V SEMEAD ENSAIO FINANÇAS PROPOSTA PARA PREMIAR EXECUTIVOS ATRAVÉS DE OPÇÕES DE AÇÕES INDEXADAS E AJUSTADAS AO BETA Darcio Alves Marcondes1 Rubens Famá2 RESUMO A remuneração de executivos têm sido um assunto tratado pela mídia especializada e também pelos estudiosos de finanças. Embora com enfoques diferentes, o direcionamento das reportagens e estudos usualmente focam a relação entre o desempenho do executivo ao aumento da riqueza dos acionistas. Os atuais métodos de premiação, através de opções de ações, parecem trazer, intrinsecamente, injustiças e/ou benevolência no momento do exercício das opções pelos executivos. Este artigo propõe uma forma de remuneração, através de opções de ações, que procura minimizar os efeitos identificados nas formas de premiação atualmente utilizadas e/ou propostas. 1 Aluno Especial do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. Engenheiro Eletricista pela Escola Politécnica da USP. Email: [email protected] 2 Professor Dr. do Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. Email: [email protected] Junho de 2001 1. Introdução O pagamento de executivos através de opções de ações é prática comum no mercado americano. Nas grandes corporações esta forma de remuneração é recente, porém, grande parte das mesmas já a adota no pacote de benefícios para seus executivos. Nos Estados Unidos, com o advento das empresas da chamada “Nova Economia”, diversos talentos que tradicionalmente eram contratados por empresas de consultoria e empresas da cognominada “Velha Economia” passaram a migrar destes empregadores para as empresas ponto.com atraídos pelos pacotes de benefícios que estão sendo oferecidos e que incluem as opções de ações. Segundo Della Bradshaw, em artigo publicado no Financial Timesi empresas como Andersen Consulting e Bain Company estão aceitando ações de empresas ligadas a Internet como forma de pagamento para posterior repasse aos seus profissionais de forma a retê-los com as vantagens de serem investidores neste novo ramo de atividades da Economia. No Brasil a prática de oferecer opções de ações ainda é bastante restrita, em levantamento efetuado no Guia Exame 2.000ii mais de 90% das empresas que participaram “ranking” oferecem algum tipo de remuneração atrelada ao resultado, porém, apenas cerca de 11% das mesmas têm planos de opções de ações. Segundo ABRAHÃO (2.000) no Brasil, apenas algumas empresas de porte como Xerox do Brasil, Eli Lilly, BankBoston, Brahma e Procter & Gamble oferecem opções de ações para seus funcionários com o objetivo de estimulá-los e também retê-los, baseados em performances desafiadoras. Sendo um assunto bastante novo no Brasil, porém com chances de vir a se tornar tão comum quanto nos Estados Unidos, este artigo pretende abordar algumas das discussões que este tipo de remuneração vêm causando nos Estados Unidos e sugerir alguns possíveis aspectos evolutivos para o mesmo. Assim, o objetivo deste trabalho é o de propor uma forma de remuneração de executivos atrelada ao desempenho das ações da empresa, no mercado. O desempenho a ser premiado é aquele que altera positivamente a performance histórica da ação da companhia em relação às ações do grupo de empresas concorrentes da mesma 2. Fundamentação Teórica Desde que JENSEN e MECKLING (1976) publicaram o famoso artigo relativo à Teoria de Agência este ajudou a consolidar a percepção que existe uma dissociação de interesses entre os detentores da propriedade da empresa (Acionistas) e sua administração (Agentes). Como o administrador é um maximizador de utilidade, existe uma razão para acreditar que este, como agente, não vai agir sempre no melhor interesse dos proprietários. Ele poderá desenvolver atitudes que venham maximizar sua própria riqueza. Para limitar as medidas que não são do interesse dos proprietários da empresa, são estabelecidos controles para monitorar os agentes e, em adição, objetivando alinhar os interesses dos administradores com o interesse dos proprietários, foram desenvolvidas formas de premiação que procuram atrelar o resultado das decisões tomadas pelos agentes com o valor a ser pago aos mesmos. Tanto os custos de monitoração dos executivos quanto os valores pagos a título de premiação são definidos como custos de agência. Antes da disseminação das opções de ações nos Estados Unidos a remuneração dos executivos estava predominantemente atrelada a salários e bônus, sendo que estes últimos, eram pagos somente se certas metas financeiras fossem atingidas. Em estudo efetuado por BRINDISI apud COPELAND E WESTON (1988) mostra que a proporção dos bônus no cômputo geral da remuneração dos executivos, nos Estados Unidos, entre 1966, 1971 e 1981 diminuiu, enquanto que a proporção da remuneração através de opções de ações aumentou. 