Números complexos
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Números negativos
Os números negativos tem raiz quadrada?
√–6
√–9
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√–15
√–3
√–4
Conjuntos numéricos
Já estudamos em anos anteriores as diferentes
categorias numéricas. Veja um resumo
O conjunto dos números Naturais surgiu da necessidade
de contar. É o conjunto
ℕ = {0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}
Mais tarde surgiram os números negativos –1, –2, –3, etc.
O conjunto dos naturais acrescentados dos inteiros
negativos, constitui o conjunto dos números Inteiros,
representado por
ℤ = {–3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, ...}
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Conjuntos numéricos
Já estudamos em anos anteriores as diferentes
categorias numéricas. Veja um resumo
A necessidade de dividir o inteiro em partes, fez surgirem
os números racionais, assim definidos
ℚ = {x/x = p/q com p, q inteiros e q ≠ 0}
A resolução de certos problemas geométricos, levou ao
surgimento dos números irracionais. São exemplos de
irracionais o número e raízes não-exatas:
√3 , √2 , ∛7 , etc.
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Conjuntos numéricos
Já estudamos em anos anteriores as diferentes
categorias numéricas. Veja um resumo
A reunião dos números racionais com os irracionais deu
origem ao conjunto ℝ dos números reais.
ℝ = ℚ ∪ {irracionais}
Até por volta do século XV, só se conheciam os números
reais. Eles eram considerados suficientes para a resolução
de problemas de medida.
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Números imaginários
Em 1545 o matemático Girolamo Cardano, em seu
livro Ars Magna (A grande Arte), propunha o seguinte
problema
Dividir 10 em duas partes cujo produto seja igual a 40.
A solução dessa questão equivale a resolução da equação
de 2º grau x2 – 10x + 40 = 0. Resolvendo-a, chegamos aos
dois números:
5 + √–15
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e 5 – √–15
Números imaginários
A princípio, os matemáticos consideravam que tais
números (como √–15) eram “inúteis” ou que
simplesmente, eles “não existiam”.
Em meados do século XVII, Descartes já aceitava
esses números. Ele os chamava de imaginários, ao
formular conceitos sobre raízes de equações
algébricas.
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Números imaginários
No século XVIII, os trabalhos de D’Alembert e Euler
já consideravam a importância dos números
imaginários. Criaram uma teoria mais completa a
respeito deles e de suas relações com as equações.
Só a partir do século XIX, quando Gauss divulgou sua
representação geométrica, é que os complexos, que
incluem os reais e os imaginários, passaram a ser
aceitos e usados sem restrições.
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A unidade imaginária
Chama-se unidade imaginária o número representado
por i, assim definido:
i2 = –1
Note que i não é real, pois não existe número real cujo
quadrado seja negativo.
A partir dessa definição, toda equação de 2.º grau terá
sempre duas raízes, ainda que seu discriminante ∆ seja
negativo.
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A unidade imaginária e a equação de 2.º grau
Usando a definição da unidade imaginária i, resolver
as equações de 2.º grau x2 + 9 = 0 e x2 – 6x + 13 = 0.
1ª equação:
x2 + 9 = 0
⇒ x2 = – 9
⇒ x2 = 9.i2
⇒ x = 3i
S = {–3i, 3i}
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⇒ x2 = 9.(–1)
⇒ x = ± √9i2
ou
x = –3i
A unidade imaginária e a equação de 2.º grau
Usando a definição da unidade imaginária i, resolver
as equações de 2.º grau x2 + 9 = 0 e x2 – 6x + 13 = 0.
2ª equação:
x2 – 6x + 13 = 0
⇒ ∆ = (–6)2 – 4 . 1 . 13 = 36 – 52 = –16 = 16i2
– b ± √∆
x=
2a
6 ± √16i2
6 ± 4i
=
=
2
2
⇒ x = 3 + 2i
ou
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x = 3 – 2i
O conjunto dos
números complexos
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O conjunto dos números complexos
Os números 3 + 2i, 3 – 2i, 3i e –3i. Todos eles podem
ser escrito na forma a + bi, Veja
Número
3 + 2i
3 – 2i
3i
– 3i
a + bi
3 + 2i
3 – 2i
0 + 3i
0 – 3i
a e b ∊ ℝ.
i é a unidade
imaginária
Números como esses são chamados de números
complexos.
