São Paulo, 15 de abril de 2010 Dr. Eng. Claudius Barbosa 1 Controle, monitoramento e avaliação de estruturas Conservação da estrutura $ Impedir que a estrutura atinja o ELU ou ELS Otimizar a inspeção, manutenção e intervenções Reduzir custos das intervenções tempo Fatores interdependentes Influência do projeto estrutural e detalhamentos Produção do concreto e concretagem Métodos construtivos Manutenção adequada Mudanças da utilização Alteração de carregamentos Alteração das condições ambientais 2 Processos primários de degradação química Lixiviação Ataque de sulfatos: ácido ou base Reação álcali-agregado (RAA) Corrosão das armaduras passivas e ativas Processos primários de degradação física Erosão e abrasão Dano devido a elevadas temperaturas Congelamento e descongelamento Cristalização de sais Efeitos combinados em estágios avançados 3 DURABILIDADE Proj. Estrutural * Forma * Detalhes Execução Materiais * Concreto * Aço * Mão-de-obra Cura * Umidade * Calor Natureza e distribuição dos poros Mecanisamos de transporte Deterioração do concreto Física Deterioração do aço Química e biológica Corrosão DESEMPENHO Resistência Estabilidade Condições da superfície Segurança Desempenho em serviço Aparência 4 Sistema de gerenciamento Assegurar a segurança e funcionalidade Eficiência e qualidade do serviço ao usuário • Redução da capacidade de serviço • Perda da capacidade de carregamento • Redução da segurança • Aumento das restrições ao tráfego • Perda do valor estético 5 Infra-estrutura de escoamento de cargas Alteração do trem-tipo dos veículos Aumento do número de vias Ocorrência de danos Limites de vibrações para operações Fonte: http://www.grupoccr.com.br/ Concessões rodoviárias Fadiga da estrutura e ligações 6 Determinar a extensão do dano; Estimar a resistência do aço e do concreto; Analisar a condição do concreto (carbonatação, cloretos); Avaliar a corrosão do aço; Determinar a perda ou ruptura da protensão; Estimar a capacidade de carregamento; Acompanhar o processo de deterioração da estrutura; Calibrar e validar modelos teóricos. 7 Necessidade Aprofundar o conhecimento sobre o estado da estrutura Acompanhar a evolução da situação da estrutura Analisar a estrutura em situações de sobrecarga/Cargas excepcionais Identificar mudanças no comportamento estrutural (Antes) e após a execução de reparos ou alterações: desempenho Etapas Avaliação: inspeção visual e ensaios não-destrutivos Previsão a evolução do dano: corrosão da armadura, cloretos, etc. Análise das diferentes alternativas de intervenção Definição de prioridades 8 WENZEL, H. (2009). Health monitoring of bridges. John Wiley & Sons, Ltd.: UK. 9 NÍVEL 0: Avaliação qualitativa do estado da estrutura Objetivo Descrever os efeitos da degradação, por inspeção visual, como a corrosão das armaduras e danos no concreto (fissuras e destacamentos) Análise Baseia-se principalmente na experiência do engenheiro e é comumente adotado na avaliação prévia de uma estrutura NBR 9452 (1986): Vistoria de pontes e viadutos de concreto. Dr. Eng. Carlos Henrique Siqueira: Concreto e construções – Ibracon. NÍVEL 1: Avaliação do desempenho a partir de medições Objetivo Controlar o desempenho da estrutura e dos valores limites à fadiga (deformações, tensões, deslocamentos, histórico de tensões, abertura de fissuras, amplitudes de vibração, etc.) e analisar a influência de cargas variáveis Confiabilidade Comparação dos dados obtidos com valores limites e análise de correlações e tendências com as influências externas 10 NÍVEL 2: Avaliação baseada em modelos estruturais simples Objetivo Verificar a segurança e o desempenho após a ocorrência de danos causados por cargas não previstas em projeto, por deterioração ou devido a mudanças de utilização Aquisição de dados Inspeções e obtenção de dados do carregamento e resistência dos materiais a partir de documentos de projeto Análise estrutural Modelos e métodos semelhantes aos utilizados em projeto e modelos específicos mais refinados Confiabilidade Modelos determinísticos e semi-probabilísticos 11 NÍVEL 3: Avaliação baseada em modelos estruturais refinados Objetivo Determinação da capacidade de