à Companhia
Inglesa das Índias Orientais o
comércio dos produtos indianos (por
exemplo, as especiarias, as porcelanas, os
panos de algodão, o chá e os produtos
agrícolas), quer para exportação para a
Europa, quer para troca local, proibindo
os produtores locais de venderem a outros
estrangeiros que não os ingleses
• Da India, os ingleses partiam para a
China (porto de Cantão) de onde traziam,
nos seus barcos (China ships) o famoso
chá.
O alargamento dos mercados
constituiu, um dos fatores da
preponderância inglesa sobre o
Mundo.
Sistema financeiro avançado
• Bolsa de Valores - a compra de ações do Estado
ou de companhias industriais permitiu reunir
capitais em grande escala e fornecer elevados lucros
aos particulares e ao Estado (desenvolvimento do
capitalismo);
• Banco de Londres - realizava as operações de
apoio ao comércio (por exemplo,depósitos e
transferêcias), emitia o papel-moeda (notas) e
financiava a actividade comercial e
industrial.
Arranque industrial
• Na segunda metade do século XVIII, na
Inglaterra, deu-se a Revolução Industrial,
que pode ser definida como uma alteração
tecnológica na produção.
• Preparada pela Revolução Agrícola, incidiu,
em primeiro lugar, nos sectores do
algodão(fornecendo vestuário a uma população
em crescimento) e da metalurgia (fornecendo
máquinas para a construção civil).
• Os inventos no sector algodoeiro
alternaram entre a tecelagem
(lançadeira volante, de Kay), a fiação
(Jenny ,de Hargreaves) e, novamente,
a tecelagem (tear mecânico de
Cartwright).
• Quando um dos ramos do sector
têxtil se desenvolvia, o outro era
obrigado acompanha-lo.
Na metalurgia, o grande salto
tecnológico consistiu em libertar a
industria do problema da escassez do
combustível:
 o carvão de coque (mineral)em vez
do tradicional carvão de madeira
(vegetal) para alimentar as fundições.
melhoria do abastecimento de ar
quente aos altos-fornos
máquina a vapor (criada por
Newcomen em 1708 e aperfeiçoada
por James Watt em 1767
pela primeira vez na história da
humanidade, criava-se uma fonte de
energia artificial, eficaz e adaptável a
máquinas e meios de transportes
Revolução Industrial designa o conjunto
de transformações económicas e sociais
iniciadas na Inglaterra na segunda
metade do séc. XVIII, caracterizadas pela
introdução da máquina a vapor, o
que levou ao aumento da produção
industrial, à substituição da oficina
pela fábrica, da manufactura pela
maquinofactura e do artesão pelo
operário
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