2 Quadro 1: Participação das opções de ações na remuneração total dos executivos nos EUA Fonte 1966 1971 1981 Salários 43% 58% 53% Bônus 22% 19% 6% Opções 35% 23% 41% BRINDISI Jr., L. apud COPELAND, T.E. e WESTON, J.F. (1988) COPELAND e WESTON (1.988) lembram que o pagamento de executivos através de bônus é predominantemente baseado em dados contábeis e que o lucro por ação e crescimento do lucro por ação são as medidas mais comuns. Adicionalmente os autores citam que o lucro por ação têm sido criticado pois o mesmo é um objetivo de curto prazo que pode facilmente ser manipulado e porque, algumas vezes, ele se move na direção oposta ao fluxo de caixa. Segundo LEVY (1.999) nas grandes corporações Norte Americanas, mais de 50% da remuneração dos CEO “Chief Executive Officer” são oriundas de opções de ações. Esta tendência é relativamente nova, tendo surgido nos anos 80 com a onda de “takeovers” quando as companhias instituíram formas de compensação, para os executivos, diretamente relacionadas com os preços das ações. Opção de ações é o direito de comprar ações de uma empresa a um determinado preço. Este direito poderá ser exercido em uma data futura, a critério do detentor das opções. Caso o preço das ações, no futuro, esteja superior ao valor determinado inicialmente, o detentor das opções exerce seu direito e ganha a diferença entre o valor de mercado à vista e o valor determinado inicialmente. Caso o valor de mercado esteja abaixo do definido, inicialmente, o detentor das opções não exerce o direito de comprá-las. Entretanto, diversas críticas têm sido efetuadas nos Estados Unidos quanto a este método de remuneração de executivos. LEVY (1.999) cita a opinião da diretora de pesquisa do “Council of Institutional Investors” de Washington DC., um grupo formado por fundos de pensão, a qual entende que as opções são doações pois não estão ligadas ao desempenho dos executivos para o período em que venham a ser exercidas. Outra crítica efetuada a esta forma de remuneração é que a mesma não sincroniza o ganho do executivo com a valorização das ações, pois são citados casos no mesmo artigo onde, embora o valor das ações caiu, o executivo recebeu vários milhões de dólares pelo exercício das opções de ações. Estas situações ocorrem, pois o executivo ganha as opções de ações, porém, ele somente pode exercer este direito em um determinado período no futuro. Desta forma podem ocorrer situações de ganhos elevados para os executivos mesmo que o preço das ações tenham uma queda, pois o preço de exercício foi estabelecido no passado e mesmo com uma desvalorização das ações a diferença entre o valor de mercado e o preço de exercício traz ganhos para o executivo. Outra forma de aumentar os possíveis ganho dos executivos através de opções de ações é o ajuste, para baixo, do preço de exercício da opção. O “board” de algumas empresas cujas ações sofreram pesadas baixas por motivos independentes da ação dos executivos vêm adotando esta prática chamada de “repricing”. Nestas empresas espera-se que se adotando o “repricing” aumente o incentivo para os executivos permanecerem em seus postos através do aumento dos possíveis ganhos futuros. Esta pratica de “repricing” tem encontrado críticos como o diretor de “corporate governance” do TIAA-CREF3 , o qual entende que não há correlação entre os ganhos com opções e a performance da companhia, agravada pelas práticas de “repricing” das opções de ações . O “repricing” é definido pelo “board” da empresa. GOLDBERG e IDSON (1995) desenvolveram um estudo onde é analisado o comportamento da administração em empresas em que existem uma grande pulverização das ações e os efeitos de agência. DeALESSI apud GOLDBERG e IDSON (1995) entende que uma grande pulverização das ações traz as seguintes conseqüências para os acionistas: Os custos de coleta e disseminação de informações relativas a eficiência das decisões gerenciais são maiores, acarretando um menor retorno para estes acionistas policiarem as ineficiências gerenciais4. GOLDBERG e IDSON (1995) entendem que a pulverização do controle acionário não reduz somente o incentivo dos acionistas em monitorarem das decisões gerenciais mas também reduzem a habilidade dos acionistas removerem 3 Teachers Insurance and Annuity Assoctiation – College Retirement Equities Fund - (o maior fundo de pensão privado do mundo com ativos de US$ 250 bilhões, cerca de 30% do PIB do Brasil), 4 Dado que estes acionistas incidirão em custos de coleta das informações o retorno destes investimentos será reduzido pela incidência destes custos 3 administradores com desempenho insatisfatório. Esta situação cria incentivos para os administradores explorarem sua posição relativamente protegida. No trabalho desenvolvido por GOLDBERG e IDSON (1995) é citado que um CEO com bastante força pode ser responsável por definir os membros do “board” que definem a remuneração dos executivos e em casos extremos o próprio CEO está definindo a sua remuneração. Muitas companhias, nos Estados Unidos, utilizam projeções de valorização das ações para precificar o valor do benefício que o executivo terá direito quando o mesmo exercer as opções, segundo estudo efetuado pela Bloomberg,iii em 379 das 500 empresas listadas no S&P 500 apenas 37,5 % se utilizam do método de Black-Scholesiv para calcular o valor presente do benefício a ser ganho pelos