carga e tempo de vida útil de estruturas danificadas Aquisição de dados Ensaios não-destrutivos para avaliação das propriedades mecânicas dos materiais e obtenção das reais dimensões dos elementos estruturais com monitoramento de carregamento e provas de carga Análise estrutural Modelos e métodos refinados Confiabilidade Modelos semi-probabilísticos 12 NÍVEL 4: Avaliação baseada em modelos estruturais refinados e específicos Objetivo Adaptar o nível de segurança em função das conseqüências da ruína estrutural, utilidade da estrutura e características da ruína Aquisição de dados Ensaios não-destrutivos para avaliação das propriedades mecânicas dos materiais, obtenção das reais dimensões dos elementos estruturais e monitoramento do carregamento e provas de carga Análise estrutural Modelos e métodos refinados e modelos específicos, como por exemplo, considerando o dano progressivo Confiabilidade Modelos semi-probabilísticos 13 NÍVEL 5: Avaliação baseada em modelos estruturais probabilísticos Objetivo Determinação da capacidade de carregamento e tempo de vida útil de estruturas danificadas com consideração de incertezas Aquisição de dados Ensaios não-destrutivos para avaliação das propriedades mecânicas dos materiais e obtenção das reais dimensões dos elementos estruturais com monitoramento do carregamento e provas de carga e análise estatística dos dados Análise estrutural Modelos e métodos refinados e modelos avançados, como por exemplo, modelos estocásticos Confiabilidade Método de aproximação probabilística e métodos de simulação INTERNATIONAL STANDARD - ISO 14963. Mechanical vibrations and shock – Guidelines for dynamic tests and investigations on bridges and viaducts, 2003. INTERNATIONAL STANDARD - ISO 18649. Mechanical vibrations – Evaluation of measurements results from dynamic tests and investigations on bridges, 2004. 14 Aquisição de dados Avaliação da segurança estrutural Análise Estrutural Análise da confiabilidade 15 Provas não-destrutivas Ensaios esclerométrico Monitoração com ultra-som Ensaios de pacometria Monitoração de corrosão de armadura Monitoração das vibrações induzidas pelo tráfego normal 16 Provas parcialmente destrutivas Avaliação das tensões nos cabos de protensão Extração de amostras e ensaios em laboratórios Provas de carga Análise de vibrações oriundas de veículos adaptados Vibrações forçadas provenientes de geradores mecânicos Provas de carga estática 17 Prova de carga estática Prova de carga dinâmica 18 Ensaios estáticos Ensaios dinâmicos carregamento imposto à estrutura lentamente os efeitos dinâmicos não são induzidos obtenção de características elastico-dissipativas comportamento da estrutura sob cargas dinâmicas fn 1 2π k m 19 técnica não-destrutiva: avalia a integridade estrutural obtenção das acelerações da estrutura por meio de instrumentos determinação das freqüências naturais determinação dos modos de vibração e amortecimento identificação de comportamentos anômalos controle de qualidade ao longo da vida útil avaliação de serviços de recuperação avaliação da segurança estrutural após condições extremas utilização do histórico para comparações pertinentes 20 A MONITORAÇÃO DINÂMICA é uma técnica não-destrutiva utilizada AVALIAÇÃO DA INTEGRIDADE DA ESTRUTURA Parâmetros dinâmicos Propriedades elásticas-dissipativas características mecânico-estruturais inércias referentes às massas Excitação da estrutura Ensaio com vibração ambiente (operação normal) Ensaio de vibração livre Ensaios de vibração forçada 21 Gerador mecânico de vibrações (VIBRODINA) Fixado à estrutura Controle das forças Análise em diversas direções Controle das freqüências 22 Metodologia IEME usualmente empregada Inspeção visual Instrumentação Análise de documentos Avaliação estrutural Monitoração dinâmica Ensaios não-destrutivos Instrumentação: análise periódica e contínua Ensaios estáticos e dinâmicos Modelos numéricos Elaboração de modelos numéricos Análises teóricas complementares 23 Ponte Guilherme de Almeida 24 INSPEÇÃO VISUAL 25 TAB.1 J1 TAB.2 J2 TAB.3 J3 TAB.4 J4 J5 TAB.5 TAB.6 J6 OESTE TAB.7 J7 CROQUI GERAL DA PLANTA DO PAVIMENTO - PIS LESTE TAB.1 J1 TAB.2 