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O conjunto dos números complexos
Chama-se número complexo na forma algébrica, todo
número escrito na forma
z = a + bi
sendo a e b reais quaisquer e i a unidade
imaginária.
O número a é a parte real de z e o número b é a parte
imaginária de z. Em símbolos:
Re(z) = a e Im(z) = b
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Analisando diferentes
números complexos
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Exemplo
Identificar a parte real e a parte imaginária dos números
complexos z1 = 3 + 0i, z2 = 5 – 2i e z3 = 0 + 4i.
No complexo z1 = 3 + 0i, temos
a = Re(z1) = 3
b = Im(z1) = 0
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⇒
z1 = 3 é real (b = 0)
Exemplo
Identificar a parte real e a parte imaginária dos números
complexos z1 = 3 + 0i, z2 = 5 – 2i e z3 = 0 + 4i.
No complexo z2 = 5 – 2i, temos
a = Re(z2) = 5
b = Im(z2) = –2
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⇒ z2 é imaginário (b ≠ 0)
Exemplo
Identificar a parte real e a parte imaginária dos números
complexos z1 = 3 + 0i, z2 = 5 – 2i e z3 = 0 + 4i.
No complexo z3 = 0 + 4i, temos
a = Re(z3) = 0
b = Im(z3) = 4
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⇒ z3 é imaginário puro
(a = 0 e b ≠ 0)
O conjunto dos números complexos
Pela definição os números reais passam a ser um caso
particular dos números complexos. Assim o conjunto
dos números complexos, representado por ℂ, é
reunião dos números reais com os números
imaginários.
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O conjunto dos números complexos
O diagrama abaixo mostra a relação entre os diferentes
conjuntos numéricos
Inteiros negativos
Naturais
irracionais
ℕ ℤℚ
Racionais não-inteiros
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ℝ ℂ
imaginários
Exemplos
Suponha que k seja uma constante real. Considere o
número complexo z = (k – 3) + (k + 2)i.
a) qual a parte real de z? Re(z) = k – 3.
b) e a parte imaginária de z? Im(z) = k + 2.
c) se z é real, qual o valo de k? Nesse caso qual o valor
de z? k = –2 e z = –5.
d) se z é imaginário puro, qual o valo de k? Nesse caso
qual o valor de z? k = 3 e z = 5i.
e) para algum valo de k, z = 0? Não.
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Exemplos
Analise se cada uma das afirmativas a seguir é
VERDADEIRA (V) OU FALSA (F).
( V ) Todo número complexo é real ou imaginário.
( V ) Todo número real é complexo.
( F ) Todo número complexo é real.
( V ) A interseção do conjunto dos números reais com o
conjunto dos números imaginários é o conjunto
vazio.
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Exemplos
Considere o complexo z = (1 – p) + (p2 – 9)i, em que p é
uma constante real. Se z é real positivo. Calcule p e z.
Se z é real positivo, então Im(z) = 0 e Re(z) > 0.
Re(z) = 1 – p
⇒ 1 – p > 0 ⇒ –p > –1 ⇒ p < 1
Im(z) = p2 – 9 ⇒ p2 – 9 = 0 ⇒ p2 = 9
Como p < 1 ⇒ p = –3.
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⇒ p=±3
Igualdade e operações
com complexos
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Igualdade de complexos
Dois números complexos só são iguais se têm mesma
parte real e mesma parte imaginária.
Em símbolos, se z1 = a + bi e z2 = c + di são números
complexos,
z1 = z2 ⇔
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a=c
b=d
Exemplos
Se x e y são números reais, sob que condições os
complexos (x – 1) + (y + 2)i e 3 – 5i são iguais?
Igualando os complexos, temos
(x – 1) + (y + 2)i = 3 – 5i
⇒ x–1=3
⇒ x=4
⇒ y + 2 = –5
⇒ y = –7
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Exemplos
Determine os valores reais de m e n para que os
complexos (m – 5) + ni e (n + 3) + (2m + 1)i sejam
iguais?