executivos. Essa pesquisa indica que os executivos serão premiados se as ações da empresa ultrapassarem um determinado valor de crescimento anual (5% a 10%) que é esperado pelos acionistas. As opções com preços fixos são amplamente utilizadas pelas empresas e existe uma discussão da passagem da remuneração através de opções fixas para a remuneração através de opções indexadas. RAPPAPORT (1.999) entende que a atual forma de remunerar os executivos através de “fixed priced options” os bonifica com qualquer aumento no preço das ações, mesmo que o aumento tenha sido causado por fatores independentes das ações dos executivos. O autor propõe, então, que os executivos somente sejam premiados se as ações das companhias que os mesmos gerenciam tiverem desempenhos melhores que a de seus competidores ou de que um índice de mercado estabelecido. Para que este tipo de aferição seja efetuado, RAPPAPORT (1.999) propõe a criação de opções indexadas, cujo índice de indexação poderia ser um índice que considerasse um conjunto de concorrentes (G) ou então um índice de mercado (M). De acordo com essas premissas, o autor considera que existem vantagens e desvantagens de se adotar um ou outro tipo de índice. Se for utilizado o índice de mercado (M) este é de fácil verificação, acompanhamento e bastante transparente. Por outro lado, se for utilizado um índice que considerasse um conjunto de empresas concorrentes (G) esse índice reflete melhor a performance da ação em relação aos concorrentes diretos da empresa. Com a adoção da opções indexadas os executivos somente serão premiados se suas empresas obtiverem desempenhos superiores ao desempenho do índice adotado. Considerando-se que a média e a mediana de desempenho são iguais ou muito próximas, 50% das empresas apresentarão desempenho superior à media e consequentemente somente os executivos destas empresas serão premiados. Por outro lado, quando se relaciona o desempenho de uma ação em relação a um grupo de ações, o que se está fazendo, na verdade, é calcular o beta de uma ação em relação ao grupo. O beta mede a sensibilidade de uma ação com relação às variações de um índice de mercado ou grupo. Esta sensibilidade pode ser associada ao risco da empresa. Risco no sentido de variabilidade do valor de suas ações com relação ao mercado ou ao grupo de empresas concorrentes. Como é sabido, e BREALEY e MYERS (1.996) destacaram esse aspecto, ações com betas maiores do que 1 tendem a amplificar os movimentos gerais do mercado enquanto que ações com betas entre 0 e 1 tendem a se mover na mesma direção do mercado, mas não com a mesma intensidade. Sendo um cálculo estatístico, o beta representa o comportamento da ação na média, pois a correlação entre a variação do índice do mercado e a variação do preço da ação não é perfeita. Isto significa que ocorrerão ocasiões que o mercado e/ou grupo de ações estará subindo e as ações da empresa descendo e vice-versa. Para alterar-se o beta de uma empresa existem duas alternativas. A primeira vem do lado esquerdo do balanço e é a aceitação pela empresa, e portanto pelos executivos, de novos projetos com riscos de negócios intrínsecos diferentes dos riscos inerentes aos dos ativos existentes da companhia, mantida a atual estrutura de capital. Para modificar o beta através de alteração do risco dos ativos de uma empresa a mesma estará expandindo-se com novos projetos cujos betas são maiores ou menores do que o beta dos ativos atuais e como conseqüência o beta resultante da empresa será maior ou menor. Esta é uma alternativa possível. Entretanto, BREALEY e MYERS (1.996) 5 comentam que a maioria dos novos projetos de uma empresa podem ser tratados como projetos que têm, na média, o mesmo risco da empresa. Se os executivos estão aceitando novos projetos com riscos, na média, bastante diferentes dos tradicionalmente existentes da empresa isto pode significar uma ação de diversificação da forma de atuação da empresa. Esta diversificação, dentro da própria empresa, pode ser feita pelos acionistas de forma muito mais eficiente ao adquirir ações de companhias que estejam atuando nos mesmos ramos dos projetos em que a empresa e seus executivos querem passar a atuar. 5 pag 212 4 Outra forma de se alterar o beta de uma empresa é alterar sua estrutura de capital, ou seja, o lado direito do balanço. Neste ponto, segundo relembram BREALEY e MYERS (1.996) 6 os empréstimos criam a alavancagem financeira mas não afetam o risco dos ativos da companhia, entretanto, a alavancagem altera o risco das ações o que faz os acionistas demandarem um retorno maior sobre as mesmas para aceitar este risco adicional. Esses autores 7 apresentam o relacionamento entre a estrutura de capital da empresa e os betas da seguinte forma: beta dos ativos = (proporção do débito * beta do débito) + (proporção do PL8 * beta do PL) Onde: proporção do débito + proporção do PL = 1 Portanto, para aumentar o beta do PL o executivo deve aumentar a proporção do débito, na fórmula acima, para manter a igualdade, uma vez que o beta dos ativos não se altera