VARIÁVEL REAL. HOJA 1 REVISAÕ DA TEORIA DE MEDIDA 1) Dado E ⊂ R, se define a medida exterior de Lebesgue como L(E) = inf{ ∞ X long(Ik ) : E ⊂ k=1 ∞ [ , Ik intervalos} k=1 Demonstrar a partir da definição que: S∞ P i) L é uma “medida exterior”, L(∅) = 0 e se A ⊂ n=1 An , então L(A) ≤ n=1 ∞L(An ). ii) A definição de L não muda se os intervalos Ik são da forma [ak , bk ). iii) Para todo I ⊂ R se tem L(I) = long(I). iv) Para todo conjunto E ⊂ R y a ∈ R se tem L(E + a) = L(E) y L(aE) = |a|L(E). v) Se E é numerável, então L(E) = 0. 2) Considerar a correspondência c : P(R) → [0, ∞] que a cada E ⊂ R se faz corresponder c(E) = ı́nf { n=1,2,... ∞ X long(Ik ) : E ⊂ k=1 n [ , Ik intervalos} k=1 (as vezes c(E) se denomina conteudo exterior de Jordan de E). Provar que c(Q ∩ [0, 1]) = c([0, 1]), e de forma geral que c(E) = c(E), onde E =clausura de E. UDeduzir que c não é uma medida exterior e que nem sempre se verifica que c(E) = c(E1 ) + c(E2 ), quando E = E1 E2 (união disjunta). 3) Demostrar com un exemplo simples que uma medida exterior abstracta não verifica necessariamente a propriedade µ(A1 ] A2 ) = µ(A1 ) + µ(A2 ). (Sugestaõ: construir uma medida exterior apropriada). 4) Seja X um espaço métrico e µ uma medida exterior tal que os borelianos são µ-medı́veis. Provar que para todo A, B ⊂ X com dist(A, B) > 0 se tem µ(A ∪ B) = µ(A) + µ(B). 5) Demostrar com um exemplo que A1 ⊃ A2 ⊃ · · · não implica necessariamente que lı́mn→+∞ µ(An ) = µ(∩∞ n=1 An ). 6) Seja {fn : n = 1, 2, . . .} uma sucessão de funcões medı́veis com fn ≥ 0. Usar o teorema de convergencia monótona para demostrar que Z X ∞ ∞ Z X ( fn )dµ = fn dµ X n=1 n=1 X . 7) Supoem que µ(X) < ∞. Demostrar que se tem a seguinte versão do TCM. Se fn é uma sucessão decreciente de funcões medı́veis positivas acotadas superiromente, i.e., M ≥ f1 ≥ f2 ≥ · · · ≥ 0. Então Z Z lı́m fn dµ = ( lı́m fn )dµ. n→∞ X X n→∞ A propriedade é certa se µ(X) = ∞? 8) Suponhamos que µ(X) R R < ∞ e sejam fn : X → C funções medı́veis acotadas. Provar que se fn → f uniformemente, se tem X fn dµ → X f dµ. Mostrar com um exemplo que a hipótesis µ(X) < ∞ é essencial. 9) Provar que se f : R → C é continua e f (x) = 0 c.t.p. com respeito a medida de Lebesgue então f (x) = 0, ∀x ∈ R. 10)R Seja x > 0. Calcular os limites quando n → ∞ de: n a) 0 (1 + nx )n ex dx, Rn b) 0 (1 − nx )n e−x dx, Rn c) 0 (1 − 2xn )n ex dx. 11) Se diz que uma função medı́vel f : X −→ R está essencialmente acotada se ∃c < ∞ tal que |f (x)| ≤ c c.t.p. Para esta função se pode definir o seu supremo essential (para ser mais precisos, o supremo essencial de |f |) como esssup|f | = ı́nf{c : |f (x)| ≤ c c.t.p.}, que também denotamos por kf k∞ . Provar que se f , fn , n = 1, 2, . . . estam acotadas essentialmente, então lı́m kfn − f k∞ = 0 ⇐⇒ ∃E ⊂ X de medida 0 tal que fn → f uniformemente em E c .