Igualando os complexos, temos
(m – 5) + ni = (n + 3) + (2m + 1)i
m–5=n+3
n = 2m + 1
⇒ m – 5 = 2m + 1 + 3 ⇒ – m = 9
⇒ m=–9
⇒ n = 2(–9) + 1
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⇒ n = – 17
Oposto e conjugado de complexos
Chama-se oposto ou simétrico de um complexo z o
complexo indicado por –z, assim definido.
z = a + bi
⇒
–z = –(a + bi) = –a – bi
Exemplos
z1 = 3 – i
⇒
–z1 = –3 + i
z2 = –2 – 5i
⇒
–z2 = 2 + 5i
z3 = 2i
⇒
–z3 = –2i
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Oposto e conjugado de complexos
Chama-se conjugado de um complexo z o complexo
indicado por z (z barra), assim definido.
z = a + bi ⇒
z = a + bi = a – bi
Exemplos
z1 = 3 – i
⇒
z1 = 3 + i
z2 = –2 – 5i
⇒
z2 = –2 + 5i
z3 = 2i
⇒
z3 = –2i
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Adição, subtração e multiplicação
de complexos
Definem-se, no conjunto dos complexos,
operações de adição, subtração e multiplicação.
Na prática, operamos com os complexos como se
fossem expressões de 1º grau de “variável” i. Na
multiplicação, aplicamos a definição i2 = –1.
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as
Exemplos
Dados os números complexos v = 3 – i , w = 5 + 2i e
z = –1 + 5i, calcular v + w, v – z e w.(–z).
Cálculo de v + w.
v + w = (3 – i) + (5 – 2i) = (3 + 5) + (–1 – 2)i = 8 – 3i
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Exemplos
Dados os números complexos v = 3 – i , w = 5 + 2i e
z = –1 + 5i, calcular v + w, v – z e w.(–z).
Cálculo de v – z.
v – z = (3 – i) – (–1 + 5i) = 3 – i + 1 – 5i
= (3 + 1) + (–1 – 5)i = 4 – 6i
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Exemplos
Dados os números complexos v = 3 – i , w = 5 + 2i e
z = –1 + 5i, calcular v + w, v – z e w.(–z).
Cálculo de w.(–z).
w.(–z) = (5 + 2i).(1 – 5i) = 5 – 25i + 2i – 10i2
= 5 – 25i + 2i – 10(–1) = 5 – 23i + 10
= 15 – 23i
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Exemplos
Determinar o complexo z que satisfaz a igualdade
seguinte 2z + 5z = 7 + 6i.
Fazendo z = a + bi, com a e b reais, temos
2z + 5z = 7 + 6i
⇒
2(a + bi) + 5(a – bi) = 7 + 6i
⇒ 2a + 2bi + 5a – 5bi = 7 + 6i
⇒ 7a – 3bi = 7 + 6i
⇒
7a = 7
–3b = 6
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⇒ a = 1 e b = –2 ⇒
z = 1 – 2i
Exemplos
Obter o complexo z que, multiplicado por 2 – i,
resulta 8 + i.
z.(2 – i) = 8 + i
Fazendo z = a + bi, com a e b reais, temos
(a + bi).(2 – i) = 8 + i
⇒
2a – ai + 2bi – bi2 = 8 + i
⇒ 2a – ai + 2bi + b = 8 + i
⇒ 2a + b + (2b – a)i = 8 + i
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⇒
2a + b = 8
2b – a = 1
Exemplos
Obter o complexo z que, multiplicado por 2 – i,
resulta 8 + i.
Resolvendo o sistema, chegamos a
2a + b = 8
2b – a = 1 x (2)
⇒
2a + b = 8
4b – 2a = 2
5b = 10
⇒
+
b=2
⇒ 2a + 2 = 8 ⇒ a = 3
⇒ z = a + bi ⇒ z = 3 + 2i
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Divisão de complexos
A divisão é a operação inversa da multiplicação de
complexos.
Se z1, z2 e z3 são três complexos, com z2 ≠ 0,
definimos a divisão da seguinte maneira:
z1
= z3 ⇔
z2
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z1 = z2 . z3
Divisão de complexos
No problema resolvido anteriormente vimos que
(3 + 2i).(2 – i) = 8 + i ⇔
8+i
= 3 + 2i
2–i
(3 + 2i).(2 – i) = 8 + i ⇔
8+i
=2–i
3 + 2i
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Divisão de complexos
Na prática o quociente de dois complexos pode ser
obtido de outra forma.