com a forma como os mesmos são financiados. Certamente, ao aumentar o endividamento da empresa outras questões começam a amplificar, tais como: o efeito do benefício fiscal, da alavancagem financeira, efeitos dos custos de falência e os efeitos das dificuldades financeiras (“financial distress”). O aumento do endividamento têm defensores famosos como STEWART e GLASSMAN (1.995) que citam a existência de três grandes razões para o uso agressivo de dívidas e que este uso tem sido uma força positiva para muitas empresas americanas no incremento da produtividade e do valor das mesmas. Estas razões são: ü “Dívidas são mais baratas que ações porque os juros são dedutíveis do imposto de renda.” ü “Uma recapitalização através de dívidas, concentrando a propriedade do PL, incentiva o fortalecimento do controle dos investidores na monitoração das ações e resultados da empresa para a administração e os empregados melhorarem sua performance.” ü “Para saldar as dívidas a empresa pode ser forçada a vender negócios ou ativos com performance inferior, não aceitar investimentos com baixa performance e no geral a necessidade de pagar os débitos cria a compulsão de melhorar a eficiência.” Portanto, segundo STEWART e GLASSMAN (1.995), o uso intensivo de dívida na estrutura de capital traz os benefícios da eficiência e embora com mais riscos, o resultado da empresa será maximizado e os executivos serão premiados pela adição de valor para os acionistas. 3. Proposta Neste tópico será apresentada, para efeitos de um melhor entendimento da proposta, uma breve sistematização, com comentários, da análise comparativa efetuada por RAPPAPORT (1.999) e sua proposta de premiação de executivos com opções de ações com preço indexado e a forma mais usualmente utilizada de premiação de executivos com opções de ações que são as opções com preço fixo. Na seqüência, será apresentada a proposta básica deste artigo que é a premiação com opções de ações ajustadas ao beta. Para finalizar, é desenvolvida análise comparativa entre a proposta de RAPPAPORT (1.999), de opções de ações com preço indexado e a proposta básica deste artigo que são as opções de ações indexadas e ajustadas ao beta. 3.1 Sistematização da análise comparativa da premiação através de opções com preço fixo e opções com preço indexado apresentada por RAPPAPORT (1.999). 6 pag 213 pag 457 8 PL Patrimônio Líquido 7 5 O objetivo desta análise é o de apresentar as possíveis situações e, conseqüentemente, as diferenças entre a utilização de um e outro método de premiação. Para efetuar-se esta análise comparativa serão considerados três índices distintos de valorização de ativos, a saber: O primeiro índice considerado será o índice de valorização das ações de um grupo de empresas concorrentes9 no mesmo setor. O segundo índice considerado será o índice de valorização da ação da empresa o qual será definido previamente, objetivando o estabelecimento do preço de aquisição das ações, pelos executivos, no futuro. O terceiro índice será a valorização nominal que a ação sofrerá no período de análise. Para efeitos desta análise os três índices serão considerados como positivos. Seja uma empresa que faz parte de um grupo de empresas concorrentes no mesmo setor de atividade, serão considerados os seguintes índices: Índice G que mede a valorização de uma carteira de ações do grupo de empresas concorrentes no mesmo setor do qual a empresa considerada faz parte. O índice P que mede a valorização previamente definida para efeitos de fixação do preço de exercício das opções de ações da empresa considerada. O índice N que mede a valorização nominal da ação da empresa considerada no período da análise. Considerando-se os três índices poderão existir 6 (seis) situações em que os mesmos possam ser ordenados. Essas situações são apresentadas no Quadro 2, a seguir: 9 Serão definidas um conjunto de empresas do mesmo setor para a composição do índice o qual será obtido através de uma média da valorização, no mercado, das ações das empresas escolhidas. 6 Quadro 2 : Comparativo entre opções a preço fixo e opções com preço indexado RAPPAPORT (1.999) Condição Opções a preço fixo Opções com preço indexado RAPPAPORT (1.999) Não haverá exercício pois a Não haverá exercício, pois a 1. G>P>N valorização nominal foi inferior valorização média das a valorização das ações do empresas concorrentes foi a valorização prevista. grupo de empresas maior que a valorização concorrentes é maior que a nominal . valorização definida previamente para efeitos de aquisição das opções de ações e esta valorização, por sua vez, é maior que a valorização nominal da ação da empresa considerada. Haverá exercício das opções, O Não haverá exercício pois a 2. G>N>P valorização média das valorização das ações do grupo ganho dos executivos será a empresas concorrentes foi diferença entre N e P, ainda de empresas concorrentes é maior que a valorização que a performance da ação foi maior que a valorização nominal. Segundo Rappaport inferior à média das empresas nominal da ação da empresa esta condição ocorrerá em considerada e esta é maior que concorrentes. 