J2 TAB.3 J3 ELEVAÇÃO J5 TAB.5 TAB.4 J4 TAB.6 J6 6400 4000 4000 4000 2500 4000 6400 1400 2500 4000 2500 1400 25 CROQUI GERAL DA OBRA São Paulo AP.1 PLANTA DO PAVIMENTO - PIS AP.2 PLANTA DO PAVIMENTO - PISTA LESTE LESTE TAB.4 J4 J5 TAB.5 TAB.6 AP.3J6 AP.4 TAB.1 J1 TAB.7 J7 TAB.2 J2 J8 TAB.3 J3 AP.5TAB.8 TAB.9 J9 TAB.4 J4 TAB.10 J10 J5 J11 TAB.5 AP.6 TAB.6 J6 OESTE Barueri DETALHE DO APOIO 5 ELEVAÇÃO PLANTA DO PAVIMENTO - PISTA OESTE 6400 AP.4 TAB.4 TAB.5 TAB.6 J6 TAB.8 J8 TAB.9 J9 TAB.10 J10 4000 T.31 T.30 T.28 2500 T.29 1400 T.27B T.22 T.20 T.19 TAB.7 J7 2500 4000 T.23A 4000 T.21 4000 TA.5B AP.1 T.18 TA.5A T.17 T.16 T.15 J5 J11 OESTE AP.2 AP.3 AP.5 AP.4 ELEVAÇÃO 6400 6400 AP.5 AP.6 AP.9 T.27B T.23A 4000 T.22 T.19 T.21 4000 T.20 2500 4000 DETALHE DO APOIO 5 TA.5B 1400 T.18 2500 TA.5A 4000 T.17 2500 T.16 1400 T.15 2500 T.14 4000 T.13B J4 T.14 T.13B 4000 AP.8 AP.7 26 27 CORREÇÃO DOS VALORES 28 29 (mm/s²) aceleração aceleracao mm/s**2 500 0 A1V / Tab.3 / PL 500 1000 0 200 400 600 800 1000 t empo (s) tempo (s) freqüência (Hz) 30 Calibração do modelo numérico FLEXÃO freqüência (Hz) Freqüência natural experimental Freqüência natural teórica Modo de vibração: flexão Modo de vibração: flexão Valores: 1,79 Hz / 2,02 Hz / 2,33 Hz Valores: 1,79 Hz / 2,12 Hz / 2,43 Hz 31 Calibração do modelo numérico TORÇÃO DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÃO Freqüência natural experimental Freqüência natural teórica Modo de vibração: torção Modo de vibração: torção Valor: 3,09 Hz Valores: 3,18 Hz 32 Patologia na viga travessa Modelo em elementos finitos: Análise linear 33 34 Ponte sobre o Rio Atibainha 35 Ponte sobre o Rio Guandu 36 A estrutura trabalha no regime elástico, indicando o boa condição estrutural As freqüências naturais, na direção transversal, são baixas A ponte apresenta comportamento simétrico: homogeneidade dos materiais As travessas trabalham de acordo com o esquema estrutural previsto As extremidades livres dos balanços estão apoiadas no solo: apoio elástico Os tubulões estão assentados em apoios fixos: fundação com elevada rigidez 37 Ponte sobre o Rio Ribeira do Iguape 38 39 Inspeção subaquática Mergulhadores especializados e equipamentos apropriados Vistoria de todos os tubulões submersos e respectivos blocos de travamento Principais anomalias a) Vazio na face inferior dos blocos de travamento, principalmente nos vãos 5, 6 e 7 b) Fissuras verticais em tubulões dos eixos 6 e 7, algumas estendendose do bloco até o leito do Rio. 40 INDICAÇÃO DE REFORÇO 41 Ponte afetada por RAA Fissuras com aspectos de RAA 42 Medição da expansão da estrutura de concreto Monitoração da abertura de fissuras com carregamento estático 43 Modelo matemático para avaliação da RAA e análise modal Monitoração da movimentação das fissuras 44 Ponte Rio-Niterói Canindé Estação Ponte Estaiada Parque Antártica Parque Aquático (RJ) Estádio Olímpico JH 45 Diversos fatores, desde o projeto, determinam o desempenho e a durabilidade das obras de arte; A falta de manutenção possibilita o alastramento de patologias nestas estruturas, entretanto, quanto antes houver a intervenção, menor será seu custo; A avaliação e o monitoramento, realizados da forma correta, são instrumentos eficazes para detecção de danos e de desempenho insatisfatório das estruturas; Existem diversos níveis de avaliação da segurança estrutural, mais ou menos detalhados, que permitem um acompanhamento seguro do comportamento da estrutura ao longo dos anos; 46 Os ensaios dinâmicos: técnica eficaz e não-destrutiva para análise do comportamento estrutural, possibilitando a detecção de danos e do comportamento anômalo da estrutura; Com esta técnica, é possível a detecção de danos não-visíveis da estrutura, recomendando-se o procedimento específico para a patologia; Em outros casos, a suspeita de danos à estrutura foi descartada com segurança, garantindo a economia em relação à recuperação estrutural; Os modelos numéricos e as análises dinâmicas são interdependentes, permitindo uma análise refinada sobre a condição estrutural de pontes e viadutos. 47 Análise experimental Modelo numérico confiável Análises teóricas (variáveis) 48 49