Multiplicamos o dividendo e o divisor pelo conjugado
do denominador. Veja
z1
z1 . z2
=
z2
z2 . z2
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Exemplos
Efetue as divisões indicadas abaixo.
8+i
a)
2–i
(8 + i).(2 + i)
16 + 8i + 2i + i2
=
=
(2 – i).(2 + i)
22 – i2
16 + 8i + 2i – 1
15 + 10i
= 3 + 2i
=
=
4 – (–1)
5
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Exemplos
Efetue as divisões indicadas abaixo.
8+i
b)
3 + 2i
(8 + i).(3 – 2i)
24 – 16i + 3i – 2i2
=
=
(3 + 2i).(3 – 2i)
32 – 4i2
24 – 16i + 3i + 2
=
9+4
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26 – 13i
=
13
=2–i
Inverso de um complexo
Se z é um complexo não-nulo, chamamos de inverso
de z o complexo representado por z–1 e assim
definido.
z–1 =
1
z
Exemplo
z=i
⇒
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z–1
1
(1) . (–i)
–i
–i
=
=
=
=
2
i
(i) . (–i)
1
–i
= –i
Potências da
unidade imaginária
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Potências da unidade imaginária
Para as potências do tipo in da unidade imaginária i,
n natural, valem as definições.
i0 = 1
i1 = i
i2 = –1
Para n > 2, valem as propriedades usuais da potenciação
em ℝ.
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Potências da unidade imaginária
Acompanhe a seqüência.
i0 = 1
i1 = i
i2 = –1
i3 = i2. i = (–1). i = –i
i4 = i2. i2 = (–1).(–1) = 1
i5 = i4. i = (1). i = i
i6 = i4. i2 = 1.(–1) = –1
i7 = i4. i3 = 1.(–i) = –i
......................................
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Potências da unidade imaginária
Qualquer potência de in, n natural, pode ser calculada
a partir das quatro primeiras.
i0 = 1
i1 = i
i2 = –1
i3 = –i
O valor de in é o mesmo de iR, sendo R o resto da divisão
de n por 4.
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Exemplos
Calcular i42 + i37.
42
4
37
4
2
10
1
9
i42 = i2 = –1
i37 = i1 = i
i42 + i 37 = –1 + i
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Exemplos
Calcular i4n – 2.
4n
4)n
n
i
(i
1
i4n – 2 = 2 =
=
= –1
i
–1
–1
i4n – 2 = –1
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Potenciação de complexos
(expoente natural)
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Potenciação de complexos
Se n é um número natural e z é um complexo
qualquer, a potência zn é, por definição, o produto de
n fatores iguais a z.
z0 = 1
(z ≠ 0)
z1 = z
zn = z. z.z ... .z
n fatores
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Exemplos
(3+i)0 = 1
(–5 + 2i)1 = –5 + 2i
(2 – 3i)2 = 4 – 12i + 9i2 = 4 – 12i – 9 = –5 – 12i
(1 + i)3 = 1 + 3i + 3i2 + i3 = 1 + 3i – 3 – i = –2 + 2i
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Exemplos
Calcular o valor da constante real k, para que o
complexo z = (k + 2i)2 seja imaginário puro.
z = (k + 2i)2 = k2 + 4ki + 4i2 = k2 – 4 + 4ki
z imaginário puro, devemos ter
Re(z) = 0
Im(z) ≠ 0
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⇒
k2 – 4 = 0
4k ≠ 0
⇒
k= ±2
Potenciação de complexos
(expoente inteiro negativo)
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Potenciação de complexos
A partir do conceito de inverso de um número
complexo, podemos calcular uma potência com
expoente inteiro negativo. Sendo z um complexo, z ≠ 0
e n um número natural, define-se:
z–n
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=
1
z
n
Exemplos
Sendo z = 1 – i, calcular z–2.
Primeiro vamos calcular z–1; depois z–2.
z–1
z–2
z–2
1+i
1+i
1
1+i
1
= 2 2 =
=
=
z
1 –i
2
(1 – i).(1 + i)
1–i
=
1+i
2
=
(z–1)2
=
=
(z–1)2
2i
=
=
4
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2
1 + 2i + i2
=
4
i
2
1 + 2i – 1
=
4