50% das empresas do grupo o valor definido previamente de concorrentes e os da valorização esperada. executivos desta empresa não deveriam ser premiados em função do desempenho. Haverá o exercício das opções Haverá o exercício das 3. N>G>P opções, porém os executivos e os executivos serão a valorização da ação da premiados pela diferença entre serão premiados pela empresa considerada é maior diferença entre N e G. N e P. Neste caso há um que a média do grupo de empresas concorrentes e esta é excesso de premiação (diferença entre G e P ). maior que valorização esperada definida previamente. 4. Haverá o exercício das opções Haverá o exercício das N>P>G opções, porém os executivos valorização nominal da ação da e os executivos serão premiados pela diferença entre serão premiados pela empresa considerada é maior que a valorização definida N e P. Neste caso parte da diferença entre N e G. performance superior previamente e esta for maior que a valorização do grupo de (diferença entre P e G) não será premiada. empresas concorrentes. 5. Não haverá exercício de Não haverá exercício de P>G>N valorização definida opções. opções. previamente é maior que a valorização do grupo de empresas concorrentes e esta maior que a valorização das ações da empresa considerada. 6. Não haverá o exercício das Haverá o exercício das P>N>G opções ainda que a valorização opções com os executivos valorização definida previamente é maior que a das ações da empresa sendo remunerados na valorização das ações da considerada tenha sido superior proporção de N-G. empresa considerada e esta é a média das empresas maior que a valorização das concorrentes. Este tipo e situação certamente ações do grupo de empresas concorrentes . desmotivará os executivos que têm esta forma de premiação. 7 Sob o ponto de vista dos executivos estas são as alternativas possíveis com as respectivas possibilidades de premiações. Considerando-se ambos os métodos de premiação há situações em que, tomando-se por base as opções com preço indexado, o método de opções com preço fixo premia em excesso (situação 3) e situações que este método premia a menor (situação 4) ou mesmo não premia (situação 6). 3.2 Proposta de premiação de executivos com opções com preço indexado ajustado ao beta A proposta deste artigo é, com base nas considerações descritas anteriormente, remunerar através da valorização das ações da empresa os executivos que alterarem, positivamente, o desempenho histórico da ação da empresa em relação ao seu grupo de concorrentes, considerando que as empresas permanecerão no próprio ramo de atividade, ou seja, não haverá uma ação dos executivos com o objetivo de diversificar as atividades das mesmas. Como, por pressuposto, as empresas se manterão no mesmo ramo de atuação é de se esperar que o beta de seus ativos, ou seja, o risco operacional do negócio, permaneça constante. Se o risco dos ativos da empresa permanecer constante, a única forma de se melhorar a rentabilidade das ações da empresa, considerando o mercado em que ela atua, é alterar o beta das mesmas através de uma alteração na estrutura de capital da empresa. Segundo nos ensinam BREALEY e MYERS (1.996) para aumentar o beta do PL é necessário aumentar o endividamento da empresa, trazendo mais risco às ações e à parcela de capitais de terceiros. Para construção desta proposta é necessário definir um índice que reflita a valorização média das ações das empresas que estão concorrendo no mesmo segmento de mercado. Este índice será calculado considerando-se uma carteira com ações, igualmente ponderadas, que contenha as empresas atuantes no setor. Com os dados históricos das ações que compõem a carteira das empresas do mesmo setor calcula-se o índice de valorização desta carteira e a correlação entre este índice e a valorização da ação da empresa na qual será estabelecida a forma de premiação ora proposta. Na seqüência, deverá ser calculado o beta desta empresa em relação a este índice de mercado de empresas concorrentes no mesmo segmento. Como objetivo genérico dos planos de premiação dos executivos é o de reter os profissionais por longos períodos de tempo, após um período longo será possível aferir o desempenho da ação com relação ao índice médio definido previamente. Caso a valorização desta ação permaneça no mesmo nível histórico ou então muito próximo, as decisões dos executivos não foram suficientes para aumentar a riqueza dos acionistas, no caso a manteve nos níveis históricos, e, portanto, os mesmos não serão premiados. A ausência de premiação decorre do fato que o preço das opções deverá, nesta proposta, ser corrigido pelo índice de variação das ações das empresas competidoras, definido previamente, e ajustado ao beta também calculado previamente. Por outro lado, caso o beta seja alterado positivamente este efeito estará refletido no preço da ação. Isto significa que os executivos efetuaram um trabalho que mudou o comportamento da ação em relação ao mercado em que ela atua, desta forma, dado o maior grau de endividamento da empresa as suas ações estarão mais sensíveis às variações do mercado. Esta forma de premiação apresenta as seguintes vantagens sobre as formas atuais e propostas de premiação, pois: ü As opções a preço fixo premiam qualquer variação no preço das ações independentemente dos esforços dos executivos. ü As opções indexadas premiam executivos que trabalham em empresas com betas superiores a 1 ( 50% das empresas) mesmo que estes executivos tomem decisões que diminuam o beta porém mantendo-o superior a 1. ü As opções indexadas não premiam executivos que trabalham em empresas cujos betas sejam inferiores a 1 porém desenvolveram esforços no sentido de aumentar o beta fazendo-o se aproximar de 1. Com a forma de premiação ora proposta somente os esforços que efetivamente maximizem a riqueza dos acionistas serão premiados através de opções de ações. Este aumento da riqueza dos acionistas está ligado a um aumento do risco suportado pelos acionistas e também pelos executivos. 8 O acionista pode diversificar este risco adicional adquirindo ações de outras empresas. O executivo, embora também possa fazê-lo, provavelmente estará mais concentrado no risco da empresa. O risco enfrentado pelo executivo, enquanto administrador da empresa, é naturalmente o risco da própria empresa. Não parece ser o papel da empresa minimizar os riscos que os executivos estão submetidos ao gerenciarem as mesmas. Fazendo-se uma analogia náutica, os administradores são os comandantes dos navios. Em caso de naufrágio o proprietário perde parte de seu investimento, já os comandantes ... 3.3 Análise comparativa entre a premiação através de opções com preço indexado (RAPPAPORT (1.999) e de opções com preço indexado ajustado ao beta (objeto desta proposta) . Nesta análise comparativa procura-se apresentar a mesma situação de valorização das ações de duas empresas com duas formas distintas de premiação dos executivos. A primeira empresa apresenta um beta superior a 1 e a segunda empresa apresenta um beta inferior a 110. A primeira forma é pela proposta apresentada por RAPPAPORT (1.999) de opções com preço indexado. A segunda forma é pela proposta apresentada neste artigo de premiar os executivos com opções com o preço indexado ajustado ao beta. Para apresentar esta análise é necessário construir uma carteira de ações, com igual participação de cada empresa que atua neste mesmo setor. A construção deste índice, obtido através da valorização desta carteira, será o índice de mercado do setor para avaliação das formas de premiação analisadas. O índice deverá ser calculado segundo a seguinte metodologia: 1. 2. Identificam-se as empresas do setor. Para cada data, onde os executivos passarão a ter direito às opções de ações, obtém-se a cotação de mercado das ações das empresas indentificadas no passo anterior. 3. Calcula-se, para cada data, a base que será o denominador da fração que calculará o índice de valorização m do segmento de mercado dado pela fórmula Σ jpn onde p é o preço de mercado da ação, j é indica a data onde o executivo passou a ter o direito às opções de ações, n indica a n-ésima ação do setor . n varia de 1 até N onde N é o número de empresas do mesmo setor, m indica os dias decorridos desde j até o dia de exercício das opções. 4. Calcula-se, em relação a cada data onde os executivos passaram a ter o direito às opções (j = 1,2,3,4,5... k), os índices que medem a valorização das ações até o dia de exercício (m) segundo a seguinte fórmula: m índice = Σ jpn Σ jpn0 / Para efeito de exemplificação desta proposta, todos os executivos passam a ter direito às opções em uma mesma data, o índice será, simplesmente, a valorização da carteira de n ações do setor, com igual peso para cada ação, desde a data onde foi concedido o direito às opções de ações até a data de exercício das opções. A título de explicitar melhor as diferenças entre as duas propostas foram adotadas as seguintes condições: • Considerou-se um horizonte de cinco anos. • Uma carteira de ações de empresas do mesmo setor e com igual peso no índice que apresentasse uma valorização anual acumulada de 10% ao ano. Portanto, uma variação do índice de mercado do setor de 61,05% em 5 anos. • Duas empresas do mesmo setor, que compõem o índice acima calculado, cujos betas históricos em relação a este mesmo índice sejam, respectivamente, para a empresa A igual a 1,1 e para a empresa B igual a 0,9. 10 Observe que o beta aqui proposto é o beta em relação ao segmento do mercado em que a empresa atua e não o beta em relação ao mercado. 9 • Considerou-se, para cada empresa, quatro situações de valorização das ações tendo-se como parâmetro a valorização do mercado das empresas concorrentes e o beta de cada empresa, assim as situações consideradas: • Para a empresa A foram: • Valorização da ação igual ou inferior a valorização do mercado. • Valorização da ação superior a valorização do mercado e inferior a valorização do mercado ajustada ao beta. • Valorização da ação igual a variação de mercado ajustada ao beta. • Valorização da ação superior a variação de mercado ajustada ao beta. • Para a empresa B foram : • Valorização da ação igual ou superior a valorização do mercado. • Valorização da ação inferior a valorização do mercado e superior a valorização do mercado ajustada ao beta. • Valorização da ação igual a variação de mercado ajustada ao beta. • Valorização da ação inferior a variação de mercado ajustada ao beta. A título de exemplificação numérica, foram consideradas as seguintes valorizações das ações de cada uma das empresas num período de cinco anos: • Empresa A • Valorização das ações em 67,16% è = 61,05% * 1,10 • Valorização das ações em 70,21% è = 61,05% * 1,15 • Valorização das ações em 64,10% è = 61,05% * 1,05 • Valorização das ações em 56,05% è = 61,05% - 5,00% • Empresa B • Valorização das ações em 54,95% è = 61,05% * 0,90 • Valorização das ações em 58,00% è = 61,05% * 0,95 • Valorização das ações em 51,89% è = 61,05% * 0,85 • Valorização das ações em 66.05% è = 61,05% + 5,00% São apresentados, na seqüência, dois quadros avaliando respectivamente a empresa A e a empresa B considerando as duas formas de premiação combinadas com as quatro situações possíveis de valorização das ações da empresa e o efeito na premiação dos executivos considerando-se a combinação de valorizações e formas de premiação. Adicionalmente, são apresentados os ganhos proporcionais a cada $100,00 de direitos de aquisição de ações. 10 Quadro 3: Comparativo da Empresa A das formas de premiação com opções a preço indexado e opções com preço indexado ajustado ao beta. Valorização das ações da Opções com preço indexado Opções com preço indexado empresa RAPPAPORT (1.999) ajustada ao beta Apesar de não haver acréscimo Não haverá o exercício das 1. Igual a do mercado ajustada ao opções pois não houve na riqueza dos acionistas beta: acréscimo na riqueza dos haverá o exercício das opções Mercado = 61,05% acionistas. com um ganho de $ 6,11 Empresa = 67,16% ($67,16- $61,05). Haverá exercício de opções com Haverá exercício de opções 2. Superior a do mercado ajustada com ganhos de $ 9,16 ($70,21- ganhos de $ 3,05 ($70,21ao beta: $61,05) Haverá um excesso de $67,16) provenientes do Mercado = 61,05% ganhos de $6,11 ($9,16-$3,05) acréscimo de riqueza Empresa = 70,21% proporcionado pelos executivos. se considerada a proposta de ajuste ao beta. Não haverá o exercício das 3. Inferior a do mercado ajustada ao Haverá exercício de opções beta: com ganhos de $ 3,05 ($64,10- opções pois houve destruição de riqueza dos acionistas. Mercado = 61,05% $61,05), indevidos se Empresa = 64,10% considerada a proposta de ajuste ao beta pois os executivos destruíram riqueza dos acionistas. Não haverá o exercício das Não haverá o exercício das 4. Inferior ao mercado: opções pois houve destruição de opções pois houve destruição Mercado = 61,05% riqueza dos acionistas. de riqueza dos acionistas. Empresa = 56,05% Quadro 4: Comparativo da Empresa B das formas de premiação com opções a preço indexado e opções com preço indexado ajustado ao beta. Valorização das ações da Opções com preço indexado Opções com preço indexado empresa RAPPAPORT (1.999) ajustada ao beta Não haverá exercício pois a Não haverá exercício das 1. Igual a do mercado ajustada ao valorização é inferior a do opções pois não houve beta: mercado. acréscimo de riqueza dos Mercado = 61,05% acionistas. Empresa = 54,95% Haverá exercício pois a Não haverá exercício pois a 2. Superior a do mercado ajustada valorização aumentou a ao beta: valorização é inferior a do riqueza dos acionistas e o Mercado = 61,05% mercado embora os executivos Empresa = 58,00% tenham aumentado a riqueza dos ganho será de $ 3,05 ($58,00 $ 54,95). acionistas. 3. Inferior a do mercado ajustada ao Não haverá exercício pois a Não haverá o exercício das beta: Mercado = 61,05% valorização é inferior a do opções pois houve destruição Empresa = 51,89% mercado. de riqueza dos acionistas. 4. Superior a do mercado: Haverá o exercício e o ganho Haverá o exercício e o ganho Mercado = 61,05% será de $5,00($66,05-$61,05) será de $ 11,10 ($66,05Empresa = 66,05% Porém parte do esforço de $54,95) refletindo o acréscimo aumento de riqueza dos de riqueza proporcionado aos acionistas não é recompensado. acionistas. 11 Os quadros 5 e 6, abaixo, apresentam um resumo das situações descritas: Legenda: • Sim – Haverá prêmio • Não – Não haverá prêmio • Aumenta – Existe aumento de riqueza do acionista • Diminui – Existe diminuição de riqueza do acionista • Mantém – Mantém a riqueza do acionista Quadro 5: Empresas com beta superior a 1 Valorização Menor que o mercado Igual a do mercado Proposta de Não - Diminui Não - Diminui Não - Diminui Não - Diminui Maior que o Igual a ajustada mercado e ao beta menor que a ajustada ao beta Sim - Diminui Sim - Mantém Superior a ajustada ao beta Sim - Aumenta RAPPAPORT 1.999 Proposta deste artigo Não - Diminui Não - Mantém Sim - Aumenta Quadro 6: Empresas com beta inferior a 1 Valorização Inferior a ajustada ao beta Proposta de Não - Diminui Não - Mantém Igual a do Superior a do Maior que a mercado ajustada ao beta mercado e menor que a do mercado Não - Aumenta Não - Aumenta Sim - Aumenta Não - Diminui Não - Mantém Sim - Aumenta Igual a ajustada ao beta RAPPAPORT 1.999 Proposta deste artigo Sim - Aumenta Sim - Aumenta Como é possível observar nesta proposta de premiação, não existe a situação onde o executivo é premiado mesmo que o mesmo diminua ou mantenha a riqueza do acionista nem a situação que o executivo não é premiado, porém o mesmo aumenta a riqueza do acionista. 4. Considerações Finais A remuneração dos executivos vem evoluindo através dos tempos. No inicio, os ganhos eram fixos. Posteriormente, parte dos ganhos passou a ser atrelada ao atingimento de metas financeiras e de desempenho. Mais recentemente o desempenho passou a ser atrelado ao valor da empresa, ou seja, a valorização de mercado de suas ações. Porém, diversas vozes se levantaram contra a premiação dos executivos por variações no preço da ação da empresa, por motivos independentes das decisões tomadas pelos mesmos ou mesmo por não acreditar que a performance do executivo esteja ligada ás variações do preço da ação. Mais recentemente, RAPPAPORT (1.999) propôs a indexação das opções objetivando premiar somente os executivos de empresas cujas ações superassem a média do grupo de concorrentes a que pertencessem. Embora sedutora, esta proposta parece ser injusta para com os executivos de empresas cujo desempenho seja inferior à média, porém com tendência à melhoria e, adicionalmente ela também parece ser benevolente para com os executivos de empresas cujo desempenho é superior à média das empresas concorrentes, porém com tendência a piorar o desempenho. 12 A proposta apresentada neste artigo pretende minimizar a ocorrência de injustiças e benevolência, e, somente pretende premiar os executivos que trabalharam no sentido de aumentar a riqueza do acionista comparada com a expectativa de manutenção do desempenho histórico. Não basta manter a posição, é preciso melhorá-la. Não basta pertencer ao grupo das 50% melhores é preciso superar a própria performance histórica, buscando um aumento na riqueza do acionista. Superar a performance histórica está alinhado com a maximização da riqueza do acionista, porém esta maximização pode trazer consigo maiores riscos que estarão refletidos no beta das ações e no beta dos passivos, uma vez que a empresa continua atuando no mesmo segmento, e, portanto, o beta dos ativos não sofreu alteração. Ao aumentar o endividamento da empresa alterando-se a estrutura de capital os executivos estarão aumentando a alavancagem financeira, o retorno sobre o capital e também o risco das ações da empresa. Este maior risco pelo efeito do endividamento pode ser diversificado, pelos acionistas, através da aquisição de ações de outras empresas. Caso os acionistas tenham uma aversão ao risco e não desejem aumentar o beta da empresa através de um endividamento maior, então, formas alternativas de premiação deverão ser propostas independentes do preço da ação no mercado. 5. Bibliografia ABRAHÃO, T. Aceitam-se acionistas. Folha de São Paulo, São Paulo, 16 abr. 2.000. Caderno de Empregos. BRINDISI Jr., L. Creating Shareholder Value: A New Mission for Executive Compensation. Midland Corporate Finance Journal, Winter 1985, 56-66 apud COPELAND, T.E e WESTON, J.F. Financial Theory and Corporate Policy. 3ª ed. Addison Weley Publishing Company , EUA, 1988 p. 666 BREALEY, R.A. e MYERS, S.C. Principles of Corporate Finance – 5ª ed. (International Edition) McGraw Hill, EUA. 1996 . DeALESSI, L. Private Property and Dispersion of Ownership in large Corporations . The Journal of Finance. 28 september 1973 839 – 851 apud GOLDBERG, L.G. and IDSON, T.L. Executive Compensation and Agency Effects –. The Financial Review Vol. 30 No. 2 May 1995 – p. 313-335 GOLDBERG, L.G. and IDSON, T.L. Executive Compensation and Agency Effects –. The Financial Review Vol. 30 No. 2 May 1995 – p. 313-335 JENSEN, M.C. e MECKELING W.H. Theory of the Firm: Managerial Behavior, Agency Cost and Ownership Structure. Journal of Financial Economics – Oct/76 – p. 305-360 LEVY, A. The New Math of CEO Pay – Bloomberg july 1.999 RAPPAPORT, A. New thinking on how to link executive pay with performance. Harvard Business Review March – April 1999 – p. 91 13 REVISTA EXAME. Guia Exame 2.000 - As 100 melhores empresas para você trabalhar. São Paulo: Editora Abril, v. 721, julho 2.000. STEWART III , G.B. e GLASSMAN, D.M. Motives and Methods of Corporate Restructuring Business Week August, 19 1995 i COMPANHIAS pagam caro pelos talentos. Folha de São Paulo, São Paulo, 21 abr. 2000. Caderno Folha Financial Times – traduzido por Paulo Migliacci ii REVISTA EXAME. Guia Exame 2.000 - As 100 melhores empresas para você trabalhar. São Paulo: Editora Abril, v. 721, julho 2.000. iii LEVY, A . The New Math of CEO Pay – Bloomberg july 1.999 iv iv Método de precificação de opções desenvolvido por M. SCHOLES e F. BLACK em 1972 no artigo. The valuation of option contracts and a test of Market Efficiency . Journal of Finance, May, 1972, pag. 399-418 14